quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

11h52

11h52: há 1 ano atrás Mateus nasceu... que emoção!
Deixa eu correr pra dar mais um cheiro nele...
Ai como amo!!!

Ao meu pequeno aniversariante

Mateus, meu filho amado,

Você chegou há um ano atrás e mudou completamente a minha vida... e eu adorei!!!

Você só me trouxe coisas boas, porque você é um ser muito especial: esperto, tranquilo, danado de sapeca, carinhoso, um fofo que eu amo de paixão!!!

Mamãe sempre estará ao seu lado seja para dar uns apertos em suas bochechas ou uns apertos em suas orelhas... sempre te amando, pois já não sei nem quero viver de outro jeito.

Te amo muito meu piratinha, meu príncipe, meu pacotinho, meu filho amado.

Feliz aniversário de 1 aninho!!! Que venham muitos outros para você comemorá-los com seu sorriso contagiante de sempre.

1 ano se passou...

1 ano se passou... Às vezes parece que passou voando e que mal consegui aproveitar meu pequeno (desespero total) e às vezes parece que Mateus sempre fez parte de nossas vidas (tranquilidade total).

1 ano se passou... E tanta coisa mudou. Nem lembro mais como eu vivia sem ele. Claro que também era muito bom, aproveitamos bastante, mas agora é melhor ainda com ele ao nosso lado. Não vivo mais sem.

1 ano se passou... E como eu estou diferente, pensando e sentindo coisas que nunca imaginei sentir antes. Ao mesmo tempo tudo faz tanto sentido que parece que toda a minha vida eu caminhei exatamente para chegar a esse ponto e finalmente tê-lo em meus braços.

1 ano se passou... E como eu estou mais eu mesma. A maternidade me trouxe um resgate de minhas memórias de infância que eu acolhi com toda satisfação. Certamente conseguir juntar a mulher que pari com a menina que brinca me fez um bem danado e manter-me assim, vários lados e inteira, tem sido um de meus prazerosos desafios de todos os dias.

1 ano se passou... E como aprendi. Num curto espaço de tempo que muitas vezes parecia uma eternidade precisei ficar atenta a todos os detalhes que Mateuzinho me dava para compreendê-lo melhor e assim atender suas necessidades físicas e afetivas.

1 ano se passou... E virei uma mãezona. No começo, ainda sem jeito, as pessoas me atropelavam com os palpites sobre o que era melhor para meu bebê. Com o tempo, me assegurei de meu jeito, minhas convicções e a de Luiz e o jeito de Mateus e consegui me expressar como mãe imprimindo meu jeito em cada ação voltada a ele. As pessoas perceberam o crescimento da relação de afeto entre mãe e filho e começaram a me respeitar mais, o que foi muito pertinente.

1 ano se passou... E me reconectei às pessoas. Percebi que fazemos parte de uma comunidade na qual precisamos umas das outras, cada uma com o seu devido espaço e sendo assim, passei a apreciar ainda mais das companhias dos amigos, familiares e colegas. Estou realmente muito satisfeita com essa minha conquista, o blog aliás é um espaço que representa essa conexão.

1 ano se passou... E apenas agora sendo mãe consegui compreender algumas falas e ações de minha mãe. Se pudesse voltava no tempo, mas não posso, pois este é o saudável e misterioso ciclo da vida.

1 ano se passou... E percebi como é realmente difícil educar um filho, e olha que sou uma educadora com convicções bem claras as quais não abro mão. Ainda assim, às vezes tenho dúvidas, angústias e medos. Mas com o tempo aprendi que com esforço e muito amor o Mateus tem tido a melhor mãe que ele poderia ter - ainda que ele só venha a reconhecer isso mais tarde quando for pai.

1 ano se passou... E minhas reflexões aumentaram sobre educação, o mundo contemporâneo, os valores, a postura (ou a falta dela) dos adultos na formação das crianças, a violência, a segurança, a liberddae, o consumo, o brincar etc. Principalmente em nossa sociedade contemporânea é importante pensar a respeito disso tudo tentarmos fazer as escolhas mais coerentes em nossas vidas e na dos pequenos. Afinal, quero deixar um mundo melhor para Mateus, mas principalmente uma pessoa melhor para o mundo.

1 ano se passou... E experimentei a dor de ver um filho chorando seja por sono, porque caiu ou está doente. Aprender a lidar com isso é um desafio constante, pois os choros são inevitáveis e a dor existirá sempre. Também experimentei o orgulho ao ver minha cria crescendo e fazendo conquistas. Como diz minha mãe mal dá para acreditar que esse ser tão expressivo existe... e ainda saiu de dentro de mim!

1 ano se passou... E minha relação com o trabalho mudou. Com dor, saí de um emprego e fiquei apenas com um, diminuindo assim o ritmo diário. Continuo apaixonada pelo que faço e agora tenho mais um motivo para mergulhar no trabalho, pois quero que Mateuzinho tenha orgulho de mim. Além disso, tenho me esforçado para atuar de maneira mais focada nas tarefas para assim render mais e gastar o restante do tempo com meu pequeno.

1 ano se passou... E meu trabalho quadruplicou. Tive que a administrar tudo que já administrava mais um bebê e ainda por cima descobrir que minhas férias não são mais as mesmas... rs

1 ano se passou... E nem ligo que não tenho mais tempo para fazer coisas que fazia antes. O amor é tão grande e intenso que só quero saber de agarrar, cheirar, beijar, conversar, brincar, olhar, amar meu pequeno.

1 ano se passou... E fiquei ainda mais manteiga derretida. Choro por tudo, desde as cenas lindas que acontecem comigo ou com outras pessoas e também com as desgraceiras da vida. Mas como mãe e como educadora continuo esperançosa de que podemos formar pessoas bacanas para melhorarem nosso mundo.

1 ano se passou... E eu continuo me emocionando ao me lembrar de cada detalhe do nascimento de Mateus, o maior presente que já ganhei em minha vida. Um presente que na verdade é um empréstimo de Deus, já que ele pertence ao mundo, mas enquanto estiver sob a minha responsabilidade vou continuar cuidando e amando com todas as minhas forças, porque não quero viver de outra maneira. Essa é minha escolha, essa é a minha vida.

1 ano se passou...E ainda não consigo mensurar o amor que sinto pelo Mateus. Por isso sigo com a pergunta que não quer calar: Onde coloco todo esse amor que já não cabe mais no peito?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Beatriz Ferreira: seja bem vinda!!!

Nasceu mais uma flor: A Beatriz, filha da Juliana e do Cristiano e sobrinha de minha grande amiga, a Aninha. Viva!!! Além de toda emoção por sua chegada Bia já chegou trazendo alegria para esse mundo e nasceu bem no dia do aniversário da tia Ana (14 de dezembro) para assim a família inteira se reunir e fazer uma festa de arromba todo ano.

Desejo a essa pequena flor, linda e fofa, uma vida repleta de experiências intensas, amorosas e deliciosas.

Ter filhos é realmente uma bênção e tenho certeza de que  a Ju e o Cris serão ótimos pais que saberão aproveitar cada minuto desse amor sublime. Contem comigo para o que precisarem e depois vamos marcar um encontro de bebês para meu príncipe conhecer a princesa de vocês e eu chorar de emoção...


Sim, me leva para sempre Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão

Despedidas

Com o fim do ano letivo na semana passada algumas despedidas (doloridas e necessárias como não poderiam deixar de ser) acabaram acontecendo em nossas vidas...

Primeiro, a despedida de meus alunos. Senti um nó na garganta pela dor da separação ao mesmo tempo que meu coração se encheu de alegria por vê-los tão crescidos e preparados para uma nova etapa na outra unidade. Meus queridos, sentirei saudades e lhes desejo boa sorte.

Segundo, a despedida de Mateuzinho de sua escola, pois no ano que vem ele poderá frequentar a escola onde trabalho, já que fará 1 ano. Estamos muito ansiosos por essa mudança, sabemos que será muito bacana para ele, sem mencionar a emoção que sinto em ver meu filho aproveitar de um espaço que acredito. Mas nem por isso estamos menos tristes por ele deixar a escola que o acolheu desde os 4 meses e que realizou um trabalho incrível com ele diariamente. Raquel, Marcela, Cátia, Michelle e companhia, sempre nos lembraremos com carinho desse espaço que foi fundamental para o desenvolvimento de nosso pequeno. Muito, muito obrigada por tudo. Sentiremos saudades...


"Muita coisa que ontem parecia importante ou significativa amanhã virará pó no filtro da memória. Mas o sorriso (...) ah, esse resistirá a todas as ciladas do tempo". (Caio Fernando Abreu)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Outros relatos: Milena Cintra (II)

Acabei de receber essa mensagem de minha amiga Milena, mãe da doce Isabella que hoje completa 2 meses e fiquei emocionada. Resolvi então publicá-la para que essa mensagem nos sirva de inspiração e lembrete de que todos os dias precisamos declarar nosso amor para nossos pequenos que transformaram as nossas vidas para melhor e que sem eles não queremos mais viver... Lá vai a minha:

Mateus, tenho muito orgulho em ser sua mãe. Meu príncipe, te amo demais da conta... para sempre!!!


