domingo, 19 de janeiro de 2014

Luiz Felipe Fernandes: seja bem vindo!!!

Nasceu mais um bebê querido, o Luiz Felipe, novo membro de nossa família, quanta felicidade!!! Luiz Felipe é filho do Rodrigo, primo do meu Luiz Felipe (esse nome é mesmo de gente querida!) e da Luciana, irmão da do Rafael e da Letícia, um menino desde já muito amado e sortudo por nascer nessa família amorosa e cuidadosa que gostamos muito.

Fomos visita-lo, ele é mesmo um fofo que já deixou meus filhotes encantados, querendo tocá-lo o tempo todo sob o olhar vigilante dos protetores irmãos mais velhos: "não pode puxar o cabelo" dizia Rafa à Isabel (aviso importante mesmo! rs), imagina daqui um tempo o que essa nova geração de primos vai aprontar... nossos encontros já têm sido especiais e divertidos imagine agora com mais esse pequeno na turma e logo, logo a Nina também. Maior bagunça gostosa!

Desejamos toda a felicidade do mundo a cada um dessa família que Luiz Felipe traga ainda mais luz aos apaixonados e aos seus filhotes. Lu, parabéns guerreira, mais um parto normal e fica agora a dúvida: será o último filhote do casal ou não? Façam suas apostas... particularmente acho que Rodrigo vai querer passar na nossa frente... rs. Brincadeirinhas à parte, a verdade é que nessa história todos nós já somos grandes vencedores!

Outros relatos: Cristiano Kozan

Como disse nas postagens anteriores, segue relato para se emocionar e refletir do pai (eba, um homem falando sobre sua experiência paterna!!!!) da Bia e da Helena Ferreira publicado no blog: http://carademae.com.br

 

Relato de Parto da Beatriz (Pai)


Por Cristiano Kozan (pai)
O Nosso Parto

Desde que fiquei sabendo que seria pai, passei a imaginar o momento do nascimento de nossa filha e como seria minha reação ao recebê-la fora da barriga de minha esposa, Juliana.
E pelos relatos que me foram contados ao longo da vida sobre a emoção indescritível de vivenciar o momento do parto, nunca tive dúvida de que estaria presente no nascimento de nossa amada Beatriz.

Entretanto, seja pelas experiências das pessoas que fazem parte da minha família e círculo de amigos, ou mesmo pela cultura da cesárea quase que imposta às mães no Brasil, até ser apresentado à realidade consciente, segura e responsável do parto natural, nunca havia imaginado que eu, simples pai, poderia exercer outro papel além de mero expectador no parto de nossa filha.

Não estou defendendo os benefícios do parto natural. É que, ao decidir por esta modalidade de parto, enfrentamos um sem número de caras feias e narizes torcidos de supostos experts da medicina obstétrica, que praticamente blasfemavam contra tudo aquilo que fugisse do roteiro da cesárea, de preferência agendada.

Não culpo nenhum desses críticos, mesmo porque muitos deles são entes queridos que certamente só queriam e querem o nosso bem. Aliás, eu mesmo era um defensor fervoroso da cesárea (apesar de sem qualquer conhecimento).

As repreensões que recebemos ao contar que pretendíamos ter um parto natural fizeram com que buscássemos o maior número de informações possíveis não só sobre o momento e forma do nascimento de nosso bebê, como também sobre como nos preparar para o parto.

Foi então que aprendi que eu já era pai, mesmo muito antes do nascimento de nossa filha. E que além de amá-la muito, eu já podia (e devia) ajudá-la a se desenvolver e a se preparar para sair do forninho, apoiando incondicionalmente e dando segurança à sua mãe.

Apesar de toda nossa preparação para o parto e por mais que tentássemos nos informar sobre a dinâmica do parto natural, tive que me conformar que cada parto é um parto, sem roteiro ou regras estanques. Simples assim, como quer a mãe Natureza.

Por isso, entendi que a melhor forma de eu ajudar no momento do nascimento de nossa filha era, além de tomar as providências práticas que estavam ao nosso alcance (escolha da equipe e hospital para o parto, etc.), fazer com que minha esposa tivesse certeza de que eu daria todo o apoio que ela precisasse antes, durante e depois do trabalho de parto, quaisquer que fossem as necessidades.

Outra providência prática que tomei foi não viajar mais a trabalho nas semanas que antecederam a data provável do parto, pois nossa filha não podia correr o risco de querer nascer e seu pai estar do outro lado do país. Adotadas essas cautelas, estávamos prontos, aguardando para, de um dia para o outro, segurar nossa pequenina nos braços.

Na quadragésima semana e primeiro dia (só quem engravidou tem essa tecnologia de contagem do período gestacional), Juliana suspeitou que tivesse chegado a hora, a boa hora. De fato, tinha início o nosso trabalho de parto.

Daí em diante começou, para mim, um processo mágico no final do qual teríamos nos braços nossa obra prima: a pequena Beatriz. Mas como cada parto é único, sem roteiro, não sabia o que viria pela frente.

Meia-noite: “Isto aqui é xixi ou um pouco de líquido amniótico”? Não soubemos ao certo, mas como estava clarinho, decidimos tentar dormir. Mas como dormir se nossa menininha, depois de 40 semanas e 1 dia, podia estar dando os primeiros sinais de que já estava pronta para sair do forninho?

Não, não. Definitivamente, não conseguimos dormir mais. Mesmo porque, minutos depois, Juliana começou a sentir as tão famosas contrações. Contrações levinhas, levinhas, daquelas que o papai nem consegue sentir com ouvidos, rosto ou mãos.

Mas logo essas leves contrações ganharam força e, para nossa surpresa, intensidade e alguma regularidade. Mas a dilatação de 0 a 10 dedos não levaria, em tese, 10 horas (1 dedo/hora)? Em tese, papai, em tese. Esqueceu-se que cada parto é único?

