domingo, 22 de setembro de 2013

51 crianças!!!

A correria do dia a dia tem sido tão grande que fazia tempo que não conseguia visitar na maternidade algum amigo ou amiga que acabara de ter um bebê. Luiz conseguiu ver Julia e seus pais Tiago e Cris, e eu bem que tentei ver Ceci e Juju, mas me desencontrei de Serginho e Paula que estavam cuidando das filhotas na U.T.I. Mas ontem conseguimos ir juntos, mais Mateuzinho, conhecer o Lucas, filho da Fe e do Edu, e como era de se esperar foi muito, muito emocionante.

Edu estava com a maior cara babona do mundo e Fe aos prantos, ainda em êxtase pela chegada do filhote. Chorou em meus ombros numa mistura de emoção pelo encontro tão esperado com o filho, de alívio por ter corrido tudo bem no parto normal que tanto desejava com o filhote cheio de saúde, que nasceu com peso exato para ganhar passaporte para o quarto e de alegria, muita alegria por ter escolhido sim ter filho, ser mãe. Com os olhos encharcados ela me peguntava: "Como eu posso ter vivido até agora sem ele, Ju?". Chorei junto, claro.

Dar esse abraço numa amiga que está vivendo um momento tão especial me fez muito bem. Foi desses encontros que fazem a vida valer à pena, pois percebemos que não vivemos em vão, que existem coisas muito maiores que nos guiam, e que precisamos respeitar e agradecer, mas que também somos capazes de construirmos coisas igualmente grandiosas como cultivar uma amizade e gerar filhos. Fiquei muito feliz em ter ido à maternidade, porque ela estava com as emoções à flor da pele, talvez sem nem se dar conta ela chorava também por perceber o quanto é capaz, potente.

Tem gente que não gosta de visitas na maternidade, prefere visitas em casa, e tem gente que prefere o contrário, e às vezes a gente acha que não vai gostar de um tipo e no momento, gosta ou vice-versa. Vai entender, tudo depende de tanta coisa, se a mãe fez parto normal ou cesárea, se o bebê e a mãe estão tranquilos ou não... O fato é que gosto de visitas e sinto muito quando algumas pessoas queridas não visitar a mim e aos meus filhos ou quando não consigo visitar os filhos de amigos pelos mais diversos motivos.

Fazendo as contas percebi que desde o surgimento deste blog, 3 meses após o nascimento de Mateus, já anunciei o nascimento de 51 crianças!!! A primeira foi a Olívia, filha da Ligia, também houve 3 pares de gêmeos, incluindo minhas meninas e 2 anúncios comemorando a chegada dos bebês em casa após um tempinho na U.T.I. É muita, muita criança, sem mencionar que vira e mexe percebo que ainda não inclui alguém: o filho de um ou a neta de outro, enfim, se bobear tem mais gente no pedaço que precisa entrar para o grupo. Mas o mais importante é que simplesmente adoro a Sessão Seja bem vindo, pois me faz um bem danado saber que mais gente bacanuda está chegando a esse mundão para fazer a diferença - para o bem. Além do  mais, ao falar sobre a criança sempre me vem na cabeça minha relação com seus pais ou avós e quem me conhece sabe que sou saudosista e ainda que seja bem desligada tenho noção que as pessoas que passam por mim deixam marcas profundas, e por isso sempre vou ser grata a elas.

Ao fazer as contas das crianças dessa lista que já dei um cheirinho, mesmo tenso sido numa festa em comum - ainda assim valendo, pois vi e me alegrei com o encontro descobri que foram 27 crianças!!! Mais que a média, não? Mas ainda quero mais... 51 crianças, uma boa ideia:  quero mais encontros com os que já vi para acompanhar seus processos de desenvolvimento e também para brincarem com meus filhos senão qual é a graça dessa vida? Como também encontros efetivos com os bebês que ainda não conheci, alguns inclusive que já devem estar mocinhos e mocinhas, e pelo menos com os possíveis, já que alguns estão longe e última coisa: tem que ser ao vivo, pois alguns cheguei até mesmo a ficar na dúvida se conhecia ou não, já que pelo facebook acompanho todos os clicks. Um perigo, já que as redes sociais servem para facilitar nossa comunicação em tempos contemporâneos, mas não podem substituir nossos encontros tal como o que tive ontem com Fe, Edu e Lucas senão me pergunto novamente: qual é a graça dessa vida???


