segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ano velho...

Na verdade, vamos combinar: o que muda efetivamente em nossas vidas do dia 31 de dezembro para o dia 1° de janeiro??? NADA!!! Trata-se apenas de um dia depois do outro, o hoje e o amanhã. Mas ao mesmo tempo, como somos sujeitos simbólicos, isto é, atribuímos significado às coisas, essa mudança de dias que poderia ser tão corriqueira como todas as demais faz com que mude TUDO!!!

Acreditamos, porque precisamos, que no ano novo as coisas podem ser totalmente diferentes ou exatamente iguais, dependendo do que desejamos, do ano que foi vivido. E essa percepção faz toda a diferença em nossas vidas: é uma marca, um símbolo, algo mais concreto pelo que podemos acreditar, lutar e mudar.

Por tudo isso, hoje, dia 31 de dezembro de 2012 é dia de agradecer o ano que passou, deixar para trás as coisas ruins e focar nas coisas boas para que se renovem na chegada do ano novo. Dia de fazer os rituais que cada um acredita, ter fé que a vida apesar dos pesares é muito boa e vale à pena ser vivida.

Neste ano em especial, quero muito mais agradecer do que pedir. 2012 foi especial: completei 5 anos de casamento, 10 anos de namoro, minhas flores Carolina e Isabel nasceram e Mateus completou 2 anos. Enfim, minha família aumentou e se intensificou. Peço apenas que as coisas em minha vida continuem intensas, significativas e maravilhosas.

Mateus tem nos ensinado muito quando mostra o quanto é difícil lidar com uma mudança em nossas vidas como foi o caso dele com a chegada das irmãs, mas como algumas delas nos deixam marcas profundas e por isso mesmo são definitivas. Outro dia estávamos indo embora da casa dos meus pais cheios de sacolas e nem percebemos que estávamos esquecendo as meninas no quarto. E foi Mateus quem nos lembrou!!! Ai, ai... Além dessas marcas fortes, de maneira geral todo mundo de minha família está com saúde ou lutando com forças por ela, desenvolvi uma relação extraordinária com meus alunos no primeiro semestre e fizemos descobertas sensacionais sobre a história da evolução, vivi momentos tocantes com minhas amigas ao vê-las sendo mães, esposas, namoradas, promovidas no trabalho ou simplesmente trocando um abraço ou uma mensagem carinhosa e o dinheiro que nunca foi farto, pelo menos não faltou.

Peço também que algumas mudanças importantes em nossa sociedade aconteçam, pois está cada vez mais difícil conviver com certas atrocidades. Sou defensora de que temos que lutar por um mundo melhor para nossos filhos, mas acima de tudo que também lutemos para deixar filhos melhores para esse mundo. E por isso, meu maior pedido é que meus 3 filhos possam continuar se desenvolvendo de maneira plena, alegre, com saúde e com coração.

Beijo grande, Ju

domingo, 30 de dezembro de 2012

Helena e Henrique: sejam bem vindos!!!

Falha gravíssima: Helena e Henrique nasceram em maio em meio a um momento tumultuado de minha vida e por um descuido meu não receberam o merecido espaço aqui no blog, no qual desejo as boas vindas para os filhos e filhas de gente querida de meu entorno. Mas o envio de energia positiva nunca é demais em qualquer momento de nossa vida, e por isso mesmo peço desculpas aos dois fofuchos, e do fundo do meu coração espero que eles continuem com uma vida cheia de luz e saúde.

Helena e Henrique são irmãos do Nicolas, filhos da Kika e do Toninho, meio irmãos da Priscila, da Maíra e da Fernanda, tios da Thainá e da Lelê... ufa! Família contemporânea é assim: grande, diferente, divertida e, claro, única.

Minha relação com essa grande família vem de longe... Sou muito amiga da Pri e da Má e portanto Toninho (e consequentemente a Kika) me viram crescer, principalmente da época da adolescência pra cá. Em outras palavras: devo muito a eles, pois junto com as filhas eles me aturaram muito durante nossa aborrescência. Eram festas, viagens, compras, brigas, birras, confusões e tudo mais, aprontamos! Mas também tinha muita conversa, e muita, muita risada com nossas atrapalhadas.

Kika e Toninho, não sei o que ficou para vocês daquela época (a minha mãe, por exemplo, não suporta lembrar de nada a respeito), desculpa aí qualquer coisa... Mas para mim ficou uma lembrança bem gostosa de tudo que passei com vocês, e como o mundo dá voltas, e agora que já estou véia está na hora de agradecer tudo, né? Muito, muito obrigada.