Segue agora a declaração da Mi para a Isa:

Pela luz que ilumina as nossas vidas há 2 meses: a Isabella!
Agradecemos muito pela graça de comtemplar diariamente
o dom da vida desabrochando numa flor tão bela que nos ensina
a amar mais a cada dia! Parabéns filha, porque em 2 meses
nos encheu a casa e a vida de tanta alegria! 
Porque acorda dando risadas e repete altas doses durante o dia, porque já fala angú e bruuu, porque dá gritinhos quando está feliz, e grita forte se está incomodada, quando tem sono, chora de mansinho. 
Parabéns porque é forte, determinada, porque é observadora
porque está cada vez mais gostosa, porque mede 57 cm e pesa 5,5 kg, porque nada feito peixinha na banheira e
no balde e nunca chorou em um sequer banho (só para sair rs), porque reconhece aos corujas da casa e até a boneca e ao anjinho ( e como os ama!).
Porque vem descobrindo as mãos, cabelo, língua e logo logo os pés! Porque ja dorme mais horas a noite e se movimenta muito mais durante o dia.
Parabéns porque tão é amada por muitos, em muitos lugares, dentro e fora do Brasil!!
Já tem data marcada para o primeiro de muitos voos e todos sonham alto para você!
Obrigada porque nos inspira a a ser melhor, mais felizes,
a ter mais fé e mais amor!
Obrigada por fazer A diferença e ensinar-nos a renascer com cada uma das suas descobertas!
Te amo com amor sem igual e será sempre assim!
Que Deus abençoe a voce e todos os pititicos que enchem a vida de esperança os que estão por aí e os que estão por vir!

sábado, 26 de novembro de 2011

Orgulho de ser professora!

Ontem ficamos até às 23h arrumando a exposição de artes da escola, mas valeu à pena! Os trabalhos ficaram lindos e mal vejo a hora de ver a carinha das criança admirando o que elas próprias produziram...

Agora há pouco também fiquei emocionada, porque uma ex aluna me chamou para conversar on line no facebook só para recitar sequências numéricas de intervalos diferentes para mim, ai que orgulho!!!

E como disse na postagem anterior, fomos a uma conversa se finalização com as professoras do Mateus e também deu muito orgulho dele tê-las em seu percurso, quanta coisa elas fizeram por ele!!! Sou e serei sempre muito grata a essas professoras e a essa escola por terem- no recebido tão bem.

Travessuras de Mateuzinho - 4

Nesta semana fomos a uma reunião com as professoras de Mateus para finalizarmos o ano e demos muita risada por causa de suas travessuras... Esse moleque é mesmo um fofo de sapeca! Seguem algumas peraltices e conquistas dele na escola e em casa:

- Já está correndo de tanto querer pegar os colegas na escola num gostosa brincadeira
- A mesma coisa acontece quanto a escalar, escorrergar...
- Está abrindo todas as portas de armários da casa e da escola e tirando tudo do lugar. Outro dia ao levantar-me da cama pisei num espremedor de limão que ele havia largado lá
- Outro dia o tirei de perto da tomada e ele foi andando de costas com as mãos para trás e uma cara de safado até a tomada para enfiar o dedo de novo
- A gente fala "nanãninanão" quando não pode alguma coisa e ele fala também
- Produz mil sons e (pasmem) já está conseguindo nomear algumas coisas: "mamã" para mim, "papá" para o Luiz, "au au" para cachorros e qualquer outro bicho, "papa" para comida e leite, "nenê" para ele quando se vê no espelho ou numa foto, "aua" para água e "bu" para bola e busão... rs
- Se estamos comendo quer comer também nossa comida e é uma guerra para distraí-lo com outra coisa para que não saia de sua rotina alimentar. Quando perdemos a guerra, damos polvilho que ele ama ou o miolo do pão, arroz, fruta, menos doce
- É só a gente se distrair e ele vai para o banheiro, um perigo!
- Mateus aproveitou um momento de distração na sua escola e escapou da sala de aula e foi até a secretaria
- Ele usa as pessoas, e mesmo seus colegas bebês de apoio para ficar em pé
- Já quer comer sozinho, principalmente as frutas. Vê-lo comer banana é engraçadíssimo!
- Quando acaba uma música ele bate palmas
- De manhã, quando está chegando a hora de tirar uma soneca ele já vai até seu quarto pega o paninho e coloca a chupeta e ver me chamar. Claro que às vezes ele só quer fazer farra e nessa hora eu peço que ele tire a chupeta, já que ele ainda quer brincar. Ele tira e me entrega. Aí quando bate de verdade o sno ele pega de novo e vamos juntos até o quarto para que tire um cochilo bem gostoso... como está fazendo agora!!!

Mateus é danado de sapeca, mas é um gostoso, muito divertido, alto-astral, carinhoso, esperto e amado. Muito amado.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Viva a Paulinha!

Me acostumei com ideia de quando o Mateus completa um mês a Lelê completa também - só que um mês a mais, e por isso demorei para perceber que passado 12 meses para a Lelê chegamos ao dia 22 de novembro, e esse dia não é só dela; é também de outra fofíssima e queridíssima, a Paulinha, então deixa eu me apressar para dar logo os parabéns a ela:

Feliz aniversário Paulinha, tudo de bom para você! Te amamos, viu? Continua sempre essa menina sabida e fofa que enche de alegria e orgulho seus pais e as pessoas ao seu redor, especialmente o Mateus, seu grande amigo. Ah! E adoramos a sorvetada, foi muito legal e você estava parecendo uma princesa!!!

E Mimi, mãe dessa fofa, adorei seu texto no blog. Parabéns a você e ao Miguel pelos filhos fofos. Amo!

Paulinha dando uns apertos no Mateuzinho


Por último, preciso agradecer minhas amigas Mimi e Pri por terem combinado de não fazerem as festas de suas respectivas filhas no mesmo dia para nós podermos ir... valeu!!!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Parabéns para a Lelê!!!

Hoje Mateus completa 11 meses de nascimento e Lelê, 1 ano. Que delícia... parabéns para ela!!!

Desejo toda a felicidade do mundo a essa princesa que desde que chegou a esse mundo tornou as vidas de meus grandes amigos Pri e Lê mais felizes, e por isso serei sempre grata a ela. Além disso, farei de tudo para ela e Mateuzinho serem grandes companheiros e assim formarem mais uma geração de amizade, com orgulho!



Pri com sua princesa e eu com meu príncipe

Troca-troca de bebês: Lê com Mateus e Lu com Lelê

11 meses!!!

Hoje Mateuzinho, meu príncipe, meu filho amado, meu pequeno, fofucho, sapeca, paixão, meu tudo completa 11 meses de nascimento... Que delícia!!!

Às vezes tenho a sensação de que Mateus faz parte de nossas vidas há muito mais tempo, pois parece que faz um tempo eterno que nos conhecemos, e estamos juntinhos em nossa intimidade de todos os dias... A vida que tinha antes de sua chegada parece tão distante, a ponto de outro dia ir para um aniversário na Vila Madalena e ao olhar todos aqueles bares e me impressionar de que eu um dia eu já os frequentei intimamente... rsrsrs. Fico também com essa sensação, porque desde que virei mãe mudei meu ponto de vista sobre algumas coisas como e agora, por exemplo, consigo entender as aflições de minha mãe por ter que esperar por meus irmãos chegarem da balada, o que, claro, me faz retomar minha história e me dar conta de que também já lhe causei essas aflições... rsrsrs.

A vida é assim, a gente vive de acordo com as nossas possibilidades do momento, não adianta nos sentirmos culpadas por aquilo que não tínhamos condições de compreender e fazer de outra maneira; o que adianta é viver do nosso melhor jeito e tentar, aos poucos, ampliar nosso olhar para avançarmos em nossas relações com as pessoas e o mundo.

Mas de uma hora para a outra, sinto que o tempo que passei com Mateus (9 meses na barriga e 11 fora dela) passou muito rapidamente. Outro dia mesmo me dei conta de que tinha se passado 1 ano do chá de bebê com a família e mal acreditei, parecia que tinha sido ontem... rsrsrs. Nesse momento, dá um certo medo de deixar escapar as oportunidades de aproveitar o pequeno, seu desenvolvimento, conquistas, aventuras, experiências, descobertas, mas então  fecho os olhos, me acalmo e sinto a escolha que fiz e renovo diariamente: amar e amar muito meu filho, em todos os momentos possíveis e do melhor jeito que eu puder. E eu amo, AMO MUITO!!!





PS: Parabéns para a Lelê que hoje completa 1 aninho.... e para minha grande amiga Priscila... AMO!

Para refletir: brincar X consumo

Nos dias atuais a discussão da relação entre o brincar e o consumismo é essencial para quem está preocupado(a) em garantir que as crianças tenham uma infância intensa e formar cidadãos com valores para preservar nosso planeta. Para essas pessoas, indico este pequeno documentário que aborda de maneira simples e direta algumas questões importantes a esse respeito: quem queremos formar? que mundo queremos viver? o quanto estamos olhando para as crianças? o quanto que o consumo de brinquedos prejudica a brincadeira criativa e imaginária? o quanto o mercado de propaganda apela para o consumo em excesso (e desnecessário) das crianças? o quanto temos que ser firmes para mantermos nossos princípios? Enfim, para assistir e refletir...

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR - LIVRARIA DA VILA/ INSTITUTO ALANA

domingo, 20 de novembro de 2011

Boletins

Toda professora que prepara relatórios descritivos do processo vivido por cada aluno, os chamados boletins, sabe como essa época do ano demanda muito trabalho. Ontem mesmo tive que despachar meu pequeno para a casa dos meus pais para conseguir trabalhar de maneira empenhada e concentrada. Ai que dor no coração que deu.. ainda bem que valeu à pena e consegui produzir bastante!