Como as contrações, à 1h e 30min da madrugada, já estavam durando de 40 a 70 segundos, com intervalos de 2 a 5 minutos, decidimos ligar e acordar nossa doula (espécie de mulher anjo que, além de tornar mais suportáveis as dores do parto, transmite calma e segurança ao casal).
Nossa doula pediu que contássemos as contrações por mais uma hora e, como as contrações passaram a vir ainda mais regulares neste período, nossa mulher anjo voou para nossa casa às 2hs e 30min da madrugada.

Quando ela chegou em casa continuamos conversando descontraidamente. Também ajudamos a mamãe (em pé, sentada e na bola de ioga) durante as contrações segurando-a, massageando-a e não a deixando esquecer-se das respirações ensinadas nas aulas de ioga.

Na medida em que as contrações estavam cada vez mais ritmadas (agora já contadas no máster bláster programa de celular de nossa doula), perguntei, por volta das 3hs e 30min da madrugada, se já não estava na hora de irmos para o hospital. Nossa doula, com a tranquilidade que lhe é característica, disse que Juliana ainda estava muito descontraída, e que só quando ela parasse de rir de minhas piadas entre as contrações é que estaria na hora de sairmos para o hospital.

Não demorou muito e realmente Juliana começou a se incomodar mais com as dores durante as contrações e a não querer mais papo entre elas.

Por volta das 4hs e 30min da madrugada, quando Juliana já estava quase incomunicável (ou se comunicando por grunhidos, olhares e fortes suspiros – o nome técnico científico desse estágio é “partolândia”), nossa doula me perguntou se já estava tudo arrumado (malas no carro) para rumarmos ao hospital.

Senti um misto de alívio e ansiedade, pois ao mesmo tempo em que podíamos estar perto do final do trabalho de parto, ainda não sabíamos com quantos dedos de dilatação Juliana estava e, assim, o quão mais o trabalho de parto poderia durar.

Ao sair de casa nossa doula entrou em contato com todo o resto de nossa equipe (médica obstétrica, enfermeira e pediatra) e eu fui com Juliana no nosso carro com ela no banco de trás esmagando a bola de ioga durante as contrações.

Percebi que no caminho até a maternidade, que às 5hs da manhã durou apenas incomuns 10 minutos, Juliana sentiu as contrações mais intensas (e dolorosas). Ao chegar no hospital, nossa enfermeira obstétrica já estava nos esperando e, finalmente, teríamos a exata ideia do estágio do trabalho de parto.

Após o cardiotoco (mamãe e bebê ok) nossa enfermeira nos olhou com um sorriso meio maroto e disse: 8 para 9 dedos. Caramba, mas não é com 10 que os bebês nascem? Isso mesmo, para nossa grata surpresa, Bia já estava em vias de deixar o forninho.

Percorremos intermináveis 30 metros entre a sala de admissão e a sala de parto, entre passos contidos, abraços apertados e gemidos em 3 ou 4 contrações muito intensas. Não pude entrar direto na sala de parto, pois a enfermeira do hospital disse que eu teria que “me paramentar”. Deixei Juliana com as enfermeiras (a nossa e a do hospital) e fui correndo “me paramentar”.
Quando voltei para a sala de parto, Juliana estava prestes a entrar na banheira, com contrações muito intensas e já no último estágio da “partolândia”. Foi só o tempo de terminar de encher a banheira para colocarmos Juliana dentro da água morna (para amenizar a dor).

A ideia inicial era que eu também entrasse na banheira e servisse de apoio para as costas de Juliana, mas as contrações vieram tão rapidamente que a fiquei segurando do lado de fora da banheira.

Duas ou três contrações depois ouço: “cabeça”. Como eu estava atrás de Juliana, nossa médica disse para eu colocar a mão na água e sentir o cabelinho. Só que eu estava tão preocupado em acalmar e dar suporte à Juliana, que nem mesmo consegui deixar de segurá-la. Mais uma contração e ouço: “agora está quase no fim, só falta passar o ombrinho”.

Olho, vejo nossa bebezinha debaixo d’água e fico imensamente feliz por Juliana ter conseguido manter a calma e ter tido, até ali, um trabalho de parto maravilhoso.

Segundos depois, após a última contração expulsiva, a médica pega nossa bebezinha e imediatamente a coloca, roxinha, no colo de Juliana, só com a cabecinha fora d’água.

Tudo o que eu dissesse aqui não seria capaz de revelar a emoção e a magia daquele momento, no qual tive a certeza de que nasci com um propósito nesta vida: ser pai daquela princesinha.
Ela já nasceu linda, ficando rosinha a cada copinho de água morna da banheira que despejávamos carinhosamente em seu corpinho. Cortei o cordão umbilical e, em seguida, já fora da banheira, nosso pequeno milagre já estava dando a sua primeira mamada.

Nosso parto foi lindo e me fez sentir emoções até então desconhecidas e indescritíveis. Nossa bebezinha, recebida de forma tão espontânea, fez com que eu percebesse de forma presente e ativa o milagre de seu nascimento.

Agradeço imensamente à Casa Moara, por ter nos esclarecido de forma consciente e segura as possíveis formas de se trazer um bebê ao mundo, à nossa equipe de parto (Andréia, Douglas, Kátia e Márcia) e principalmente à Juliana por ser minha esposa e mãe de nossa filha e à Bia, que me escolheu para ser seu pai.

Espero, de coração, que os futuros papais e mamães possam vivenciar experiência semelhante.
Boa hora.

Outros relatos II: Juliana Ferreira

Como escrevi na postagem anterior, de Boas vindas à Helena Ferreira, filha da Juliana e do Cristiano, segue o relato do Ju publicado no blog: http://carademae.com.br/relato-de-parto-da-beatriz-mae . Para se emocionar e refletir!