PS: Delícia de coincidência... Esta postagem é a 251ª que já escrevi por aqui!!!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Lucas: seja bem vindo!!!

Com muita alegria já havia anunciado a gravidez da Fe e do Edu na postagem "mais uma grávida", ressaltando o processo de minha amiga para decidir-se pela maternidade; dúvida esta que também já foi minha e de tantas outras mulheres, e que por isso, uma vez decididas, valorizamos tanto os seres que geramos.

Com a Fe não foi diferente e foi lindo vê-la apaixonada pelo bebê que preenchia seu ventre, sua alma, sua vida. Lindo mesmo tal como publiquei na postagem "Outros relatos: Fernanda Renner". Mas acontece que quanto mais luz produzimos em nossas vidas mais sombra projetamos, e precisamos aprender a lidar com isso. E com a Fe também não foi diferente: ela foi uma das grávidas mais loucas, e por isso mesmo mais divertidas que já conheci - dá-lhe hormônios e Santo Edu!!! Piadinhas à parte, a verdade é que os medos, exageros e pirações da Fe foram por conta de sua enorme vontade em acertar e enorme vontade de amar, o seu novo amor.

Uma das pirações, por exemplo, foi em relação ao parto. Ela desejava que o normal fosse privilegiado, tendo em vista todos os benefícios que traz para a mãe e o bebê e uma vez que ela demonstrava condições de realizá-lo, mas na reta final da gravidez descobriu que seu médico a enganara e na verdade tinha uma visão bem arcaica de que esse tipo de parto é "coisa da Idade Média", sendo assim precisou de muita coragem, além de toda que já vinha demonstrando ter ao confessar seus medos dentro de nossa sociedade onde se busca a perfeição para assim encontrar outro médico, mais coerente com suas expectativas. Muito orgulho dela.

Hoje, minha alegria é muito, muito grande ao comunicar o nascimento de mais um corinthiano nesse mundo, um serzinho fofo e querido: o Lucas. Viva, seja muito bem vindo! Não vejo a hora de lhe dar um cheiro e, claro, ver as caras babonas da mais nova mamãe e do mais novo papai. Tão lindos como casal e certamente também o serão como papais. Estou realmente muito emocionada em pensar que nesse momento minha amiga e seu marido estão sentindo a maior emoção do mundo ao conhecer a carinha do filho que geraram e que amarão para sempre.

Fezoca, continue contando comigo, qualquer coisa grita, e vamos nos falando, quero continuar acompanhando - no desejo de cada vez mais de perto - o seu trajeto como mamãe e o de sua cria. Beijo grande e parabéns pelo parto normal - uhú!!! Orgulho do tamanho do mundo de você.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Parabéns, parabéns!!!

No dia 7 de setembro, minhas duas flores completaram 1 aninho de nascimento, quanta felicidade!

Simplesmente tudo que já escrevi nos dois aniversários do Mateus se aplica novamente a esse momento, no qual me encho de orgulho e emoção ao ver meus filhos crescerem e fazerem novas conquistas, amo demais! Mas este primeiro aniversário da Lina e da Bebel carrega um sabor bem marcante, de fé na vida.

O susto de uma gravidez gemelar praticamente seguida de uma gestação anterior foi muito grande.

Descobrimos que esse tipo de gravidez é considerada de risco e exige cuidados maiores do que o padrão, o que nos deixou preocupados pelo risco da gestação em si e pela provável fragilidade das meninas ao nascerem. Como boa taurina que sou, me preparei para o pior apesar de esperar pelo melhor que a vida pode me oferecer. Ao final (sempre ao final!) tudo correu dentro do esperado e desejado, e mesmo minhas meninas tendo chegado a esse mundo 1 mês antes do previsto, elas nasceram de parto normal, cheias de saúde e lindas demais da conta. Isabel passou pela UTI apenas para dar um OI, pois saiu da maternidade comigo e com a irmã. Nós 3 juntas, como começamos.

Eu e Luiz nos demos conta também que passaríamos de 1 filho, ainda bebê para 3, tendo assim trigêmeos: 3 fraldas, 3 chupetas, 3 mamadeiras, 3 choros... Ainda na gestação olhava Mateus dormindo e pensava: "E quando chegássemos de um passeio e os 3 estivessem dormindo, como faríamos? Acordaríamos Mateus? Que sacanagem!". E assim, sofria e sofria com essa e outras cenas semelhantes em minha cabeça, todas revelando na verdade meu medo em não dar conta de oferecer 3 colos, 3 cuidados, 3 carinhos. Um medo que logo foi substituído por amor, muito amor por meus amores. Afinal, como não me apaixonar por 3 coisas lindas que coloquei nesse mundo?