Hoje já liguei para a minha mãe e fiquei sabendo que tudo deu certo... Nesse momento bate uma mistura de sentimentos: alegria, alívio e orgulho por estar criando um ser tão fofo e adaptável e também medo em ver a cria escorrendo pelos dedos... Mas aí me lembro das sábias palavras de Saramago (tem uma postagem a respeito) que filhos são empréstimos de Deus, afinal, pertencem ao mundo. Essas palavras me confortam e me trazem a urgência de querer aproveitar cada minuto desse presente tão abençoado e por isso eu digo:


Mateus, mamãe já, já está chegando pra te dar um cheiro de bom dia!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Para refletir: André Trindade

Diversas vezes já citei trechos da obra do psicólogo e psicomotricista André Trindade, o qual admiro bastante. Estava mais do que na hora de colocar algum artigo na íntegra para homenageá-lo, para divulgar para quem não conhece e claro, para mais uma vez, refletir a respeito do que ele trata de melhor: o desenvolvimento motor e emocional do bebê. E como abordei na postagem anterior sobre a relação mãe e bebê achei que o texto a seguir seria o mais pertinente para o momento. Aproveitem!

OS SENTIDOS E A RELAÇÃO COM A MÃE 

"O SER HUMANO CONSTRÓI-SE com base nas relações que estabelece com outros humanos. O prazer de evoluir e realizar-se depende da possibilidade de estabelecer vínculos de amor e de cuidados.


Todo bebê quer ser desejado. Essa deveria ser uma condição básica, uma premissa para a procriação. Infelizmente, nem sempre o é.


Entretanto, como disse nos primeiros capítulos desse livro, os pequenos nascem com alta capacidade de sedução e comunicação. Ao olharmos um recém-nascido, somos inundados por emoções de apego. Muitas vezes, também somos tomados por um grande medo de não sermos capazes de cuidar dessa criança e de amá-la, o que gera sentimentos negativos. A maternidade e a paternidade nem sempre representam um 'mar de rosas'. Relacionar-se pode ser difícil, demandar muito investimento emocional e persistência. Junto com o bebê, porém, costuma vir uma grande força vital para os pais, bem como o desejo de realizar a tarefa de criar, de fazer crescer.


Do ponto de vista do recém-nascido, inicialmente tudo é confundido com a figura da mãe (incluindo aí o pai, os irmãos, os cuidadores etc.). 'Durante os três primeiros meses de vida do bebê, supomos que ele ainda não pode, a não ser muito fugazmente, fazer distinção entre seu corpo e o da mãe. Devemos supor também que ele ainda não pode saber que seus sentimentos íntimos são seus mesmo, estão dentro dele. Pode muito bem parecer-lhe que, quando está irritado, o mundo inteiro está zangado' (Osborne et al., 1982, p. 57).


O estado indiferenciado vivido no útero vão, pouco a pouco, transforma-se e, então, ele será capaz de diferenciar cada membro da família.


A comunicação inicial da dupla mãe-bebê é intensa. Uma ligação orgânica e sensorial tende a acontecer para que a mãe possa assumir e responsabilizar-se por seu papel de cuidadora, atendendo o melhor possível às necessidades do bebê. A mãe se utiliza de seus estados sensoriais: sente a temperatura do bebê com a própria pele (melhor do que qualquer termômetro), sente o cheiro de seu 'amorzinho' fungando por todo seu corpo, sente o cheiro de suas fezes e pode até dizer se ele está com frio ou calor, acorda no meio da noite com o mais leve ruído (um mínimo choro) e por vezes sente que o pequeno acordou antes mesmo que ele dê sinal. A respeito do choro, ela pode chegar a identificar diferentes tons e definir diferentes tipos de choro.


Toda uma sintonia pode se estabelecer entre os dois. Não é uma regra, isso varia de mãe para mãe, de filho para filho, mas existe uma tendência nesse sentido.


Entretanto, mesmo as mães mais sensíveis e conectadas não sabem, em determinados momentos, exatamente o que se passa com seu bebê. Nessa hora, é preciso ter calma, pois se trata de uma sensação dinâmica, que pode se modificar.


Há ocasiões em que a mãe é precisa no cuidado, sabe o que seu bebê necessita e quer, reconhece o choro de fome ou incômodo etc.; no entanto, em outros momentos, ela pode sentir-se perdida.


Algumas situações conhecidas podem inibir a tendência à sinotmia. Pode ser o caso de mães que são privadas dos cuidados iniciais de seus bebês, que precisaram ficar em incubadoras ou sob os cuidados médicos. Nesses e em outros casos nos quais o vínculo se interrompe, é necessário ajudar mães e bebês a recuperar a confiança mútua e reestabelecer o contato amoroso entre si.


O bebê, por sua vez, é capaz de captar os estados interiores da mãe e sua personalidade. Ele se vê a partir dos olhos dela, daquilo que ela pensa sobre ele, do que sente por ele e do que quer que ele ele seja. Uma mãe confiante e positiva facilitará o desabrochar de seu bebê - mas sabemos que positividade e confiança não são possíveis em todos momentos.


Esse estado de sintonia vai se modificar. Trata-se de um processo de evolução tanto da experiência corporal quanto emocional. A ausência e a presença da mãe são percebidas pelo bebê e provocam emoções intensas.


O amor absoluto e o enamoramento sublime vividos com ela podem ser substituídos pro zanga, raiva e furor, expressos por meio de choros, enrubescimentos, contorções, esperneios e gritos. Contê-los no colo, embalá-los, acariciá-los, consolá-los com nossa presença física, com tapinhas e nossa voz. Distraí-los ou inibi-los desses sentimentos que, embora difíceis, são necessários: não!


Deixar o bebê chorando sozinho, largado em seu sentimento de abandono, para que ele aprenda por conta própria, acostume-se ou se canse, certamente não me parece uma boa opção. Muitos bebês, por não encontrar respostas para suas expressões de desagrado, acabam tornando-se apáticos, silenciosos, inexpressivos. Alguns podem até demonstrar isso rejeitando o alimento e perdendo peso.


O processo de diferenciação da mãe ocorrerá ao longo da primeira metade do primeiro ano e será vivido pela dupla (criança-mãe) de forma única no que se refere a expressões e tempo.


Nenhuma mãe será capaz de proteger e suprir seu bebê de forma absoluta. É esse vazio criado pela impossibilidade do preenchimento completo, vivido como uma espécie de 'desilução amorosa' pelo bebê, que o impulsiona a evoluir e buscar outras fontes de interesse, descobrir o pai e posteriormente os outros adultos, ir para o mundo."

(In "Gestos de cuidado, gestos de amor. Págs. 58 a 60)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A melhor ou a pior mãe do mundo???

De maneira geral as pessoas que assistiram ao vídeo do Mateus dando seus primeiros passos gostaram muito, mas algumas em especial me perguntaram com olhos aflitos: "Mas parece que ele vai cair, você não fica com medo?". Tranquilamente respondi que não (por todos os motivos que mencionei em postagens posteriores) e diante de minha resposta percebia que seus olhos ficavam ainda mais arregalados. Então, pela milionésima vez desde que virei mãe passei a me perguntar: tenho sido a melhor ou a pior mãe do mundo???

Ao fazer essa reflexão me deparei com sentimento de todo tipo: profundos, confusos, contraditórios e intensos e em meio a isso tudo me deparei com muita coisa que não gostei. Sentimentos que não gostaria de sentir, atitudes que não gostaria de ter tido... Misto de vergonha, culpa e decepção comigo mesma. Pior mãe do mundo???? Mas em meio a isso tudo também me deparei com um amor sublime, com muito sentimento de entrega, muita ação cuidadosa, amorosa e transformadora. Melhor mãe do mundo???

Ao final desse processo reflexivo que faço frequentemente para me ajudar a afinar ainda mais minha relação com meu filho cheguei à conclusão mais óbvia do mundo: não é porque eu sinto e faço coisas que não gostaria que sou a pior mãe do mundo, afinal, tenho minhas limitações e dificuldades, mas tenho me esforçado para avançar assim como não é porque, por exemplo, tenho conseguido com tranquilidade vê-lo andar com o risco de cair que sou a melhor mundo, afinal, não quero carregar esse peso de ser perfeita para mim nem para ele. Simplesmente sou o que sou e dessa maneira sou a melhor mãe que posso ser para o Mateus.


"Donald Winnicot, o mesmo psicanalista e pediatra inglês que, em 1956, definiu o termo 'preocupação materna primária' (um período de intensa sensibilidade que permite à mãe identificar a hora certa de dar de mamar, o significado daquele choro e o jeito do bebê se expressar), coloca que a mãe suficientemente boa é aquela que pode garantir alimento, afeto e tranquilidade ao filho. Já a mãe perfeita... isso nem Winnicott nem nenhum outro especialista descreveu, mas deve ser porque ela não existe. E porque cada mãe cresce e se transforma a cada dia, junto com seus filhos. E eles podem ter 30 anos, mas você continuará sempre aprendendo a ser mãe deles." (Revista Crescer. "Como você se torna mãe". Dezembro de 2010). 

domingo, 30 de outubro de 2011

Primeiros passos

"Desde muito cedo, a pulsação pode ser considerada uma forma primitiva da consciência de que estamos vivos. Tal consciência, presente ao longo de nossa existência, vai se modificar e ampliar, acompanhando todas as etapas de transformações previstas no desenvolvimento da vida humana. (...) É a passagem do 'Algo se move dentro de mim!' para 'Eu sou capaz de mover-me'; da sensação primitiva do movimento a seu conhecimento e controle".

É muito emocionante acompanhar o desenvolvimento de um bebê ainda mais quando trata-se de nosso filho, um ser que geramos, colocamos no mundo, cuidamos e amamos. Por isso, é com muita alegria que temos visto Mateus experimentar seus movimentos de expansão e recolhimento e assim fazer conquistas: perseguir com os olhos as pessoas, erguer a cabeça, rolar e girar seu corpo, apoiar-se nos seus braços, sentar, engatinhar, ficar em pé com e depois sem apoio, andar.