Espero um dia conseguir retribuir tudo com o mesmo carinho. Quem sabe até não será por meio da Helena e do Henrique??? Do jeito que esse mundo dá voltas não duvido nada que daqui uns anos eu passarei a noite esperando seus dois pimpolhos voltarem da balada com os meus filhotes. Será que vai me baixar 'a louca' e vou pegar o carro para caçá-los pela balada como Toninho chegou a fazer??? Vixi... Que medo! Como tudo isso ainda está longe (rs), vamos por enquanto curtir intensamente a fase das fraldas e juntar a criançada para brincar bastante.

E viva, viva a família de vocês, que a minha continue desfrutando dessa companhia gostosa!!! Beijo grande.

Zumbis

Viva!!! Diferentemente de ontem a noite de hoje foi muito boa e animadora...

Teteu capotou, Bebel acordou às 4h30 para mamar e logo voltou a dormir e arrisquei fazer uma coisa diferente do que geralmente faço: deixei a Lina continuar dormindo e ela dormiu até às 8h... que beleza!

Claro que sabemos que temos alguns ajustes a fazer como, por exemplo, colocar a Lina para dormir primeiro e esvaziar bem meu peito para não ficarem doloridos durante à noite e também sabemos que esse acontecimento não é garantia de que a noite de hoje será também muito boa, mas só de saber que existe uma luz no fim do túnel (ainda mais com Mateus dormindo hoje com os avós... rs), já fico animada: nossos dias de zumbis pela madrugada estão com os dias contados, viva! Vou comemorar... dormindo!!! rs

sábado, 29 de dezembro de 2012

Violeta: seja bem vinda!!!

Minha amiga Priscila e seu marido Danilo receberam um verdadeiro presente de Natal nesse ano: a chegada no dia 24/12 da pequena flor Violeta, linda de tudo! Parabéns!

Essa pequena só veio embelezar ainda mais essa linda família que já tem também outro pequeno, o Joaquim e trazer ainda mais alegria e bagunça àquela casa gostosa cheia de calor e harmonia. Vai ser maior farra brincar com a criançada toda naquele tanque de areia!!! E podem chamar os amigos, viu??? Mateus já é "migu" do "Quim" na escola e Lina e Bebel certamente serão da pequena flor. Então a farra será mesmo muito grande!!!

Quando voltarem nos deem um toque que adoraremos dar um cheiro nessa flor mineira!!! E contem conosco para administrar a nova rotina maluca e para trocar mensagens virtuais como fizemos com nossos primeiros filhos, nunca vou me esquecer de seu carinho nesse meu processo de recém mamãe.

Lyanne: seja bem vinda!!!

Nasceu mais uma flor nesse mundo: a Lyanne, filha da Lilian e do Rubens, neta da Helena e do Luis.

Trabalhei com Lilian e com Helena no Pró saber em Paraisópolis e sinto muita saudade delas, principalmente da Helen com quem trabalhei junta por anos como também daquele tempo bom que não volta nunca mais. Mas o importante é que sempre novos tempos chegam e com eles mais alegria também chega às nossas vidas como é o caso de agora,  com essa flor que chegou, parabéns!

Em tempos de fim de ano receber um bebê como presente faz mesmo a gente acreditar que Papai Noel existe e que todos nossos desejos se realizarão. Que assim seja. Beijo bem grandão às duas e um especial à Lyanne, essa pequena flor que trará mais beleza a essa grande família.

Vitório: seja bem vindo!!!

Mais um pequeno príncipe chegou a esse mundo: o Vitório, filho do Luiz Fernando e da Rafela e também sobrinho do Zé. Viva!!!

O Luiz e o Zé foram professores no curso de especialização em Educação Lúdica do (meu) Lu e desde então têm sido grandes modelos e parceiros em sua trajetório profissional. Uns queridos.

Desejamos tudo de mais maravilhoso a esse pequeno: muita saúde, luz e, claro, ludicidade... sempre!