Relato de parto da Beatriz (Mãe)

Quando a pequena completou um ano, nasceu o relato de parto da mamãe Juliana, comemorando a incrível jornada da maternidade. Veja aqui como foi a linda chegada da Beatriz, aos olhos e pelo coração da mãe.

Por Juliana Ferreria Kozan (mãe)

Um pouco antes do parto…
Foto_Juliana Ferreira
Decidi começar o meu relato um pouco antes do parto em si, para descrever como me preparei para ele e as providências que tomei. Começarei por quando eu e meu marido decidimos que era o momento de aumentar a família. Era nosso aniversário de 1 ano de casamento, 08/08/2010, e fomos fazer um passeio de balão em Boituva para comemorar. Saímos para jantar na noite anterior ao passeio, conversamos e decidimos que estávamos “preparados” para ter nosso primeiro filho.

Aí surgiu minha primeira dúvida, continuo com meu plano de saúde ou contrato outro? Por conta do meu trabalho como advogada sabia bem os problemas que podemos enfrentar quando precisamos utilizar os serviços de saúde contratados através de um plano de saúde, além de saber da existência de carência de 300 dias para a cobertura do parto.

Marquei uma consulta com a ginecologista, da rede credenciada do meu então plano de saúde, que para aquelas consultas de rotina me atendia até que muito bem. Disse a ela que ia começar a tentar engravidar e ela me pediu alguns exames (ultrassom e hemograma). Antes mesmo de engravidar ou de começar a conversar com ela sobre questões relacionadas ao parto, ao tentar marcar uma consulta de retorno, descobri pela secretária que esta médica não atendia no consultório às terças-feiras pois “era dia de parto”. Heim?! Com essa informação parei e pensei: ou todas as pacientes dela têm uma ligação cósmica e entram em trabalho de parto juntas às terças-feiras, ou ela marca todas as cesárias neste dia da semana. Como achei que a segunda hipótese era mais plausível, resolvi mudar de médica, pois já sabia que pretendia ter um parto normal.

Antes mesmo de engravidar eu já tinha plena consciência de que o ideal é que o parto seja normal e que a cesária, como intervenção cirúrgica, só deve ocorrer quando for realmente necessária. Mas eu também já sabia que o nosso país, infelizmente tem uma das maiores taxas de cesárias do mundo e que não é fácil encontrar um médico que realmente esteja disposto a fazer um parto normal na rede privada.

Uma amiga muito querida já tinha uma filhinha e tinha tido um parto natural, humanizado, na água, lindo!!! Conversávamos bastante sobre o assunto e, graças a ela, eu já tinha bastante informação antes mesmo de engravidar. E foi ela quem me indicou uma médica incrível, que fez seu parto.

Marquei uma consulta com esta médica e me encantei com ela. Conversamos bastante, disse que gostaria de ter um parto natural se possível, mas que não era contra anestesia nem cesárea, desde que fossem intervenções necessárias, e ela me explicou que esta era exatamente sua forma de trabalho. Ela falou sobre o atendimento humanizado, sobre seu percentual de partos normais e de cesárias, sobre as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

Pronto, eu já tinha escolhido a médica que ia me acompanhar na minha futura gestação e no meu parto, uma profissional em quem eu podia confiar, que não ia me enganar e me levar para uma cesárea desnecessária. Encantei-me também com o lugar onde esta médica atendia: a Casa Moara. Um lugar acolhedor, que congrega vários profissionais, todos visando o mesmo objetivo.

Passei a avaliar as maternidades que eram credenciadas do meu plano de saúde e constatei que várias haviam sido descredenciadas, dentre elas aquela em que eu gostaria que acontecesse o meu parto, a Maternidade São Luiz.

Decidi então mudar de plano de saúde e entrar como beneficiária do plano de saúde empresarial do escritório onde meu marido trabalha, que tinha uma ótima rede credenciada de maternidades e tinha a opção de ser atendida por profissionais de saúde de fora da rede credenciada e obter reembolso dos valores das consultas.

Parei de tomar anticoncepcional em setembro de 2010. Ao contrário de muitos casais que conhecemos, eu e meu marido não fizemos nenhuma “força-tarefa” para engravidar, apenas seguimos com nossa vida normalmente. E em abril de 2011 nós engravidamos!
Resolvi então conversar com meu marido sobre o tipo de parto e de atendimento que eu gostaria. Ao falar do parto natural, vi uma expressão um pouco surpresa/assustada em seu rosto. Meu marido estava acostumado a ver e acompanhar mulheres que marcam cesárias para ter seus filhos, muito diferente do que eu propunha. Sugeri que ele pensasse sobre o assunto e levasse suas dúvidas para serem tiradas com a médica que havia escolhido para nos acompanhar nessa jornada.

Na primeira consulta pré-natal, eu tinha poucas dúvidas, mas meu marido começou a bombardear a médica de perguntas, confesso que fiquei um pouco sem graça. Mas ele tinha todo o direito de perguntar o que quisesse e precisasse para se sentir seguro quanto ao acompanhamento do crescimento e do nascimento da sua filha. Até sobre episiotomia ele perguntou! E a médica respondeu a todas os seus questionamentos de forma tranquila e fundamentada. Saímos da consulta, perguntei se ele tinha gostado e ele me disse que sim e ressaltou: “não dá pra não concordar com ela”.

E, seguindo aquela máxima de que em time que está ganhando não se mexe, eu e meu marido escolhemos exatamente a mesma equipe que acompanhou o parto daquela minha grande amiga, a mesma enfermeira obstétrica, a mesma doula e o mesmo pediatra, além de claro a mesma médica. Mas não foi só por isso, conhecemos antes todos eles, que também nos encantaram com seu profissionalismo, sua ética e sua tranquilidade.