"No conhecimento e na exploração do mundo físico, a primeira lei com a qual nosso corpo tem de lidar é a lei da gravidade. Colocar-se no mundo é equilibrar o próprio peso e conseguir organizar as partes do corpo em um todo coordenado e autônomo".

Desde os 9 meses Mateus faz tentativas para ficar em pé sem apoio sem desanimar diante dos tombos. Acredito que o fato de o estimularmos a se levantar quando cai, sem nos desesperarmos com tombos pequenos, tem o ajudado a agir de maneira tranquila nessas situações. Além disso, ele aprendeu alguns jeitos de cair sem se machucar, o que faz com que isso dificilmente ocorra. Nas poucas vezes que acontece recebe nosso cuidado, carinho e incentivo e aprende que tem gente que cuida e se importa com ele. Outras vezes vezes, quando se arrisca para fazer algum movimento novo e leva um tombo qualquer a gente aplaude sua tentativa corajosa e dessa maneira ele se enche novamente de motivação para voltar a tentar e assim conseguir o que quer. 

"E quanta alegria o bebê sente ao conquistar, controlar e apropriar-se de cada movimento de seu corpo!"

Assim, com um largo sorriso no rosto Mateus começou a dar um passo, depois dois, três até que de uma hora para a outra deu 10 de uma vez só na escola. Imaginem a minha alegria ao me dar conta de que ele andou pela primeira vez com exatamente a mesma idade que eu: faltando três dias para completar 10 meses. Que feliz coincidência! E desde então não parou mais... Este vídeo é de ontem, com 10 meses e 1 semana.




"A motivação da criança é um requisito absoluto para o desenvolvimento de suas habilidades. A postura do adulto diante dessa perspectiva será a de oferecer uma gama de situações e estímulos ricos em escolhas ao bebê - de acordo com sua maturidade neurológica - e, ao mesmo tempo, estar atento para decifrar as motivações das crianças. Trata-se de uma atitude de escuta e observação".

Outro dia um amigo ficou impressionado com o fato de Mateus estar andando tão cedo e nos perguntou se não o estimulamos exageradamente. São tantas as minhas dúvidas sobre a maternidade, mas esta é uma questão que estou tranquila e contamos que nossos estímulos foram adequados e contextualizados para cada momento de seu desenvolvimento e na maioria das vezes aconteceram a partir do desejo e possibilidades que Mateus demonstrou durante suas brincadeiras. Por exemplo, não compramos andador para ele, mas com 8 meses ele começou a se divertir ao empurrar cadeiras e nesses momentos nós afastamos os móveis para que pudesse ter mais espaço para explorar esse desafio. Mesmo vendo que ele conseguia realizar essa ação com sucesso ainda assim não compramos andador como também não o estimulamos a andar com nosso apoio e sim engatinhando com suas próprias pernas e mãos, e quando começou a querer andar com nosso andar o fizemos da maneira adequada como os psicomotricistas recomendam: oferecendo um apoio apenas ao seu lado de maneira que suas mãos permanecessem à sua frente e ele pudesse organizar seu corpo sob um só eixo.  

"A criança precisará conhecer o próprio corpo, controlá-lo e utilizá-lo para realizar seus desejos. Cada etapa alcançada no corpo representará uma conquista no plano comportamental. Cada criança tem seu ritmo e um tempo próprio para amadurecer. Não devemos apressá-la nem antecipar seus futuros movimentos".

Dizem por aí que bebês miúdos conseguem algumas conquistas motoras mais rapidamente do que bebês maiores. Faz sentido, mas não sei se é verdade, o que sei é que as conquistas iniciais não determinam as posteriores - e são tantas mais pela frente. Eu mesma, andei cedo, mas nem por isso me tornei uma atleta... rsrsrs. Até porque não estimulamos bebês para virarem atletas (se quiserem, maravilha!), mas os estimulamos porque queremos que eles desenvolvam plenamente suas habilidades motoras e se satisfaçam com essas em suas brincadeiras.

"Poderíamos provavelmente afirmar que experimentações e repetições em busca se controle representa a primeira forma de brincar. Brincar é a maneira que a criança tem de aprender".

É isso que eu e Luiz acreditamos e vamos buscar proporcionar ao nosso pequeno: muita, muita brincadeira!!! Afinal, antes de estarmos felizes que ele está andando de um lado para o outro estamos felizes por ele estar tendo tendo uma infância respeitada, assistida, intensa e feliz. Uma infância tão preciosa que nos faz querer guardá-la num baú especial para aproveitá-la ao máximo até que muito tempo depois (esperamos que demore!) sua maturidade chegue (e também esperamos!) que por conta das inúmeras experiências significativas vividas ele venha a tornar-se um adulto bem bacana.

"O homem constrói-se ao mesmo tempo que seus gestos, e, à medida que age, se expressa e toma consciência de si".

Todas as citações em destaque são de ANDRÉ TRINDADE, psicólogo e picomotricista. In "GESTOS DE CUIDADO, GESTOS DE AMOR" (páginas 35, 47, 61, 47, 30, 61, 48, 37 respectivamente). Recomendo muito!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

9 anos

Hoje, dia 27 de outubro, faz 9 anos que eu e o Luiz estamos juntos...

A gente tinha se conhecido um pouco antes por meio de amigos em comuns (Leka, Gá, Sil) e nesse dia, em 2002, nos encontramos (por acaso?) num bar, eufóricos pela vitória do Lula para a presidência. Em seguida fomos juntos para a Avenida Paulista e em meio a uma multidão de gente apaixonante e esperançosa ficamos pela primeira vez. Depois fomos ficando, ficando e quando vimos nossas histórias já estavam seladas (claro que os amigos e um pato em especial ajudaram bastante).

Desde então tanta coisa se passou... Lula deixou muito a desejar como presidente do Brasil, mas nossa relação não. É verdade que nós dois também abandonamos algumas coisas boas no meio do caminho, mas não perdemos nosso amor, a essência para queremos renovar todos os dias nosso compromisso de ficar junto. Assim, construimos muita coisa boa, especialmente o nosso pacotinho Mateus que agora com 10 meses anda de um lado para o outro e nos deixa cada vez mais apaixonados e ligados um ao outro.

Lu, amo você!

Foto para comemorar nosso dia e que hoje nosso álbum de casamento foi resgatado!!!

Baby bum

Aqui vai uma dica especial para quem gosta (ou precisa) comprar coisas para bebês e crianças e para quem gosta de ver ideias criativas para depois fazer do seu próprio jeito ou buscar num lugar mais barato:

Baby Bum!!!

Como os próprios criadores se definem: É a feira infantil de venda direta ao consumidor mais moderna e descolada de São Paulo. Nosso foco está na modernidade, novidade e criatividade dos produtos e atividades oferecidos, que incluem roupas, decoração, brinquedos, papelaria e sapatos, entre outros.

Começa hoje, dia 27 de outubro e vai até domingo, dia 30 das 10h às 20h.
Av Mofarrej, 1505. Vila Nova Leopoldina
http://www.babybum.com.br/

Quem for, depois me conta o que achou e o que comprou...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Outros relatos: Milena Cintra

Em resposta à postagem anterior de Boas vindas à pequena Isa, a mãe dela (e minha amiga Milena) escreveu uma mensagem linda que me deixou ainda mais emocionada com essa chegada e com mais vontade de dar um cheiro nas duas.. Pena que elas se encontram a 500km de distância... snif. Amo muito! 

A gente falava, falava... e se encontrava em silêncios e em palavras, em sonhos. Era gostoso gastar o tempo (e naquela época tínhamos tempo!) para dividir a companhia e reinventar ideias. Hoje, passaram-se anos... literalmente entramos em outra década e trazemos na lembrança o som daquelas prosas tão longas, tão boas! Guardar amizade assim é tesouro que não gasta, o tempo só faz mais brilhante o que antes já reluzia. E num "repente", uma acontecimento nos devolve "proximidade" ainda que não fisicamente: viramos mães! Agora, mesmo sem termos o tempo e o espaço unindo nossos passos e nos deixando cantarolar conversas... temos marcado na alma e na vida esta experiência em comum: a maternidade. Se algo divino antes nos unia, hoje mais ainda a amizade está selada no segredo compartilhado das nossas mais profundas e verdadeiras experiências - que nomeamos sonhos - materializadas no amor que sentimos pela vida, pela existência, pelos nossos pequenos! O Mateus e a Isabella nos tornam mais amigas! Amo muito vocês 3! Beijo da mamãe recém nascida mais feliz, Mi e sua pequena cria, Isa.

Ps: Tentei postar, mas não rolou... rs. Boa semana para a família. Amo vocês! 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Isabella: seja bem vinda!!!

É com muita emoção (e muito atraso) que anuncio aqui a chegada de mais uma flor a esse mundo: a Isabella, filha de minha amada amiga Milena e seu peruano Tito.

Milena é minha amiga desde os tempos da faculdade e com ela vivi um monte de situações profundas, malucas, divertidas, doloridas, reveladoras e transformadoras, as quais sempre guardarei em meu coração. Além disso, é uma amiga com quem sempre dividi sonhos, projetos, segredos e devaneios, e agora, com muita alegria e emoção, divido a experiência da maternidade, certamente mais um marco em nossa trajetória. Por isso, em primeiro lugar, preciso desejar à minha querida amiga toda a felicidade do mundo. Como dizem por aí: "quando nasce um bebê nasce também uma mãe" e tenho certeza de que a Mi será uma mãe maravilhosa, pois ela é uma pessoa especial e este sempre foi seu sonho mais desejado de todos. Mi, parabéns, aproveita muito a enorme bênção de ter uma vida em suas mãos (e em seu coração) e conte comigo.... sempre! 