Outro humor

Às vezes fico um pouco cismada de manter esse blog, por tanta exposição, mas então percebo como escrever aqui me ajuda. Hoje acordei tão mal humorada como contei na postagem anterior e agora, após ter desabafado e ter vivido um monte de coisas gostosas com meus epquenos: fui ao parque com Mateus com quem me diverti muito, também me deliciei com as risadas da Lina e fiquei impressionada com a minha minhoca Bebel que já vai de um lado a outro do berço, e por tudo isso meu humor já é outro. Só falta agora a rinite ir embora (com a dor de cabeça)... já vão tarde!!!

Sem direitos

A maternidade transformou minha vida, e graças a ela tenho vivenciado experiências maravilhosas, únicas e profundas com meus 3 filhos lindos e cheios de saúde. Amo, amo demais meus pequenos, agradeço todos os dias suas existências e faço tudo para que continuem crescendo bem. No entanto, apesar de toda essa riqueza preciso confessar que em alguns momentos fico angustiada quando percebo que ser mãe também significa perder alguns direitos.

Sei que uma das maiores dádivas de ser mãe é exatamente a de nos entregarmos incondicionalmente a um outro ser, pois como disse Elisa Lucinda:



"A grande lição que o poder de gerar nos dá é a da generosidade. Ainda que não tenha saído de nosso ventre. A arte de ser mãe e pai é essencialmente a arte de cuidar".

Por isso tudo, cuido dos meus filhotes com todo meu amor. Mas cada vez mais tenho chegado à conclusão de que para cuidar bem deles também preciso cuidar de mim - e é por esse motivo, o desabafo de hoje.

Estou há duas semanas com uma crise de rinite alérgica e com muita dor de cabeça (algo que nunca tenho e que vem me enlouquecendo) e para completar hoje acordei muito cedo por causa dos pimpolhos. Fato que desde há três meses, desde o nascimento das meninas vêm acontecendo e apesar do cansaço venho lidando tranquilamente com isso. Mas justamente hoje, quando elas finalmente dormiram das 20h até às 6h, algo inédito e digno de ser comemorado, Mateus, que sempre dorme a noite toda parece que adivinhou e inventou de ter insônia e ficou rolando na nossa cama desde às 4h e mais: dando pontapés nos meus seios inchados e doloridos, já que as meninas ainda não tinham mamado e arrancando meus cabelos (ele tem a mania de dormir fazendo carinho nele, uma delícia!Só que quando não consegue dormir ele enrola as mãos e puxa meu cabelo com força, um inferno!). Por tudo isso, estou mal humorada e vou escrever agora que com a maternidade ganhamos um monte de coisas, mas também perdemos outras e aqui vou tratar da perda de direitos sobre nosso próprio corpo.

Desde a gestação nosso corpo muda (e olha que nem sou paranóica com isso). Acho um absurdo mulheres que não querem engordar na gravidez e costumo aconselhá-las a não engravidar caso não queriam mudar o tamanho da calça e do sutiã. Mas de qualquer maneira é algo que mexe com a gente, principalmente no início quando engordamos sem a barriga aparecer e no final quando a barriga é mais visível do que qualquer outra coisa. Na minha última gestação então que as duas meninas cresciam assombrosamente dentro de mim a barriga era algo muito, muito notável, assunto de toda roda de conversa ainda que eu quisesse silenciar. E vamos combinar que tem muita gente sem noção que faz uma cara de espanto de filme de terror quando te vê - quando não faz algum comentário desagradável. Para essas pessoas, homens e mulheres (algumas já mães, pasmem!) só posso dizer: sensibilidade zero.

Ainda durante a gravidez dá para fazer uma lista de dez páginas de mudanças corporais que ocorrem. De maneira geral, tive gengivite, dores nas costas, sono e cansaço. Meus três partos foram naturais (uma até sem anestesia), o que foi ótimo, mas claro que também traz o desconforto do corte na vagina. O sangramento posterior é bem chato e a volta a namorar bem delicado (mas essencial).

Mas mesmo depois do nascimento de nossos filhos nosso corpo continua sendo público: ao amamentarmos (e sim temos de fazê-lo, primeiro porque é uma delícia de carinho e segundo porque alimenta bem nossa prole) nosso peito é dos seres que nos sugam. Às vezes racham, empedrejam e secam, e por conta disso sofremos horrores, mas o fato é que tem alguém que é possuidor de nossos seres, não importa onde estejamos (pois sim, temos que poder dar de mamar em qualquer lugar), lá estão as boquinhas abertas que só sossegam ao nosso acalento e ao nosso leite. E haja leite! Temos que ficar o tempo todo com absorventes nos seios, porque senão molhamos tudo. Uma vez tive que comprar um vestido (sendo que não é qualquer roupa que podemos usar: precisa ter abertura na frente) simplesmente porque tinha me esquecido de sair com eles. Mesmo quando crescidos nossos fofuchos ainda precisam de nossos colos (haja força! Quando Mateus nasceu tive até tendinite no pulso) quando não de outras partes de nosso corpo como, por exemplo, o Mateus com meus cabelos. E por falar em cabelos, eu, que sempre tive queda deles, durante o período de amamentação a queda aumenta demasiadamente. Sem exagero meus fios estão em qualquer lugar, é irritante e desesperador!