Eu e meu marido estávamos certos e confiantes de que havíamos escolhido a melhor equipe possível para nos acompanhar na gravidez e no parto. E o parto natural nunca foi nosso objetivo. Nosso objetivo sempre foi o melhor nascimento para a nossa filha e, por isso, estávamos tranquilos se fosse necessário o uso de alguma intervenção, até mesmo uma cesárea.
Durante a gravidez, quando falávamos sobre parto humanizado e que buscávamos, se possível, ter um parto natural, vimos algumas pessoas com aquela cara de “vocês são loucos?” e “para quê isso?”, mas também nos deparamos com diversas pessoas que nos apoiaram ou se interessaram em saber mais sobre o que seria o atendimento humanizado que buscávamos, o que muito me alegrou.

Busquei me preparar, mental e fisicamente, o melhor possível para ter uma gravidez saudável. E a Casa Moara foi o local mais visitado durante a minha gravidez. Comecei a frequentar os encontros de gestantes com 9 semanas de gestação, que foram ótimos para trocar experiências e obter informações sobre a gestação, o parto e o pós parto. Lá também fiz yoga para gestantes, onde conheci minha querida professora com quem me identifiquei de cara e já decidi que ela seria nossa doula. Fiz ainda acompanhamento com a nutricionista e, mais para o final da gestação, com a fisioterapeuta para fortalecimento do períneo. A única atividade que fiz fora de lá foi a hidroginástica.

No meu primeiro Dia das Mães, com minha filha ainda na barriga, aquela minha querida amiga me presenteou com um livro delicioso: “Parto com amor”. E ainda me emprestou outros livros, que devorei durante a gestação: “Quando o corpo consente”, “Parto ativo”, “A bíblia da gravidez”. E um livro bem divertido, que recomendo para descontrair: “Onde vende o manual”.

Eu e meu marido fizemos também nosso plano de parto, para organizar nossas ideias e definir nossas preferências em relação ao nascimento da nossa filha. Colocamos no papel o que pretendíamos para o trabalho de parto, para o parto, para o pós parto, para os cuidados com nossa bebê e caso fosse necessária a cesárea.

Durante a gravidez, tive dois pequenos sustos. O primeiro foi descobrir que estava com diabetes gestacional, o que me deixou muito triste. Mas nossa médica me tranquilizou e bastou uma dieta, auxiliada pela nutricionista, mais restritiva de açúcar e carboidrato para que tudo corresse bem e eu conseguisse manter minha glicemia controladíssima.

Outro susto foi no finalzinho da gestação, que minha pressão subiu um pouquinho e tive um pouco de perda de proteína na urina, que seria um indicativo de pré-eclâmpsia. Nossa médica me tranquilizou novamente, mas pediu que medíssemos a pressão todos os dias e avisássemos se alguma estivesse alta. Compramos um medidor de pressão e passei a medi-la 3 vezes ao dia, e minha pressão voltou a normalizar sem maiores problemas.

O trabalho de parto!

No dia da minha DPP, 13/12/2011, uma 3ª feira, acordei mais tarde, descansei um pouco, almocei, fui para a aula de yoga, voltei para casa e fiz mais alguns exercícios de cócoras que a professora tinha me passado. À tarde fui caminhar com a minha amiga (aquela anja que me apresentou à minha médica) pelo bairro. Cheguei em casa e tomei um delicioso e relaxante banho de banheira. Meu marido chegou, nós jantamos, conversamos e fomos dormir lá pelas 22h. Eu dormi logo que deitamos e meu marido sorrateiramente trocou a televisão de canal e ficou assistindo a um dos filmes violentos que ele adora e que estavam proibidos durante a minha gestação.

Às 23:30h, acordei com uma sensação estranha… Percebi que tinha molhado um pouco a cama. Avisei meu marido e ficamos na dúvida: será que rompeu a bolsa ou fiz xixi na cama sem perceber? Levantei e saiu mais um pouco de líquido, mas como foi pouco ainda fiquei na dúvida. Tomei um banho, troquei de roupa e, como o líquido estava transparente, decidimos voltar a dormir.

Mas é claro que não conseguimos dormir, pois logo em seguida comecei a sentir as primeiras contrações, bem leves, e até às 00:30h foram umas cinco. À1h ligamos para a nossa doula, que pediu para contarmos as contrações, os intervalos e duração por aproximadamente 1 hora e ligar para ela novamente para relatar como foi.

Continuamos monitorando, e da 1h às 2h, tive 14 contrações, a primeira com duração de 46 segundos e a última com duração de 70 segundos. Ligamos para a nossa doula às 2:20h e relatamos como andava o trabalho de parto. Ela achou melhor vir pra nossa casa para acompanhar o TP mais de perto.

Por volta das 3h ela chegou. O porteiro do nosso condomínio não queria deixá-la entrar nem interfonar em casa por conta do horário e ainda disse a ela: “isso é hora de visitar os outros?” (doula tem que passar por cada uma…). Felizmente ela usou seu poder de argumentação, ele interfonou em casa e meu marido pediu “peloamordedeus” pra ela entrar.
A partir da sua chegada, as contrações passaram a ser monitoradas pelo “master-blaster”, como diria meu marido, programa do celular da nossa doula (beeem mais fácil do que ficar anotando manualmente as contrações).

Durante meu TP, fiquei a maior parte do tempo sentada na bola, controlando a respiração como eu havia aprendido nas aulas de yoga e a nossa doula massageava minha lombar durante as contrações com suas mãos mágicas. Não sentia dores na barriga, mas sim na lombar. Também fui ao banheiro diversas vezes e meu intestino ficou mais que vazio, a natureza é sábia…

A dor foi aumentando progressivamente. Mas até às 3:30h eu ainda ria das piadas contadas pelo meu marido e conversava normalmente nos intervalos das contrações. Lembro perfeitamente de nós três conversando no quarto, com a porta da varanda aberta. Mas a partir deste momento, as dores começaram a se intensificar, e meu bom humor foi diminuindo na mesma medida. Nesse momento lembrei de uma dedicatória que uma das minhas colegas de yoga escreveu no meu cartão de despedida da barriga, que dizia pra eu me lembrar, quando as dores fossem ficando piores, que era um sinal que minha filha estava chegando. Mentalizei isso até o final do meu TP.

