domingo, 25 de setembro de 2011

A volta

No momento em que subimos no ônibus com as crianças para embarcarmos para o acampamento e fizemos todos os procedimentos necessários para uma viagem segura olhei para a janela e vi os pais emocionados se despedindo de seus filhotes... Pela primeira vez compreendi aquele sentimento: misto de dor pela separação e orgulho pelo crescimento do filho, algo tão forte que me fez ir para o banco da frente enxugar as lágrimas.

Durante a viagem fiquei com saudades desse contato com Mateus: cheirá-lo, apertá-lo, colocá-lo para dormir, brincar, rir das gracinhas e presenciar suas conquistas. Mas fiquei tranquila em relação ao seu bem estar, porque sei que construímos uma rotina muito bem estruturada e flexível que garante a ele (e a nós) segurança e calmaria. Além do mais, Mateus já teve contato com diferentes experiências como ficar na escola e ser cuidado pelo Luiz e avós, o que possibilitou que ele estranhasse bem pouco a minha ausência. Como disse Saramago numa postagem "Para se emocionar" os filhos são apenas empréstimos, pois são na verdade do mundo, e com todos os sentimentos misturados é desse jeito que tento criá-lo, para o bem dele.

O acampamento foi uma delícia e como não poderia ser diferente foi uma ótima oportunidade para me aproximar ainda mais dos alunos. Quando a saudade de Mateus batia forte eu falava para eles que como estava sem meu filho eu iria fazer com eles o que fazia com Mateuzinho e assim os mordia, fazia cócegas, brincava de esconde-esconde. Com isso eles davam risada e eu ficava menos carente de chamego de filho.

Como dizem por aí: "Viajar é uma delícia, mas melhor ainda é voltar para casa", e foi com esse sentimento que retornei depois de 3 dias a São Paulo. Entreguei meus alunos a seus pais com alegria e orgulho e com imensa emoção abracei meu filho querido que estava me aguardando na escola... ah, como amo ser mãe dele!!! E claro, com emoção também abracei o maridão e meus pais (preciso fazer uma 'média' com eles). rs

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