Além disso, só conseguimos suprir nossas necessidades quando as deles estão satisfeitas. Assim, só comemos quando eles já estão comidos, só bebemos quando estão mamados, vamos ao banheiro quando estão dormindo e quando são maiores com eles ao nosso lado papeando sobre nossos "feitos", dormimos quando eles dormem (no meu caso, só à noite, já que dificilmente consigo dormir durante o dia, e mesmo que quisesse as meninas andam cada vez mais sapecas alternando os horários de sono - acho que só para cada uma ter um momento sozinha comigo), na verdade, quando eles dormem conseguimos fazer nossas coisas, Luiz agora mesmo acabou de me dizer: "deixa eu tomar banho antes que Mateus acorde!" (sim, depois de aprontar desde às 4h da manhã ele dormiu gostoso e nós dois estamos aqui acordados... aff!), saímos com nossos maridos quando estão com alguém seguro (agora com 3 filhos essa situação ficará ainda mais rara de acontecer, pois precisaremos de "alguéns" seguros ao mesmo tempo), namoramos quando nossos filhos e o cansaço permitem, saímos sozinhas apenas quando necessário (médico, banco, por exemplo, ou até mesmo porque estamos a ponto de explodir e alguém sensível percebe e diz: "vai dar uma volta que eu fico com a criançada"), raramente vamos ao cabeleireiro, manicure, depiladora, na ginástica, enfim, como disse os cuidados com a gente mesmo está sempre condicionado aos nossos filhos estarem bem cuidados (respeito essa ordem, não quero invertê-la, apenas reitero que estou num dia de desabafo).

Juntando todo o cansaço que a correria de cuidar de um bebê gera também existem as mudanças no nosso corpo e mente que os hormônios fazem conosco desde a gestação. É uma loucura!!! Hoje entendo algumas mães que piram, a verdade é que vivemos mesmo no limbo entre a loucura e a sanidade, muito fácil pular de um a outro. Ficamos muito sensíveis, vulneráveis, mas também muito fortes e cheias de fé, muito medrosas, mas também muito corajosas, muito esgotadas, mas muito renovadas, muito malucas, mas muito plenas, muito inseguras, mas muito confiantes, muito acabadas, mas muito belas, muito reclamonas, mas muito, muito realizadas. Enfim, tudo junto, tudo misturado. Isso sem mencionar que nosso corpo não tem mais o direito de ir e vir, e depende de um outro.

E claro, tem aquele direito que perdemos no exato momento que ganhamos nossos bebês, e com certeza o mais difícil de lidar de todos, um medo e desafio constante no dia a dia de qualquer mãe: que é o de morrer. Sabemos que na maioria das vezes isso não está diretamente em nossas mãos, mas ainda assim só de pensarmos na possibilidade de deixarmos nossos pequenos já sentimos culpa pelo abandono e desespero total pela ausência. Por tudo isso é que escolho ser uma mãe muito, muito presente ainda que uma mãe que precise desabafar de vez em quando do cansaço de todo dia, mas de qualquer maneira uma mãe presente - e APAIXONADA!!!!


Citação retirada do livro: "Parem de falar mal da rotina" de Elisa Lucinda. Página 89. Lua de papel. Recomendo!!!

2 anos de Mateus

22 de dezembro de 2012: 2 anos de Mateus!!!

O que dizer??? Tanta coisa e ao mesmo tudo tão repetitivo perto do que já disse e escrevi, tão pequeno perto do que sinto diariamente no corpo e na alma e tão essencial de ser dito, gritado.

Reitero tudo aquilo que tenho dito aqui, especialmente no seu aniversário do ano passado.
http://jujuviroumamae.blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01-01T00:00:00-02:00&updated-max=2012-01-01T00:00:00-02:00&max-results=50

Mas certamente as coisas mais essenciais são novamente agradecer a presença desse fofo na minha vida e desejar lhe muita saúde, luz e felicidade. Que meu menino se torne um homem bem bacana.