Por volta das 4h, as contrações estavam bem doloridas e cada vez mais próximas, e nossa doula achou melhor já nos prepararmos e rumarmos para a maternidade, e já avisou toda a equipe que estávamos a caminho.

Nossa doula foi em seu carro. Meu marido foi dirigindo nosso carro, comigo no banco de trás, agachada e abraçada na bola. E essa foi a pior parte do meu TP, pois as dores estavam bem fortes, eu estava sem a santa massagem da doula na minha lombar, e as ruas esburacadas de São Paulo não ajudaram em nada. Foram os 10 minutos mais longos da minha vida.
Quando chegamos na maternidade, às 5:15h, nossa enfermeira obstétrica já estava nos aguardando na entrada, sua tranquilidade aliada à da nossa doula foram essenciais naquele momento.

A admissão até que foi rápida, eu já havia deixado todas as informações necessárias anotadas numa folha de papel junto com os meus documentos, para o meu marido não se atrapalhar.
Nesse momento tive uma contração bem dolorida, que até escureceu minha vista. Lembro de olhar para nossa doula e falar que a dor tinha sido bem forte, e mais uma vez ela me tranquilizou.

Fomos para a sala ao lado da admissão para fazer o cardiotoco e o tão temido exame de toque, que me disseram que doía bastante. O cardiotoco mostrou que nossa bebê estava bem, mas eu não tinha dúvidas disso. A Beatriz mexeu bastante durante a gravidez inteira, inclusive durante os intervalos das contrações, o que me deixava tranquila.

O exame de toque foi feito pela nossa enfermeira obstétrica, que foi tão delicada que eu juro não ter sentido dor nenhuma. Após o toque, ela nos olhou com um sorrisinho no rosto e contou que a minha dilatação já estava de 8 para 9, mas que a bebê ainda estava alta. Senti um alívio enorme, pois uma das coisas que mais temia era chegar à maternidade e ter que voltar pra casa, e também porque, apesar de a dor estar forte, eu sabia que estava chegando ao final.

Fomos para a delivery. Nossa enfermeira obstétrica foi na frente para encher a banheira. Eu não quis ir de cadeira de roda, preferi ir andando. Fomos caminhando até o elevador eu, meu marido, nossa doula e a enfermeira da maternidade. Ao chegar em frente ao centro obstétrico, a enfermeira não deixou nossa doula ir comigo para a delivery porque ela e meu marido tinham que se paramentar para entrar (mais um dos protocolos discutíveis das maternidades…). Então eles foram se paramentar e eu fui com a enfermeira da maternidade para delivery, caminhando e fincando minhas unhas nela a cada contração (acho que ela se arrependeu um pouco de me acompanhar…).

Cheguei na delivery e fui direto pra banheira. Mas, como ela não estava cheia ainda, sentei um pouco no vaso para aguardar e logo comecei a sentir a tal “vontade de fazer força”. Vontade nada, meu corpo começou a fazer força sozinho! E eu, que já estava na partolândia essa hora, me lembro de ter um momento de lucidez e pensar: “espero que essa banheira encha logo, minha filha não vai nascer no vaso!”.

Meu marido e a doula chegaram. A banheira encheu e eu entrei rapidamente nela. Nossa médica também chegou em seguida. E veio mais vontade de fazer força. Agora eu não sentia mais aquela dor forte na lombar, era uma sensação diferente, parece que eu sentia minha filha descendo… Meu marido ia entrar na banheira comigo, mas acabou não dando tempo… Ele estava atrás de mim, segurando meus braços e nós ouvimos alguém falando: “cabeça”. Não consegui colocar a mão para senti-la, não conseguia largar meu marido.
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Lembro também de sentir meu períneo ardendo bastante, o tal círculo de fogo. Logo em seguida a cabecinha da Beatriz saiu. Mais uma força e saiu o resto do seu corpinho. Ela “deu uma braçadas”, saiu da água e foi trazida para o meu peito, linda, roxinha, tranquila, com as unhas da mão compridas! Às 6:02h nasceu nossa princesinha Beatriz!

O pediatra que escolhemos para acompanhar o parto chegou logo que a Beatriz nasceu, foi tudo tão rápido que quase ele não chega a tempo!

Ficamos lá, muito emocionados, nos namorando, eu, meu marido e nossa pequena, que logo foi ficando rosinha com a água morna sendo jogada no seu corpinho… Foi o momento mais mágico e incrível de toda a minha vida…

Logo que o cordão umbilical parou de pulsar, meu marido o cortou. Pegaram a Beatriz para que eu pudesse sair da banheira. Eu estava tão emocionada e cansada que minhas pernas tremiam e precisei de ajuda para sair da banheira e ir para a cama.

Em seguida o pediatra trouxe a Beatriz e a colocou para mamar, onde ela ficou por quase uma hora. A minha pequena assim me ajudou a expelir a placenta, por volta de 30 minutos após o parto.

A nossa médica veio então avaliar meu períneo. Eu confesso que ardeu tanto quando a cabecinha da Beatriz passou que achei que tivesse tido alguma laceração. Mas fiquei muito feliz ao saber que meu períneo estava íntegro, sem nenhuma laceração! Bendita fisioterapia perineal, bendito Epi-no!

A tranquilidade de todos da equipe que nos acompanhou no nosso parto foi essencial para que mantivéssemos nossa calma e nossa serenidade e tivéssemos a certeza de que tudo estava e terminaria bem. E isso é impagável! Ou melhor, pagável e vale cada centavo!!!

Agradeço à minha amiga Daniele Moraes, que esteve ao meu lado antes, durante e depois da gravidez e me apresentou à equipe que acompanhou nosso parto. E, coisas da vida, assim como eu estive com ela no dia do seu TP, ela também estava comigo no dia do meu!

