segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Para se emocionar: o Cético e o Lúdico



Uma amiga das antigas, a Sabrina que já tem um filho, o Gabriel, está grávida de gêmeos e veio me perguntar como era a minha vida com um filho mais velho e duas meninas gêmeas, depois de respondê-la, li um texto que ela havia acabado de publicar, de um autor desconhecido, sobre uma suposta conversa entre dois irmãos na barriga da mãe. Claro que me emocionei, pois é de uma lindeza essa brincadeira entre irmãos que nos remota a questionamentos sérios e profundos e tão, tão humanos que temos desde sempre em nossas existências, e mais, à importância da diversidade de opiniões, da presença da mãe em nossas vidas e da fé que como ao final diz, talvez não possa mesmo ser explicada, mas pode ser sentida e vivida.

Fé de que existem forças maiores do que nós, de que as energias que emanamos influenciam nossas vidas, que temos responsabilidade por nossas escolhas, que tudo tem um sentido ainda que a gente não entenda tudo num primeiro momento, e que devemos cuidar uns dos outros. Eu acredito nisso tudo.


O CÉTICO E O LÚCIDO...
(Autor desconhecido)

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento.
- Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui.
- Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível.
- E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta.
- Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida.
- E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando ou sente como ela afaga nosso mundo.

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