Da mesma maneira percebemos que nossa estrutura precisaria ser repensada, e o que esteve em nosso alcance nós fizemos. Deu a maior dor de cabeça gerenciar tudo, ainda mais porque eu e Luiz gostamos de uma vida mais pacata e modesta, mas ao final, deu tudo certo. Nossa rotina também foi alterada, mas a construção desta escolhemos vivenciar paulatinamente na medida de nossas necessidades e qual nosso maravilhamento ao vermos Mateus inteirado desse processo e nossas meninas cada vez mais sapecas ao estilo do irmão, mas ainda assim anjos, dessas que colocamos no berço e dormem e que dão risadas a todo momento, algo que eu mesma só acredito porque presencio todos os dias. Enfim, tudo encaixado como se não existisse outra maneira de existir.

Vivemos todos os dias uma correria grande, é verdade, mas bem organizada e que funciona para todo mundo. Algumas coisas ainda precisam melhorar como a organização da casa, por exemplo, sempre bagunçada, mas isso é meta para um próximo momento. Boa parte dessa rotina que funciona deve-se ao apoio familiar que temos. Nossos pais realmente são presentes e queridos, maior presente do mundo tê-los por perto para nos ajudarmos a administrar tudo e para que possamos continuar com nossos respectivos trabalhos e acima de tudo para brincarem com os netos que simplesmente os adoram. Outra parte deve-se à escola de meus filhotes que são também nossos grandes parceiros na desafiante e deliciosa tarefa de educá-los.

Presenciar a relação de irmãos sendo construída diariamente é outro aspecto que também mereceu nossa atenção desde o tempo da gravidez. A pergunta mais frequente sobre ciúmes de Mateus na época do nascimento das meninas aconteceu em termos. Mateus é um moleque que gosta de gente, receber mais gente em nossa família não lhe foi um problema, pelo contrário. Quando precisou de um colo a mais em alguns momentos aceitou nossa ajuda prontamente, e logo voltava a se divertir. Atualmente vemos uma relação de irmãos, ora quer brincar com as irmãs - que o adoram, ora quer brincar sozinho. Como ele sabe sinalizar bem seus sentimentos nossa tarefa em ajudá-los fica mais fácil e prazerosa. Os desentendimentos acontecem, claro, mas estamos sempre tentando contorná-los caso a caso. Eterno desafio. Já Lina e Bebel realmente tem uma ligação única, de outro planeta, ou melhor, de outra placenta. Lembro-me delas pequenininhas chorando e quando a colocávamos juntas elas iam se tocando, se acalmando. Desde então elas brincam e brigam o tempo todo, neste caso, por conta da divisão de brinquedos, pois o ditado de que a grama do vizinho é sempre mais verde, é a mais pura verdade. Também conseguem brincar sozinhas ou com outros, mas sempre estão atentas uma à outra, uma lindeza só, grandes amigas.

E tantas e tantas outras coisas que fantasiamos durante a gestação que poderia dar de exemplo, sendo que posteriormente algumas se confirmaram e outras não, contudo, o mais marcante é que antes, nos momentos de pessimismo imaginávamos que as coisas seriam muito difíceis por conta do nascimento de Carolina e Isabel e esse com certeza foi o maior de todos os enganos. O acerto estava mesmo durante nossos momentos otimistas quando sabíamos que essas duas queridas junto de Mateus são nossa maior dádiva, nosso verdadeiro bilhete de loteria premiado - ainda que financeiramente funcione numa lógica ao contrário.

Outra lógica, sem lógica ou com toda a lógica. Assim funciona a vida que por mais que vivamos, apreciamos e analisamos nunca vamos entender. Aí está a graça e às vezes a desgraça... rs. Mas o mais importante de tudo é não perder a fé na vida. Vida maior que conduz tudo e todos. Lição maior: primeiro você põe o pé e depois Deus põe o chão, afinal de contas, ao final tudo se ajeita. Como dizem por aí, se as coisas não se ajeitaram é porque ainda não chegaram ao final...