Agradeço a toda equipe maravilhosa que nos acompanhou na gravidez e no parto da nossa filha: à nossa médica Dra. Andrea Campos, à nossa enfermeira obstétrica Marcia Koiffman, à nossa doula Katia Barga, ao nosso pediatra Dr. Douglas Gomes, à fisioterapeuta Miriam Zaneti, à nutricionista Amanda Buonavoglia.

Agradeço aos meus pais e minha irmã, pelo apoio, respeito e compreensão que me deram durante toda a gestação.

Agradeço ao meu marido Cristiano, que topou encarar esta aventura junto comigo, me apoiou e participou ativamente da gestação e do parto da nossa filha querida.

E agradeço à Beatriz, que me escolheu para ser sua mãe e me enche de alegria toda vez que me olha com seus lindos olhos azuis.

Helena Ferreira: seja bem vinda!!!

Viva... Mais uma flor nasceu nesse mundão: a Helena, filha da Juliana e do Cristiano, irmã da Beatriz, mais conhecida como Bia Pipoca e que já teve aqui seu nascimento registrado. Na época a Ju escreveu assim em seu facebook:

Pessoal, como muitos tem me perguntado, a vida de mãe tem sido bem puxada, entre mamadas, trocas de fralda, muuitas cólicas e choros, que matam a mamãe aqui de dó da minha pequena... Mas um sorriso espontâneo que a Bia me dá no dia já vale por tudo!!! Só tenho a dizer que é um amor indescritível, só vivendo pra saber... bjs a todos

Fico agora imaginando sua alegria em ter dois sorrisos espontâneos em sua vida, maior presente não há!!! A Ju sabe reconhecer o quanto é sortuda e mais, cuidar disso. Ela cuida tanto que desde antes de engravidar já começou a fazer os preparativos para receber suas princesas com cuidado, afeto, respeito e responsabilidade. A seguir publico dois relatos, um dela e outro de seu marido, sobre suas escolhas para o primeiro parto de Bia que foram mantidos no de Helena. Relatos muito apaixonantes que seguem aquela máxima: "Quem ama, cuida!" e que imagino pode ser um alerta para algumas pessoas que nunca pensaram sobre as maravilhas do parto normal que eu também recomendo!!!!

Beijo grande em cada um, e Hena: seja muito bem vinda!!!


Mensagem para a beatriz:
http://jujuviroumamae.blogspot.com.br/2011/12/beatriz-seja-bem-vinda.html

sábado, 18 de janeiro de 2014

Matteo: seja bem vindo!!!

Fiquei um tempo afastada do blog, mas os bebês não pararam de nascer nesse período, pelo contrário. Segue agora a singela homenagem que costumo fazer a todos bebês conhecidos, aqueles que quero tão bem, que chegaram a esse mundão deixando- ainda mais bonito e especial.

Um desses fofuchos é o Matteo, filho do Alfredo (Nenê) e de sua esposa Catia e irmão da Nick. Tudo isso vi pelo facebook, pois Nenê é um amigo da turma antiga do prédio onde morava, mas já faz um tempo não temos tido mais contato. O facebook promoveu nosso contato novamente e fico aqui imaginando que quem sabe a nova leva de crianças que nasceram de nossa turma (já dá uma nova gangue do Marina!) também não venha a estimular novos encontros, inclusive, para conhecer sua família inteira e ter a chance de parabeniza-los pessoalmente pela chegada do mais novo e ilustre integrante. Desejo muitas felicidades a todos e que Mateus seja um menino cheio de energia!

Meu super herói fez aniversário!!!

Na correria do final do ano não tive tempo de escrever aqui, infelizmente. No dia 22 de dezembro, aniversário do meu pequeno grande filho, cheguei a começar um texto, mas no dia, o computador acabou travando. Depois vieram as viagens (deliciosas) de férias em que fiquei afastada da internet e portanto apenas agora venho publicá-lo, mais uma vez (e sempre) com os desejos de que Mateus seja muito, muito feliz.


Hoje meu pequeno grande filho completa 3 anos!!!
É mesmo delicioso acompanhar seu crescimento, atuar como parceira em suas conquistas e seu colo em seus desafios. Contudo, também é assombroso pensar que ontem (sim, para mim, ontem!) ele era um bebê e hoje (sim, só me dei conta verdadeiramente disso hoje!) já virou um meninão!!! Meu menino lindo, maravilhoso, divertido, intenso, ativo e com uma profundidade incrível em tudo que faz, fala, pensa e sente. Amo, amo, amo este menino especial!

Ao longo dos seus 3 anos de nascimento já escrevi bastante neste blog sobre tudo que Mateus significa em minha vida, e o que sua chegada me trouxe de desafio, felicidade, amadurecimento, transformação, e principalmente, a vivência da experiência mais intensa de minha vida. Ainda assim, vez ou outra tenho a necessidade e satisfação em declarar publicamente meu amor a ele, mas hoje, dia que estou realmente muito assombrada com seu crescimento resolvi fazer diferente sendo a escriba de seus comentários para que ele mesmo fale de sua maneira intensa de ver, pensar, sentir e atuar no mundo. Segue então um pedacinho de algumas de suas "pérolas"...

VOCABULÁRIO PRÓPRIO

Antes ele falava...
Pupu para Chupeta - que há tempos não usa mais!!!
Cutano para Tucano
Potónamo para Hipopótamo

Hoje...
Bóliquis para Brócolis

"Posso comer mais bolo?"
"Você já comeu muito"
"Só mais um QUITINHO, mãe"

CONVERSAS FIADAS

1. Uma senhora perguntou a Mateus: "Qual seu nome?"
"Mateus, e você?"
A senhora respondeu seu nome e lhe perguntou ainda: "Você tem quantos anos?"
"2 (na época), e você?"
A senhora rindo, meio sem graça, brincou com ele: "Menino, isso não é coisa que se pergunta não..."
"Mas você me perguntou!"