Para a Isabella, quero dizer que ela é muito sortuda por ter a Mi como mãe e desejar a ela uma vida repleta de experiências incríveis e intensas, quem sabe até na companhia do Mateus, vou adorar.

Por fim, deixo aqui minha eterna e verdadeira mensagem a ela e agora à Isa: "amo vocês de um jeito que só consigo explicar em meus sonhos".

Semanas cheias

As últimas semanas foram tão atribuladas que não consegui arranjar um tempinho para me dedicar a este blog, o que me fez uma tremenda falta, já que escrever aqui tem sido uma verdadeira terapia. Mas bora lá!

domingo, 25 de setembro de 2011

A volta

No momento em que subimos no ônibus com as crianças para embarcarmos para o acampamento e fizemos todos os procedimentos necessários para uma viagem segura olhei para a janela e vi os pais emocionados se despedindo de seus filhotes... Pela primeira vez compreendi aquele sentimento: misto de dor pela separação e orgulho pelo crescimento do filho, algo tão forte que me fez ir para o banco da frente enxugar as lágrimas.

Durante a viagem fiquei com saudades desse contato com Mateus: cheirá-lo, apertá-lo, colocá-lo para dormir, brincar, rir das gracinhas e presenciar suas conquistas. Mas fiquei tranquila em relação ao seu bem estar, porque sei que construímos uma rotina muito bem estruturada e flexível que garante a ele (e a nós) segurança e calmaria. Além do mais, Mateus já teve contato com diferentes experiências como ficar na escola e ser cuidado pelo Luiz e avós, o que possibilitou que ele estranhasse bem pouco a minha ausência. Como disse Saramago numa postagem "Para se emocionar" os filhos são apenas empréstimos, pois são na verdade do mundo, e com todos os sentimentos misturados é desse jeito que tento criá-lo, para o bem dele.

O acampamento foi uma delícia e como não poderia ser diferente foi uma ótima oportunidade para me aproximar ainda mais dos alunos. Quando a saudade de Mateus batia forte eu falava para eles que como estava sem meu filho eu iria fazer com eles o que fazia com Mateuzinho e assim os mordia, fazia cócegas, brincava de esconde-esconde. Com isso eles davam risada e eu ficava menos carente de chamego de filho.

Como dizem por aí: "Viajar é uma delícia, mas melhor ainda é voltar para casa", e foi com esse sentimento que retornei depois de 3 dias a São Paulo. Entreguei meus alunos a seus pais com alegria e orgulho e com imensa emoção abracei meu filho querido que estava me aguardando na escola... ah, como amo ser mãe dele!!! E claro, com emoção também abracei o maridão e meus pais (preciso fazer uma 'média' com eles). rs

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Está chegando o dia...

Aguenta coração: está chegando o dia de ficar longe de meu pequeno para curtir um super acampamento com meus alunos!!!

sábado, 17 de setembro de 2011

Tristeza

Estou numa tristeza enorme, porque a mãe de uma pessoa muito especial se foi... 
Meu coração está em frangalhos, e por isso vou aproveitar o fim de semana para chorar muito e assim na segunda estar mais preparada para ajudá-la a lidar com essa perda tão grande, entendendo, aos poucos, que ganhou um anjo para lhe proteger por toda sua vida.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sofia Rizzo: seja bem vinda!!!

Mais uma flor chegou sábado a esse mundo: Sofia, filha da Flavia, querida colega de trabalho e do lindo dela. Estou sentindo uma enorme alegria e curiosidade em vê-la com sua pequena em seus braços... Que emoção!

Durante toda a gestação de Sofia, Flavia compartilhou com as pessoas ao seu redor os sentimentos que a chegada de um filho provoca em nossas vidas, não só contando das alegrias que estava sentindo, mas também dos medos, dúvidas, incômodos, e vou dizer uma coisa: no mundo em que vivemos em que todos buscam a perfeição e se permitem viver as incertezas muito menos mostrar aos outros suas fragilidades é preciso MUITA CORAGEM para uma recém-mamãe fazer o que Flavia fez. Por isso sei que Sofia é muito sortuda por tê-la como mãe, pois ela tem um coração de ouro que vai amar muito essa pequena e lhe ensinar coisas muito importantes, como por exemplo, que na vida podemos confiar nas pessoas para compartilhar risos e lágrimas, e que quando nos abrimos aos outros e a nós mesmos a gente se fortalece.

Minha querida Flavia, antes todos os sentimentos faziam parte de uma expectativa de quando Sofia nascesse e agora finalmente ela nasceu: é hora de aproveitar MUITO todos esses momentos com sua filhota sem deixar de rir e chorar quando der vontade, e claro, contando sempre com o ombro amigo de pessoas que gostam de você assim como eu. Desejo muita força e muita luz nessa nova etapa da vida de vocês três... que vocês sejam ainda mais felizes do que já são.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Para rir: O treino

Recebi esse texto da Inez (de um autor desconhecido) e dei muita risada... Muito bom!


TREINAMENTO ANTES DE TER FILHOS OU NETOS

Para todos aqueles que já tiveram filhos (para lembrar) e para os que pretendem ter (para se prepararem bem).
O treinamento é grátis!!!!!!

Exercícios práticos para treinamento de futuros papais e mamães (o grau de dificuldade de cada exercício é equivalente a tratar uma criança de até 1 ano de idade):


VESTINDO A ROUPINHA

Compre um polvo vivo de bom tamanho e vá colocando, sem machucar a criatura, nesta ordem: fraldas, macaquinho, blusinha, calça, sapatinhos, casaquinho e toquinha. Não é permitido amarrar nenhum dos membros.

Tempo de duração da tarefa: UMA MANHÃ..


COMENDO SOPINHA

Faça um buraquinho num melão, pendure o melão de lado no teto com um barbante comprido e balance-o vigorosamente.
Agora tente enfiar a colherinha com a sopa no buraquinho.
Continue até ter enfiado pelo menos a metade da sopa pelo buraquinho.
Despeje a outra metade no seu colo. Não é permitido gritar.
Limpe o melão, o chão, as paredes, o teto e os móveis à volta.
Vá tomar um banho.

Tempo para a execução da tarefa: UMA TARDE...


PASSANDO A NOITE COM O BEBÊ PARA ACALMÁ-LO OU FAZÊ-LO DORMIR

Pegue um saco de arroz de 5 kg e passeie pela casa com ele no colo das 20 às 21 horas.
Deite o saco de arroz. Às 22:00 pegue novamente o saco e passeie até às 02:00.
Deite o saco e você. Levante às 02:15 e vá ver a Sessão Corujão porque não consegue mais pegar no sono.
Deite às 03:00. Levante às 03:30, pegue o saco de arroz e passeie com ele até às 04:15.
Deitem-se os dois (cuidado para não usar o saco de travesseiro).

Levante às 06:00 e pratique o exercício de alimentar o melão.
Não é permitido chorar perto do saco.

Tempo de duração da tarefa: UMA NOITE...


PASSEANDO COM A CRIANÇA

Vá para a pracinha mais próxima.
Agache-se e pegue uma bituca de cigarro. Atire fora a bituca, dizendo com firmeza: NÃO!
Agache-se e pegue um palito de picolé sujo. Atire fora o palito, dizendo com firmeza: NÃO!
Agache-se e pegue um papel de bala. Atire fora o papel de bala, dizendo com firmeza: NÃO!
Agache-se e pegue uma barata morta, dizendo com firmeza: NÃO!
Faça isso com todas as porcarias que encontrar no chão da pracinha.

Tempo para execução: O DIA INTEIRO.



GERAL

Repita tudo o que você disser (frases ou palavras), pelo menos cinco vezes.
Repita a palavra NÃO a cada 10 minutos, fazendo o gesto com o dedinho.
Gaste uma pequena parcela do seu orçamento (90%) com leite em pó, fraldas, brinquedos, roupinhas.
Passe semanas a fio sem transar, sem ir ao cinema, sem beber, sem sair com os amigos e adulando o saco, sorrindo e brincando com ele no colo...

Pronto...agora você já está pronto(a) para ter filhos!!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Outros relatos - Mirna Busse Pereira

Uma das respostas maravilhosas que recebi sobre a história de meu irmão na postagem anterior foi a de minha sogra, Mirna. Ela tentou diversas vezes postar um comentário, mas devido ao tamanho do texto não conseguiu. Assim, resolvi colocá-lo numa postagem à parte, pois está precioso demais! Com certeza merece ser lido e relido muitas vezes.


Juju virou mamãe

Ao ler seu texto “Lembranças que servem de lição – Gabriel” fiquei pensando no quanto essa experiência foi intensa em sua vida, pois me impressionou a quantidade de detalhes que você guarda em suas lembranças, sobretudo, dos percalços passados pelo Gabriel em função de seus problemas de saúde. Mal posso imaginar o quão sofrido deve ter sido para você, seus pais e irmãos viverem essa experiência. Muita gente, ‘frente aos tombos’, permanece caída, chorando e se lamentando pela má sorte da vida! Não foi o caso de seus pais e nem o seu, minha querida Ju.