Amo você, meu príncipe. Um amor que não cabe no peito.

Um beijo grande da mamãe.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Para se emocionar: mães fortes

Ainda com os pensamentos muito ligados à história atual de minha amiga Aloyne e sua pequena Bia  e à força que ambas têm tido para superar este momento delicado de uti neonatal dedico a elas este pensamento que acabei de receber da Fatima, também parceira do 'Marina V'...

"Parir não é apenas gerar bebês... Parir é gerar mães - fortes, competentes, capazes. Mães que confiam em si mesmas e conhecem a sua força interior."
(Barbara Katz Rothman)


E ainda acrescento: mães fortes, filhos e filhas fortes!!!

E não à toa Aloyne publicou ontem em seu facebook:

Hj minha princesa completa 10 dias de vida fora da barriga da mamãe. Até agora só tenho a agradecer a Deus por ter me presenteado com uma filha tão forte e guerreira que em seus 10 dias de vida, junto com as preocupações me deu força e até agora só notícias boas. Desde seu nascimento prematuro não recebi nenhuma noticia ruim que me colocasse para baixo. TE AMO MINHA JÓIA BEATRIZ !!!!

Muita força e muita luz para vocês!!!! Beijão

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Beatriz Silveira: seja bem vinda!!!

Desde o início desse blog tenho anunciado com alegria a chegada de pequenos grandes seres a esse mundo, quanta belezura já passou por aqui!  Dessa vez, esse anúncio carrega a mesma alegria de sempre, mas uma emoção ainda maior.

A nova princesa que nasceu há um semana se chama Beatriz e é filha de uma amiga de infância, a Aloyne e do Daniel, namorados desde a adolescência, uns fofos! Além disso, Bia é sobrinha de meus amigos Alyne e Marcinho (também namorados desde de sempre, sendo que o Má e o Dani são primos!), prima da Lívia e da Lorena, e neta da Jacyra e do Dirceu que se bobear trocaram minhas fraldas e o mais importante, ajudaram muito minha família durante o período em que meu irmão Gabriel precisou de ajuda médica. Enfim, todos esses motivos já seriam mais do que suficientes para me encher de emoção ao anunciar sua chegada a esse mundão. Viva, viva, viva! A nova geração do 'Marina V' está cada vez maior, o que promete muita alegria em nossas vidas.

No entanto, a emoção com a chegada da Bia é ainda maior, pois ela foi apressadinha e chegou bem antes do previsto e desde então tem recebido cuidados especiais na maternidade. E eu que sou mãe me solidarizei profundamente com o coração aflito da Lô assim como tenho compartilhado das pequenas grandes vitórias que Bia tem feito desde seu nascimento: já está sem aparelhos respiratórios e já experimentou o melhor colo do mundo!!! Enfim, tem se mostrado uma pequena grande guerreira que certamente em breve nos dará outras tantas alegrias.

Bia é muito sortuda, faz parte de uma família especial e sua mãe em particular tem me emocionado demais, porque mesmo diante de uma situação delicada como essa ela tem se deliciado com as conquistas da pequena e de sua relação com ela. Uma mãe apaixonada e apaixonante! Eis sua última mensagem no facebook:

1 semana do nascimento da minha princesa, 1 semana sendo mamãe, que delícia. Minha lindona só me deu alegrias desde sua chegada a esse mundo. Só tenho a agradecer a Deus por estar ouvindo nossas orações e por ter me presenteado com uma filha tão linda, forte e cheia de saúde.

Minhas queridas, meus queridos, fiquem com Deus, e saibam que toda minha família está na torcida com vocês... sempre!!! Também preparem os corações, pois estas são apenas as primeiras alegrias que Bia trará às suas vidas... eba!!!  

Lembranças que servem de lição: UTI neonatal

Há uma semana atrás abri meu facebook e me deparei com essa mensagem da Aloyne, uma amiga de infância:

Não sei nem por onde começar !!!! 09/12/2012, esse dia nunca mais será o mesmo na minha vida. Minha princesa Beatriz chegou ao mundo, bem adiantada mas chegou. Existem coisas nessa vida que não podemos escolher e outras sim, e ela escolheu hoje, o dia q ela teria q vir ao mundo. Que Deus olhe por você, te proteja, te abençoe e te de muita saúde. A mamãe tem certeza que vc é forte e vai tirar de letra essa prematuridade, eu sinto isso bem dentro do meu coração. Vc já mudou meu mundo !!!! TE AMO BEATRIZ !!!!!

