segunda-feira, 18 de julho de 2016

Outros relatos: Leka

Segue uma reflexão de minha amiga Leka sobre algumas questões sérias e urgentes de nossa sociedade que pedem nossa coerência e posicionamento.


Como mãe e professora tenho refletido muito sobre nossa sociedade e qual é nosso papel diante dos tempos em que vivemos. Em um momento em que o certo e o errado, o justo e o injusto parecem cada vez mais difíceis de serem definidos, penso ser o instante em que cada um de nós faz a diferença. 


Recentemente assisti aos documentários "O Começo da Vida" e "The Kids Menu" (Disponíveis no Netflix. Super recomendo ambos!), que fizeram-me refletir ainda mais sobre o que é educar para a vida, para o mundo. Se por um lado "é preciso um povoado para fazer dar certo", por outro "se você cuidar das pequenas coisas, as grandes se resolverão sozinhas". Dessa forma, fico pensando o quanto não é suficiente que em minha casa uma alimentação mais saudável seja uma premissa, se na maioria das outras famílias não for, por exemplo.

Outro dia participei de uma palestra com os profissionais do Alimentamente, na qual pudemos refletir bastante sobre a formação de hábitos e a importância de "tudo começar por nós". Precisamos pensar no ato de consumir como uma força política. Teremos maior oferta de alimentos orgânicos, frescos e mais saudáveis, a medida que nós, os consumidores, exigirmos isso do mercado. Essa exigência começa pela escolha do que comprar. Comprar alimentos pelo que são e não pelo que sua embalagem representa. Qual sua origem? Quanto de lixo suas embalagens vão produzir? Quais os ingredientes que o compõe?

Em uma sociedade cada vez mais individualista, pensar que, como vivemos em comunidade, não basta que meus filhos sejam educados e alimentem-se bem, por exemplo. Eles viverão e crescerão cercados de outras pessoas e quanto mais bacanas e saudáveis elas forem, melhor será para todos.

Um pequeno, mas grande passo para as mudanças está na alimentação. Fazemos pelo menos 4 refeições ao dia e quanto mais as crianças estiverem implicadas nisso, melhor para todos, não?

"Uma criança, uma família, uma comunidade...", quanto mais pensarmos em rede e acreditarmos na potência de nossas crianças, acredito, teremos uma sociedade mais feliz, saudável e justa.

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