Há alguns dias eu vinha lendo vários de seus textos postados no blog Juju virou mamãe, graças à oportunidade que meus pezinhos fraturados me proporcionaram! À medida que fui lendo suas reflexões pude apreender uma jovem mulher Juliana que começa a se apropriar de um novo papel em sua vida: o de ser mãe! Transpareceu, também, um perfil de mulher exigente consigo mesma, que experimenta sentimentos contraditórios, avalia suas atitudes de erros e acertos, e experimenta o danado do sentimento de culpa da mãe... Mas, sem se render a qualquer fatalismo você continua a se indagar e a buscar novas formas para superar o que entendeu ser, senão um problema, pelo menos uma questão significativa a ser equacionada...

Suas reflexões revelam um olhar amplo e perspicaz, com um foco voltado para o seu interior e outro para o exterior. Isto é, este foco observa tudo ao seu entorno - filho, marido, família, amizades, profissão, hábitos, costumes, comportamentos das experiências de outras pessoas e amizades suas. Aquele, o foco interior, se detém em analisar, avaliar, ver ou rever posturas, solidarizar-se, sentir e dar sentidos... e por aí vai... Esse me parece ser o seu jeito de ser e estar no mundo... Afetiva e reflexiva alia emoção e razão, conflitos e conquistas, intelecto e sentimento. Parafraseando o poeta eu diria que você vai vivendo e aprendendo a viver... Não me surpreende esse seu jeito taurino de ser, gosto muito e me encanto com você.

Juju virou mamãe”, como de outro modo não poderia ser, fez-me lembrar de quando me tornei mãe: a emoção, os sonhos, a felicidade, as preocupações, as incertezas e inseguranças, a determinação de tudo equacionar e viver cada instante intensamente. Esse estado de ‘maravilhamento’ tinha uma forte razão: pela primeira vez eu tinha uma vida em meus braços, aos meus cuidados; em uma palavra tornava-me: mãe! Sentimento único que me fazia relembrar minha mãe, que há muito já não estava mais entre nós; que pena! Eu experimentava um sentimento de infinita e gratificante emoção e felicidade que se misturava ao enorme sentimento de perda pela intransponível ausência de mamãe.

Ao viver a experiência da maternidade, aprendendo a cuidar do Luiz Felipe, procurando entender seus sinais para melhor poder acolhê-lo e na ânsia de transmitir-lhe afeto, segurança e carinho, fui também descobrindo que era possível resgatar a minha mãe interiorizada que habitava em meu sentimento e memória. Com meu filho Luiz Felipe eu começava a aprender muito não só a seu respeito, quanto sobre a minha própria pessoa e o meu modo de ser e estar no mundo. Eu era a mesma pessoa, mas não mais seria igual ao que fora até então. A maternidade me remetia a lembranças e memórias do passado, ao mesmo tempo em que me fazia vislumbrar perspectivas de futuro, que eu desejava feliz e transformado (e ainda desejo). Esse resgate iniciado com meu filho Luiz Felipe foi um verdadeiro e divino presente, que muito contribuiu para que eu me reconciliasse com a própria vida.


A maternidade propiciou-me, a partir daquele momento, rever caminhos, perceber sentidos onde só havia ‘lembranças de fatos’ e, sobretudo, atribuir novos significados a experiências vividas e tantas vezes revisitadas, mas que insistiam em permanecer em minha memória tal qual um instantâneo que imobiliza um momento para conservá-lo para a eternidade. Graças a esse grande passo de resgate que a vivência da maternidade e o vínculo de amor e afeto com meu filho Luiz Felipe proporcionaram em minha vida eu pude, um ano e sete meses após o seu nascimento, dar mais outro passo nesse mesmo sentido do resgate e homenagear a memória de minha mãe dando o nome dela à minha filha Marta Elisabete, mais uma vida em meus braços, mais uma dádiva em minha vida. Hoje, minha filha é a madrinha, a ‘Dinda’, do Mateus, meu querido netinho. Agradeço a Deus por tudo que tem me proporcionado!

A felicidade que senti naquele dia das mães, do ano passado, quando você, minha querida Ju, e o Luiz, meu doce filho, anunciaram que estavam grávidos.... é indescritível e imensurável. É realmente uma dádiva ser mãe do Luiz e da Marta, sogra da Juliana e avó do Mateuzinho! Naquele dia das mães eu sabia que uma nova dimensão de experiências e vivências começaria a se realizar em nossas vidas. Penso que a experiência de ser mãe, além de ser gratificante, pode ser ainda uma experiência verdadeiramente reveladora, desafiadora, pontuada por conquistas (além das inevitáveis frustrações), mas, sobretudo, uma experiência transformadora. No caso da minha vivência tem sido exatamente assim! Penso que pode ser uma experiência transformadora para toda mulher que escolha viver essa dimensão de sua vida, isto é, a maternidade, sem, no entanto, abrir mão de ser esposa, amante, profissional, família, amiga e, por conseguinte, ser política! Em outras palavras, significa ser Mulher!


Todos esses papéis ou funções sociais que vivenciamos comportam uma dimensão que é essencialmente política, porque implica a tomada de pequenas ou grandes escolhas, a tomada de decisões que significam investirmos em certas permanências (por exemplo, querer ser mãe), mas também podem significar mudanças e transformações (no modo como vivemos a experiência da maternidade, por exemplo) que vão se expressar, também, nas relações pessoais, familiares, sociais e de trabalho, por vezes em forma de tensões, por outras em termos de cumplicidades, solidariedades e compartilhamentos.

Ser mulher e vivenciar seus diversos papéis (filha, irmã, prima, sobrinha, neta, namorada, esposa, mãe, profissional, amiga, líder, companheira de utopias e projetos políticos coletivos...) é uma construção para muito e muito tempo de vida! Obrigada, minha querida nora, pela oportunidade de compartilhar com você estas minhas reflexões, sentimentos e impressões do mundo. Agradeço a você Ju e ao Luiz por me darem tantas alegrias e também por terem me dado o mais lindo presente que eu poderia receber na vida: meu netinho Mateus. Amo muito vocês!

Vida longa a você Juliana para que junto com Luiz Felipe e Mateuzinho consigam construir no dia-a-dia os cadinhos de seus sonhos que poderão contribuir para a construção do amanhã transformado, mais justo, humano, solidário e igualitário. Parabéns jovem mãe, mulher em constante (re)construção!

Beijos, Mirna.

domingo, 4 de setembro de 2011

Lembranças que servem de lição - Gabriel

Algumas pessoas que leram a postagem anterior me falaram: "Nossa, como você lida bem com os tombos das crianças, como consegue?". Quero novamente frisar que morro de aflição ao ver certos machucados e que fico muito mexida quando alguém cai (principalmente quando é um aluno ou o Mateus), entretanto, tenho muita clareza de que alguns tombos fazem parte da vida, e por isso quando estes ocorrem me esforço para lidar bem com eles. Agora, certamente os acontecimentos de minha vida me influenciaram a desenvolver essa atitude frente aos tombos, e nessa postagem quero resgatar rapidinho um deles em especial: a história de meu irmão Gabriel.

Gabriel é meu irmão caçula, nascido depois do Raphael. Veio por acidente, mas com certeza nessa vida nada é por acaso. Gabriel chegou ao mundo para aproveitar a vida intensamente e nos ensinar a aproveitar a nossa. Nem sei o que seria de minha família se ele não existisse; provavelmente teríamos que inventá-lo, pois caso contrário seríamos muito chatos. Foi ele quem nos deu leveza apesar de ter sido justamente ele quem passou por situações muito pesadas em sua vida.

Logo que nasceu detectaram um cisto embaixo da língua e ele foi submetido a uma cirurgia que deu super certo. Em seguida, descobriram que ele tinha "atresia das vias biliares", isto é, havia uma obstrução nessas vias. Fizeram mais uma cirurgia, a qual os médicos chamaram de "tapa buraco", pois a solução definitiva seria um transplante de fígado - procedimento raro na época e arriscado para crianças. Assim, a única coisa a ser feita era rezar, já que os médicos não davam um dia de vida para ele... E rezar muito para a cirurgia "tapa buraco" durar o mais tempo possível até Gabriel ter mais idade para realizar o transplante que que anos depois provavelmente já seria uma prática corriqueira. Contudo, até esse dia chegar Gabriel teria um acompanhamento próximo de exames e hospitais e por isso seria mais prudente, segundo alguns médicos que ele levasse uma vida reclusa, pois um pequeno tombo poderia danificar o baço (que no seu caso trabalhava dobrado) e tudo iria por água abaixo. Outros médicos, por causa desse quadro, insistiam que ele nem precisaria frequentar escola, e era melhor deixá-lo aproveitar o pouco tempo de vida que ele tinha.

Diante dessa situação o que a maioria dos pais faria pelo bem de seus filhos? Limitariam a vida do filho, claro. "Não pode isso, não pode aquilo", "Não sobe aí, desce daí", "Não vai sair, não vai brincar", "Pára com isso que é perigoso. Vai cair, vai cair, vai cair", "Faz o que quiser, você manda". Mas meus pais não fizeram nada disso. Com o coração na mão e muita fé de que tudo daria certo eles proporcionaram ao filho uma infância normal e tranquila... Quer dizer, não tão tranquila, já que Gabrielzinho era da "pá virada", aprontava tudo e mais um pouco: surfava no lago sendo puxado pelos rabos dos cavalos, esvaziava extintor de incêndio do prédio, estourava bombinha, escalava as árvores mais altas, caía dos cavalos, mergulhava nas cachoeiras, soltava gato pela janela com pára-quedas, levava advertências no colégio por soltar gases... um danado de moleque que teve uma infância muito, muito FELIZ!!! E que por consequência fez a minha infância, a do Rapha e a de nossos primos e amigos também muito feliz.