Parabéns, minhas meninas, minhas flores pelo primeiro aniversário de vocês, que venham muitos e muitos outros! Estarei sempre bem juntinho docês, porque minha vida não é mais vida sem vocês, sem nós. Amo vocês, minhas lindezas preciosas.







segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Para se emocionar: o Cético e o Lúdico



Uma amiga das antigas, a Sabrina que já tem um filho, o Gabriel, está grávida de gêmeos e veio me perguntar como era a minha vida com um filho mais velho e duas meninas gêmeas, depois de respondê-la, li um texto que ela havia acabado de publicar, de um autor desconhecido, sobre uma suposta conversa entre dois irmãos na barriga da mãe. Claro que me emocionei, pois é de uma lindeza essa brincadeira entre irmãos que nos remota a questionamentos sérios e profundos e tão, tão humanos que temos desde sempre em nossas existências, e mais, à importância da diversidade de opiniões, da presença da mãe em nossas vidas e da fé que como ao final diz, talvez não possa mesmo ser explicada, mas pode ser sentida e vivida.

Fé de que existem forças maiores do que nós, de que as energias que emanamos influenciam nossas vidas, que temos responsabilidade por nossas escolhas, que tudo tem um sentido ainda que a gente não entenda tudo num primeiro momento, e que devemos cuidar uns dos outros. Eu acredito nisso tudo.


O CÉTICO E O LÚCIDO...
(Autor desconhecido)

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento.
- Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui.
- Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível.
- E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta.
- Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida.
- E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando ou sente como ela afaga nosso mundo.

Léo: seja bem vindo!!!

Chegou mais um pequeno de olhos puxadinhos nesse mundão: o Léo, filho de um super amigo do Luiz, o Ping (Ricardo) e da Érika. Viva, seja muito bem vindo!

O Léo nasceu longe, bem longe, lá na Alemanha, mas logo, logo vai dar um pulinho por aqui. Um pequeno que desde cedo aprenderá o conceito de globalização pela sua história e a de suas raízes e que nos ensinará como o sujeito contemporâneo gosta de viver: livre, sem fronteiras! Além disso, Léo veio nos mostrar que a vida às vezes nos prega sustos, alguns bem sérios, mas que com fé, tudo acaba dando certo - tanto que hoje ele e sua mãe estão bem, muito bem, podendo um aproveitar o outro, e ficamos na torcida para que continuem assim... eles merecem!

Nossas energias para essa nova família que em breve conheceremos e parabéns Ping e Érika, curtam muito o filhote!

domingo, 1 de setembro de 2013

Uma pausa para uma pose

Ontem vivi uma situação maravilhosa e exaustiva ao mesmo tempo: uma sessão de fotos com minha família no estúdio de uma amiga das antigas, a Renata.

O projeto nasceu de um desejo de ter uma foto bonita de nós 5, de meus 3 filhos e de minhas flores que vão completar 1 ano, após percebermos que temos poucas fotos devido à correria do dia a dia, nossas máquinas estarem quebradas e principalmente porque é muito difícil conseguir uma foto em que todos estejam sorrindo no mesmo instante. Sempre tem alguém olhando para trás, com a boca torta ou se mexendo! Uma loucura... rs. As meninas então quase não têm fotos se comparadas ao Mateus, que por outro lado tinha nessa mesma época de vida, em excesso. E quando elas têm, estão juntas, difícil termos de cada uma sozinha. Além disso, sou uma pessoa que prefere o olho no olho do que olhar pelas lentes então muitas vezes perco de registrar alguns momentos preciosos de conquistas, de beleza e sapequice de meus filhotes, porque estou mergulhada nesse contato. Maior orgulho dessa minha escolha, mas claro, que ao registrar as experiências apenas em minhas memórias algumas delas se perdem, se distorcem. Inevitável.

Foi então que decidi buscar um profissional para registrar esse momento único de nossas vidas. Temos a sorte de conhecer algumas fotógrafas sensacionais como a Flávia que tirou fotos de minha gravidez de Mateus, da Aloyne que tirou de minha gravidez de Lina e Bebel (de presente!), mas recentemente, por obra do acaso "esbarrei" com a Re, grande amiga dos tempos do colégio, e por coincidência descobri que se especializou em tirar fotografias de crianças em seu estúdio, e fofa - como sempre foi, ela fez questão de também presentear meus pequenos com a captura de seus gestos, olhares, sorrisos e bagunças.