Li e reli a mensagem algumas vezes tentando captar o que ela dizia e ao mesmo tempo fazendo as contas de quantos meses de gestação ela estava quando da última vez que nos falamos. Depois de uns minutos caiu minha ficha de que Bia havia nascido bem prematuramente e claro, me emocionei.

Primeiramente porque a chegada de um ser a esse mundo ainda mais quando faz parte de seu ciclo de amizades é algo que deve ser sempre comemorado. É o anúncio de novos tempos e de uma nova geração; é a continuação de nossa espécie, de nossos valores e da promessa de que o que é certo se manterá e o que é errado poderá ser modificado. Certamente toda minha clareza a esse respeito só veio após o nascimento de meu primeiro filho e desde então tenho feito questão de marcar a alegria desse acontecimento aqui no blog com a sessão "seja bem vindo!". Bia daqui a pouco fará a dela.  

Em segundo lugar me emocionei com a notícia, pois agora como mãe sei bem como o nosso coração fica apertado quando nosso filho precisa de cuidados especiais de saúde. Pensei então na Lô, recém mamãe, com toda aquela idealização na cabeça de receber a filha no colo, depois cheirá-la, amamentá-la, e claro sair logo com ela nos braços da maternidade e fiquei muito mexida por ela ter que esperar um tempo para fazer tudo isso. Na verdade, acho que só estou conseguindo escrever esse texto hoje, pois ao abrir o facebook me deparei com outra notícia emocionante, e dessa vez animadora:

GENTE...PRECISO CONTAR !!!
Hj, dia 15/12/2012 às 16 horas tive e alegria que pegar minha filha no colo pela primeira vez. Fizemos o método "canguro", esse método foi comprovado cientificamente que trás enormes benefícios para os bebês prematuros.
A alegria foi imensa e o prazer inexplicável. Sentir seu coraçãozinho batendo no meu peito, sua respiração tranquila e ver que ela dormir tranquila e profundamente foi delicioso. A maior alegria de todas é saber que esse foi apenas o primeiro de muitos e muitos colos que darei a ela.


Lô querida, a evolução de Bia está indo muito rápido, sinal de que ela é mesmo uma guerreira como constantemente e que suas orações em breve serão atendidas. Ainda assim esse momento é mesmo muito difícil, pois lidar com a fragilidade da vida humana requer uma sabedoria e equilíbrio muito grandes, mas que certamente você e Dani estão tendo. Sei que no momento é tudo muito confuso, mas tente tirar proveito dessa situação. Vou contar brevemente da minha experiência...

Mateus também nos deu um susto. No seu segundo dia de nascimento um exame veio alterado e por prevenção o internaram na UTI para tomar a medicação necessária. Quase tive um "troço" quando o vi dentro da incubadora todo peladinho, tão frágil, sozinho, sem receber nosso aconchego. Uma triste imagem, você bem sabe... Mas então olhei para os lados e vi outros bebês, também peladinhos, muitos deles bem pequenininhos e dentre esses vi um que tinha uma placa comemorativa do lado de fora da incubadora com os dizeres: "Viva... ganhei meu primeiro quilo!". Nesse momento, olhei para seus pais felizes com os dizeres da placa e me emocionei muito com aquela imagem. Quem diria, 10 minutos depois de me deparar com a imagem mais aterrorizante do mundo para uma mãe lá estava eu chorando, não mais de angústia, mas de esperança diante daquela cena tão linda daqueles pais orgulhosos por seu pequeno que lutava - também como um guerreiro - por sua vida.

Naquele momento, fui me dando conta de ser mãe/pai é mesmo entregar nosso coração para um outro ser carregar e ficar sempre dependendo do sorriso deste para sorrirmos também assim como passei a entender o porquê sempre desejamos saúde para as pessoas queridas.