Com certeza esse é um grande ensinamento para mim como filha, irmã, mulher, educadora. Agora, como mãe, fico pensando o quanto deve ter sido difícil para meu pai e minha mãe manterem essa decisão apesar de todos os riscos envolvidos, mas ao fechar os olhos me lembro deles nos falando com clareza e segurança de que risco existe para todo mundo e que por isso não tirariam o direito do Gabriel de usufruir plenamente de sua vida. E foi isso essa lição importante que aprendi com eles: para viver, é preciso coragem para se arriscar! Afinal, nem mesmo quem leva a vida mais pacata do mundo está livre de se envolver num acidente e sofrer danos sérios ou até morrer. Por isso, é melhor desfrutarmos da saúde que temos e aproveitarmos a vida - com segurança, claro (outra coisa que eles sempre nos alertaram - e ainda alertam).

Também fico pensando que mesmo com toda a clareza que meus pais tinham da escolha que fizeram, nos momentos em que Gabriel levava uns tombos deve ter lhes batido uma dúvida se o que estavam fazendo estava certo. A esse respeito só posso chegar à conclusão mais óbvia do mundo: nesses momentos, o sorriso do filho durante cada brincadeira deve ter sido totalmente reconfortante aos seus corações de pais aflitos, amorosos e corajosos, e então eles voltavam a ficar em paz - até o próximo tombo, claro. (rs)


Ah, importante: aos 12 anos Gabriel fez o transplante de fígado que foi um sucesso, contrariando os prognósticos dados por alguns médicos (ainda bem que existiram os médicos que lutaram por ele). E apesar de até hoje roer minhas unhas por causa deste episódio Biel está ótimo. Tornou-se advogado e sonha em trabalhar na área de Direito Ambiental, e claro, continua o mesmo comediante de sempre. Amo!     

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cai, cai balão

Cai, cai balão
Cai, cai balão
Aqui na minha mão
Não cai não, não cai não, não cai não
Cai na rua do Sabão

Outro dia, durante uma festa, uma criança de uns dois anos ficou por um bom tempo debaixo da saia da avó, sem brincar e sem aceitar aproximações de outras pessoas. Num determinado momento da festa ela finalmente aceitou a aproximação do primo que em seguida a convidou para um divertido pega-pega. Com animação a menina correu em disparada atrás do primo com um largo sorriso no rosto. Uma cena linda de morrer... Porém, logo interrompida pelos gritos da avó: "Vai cair, vai cair, vai cair". Dois minutos depois lá estava a menina de novo debaixo de sua saia e com o sorriso de outrora substituído por uma chupeta. Uma cena triste de morrer...

Fiquei com vontade de lembrar essa avó da coisa mais óbvia do mundo: criança cai, não tem jeito! Esperar que elas não caiam as cercando de cuidados exagerados é não só lutar inutilmentente contra a lei da gravidade, mas principalmente contra o curso natural de nossas vidas: caímos para aprendermos a nos levantar, e para ficarmos em pé, temos que cair. Além disso, aprendemos que se não podemos evitar alguns tombos podemos ao menos suavizar o impacto das quedas. Assim, desestimular as crianças a correr, brincar, se pendurar, balançar, girar, pular apenas pelo receio que temos delas caírem ou para evitarmos que elas se frustrem em suas experiências é tirá-las o direito de viver suas próprias vidas plenamente. E isso é muito sério.

Desde que nasce, o bebê está em movimento para explorar o mundo por meio de seu corpo, já que encontra-se no estádio sensório motor. "Antes de poder pensar o mundo ele o sente. Utiliza-se de uma área no cérebro chamada límbico, responsável pelas emoções, pela memória e por funções vitais como respiração, digestão, circulação etc. Utiliza-se também de todo seu sistema sensorial - tato, visão, audição, olfato -, das sensações de seu corpo no espaço, para conceber a si e ao mundo que o rodeia." (1). O movimento tem então um papel essecial na construção de toda potencialidade humana. "O homem constrói-se ao mesmo tempo que seus gestos e, à medida que age, se expressa toma consciência de si" (2). Por tudo isso, a exploração do corpo com o espaço e as pessoas é extremamente importante para o desenvolvimento humano e deve ser por nós, adultos cuidadores observada, estimulada e respeitada. "São as atividades e interações propostas a ela que permitem o reconhecimento e expansão de suas qualidades" (3).

Se uma criança deixa de correr pelo espaço (sendo que este é propício e seguro a essa atividade) ela está perdendo a chance de relacionar-se com seu corpo e o mundo, e dessa maneira também perde a chance de desfrutar da coragem que tem desde que nasceu ao buscar por suas conquistas além de aprender a lidar com a frustração de não conseguir ter êxito no que pretendia fazer, descobrindo que assim mesmo, ganhará um acalento da pessoas queridas ao seu redor. "Serão as experiências vividas por esse pequeno ser humano que imprimirão em seu cérebro caminhos, atalhos e trilhas que ele utilizará pelo resto da vida para relacionar-se com outros humanos, 'amar, desamar, amar' (Carlos Drummond da Andrade), sonhar, imaginar, construir filosofias, as matemáticas, as ciências, as artes" (4).

Claro que não estou dizendo para deixá-las à mercê da vida, até porque acredito que todas crianças merecem e precisam de cuidadores que zelam por suas vidas e por isso as protegem, respeitam seus processos e as estimulam a levantarem-se quando caem. Também não estou dizendo para inventarmos situações para elas caírem forçosamente e assim "aprenderem" uma lição, já que a própria vida se encarrega de ensiná-las lições - tudo no seu devido tempo e à sua sábia e misteriosa maneira. Muito menos quero dizer que devemos satisfazer todas as suas vontades. Colocar limites claros e firmes também é essencial nesse processo de formação das crianças para que tenham referências, por exemplo, sobre o que pode e o que não pode, o que é perigoso e o que não é e o que é ou não adequado. Apenas estou dizendo que os tombos da vida são inevitáveis e por isso mesmo é melhor as ajudarmos a evitar os possíveis, e quando alguns ocorrerem em suas trajetórias ajudá-las a lidar com eles.

Sei que não é fácil ver alguém cair, pelo contrário: é muito difícil. Agora como mãe meu coração chega a doer a cada tombo que Mateus leva, isso quando a culpa não me domina. Mas nesses momentos tento me conter, pois sei que esses sentimentos são meus e não dele, e caso ele caia ele precisará de mim inteira para acolhê-lo e incentivá-lo a seguir adiante... por conta própria! Sim, pois por mais que eu seja companheira dele por toda a vida, nas suas conquistas e desafios, os tombos, as dores e os aprendizados serão sempre dele. Como li outro dia, os pais devem estar ao lado dos filhos e, com o coração apertado, dizer: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”.


Todas as citações em destaque são de ANDRÉ TRINDADE, psicólogo e picomotricista. In "GESTOS DE CUIDADO, GESTOS DE AMOR" (páginas 24, 37, 30, 27 respectivamente). Recomendo muito!
Texto mencionado no final de minha postagem é: "MEU FILHO, VOCÊ NÃO MERECE NADA", de ELIANE BRUM, joarnalista, escritora e documentarista. In: http://www.stellabortoni.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3297:te-vira-meu-filhoessa-briga-e-tua&catid=45:blog&Itemid=1 Recomendo também!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Febre

Semana meio chatinha por causa de uma febre que chegou para mim e Mateus!!!

Todo mundo diz que criança que vai à escola fica doente toda hora, mas não é verdade não. A única febre que ele tinha tido até então foi uma que veio e foi embora bem rapidinho justo no último dia de minha licença maternidade. Uma loucura, não? E agora veio esta de ficar doentinho mesmo por causa dessa loucura de tempo de São Paulo: num dia faz 30°C e no outro 10°C.

Na segunda-feira, ficamos nós dois debaixo da coberta assistindo televisão - coisa que nunca fazemos juntos, já que TV está fora de nossa rotina comum (com exceção de quando preciso que ele fique quieto para cortar sua unha e assim coloco o clipe de músicas do Toquinho). No restante da semana Mateus ficou com avós fofos, pois não pôde ir à escola.

Filho doentinho dá uma agonia danada... Preciso confessar que tive vontade de enfiar a mão dentro do nariz dele e tirar toda a meleca de vez e dar tapões nas suas costas para sair todo catarro dos pulmões. Que mãe delicada, não? Mas vontade não faltou de fazer isso para ver meu filhote bem de novo. A maravilha é que do mesmo jeito repentino que a gripe veio, ela se foi! E ainda por cima bem em tempo de curtirmos um super fim de semana na roça com a família para o aniversário do tio Urbano. Eba!

Em outras postagens já escrevi o quanto esse lugar significa para mim, e por isso estou feliz em poder viver mais um momento especial com meu filho nesse lugar encantado de minha infância e que além do mais, tem o ar mais puro das montanhas. Tudo que eu e Mateuzinho precisamos!

Bom final de semana a vocês também.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

8 meses!!!

Hoje meu pequeno completa 8 meses de nascimento... Viva!!!

Tantas conquistas Mateus já fez desde que chegou a esse mundo e tanto amor sinto por ele desde então.... Nossa, impossível mensurar tudo isso! Para comemorar, muitos apertos no filhote.

Cócegas do papai:



Beijos da mamãe:



E mais delicioso ainda é sentir esse amor ser retribuído... Beijos na mamãe:



Ops... Levei um agarrão. É amor demais da conta...



Amo muito, ou melhor, nós 3 nos amamos muito.

domingo, 21 de agosto de 2011

Travessuras do Mateuzinho - 3

Mateus anda cada dia mais danado...

Outro dia ele arrancou o babador e em seguida deu um tapa no prato com comida. Resultado: veja na foto abaixo.