Vi apenas 2 imagens dessa experiência e já foi o suficiente para me deixar ainda mais orgulhosa por ter gerado junto de me companheiro Luiz seres tão "gente boa", como a própria Renata definiu. Além disso, me senti orgulhosa desse presente especial ter vindo de uma amiga tão querida, alguém que até então estava apenas nas minhas lembranças, mas que agora passou a fazer parte novamente de meu presente, quiçá de meu futuro quando nos pegamos sonhando com a possibilidade de encontros de meus pequenos e de sua florzinha Juju, esse sim o maior presente de todos!

Tem gente que conseguiu manter as amizades lado a lado por toda a vida e gente que acredita que os amigos que ficaram são aqueles realmente importantes. Eu não acredito em nenhuma das duas coisas. Acho que quem mantém as relações antigas, por um lado é sortudo por estar ao lado quem lhe importa mesmo, mas é comum deixar assim de investir em pessoas novas, que nos surpreendem e nos trazem outros pontos de vistas, e como perdi muita gente querida pelos caminhos da vida, gente que me fazia um bem danado, mas ficou no passado, acredito que as pessoas de minha vida deixaram diferentes marcas em mim e vendo as coisas por esta perspectiva, elas ainda estão comigo, ainda que nem saibam o quanto. Tudo isso para dizer que me fez muito bem abraçar a Re de novo, sentir que a gente é capaz de criar laços afetivos que permanecem intactos apesar dos pesares. Re querida, obrigada pelo seu gesto e me desculpe pela bagunça!

Sim, eu e meus pequenos fizemos a maior bagunça: agora vem a parte exaustiva da experiência... Acordamos e os 3 estavam com o nariz cheios de "meleca", Isabel - mais uma vez! perdeu um brinco, Luiz que agendou corte de cabelo em cima da hora, fui passar um vestido das meninas e descubro que estava com aquele negócio afixado (!) e não tenho a menor ideia de onde coloquei a nota fiscal nem como tirá-lo (aff!), Mateus que pegou meu batom para fazer bigode, o que me fez esquecer a maquiagem em casa, Carolina que subiu na cadeira, Isabel que comeu papel, enfim, saí exausta de casa e no caminho percebi que o "mapa" havia sumido. Isso sem mencionar que no dia anterior estava numa crise se aceitava a sugestão da Re em levar 2 bolos para uma sessão intitulada "smash the cake" (esmague o bolo), ideia norte-americana (claro!) de fazer as criancinhas enfiarem as mãos nos bolos e maravilhadas com o açúcar abrirem os sorrisos mais deliciosos do mundo. Depois quero falar disso com calma, mas o fato é que apesar de achar que essas fotos ficam lindas não me parecia nada coerente ter restringido o doce da alimentação das minhas pequenas e de repente oferecer duas bombas a elas. Ainda mais num mundo marcado pelo excesso do consumismo e obesidade.

Assim cheguei super agitada ao estúdio, com tudo isso na cabeça. Ainda bem que Re estava calma para me lembrar de que eram apenas fotos, estava tudo bem. Fotos que deveriam ser divertidas para marcarem o nosso momento especial. E foi assim que apesar de ficar no inicio um pouco desconcertada naquele lugar tão diferente de meu dia a dia conseguimos relaxar vendo nossos filhos se curtindo: Mateus abraçando as pequenas, elas se olhando, pegando os laços de cabelo uma da outra, mexendo nos fios, comendo umas flores de enfeite que levei e também os dois cupcakes, solução que encontrei, já que eram pequenos, sem recheios e coberturas e com redução de açúcar. E confesso: ao final foi mesmo muito divertido ver a carinha delas experimentando mais um novo sabor desse mundão - sabor tão bom, não é mesmo?

E que venham mais e muito mais momentos como esse, porque afinal, toda experiência é mesmo intensa em todos os sentidos, o que nos leva a pensar em como estamos conduzindo as nossas escolhas, como as aproveitamos e, principalmente, como nos beneficiamos delas.

Super indico:
Renata Castilho (Re com Re)
http://www.renatacastilho.com.br/
https://www.facebook.com/pages/Renata-Castilho-Fotografia-Infantil/255526304470468

Aloyne Silveira
http://aloynesilveirafotografa.wordpress.com/