2. O atendente do supermercado lhe perguntou: "Como você chama?"
"Mateus, e você?"
O moço respondeu.
"Eu tenho 3 nomes: Mateus Parreira Penna, e você, quantos tem?"

3. Minha mãe colocou o pé ao lado do pé de meu pai e perguntou a Mateus: "Quem tem o pé mais bonito?"
Mateus respondeu: "Eu!"

FUTEBOL

1. Ainda pequeno quando lhe perguntávamos: "Onde mora o Timão?", ele colocava a mão no coração (aprendido com uma colega da escola) e com muita alegria passou a afazer gol gritando Corinthians. Depois passou pela crise sobre o por quê o incentivávamos a  torcer também para o Brasil, mas não para o Palmeiras, time de seu querido tio Bi. Uma vez foi chantageado pelo tio para falar que gostava desse time para ganhar algo em troca, ele aceitou, mas em seguida pediu: "Mas não conta pro papai, ele vai ficar triste". Recentemente tem falado que torce para o Corinthians, o Brasil e a Colômbia, porque minha cunhada está morando neste país e lhe deu uma camiseta do mesmo.

2. Uma vez minha amiga Vivi estava aqui em casa e disse a ele que não torcia para o Corinthians. Mateus correu ao encontro do pai e com voz aflita disse: "Papai, a amiga da mamãe torce pra outro time!"

3. Certa vez o peguei na escola e ele estava "encafifado": "Mamãe, o goleiro chuta?"
"Sim, ele pode chutar"
"E pega com a mão, né?"
"É, por quê?"
"O Arthur (seu querido colega da escola) disse que goleiro só pega com a mão e eu disse que chuta também, e ele disse que não e eu disse quem sim, e ele disse que não e eu disse que sim..."

FESTAS

1. Quando fomos a uma festa do Pirata de seu colega Arthur, o relembramos que sua festa de 1 ano teve o mesmo tema. Ele nos olhou desconfiado e ao mostrarmos as fotos de sua festa ele disse: "Eu quero ir nessa festa aí!"
Depois de rir eu disse: "Mas você já foi, olha você pequenininho na foto"
"Eu quero ir de novo então!"

2.  Quando fomos à festa de seu primo Arthur de 1 ano cantamos parabéns e ao final ele e seus pais começaram a tirar fotos e Mateus desesperado os alertou: "Tem que apagar a vela!"

3. Antes de sua festa de 3 anos ele estava desesperado: "Eu vou apagar a vela sozinho, né?". Assim que acabou a sua festa de super-heróis de 3 anos ele disse: "Eu fui bem rápido pra apagar a vela, né?" e completou: "Quando eu fizer 4 anos vou fazer uma festa dos dinossauros e eu também vou apagar a vela sozinho!"

ESCOLA
1. Quando busquei Mateus na escola ele me contou: "Eu e o Miguelito saímos correndo na areia"
Eu: " E era um momento que podia sair correndo?"
"Não"
"E a Simone te deu bronca, né?"
"Ela não deu bronca, ela conversou comigo."

2. No dia dos professores fomos escrever um bilhete para suas professoras e quando ditei em voz alta o que estava escrevendo: "Simone, feliz dia dos professores", Mateus complementou: "Para sempre", claro que escrevi.

3. Mateus: "Hoje tem escola?"
"Não, porque estamos de férias"
"Mas por que a vovó foi numa reunião?"

4. Quando contei a ele que sua nova professora se chamaria Rebeca ele disse: "Então o Julio Cesar e o João Pedro também vão estudar na minha escola?" (referindo-se à Rebeca, sua prima e também irmã desses meninos)

5. Mateus: "Mãe, com quem você está falando no telefone?"
"Com a Mari, da minha escola"
"Na minha escola também tem uma Mari" (referindo-se a sua antiga professora de G1)

6. Quando contamos a ele que Carolina e Isabel, a partir desse ano, vão estudar na sua escola, no G1, ao busca-lo no final da tarde ele me disse todo contente: "Eu falei pra Mari que minhas meninas vão estudar aqui com ela"

IRMÃO MAIS VELHO

1. Quando era um "pedaço de gente" e lhe contamos sobre a gestação de suas irmãs, com o tempo ele passou a falar "Bebel" para a Isabel, apelido que já havíamos pensado para ela e não mencionava a Carolina. Depois de muuuuito tempo referiu-se a ela como Lina, apelido que para nós ficou até hoje.

2. Quando elas nasceram, ele tinha 1 ano e 8 meses, brincamos que tínhamos trigêmeos. Quando elas choravam ele dizia: Mamãe, dá peito pra elas mamãe". Passado um tempo que ainda estava amamentando as duas ele dizia: "Mamãe, agora chega mamãe". Desde o início sabia quem era quem e quando sua vó Mirna lhe perguntou como ele poderia saber, ele respondeu: "Eu sabo, vovó"

3. "Mãe, a Isabel tá fazendo sopa na privada!"

4. "Mãe, a Carolina tá usando a sua roupa!"

5. Durante uma disputa de brinquedos Mateus o tirou da mão de Carolina. Disse a ele que não poderia arrancá-lo e precisaria perguntar se a irmã o emprestava, ele delicadamente perguntou e com firmeza segurou em sua cabeça fazendo movimento afirmativo e anunciando: "Ela disse que sim"

6. Isabel ficou enciumada quando Carolina também quis meu colo e a empurrou. Conversei então com ela que não precisa empurrá-la que tem mamãe pra todo mundo e que se está com ciuminho pede carinho. Em seguida Mateus me abraçou forte dizendo: "Eu tô com ciuminho!"