No dia seguinte, Mateus foi transferido para a semi uti, onde permaneceu por mais três dias. Nesse espaço as coisas são menos tensas, a começar que você sabe que seu bebê está mais forte para estar ali e que eles ficam em bercinhos, com roupa e os pais têm um pouco mais e acesso livre. Ainda assim é uma Unidade de Tratamento Intensivo e está longe de ter o aconchego, tranquilidade e liberdade de nossa casa. Fiquei um dia a mais na maternidade para acompanhar meu pequeno, sendo que esse dia foi na data de Natal e no dia seguinte não mais podendo ficar fui embora sem meus pequenos assim como você. Dureza! Nos dias posteriores passávamos o dia na maternidade, aproveitando o máximo de tempinho que podíamos com ele. No restante do tempo aproveitava para ir ao banco de leite "ordenhar", é importante para que o bebê beba seu leite e depois você consiga amamentá-lo, conversar com outras mães em situações semelhantes. Sim, existem um monte delas na maternidade, comece a reparar: muitas vezes passam o dia inteiro sozinhas e vão adorar bater um papo para aliviar o peso do que estão passando com seus filhotes. Também me forçava a comer, beber água e descansar da maneira que desse, afinal, se queremos dar força aos nossos pequenos precisamos estar fortes, orar, chorar, sorrir e sonhar com o fim desse episódio e aceitar todo tipo de ajuda (você verá que agora como mãe entendemos que fazemos parte de uma teia da vida na qual temos que cuidar uns dos outros) e como já disse, tirar proveito dessa experiência.

No caso nosso caso aproveitamos para fazer um estágio com as enfermeiras: elas nos deixavam trocar fraldas e dar banho. Assim, quando depois da suspeita da bactéria não ter se confirmado em Mateus fomos para a casa muito seguros em relação a como cuidar dele, já que havíamos recebido um monte de dicas das enfermeiras e claro, muito, muito contentes, pois mais do que nunca aprendemos a dar valor para a vitória de nosso filho. Longe de desejar que todos os pais passem por isso, mas a verdade é que aqueles que passam por situações delicadas como essas valorizam mais rapidamente os pequenos gestos: respirar sozinho, ganhar peso, sorrir, chorar, olhar nos nossos olhos, adormecer em nosso colo, amar e ser amado. E minha querida Lô, ao ler suas mensagens é muito visível o quanto você já sabe disso ao comemorar as pequenas grandes conquistas de sua filha. Parabéns pela maternidade, continue curtindo muito cada vitória de sua guerreira, a gente fica daqui na torcida, sempre!


sábado, 8 de dezembro de 2012

Emanuel: seja bem vindo!!!

Na semana passada mais um príncipe chegou a esse mundo: o Emanuel, Manu para os íntimos (rs), filho da Ligia e do Adriano e também irmão da Olívia.

Ligia era minha colega de trabalho e durante nossas primeiras gestações nos aproximamos mais intensamente trocando dicas, dúvidas e emoções - e bota emoção nisso!!!

Ainda grávidas compartilhamos algumas de nossas decisões para quando nossos bebês nascessem desde a fralda a ser comprada até outras mais sérias como, por exemplo, quando abdiquei de uma de minhas duas escolas de coração para ficar mais tempo com meu pequeno e ela, muito mais corajosa, abdicou do emprego e mudou-se para a praia para morar pertinho do maridão e proporcionar uma outra qualidade de vida à filha. Desde então passei a admirá-la ainda mais fazendo questão de manter contato (muito mais virtual do que real, é verdade, já que tem sido o único jeito possível), porque realmente percebi que ela seria uma mãe modelo, alguém para me espelhar e inspirar. Dito e feito.

Nas nossas trocas de mensagens conseguia perceber uma forte sintonia em relação à nossas descobertas sobre os desafios e maravilhamentos de ser mãe; viramos mães apaixonadas, dedicadas sem deixarmos de pensar sobre inúmeras outras coisas da vida. Com o tempo as mensagens diminuíram, já que não tínhamos mais aquela enorme angústia em sermos responsável pela vida de alguém que fala uma língua que ainda não compreendemos; viramos mães seguras. No entanto, o carinho que ficou desta relação não diminuiu, pelo contrário, só cresceu assim como nossas famílias.

Em nossas últimas mensagens conversamos sobre a chegada de mais um ser em nossas vidas e o quanto isso mexe com nossa rotina e com nossos primeiros filhos. Como sempre Ligia demonstrou muito atenção a essas questões, pois ela sempre quer cuidar dos presentes que a vida lhe dá. Olívia e Emanuel são crianças de sorte. Tenho certeza de que ainda temos muito a conversar a esse repeito bem como sobre milhares de outros assuntos. Eu quero, quero muito. Estou on-line, à disposição.