Sem mencionar que isso aconteceu num dia que já estávamos atrasados para irmos às nossas escolas. Ai, ai... Fazer o quê? Até tirei uma foto para rir da situação e conseguir organizar tudo com tranquilidade.

Num outro dia me distraí por um segundo e Mateuzinho aprontou de novo: pegou minha agenda de telefones, arrancou as páginas e para piorar a situação foi na semana que tinha trocado meu aparelho celular. Resultado: fiquei sem os números das pessoas.


É num outro dia ainda, a cadeirinha, antes tão adequada para deixar meu pequenininho agora está um perigo... Isso porque Mateus aprendeu a subir nela sozinho!!!



Por tudo isso, em muitos momentos do nosso dia lá estou eu dizendo para Mateus: "Nananinanão, não pode, é perigoso". No entanto, apesar da necessidade de colocar limites, dos sustos e da trabalheira danada que dá arrumar toda essa bagunça eu tenho curtido muito a nova fase moleque de meu pequeno. Torço apenas para que eu não me canse dessa fase, porque tudo indica que ela veio para ficar! rsrsrs

sábado, 20 de agosto de 2011

Sexta - feira

Ontem a sexta-feira foi movimentada...

Participei de um encontro com as ex-grávidas da escola e agora com seus respectivos bebês e foi uma delícia: estávamos eu e Mateus, Pri e Joaquim e Ligia e Olívia. Mas fizeram muita falta a Camila e a Luana. Fica para uma próxima... Mas o melhor foi ver os bebês se olhando, querendo se tocar, pegando o brinquedo um do outro (quer dizer, o Mateus fazendo isso!)... emocionante! Além disso, conseguimos bater altos papos assim como fizemos durante nossas gestações na sala dos professores e mais uma vez nos demos conta de que nãoe existe receita para criar os pequenos, pois cada médico fala uma coisa, cada uma de nós lida de um jeito e os bebês também são diferentes: Olívia, garota da praia, Joaquim fazendo ioga e Mateus não parando quieto, mexendo em tudo. Todos com seus sorrisos e chamegos, uns fofos!




Depois, levei Mateus à sua escola, onde ele até tocou violão na aula de percepção musical e eu fui para a  minha, em que saí orgulhosa das conquistas do grupo. Estão se empenhando e merecem parabéns!

A única coisa muito chata do fim do dia foi que o trânsito estava insuportável - naquele momento acho que só não enlouqueci, porque as coisas boas vividas pela manhã e pela tarde ocuparam a  minha mente e porque as perspectivas para o final de semana também são animadoras.... que venha logo!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Coração de mãe

Por falar em coração de mãe que precisa o tempo todo ser fortalecido para aguentar as emoções que os filhotes trazem às nossas vidas: hoje meu coração bate forte e apertado só de pensar que os corações de minha amiga Luzinha e seu marido Glauco devem estar num nó tremendo por causa da cirurgia que o Pedroca está fazendo nesse momento.

Como já disse numa outra postagem, ser mãe é ficar o tempo todo com o coração aberto para experimentar todas as delícias que os filhos trazem às nossas vidas e ao mesmo tempo ficar o tempo todo com o coração na mão com medo do que pode vir a acontecer às nossas crias. Por isso, agora sendo mãe, impossivel não me colocar no lugar de Luzinha e de outras mães que passam por situações semelhantes e me solidarizar.

Nesse momento quero dizer 3 coisas aos 3 queridos: meus pensamentos e energias estão com os vocês, vai dar tudo certo e daqui a pouco esta será uma bonita história de superação a ser contada ao Pedro.

Por fim, evoco toda a energia positiva de quem está lendo esse texto, principalmente de outras mães guerreiras que sempre fazem de tudo para cuidar bem de seu filhotes, e que por isso também sabem o quanto o coração de Luzinha precisa ser acalentado nesse momento para ganhar forças e cuidar do seu japonezinho lindinho.

Tenham fé e fiquem com Deus e com Nossa Senhora da Aparecida.

Mamã

Já faz um tempo que Mateuzinho anda experimentando mils sons - até já publiquei uma postagem a respeito com o título "Angu", e agora ele começou com: "mamã, mamamã", o que me deixou arrepiada de emoção!

Sei que ele ainda não está se referindo a mim, como disse ele está apenas experimentando sons como já fez com "angu" e "dadadá". Aliás aqui cabe uma curiosidade: na maioria das línguas do mundo a palavra mamãe é constituída pela presença do fonema M, justamente porque é um dos primeiros que as crianças conseguem produzir. Contudo, assim mesmo é emocionante ver meu filho de 7 meses falar "mamã" e saber que está cada vez mais perto o momento dele me chamar dessa maneira; uma emoção de fazer o coração disparar mais rápido...

Sentir tudo isso me fez lembrar de um conselho que minha amiga Mayra, mãe da Thainá me deu quando o Mateus nasceu: "Ju, agora faça muita ginástica para o coração aguentar todas as emoções que estão por vir". Pois é, preciso mesmo...rs. Ainda mais que acabei de ler uma mensagem de outra amiga, a Ligia, mãe da Oli contando que está estranhando as novas medidas pós-parto e eu me identifiquei completamente com ela. Dureza, viu! Como disse a ela: a maternidade traz essa mistura de sentimentos na gente, pois nada são só flores...

De qualquer maneira, eu tomei uma decisão: com certeza vou começar essa ginástica na segunda-feira - quer dizer, em alguma segunda-feira, só ainda não decidi qual... hahahahah

sábado, 13 de agosto de 2011

Dia dos Pais

Ok, ok... Sei que escrevi um texto em homenagem aos pais - que não será lido por eles!!! hahahahaha. Afinal, até hoje não tenho conhecimento de nenhum leitor masculino do meu blog (nem o cabeleireiro que mencionei na postagem "De emocionar" passou por aqui, pois no final das contas me esqueci de dar o endereço para ele e sua esposa). Contudo, ainda assim resolvi escrevê-lo, porque existe um grupo de pais que merece todo meu respeito e carinho por suas participações ativas nas vidas de seus filhos, e claro, uma parabéns especial na data de hoje.

Este grupo especial divide as tarefas do filho e de casa com a esposa/ namorada (lembrando que alguns ainda acham que estão a "ajudando", mas um número cada vez maior já entende que não trata-se de favor para a mulher e sim de companheirismo). Também toleram as mulheres cheias de hormônios e emoções pela chegada do bebê (ouvindo-as com atenção e colocando limites, quando necessário e lidando, inclusive, com o ciúmes que aparece ao ver sua mulher apaixonada por outro ser). Além disso, se esforçam para valer para entrar nessa relação e criar um vínculo afetivo com o bebê. Dessa maneira, esses pais contribuem para mudanças na sociedade sobre a visão de paternidade, mostrando que podem e devem ser mais presentes nas formações de seus pequenos. Um orgulho!

Neste blog tenho colocado minhas questões a respeito da maternidade: dúvidas, certezas, angústias, alegrias, medos e vitórias assim como questões de mulher nos diferentes papéis que desempenho em nossa cultura: mãe, esposa, amante, profissional, filha, amiga, colega etc. Em meio a esse percurso reflexivo constantemente chego à conclusão de que não é nada fácil ser mãe, mas ao mesmo tempo é a coisa mais deliciosa desse mundo!!! Vai entender... De qualquer maneira, assim como para a mulher não é fácil lidar com todas nossas conquistas ao longo da história para o homem também não o é. O homem contemporâneo também vive conflitos por conta dessas mudanças, e apesar de muitos não admitirem também precisam de ajuda para lidar com suas emoções - até porque não costumam usar, como nós mulheres usamos, o choro como limpeza da alma.

No caso da paternidade, por exemplo, a educadora Alícia Fernandez descreveu que o pai precisa desde o início da gravidez confiar: se o filho existe, se é seu, se continua vivo, se está se desenvolvendo bem. Assim, sua experiência sobre esse momento é vivida na maior parte do tempo por meio do relato de uma outra pessoa, o que deve ser bem desafiante. Quando o bebê nasce ele também é inundado por uma maré de sentimentos e mesmo sendo deixado um pouco de lado pela intensa relação inicial entre mãe e filho ele precisa ter forças para buscar seu espaço. Por mais esse motivo, fico comovida em ver que ainda assim existe uma porção de homens que mergulham nessa aventura de criar os filhos assumindo todos os riscos que estes envolvem e assim aproveitam todas as maravilhas que acontecem nesse trajeto. A esses papais de ouro:

              Parabéns pelo Dia dos Pais!!! 


Mas claro, em especial, quero parabenizar meu pai que me deu minha vida e a capacidade de gerar outra vida e além de um pai maravilhoso está sendo um avô "porreta". Parreirinha, já te disse isso outra vez e repito: "Eu não sei se sou a filha que você sonhou ter, mas com certeza você é o pai que eu escolhi ter. Obrigada por tudo. Te amo".





Também quero parabenizar meu marido Luiz, pai do Mateus: "Meu amor, você insistiu para termos um bebê e assim fortaleceu em mim meu desejo de ser mãe, apesar dos meus medos. Por isso serei grata por toda a minha vida por ter me dado o melhor presente do mundo. Você é um grande companheiro e um pai maravilhoso, por quem Mateus e eu somos completamente apaixonados. Te amamos para sempre. Viva Timão."



Por fim quero dizer que fico muito esperançosa de que Mateus e outros meninos de sua idade, inspirados nesses homens bacanas possam pertencer a uma geração de homens ainda mais bacanudos, e assim viverem num mundo em que homens e mulheres usufruam de toda a liberdade conquistada ao longo da história para experimentarem com toda a intensidade possível as delícias e desafios dessa vida... Tomara!!!