7. Na primeira vez que fomos a um parque, nós 5 juntos, as meninas chamaram muita a atenção com todos perguntando: "Elas são gêmeas? Elas são gêmeas?". Mateus ficou apenas observando. Depois, num outro dia, colocou duas bonecas na cadeirinha e disse que levaria "o gêmeo e a gêmea para passear". Um tempo depois, quando novamente passeamos juntos e perguntaram se as meninas eram gêmeas ele tomou a frente e respondeu: "Elas são gêmeas e eu sou gêmeo delas!"

REFLEXÕES, INVESTIGAÇÕES E DESCOBERTAS

l. Mateus: "A gente mora no 7, né?" (ele aprendeu usando o elevador)
!Sim!"
"Então, olha lá o 7 andando no ônibus!" (referindo-se à placa do mesmo)

2. "Mãe, eu quero fazer o 7 no computador?"
(fez um monte de 7777777777777)
"E agora Mateus, você quer fazer o que?"
"O térreo"
"Térreo? Não entendi..."
"Esse aqui, mãe, TTTTTTTTTTTTT"

3. Mateus: "Mãe, vamos dar de presente pro Arthur um elevador?" ( o colega mora numa casa com 3 andares)

4. Eu: "A Elizangela está na nossa casa, você vai conhece-la quando chegarmos lá"
Mateus: "E ela vai ficar lá até quando?"
"À tarde ela vai embora pra casa dela"
"Onde ela mora?"
"Ela mora longe, bem longe?"
"Igual o vô Roberto?" (seu avô mora em Goiânia)

5. Mateus fica desesperado quando às vezes tiramos uma mão do volante e o carro continua andando, ele costuma dizer aos berros: "O carro tá andando sozinho!". Certa vez lhe perguntei o que era necessário para fazer o carro andar e ele disse: "Não sei", insisti dizendo que algumas coisas ele sabia, já tinha visto e ele começou a dizer: "A chave, o motor, o álcool, a direção, o motorista com as duas mãos". Validei suas hipóteses ressaltando que precisava dos pés também do motorista" (única coisa que está fora de sua observação da cadeirinha) e ele completou: "Então o motorista todo!"

6.  Mateus: "Pai, por que a sua tatuagem não sai e a minha saiu?"
Luiz: "Porque a minha é de adulto. Às vezes um adulto quer fazer e ele faz essa que não sai mais. Você está brincando pode colocar e tirar quando quiser, a minha tem que pensar bem"
"Você é adulto e eu sou criança, né?"
"Sim"
"Mas eu sou adulto para as meninas e elas são crianças pra mim, né?"
"Não, você é menino grande e elas são meninas pequenas"
Mateus: "Tá, e eu sou grande para uma formiga e grande pra elas, e elas são grandes para a formiga e pequenas para mim, não é?"

7. Mateus: "A minha altura vai ficar na parede?" (referindo-se à marcação que fizemos de sua medida)

8. Ao passarmos pelo rio Pinheiros, Mateus: "Olha o rio, tá sujo!"
Eu: "Pois é, uma pena, não dá nem pra nadar!"
"E tem peixe?"
"Uma apena também, não dá pra ter peixe"
"Quem sujou o rio, quem fez essa bobagem?"
"Foram as pessoas, você acredita?"
"E agora elas não vão limpar não?"

CONVERSAS DELICADAS

1. Mateus: "Não, mamãe, não rói a sua unha que quebra"

2. Estava me arrumando para sair e ele perguntou com quem, eu disse rapidamente: "Com as meninas"
Mateus: "Com as minhas meninas?"
"Não, com as minhas amigas"
"Mas eu fico com saudade de você, mamãe"

3. Minha mãe: "Mateus, a sua mãe é minha filha"
Mateus: "Não, é minha filha"
Luiz: "E ela é minha esposa"
Mateus: "Não, é minha esposa"

4. Mateus encontrou o DVD do "Procurando Nemo" e quis porque quis assistir. Não deixei. Passado muito tempo encontrou de novo e decidi deixar pulando a primeira parte, mas na hora tive que me levantar e a voltar já havia iniciado o filme e me sentei ao seu lado, prontificando-me a conversar a respeito, caso desejasse. Ele viu a cena e me perguntou: "Cadê a mamãe dele?"
Gelei, fiquei sem fala, e ele perguntou de novo. Respondi a verdade, que o tubarão a havia comido. Depois lhe dei um abraço e disse que estava ali ao seu lado, e lhe perguntei se queria trocar o filme quando ele me disse: " Mãe, eu nunca vou deixar um tubarão comer você!"

MALCRIAÇÕES

1. Num dia em que Mateus levou uma bronca do Luiz lhe dizendo que da próxima vez que fizesse a mesma bobagem ele não iria leva-lo para passear Mateus retrucou: "E quando eu crescer e for adulto eu vou levar a Lina e a Bebel para passear e não vou levar você"
Luiz: "Então fica esperando crescer no castigo"
"Tá bom, tá bom, eu te levo"

2, Outro dia, situação semelhante: depois de eu lhe dar uma bronca ele disse: "E quando eu crescer você vai ser pequenininha e eu vou te dar uma bronca"
Resultado: castigo de novo

ORGULHO DA MAMÃE

1. Situação rara em nossas vidas, um dia passeando com ele no shopping, passamos em frente a uma loja de brinquedos e gelei a imaginar que poderia fazer um escândalo por causa de algum brinquedo, mas não, ele olhou, olhou e seguimos adiante. Em seguida, passamos na frente de uma livraria e aflito ele me disse: "Mamãe, vamos entrar, precisamos comprar livros!"

2. "Você é linda demais para sempre e eu te amo demais para sempre, mamãe"

2. Vídeo de Mateus lendo a história "O caso do bolinho", de Tatiana Belinky.



Ai, ai... Esse menino me faz um bem danado! Espero e faço todo o possível para retribuir à altura fazendo o mesmo por ele. Feliz aniversário filhão, amo você!