sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mariana Mansho: seja bem-vinda!!!

Viva! Acabei de saber do nascimento de mais uma princesa: a Mariana, filha do Wil, da Rosana e irmã do André. Isso sem mencionar que também é prima do Guga, sobrinha do Adil e do Jorge, neta da Amélia e do Jorge, tudo gente fina e só uma amostra da grande família.

Desejo tudo de mais maravilhoso a essa família que acabou de se renovar da maneira mais bonita e emocionante que existe, com a chegada de um pequeno ser que certamente será acolhido com todo amor do mundo e retribuirá com muita energia boa. Parabéns!

Também desejo à pequena Mariana uma vida repleta de sonhos e lindezas e a ela dedico a música "Ana e o Mar" da trupe Teatro Mágico que gosto muito...Tudo de bom!




                                      

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Outros relatos: Fernanda Hauers

A Fernanda, uma colega da área de educação, já faz um tempo, me mandou algumas mensagens elogiando o blog. Hoje estava começando a me preparar para mais um "seja bem vindo" e me deparei com todas suas palavras juntas. Fiquei emocionada, "me achando" e, claro, na torcida para um dia escrever um "bem vindo" especial a ela... rs

Oi Ju !! Aquele seu texto sobre irmãos gêmeos no blog é lindo demais !! Ja li umas 5 vezes e indiquei para várias amigas, grávidas, mães e etc...!!! Posta mais textos, adoro demais seu blog !! Bjoss!!


Juuuu, fazia tempo que não entrava no seu blog . Hoje entrei, me diverti, me emocionei, e a leitura fez do meu dia um dia melhor !!! Estava meio borococho!! É bom ver que tem pessoas que pensam igual a vc, que amam a educação por todos seus desafios e delicias !! Adorei o texto da autora desconhecida, que texto lindo!!! Repassei para varias amigas mamães!! 11 meses das filhinhas, que delicia !! Parabéns !! O Mateus está lindo!! Gostei do " virando gente e formando gente", "dia dos pais", "as descobertas com o blog"," mãe de três filhos".... Nossa, quanta história !! E se alguém te encher o saco de novo de forma indelicada não tenha medo , avisa sim que você é mãe de três filhos, que sabe o que faz e que isso não é pra qualquer um não!! Kkk!!! Apesar das pessoas fofas que existem por ai, que estão para nos ajudar, tem também muita gente estúpida que se sente no direito de se intrometer.
Fico imaginando um carro com 3 cadeirinhas, deve ser muito legal !! É filho pra tudo o que é lado!! Não tem como não imaginar você colocando um por um no carro pra levar pra escola !! Ju, deve dar trabalho mas deve ser beemmm divertido ! A diversão mais gostosa da vida !!
Meio tarde mas sempre é tempo, bom semestre pra você !! Bom segundo semestre cheio de boas surpresas !!! Bjo!!

Juuuu, gosto tanto do seu blog que to com vontade de antecipar minha vida como mãe só pra ter o nome do meu filinho ( inha) no seu " Seja bem vindo" !!! Kkk!! Acho que a primeira coisa que vou fazer no computador quando nascer meu filho vai ser escrever pra vc contando que nasceu! É tão engraçado que fico um tempo sem ver e quando entro no blog fico maluca para ler todos os posts que ainda não li. Passado esse dia, eu entro todos os dias pra ver se tem novidade até que percebo que obviamente vc não vai escrever todos os dias então vou precisar esperar mais um pouco pra ler seus textos ! Quanto texto lindo!! Quanta reflexão bacana ! E as fotos? Lindas demais !! Seus filhos estão maravilhosos, vc e seu marido cara de felicidade pura!! Coisa mais fofa e linda de se ver ! Parabéns pelo aniversario das meninas!! Elas parecem duas bonecas !! Morri de rir quando li que depois de toda a logística pra sair de casa pra fazer a sessão de fotos vc percebeu que o mapa havia sumido!! Aaaiiiii ...pensei: " mãe tinha que ter alguns avisos, lembretes vindos de outra parte do cérebro que não a mesma que pensa nos filhos, em toda logística que eles exigem e etc..." Mas logo tbm pensei que a graça da vida é justamente essa e que desses "detalhes" temos mesmo que rir juntos! A VIDA é muito muito, infinitamente maior que tudo isso!! Parabéns mais uma vez pela família !! Obs: hoje minha sobrinha faz 2 anos! Ehhhhh!!! Viva a vida desses pequenos que tomam com toda força nossos corações cheios de amor !

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Yasmin: seja bem vinda!!!

Acabei de saber de uma notícia maravilhosa, o nascimento da Yasmin, filha de minha amigona Maíra e seu parceiro Biro. Viva, viva, viva!

É muito gostoso saber que a Má está sentindo novamente a emoção de receber mais uma princesa em sua vida. Há doze anos, no susto e após uma "crise de gastrite", ela recebeu sua primogênita, a Thainá. Na época, estávamos com nossos 20 e poucos anos e eu, ela nem nossas amigas em comum tínhamos a dimensão do impacto na vida de uma mulher após a chegada de um filho. Apenas sabíamos que suas saídas noturnas diminuiriam e que novos desafios se colocariam à sua frente como concluir a faculdade, arranjar dinheiro independentemente e relacionar-se amistosamente com o pai de sua filha mesmo após o fim do namoro.

Realmente esses desafios e mais outros tantos estiveram presentes em sua trajetória, mas o que poderia ter virado um grande erro, na verdade, foi um grande acerto. Com muita determinação, paciência e às vezes (!) um pouquinho de mau humor - típico de quem quer as coisas do melhor jeito minha amiga foi guerreira, superou os obstáculos e conquistou coisas muito além do que sequer sonhava.

No decorrer, entrei em contato com a maternidade e ampliei meu olha a respeito, percebendo que é um mundo muito maior e que as mudanças são mais profundas, na alma. Acompanhei, por exemplo, suas angústias ao ver a filha com febrinha, as dificuldades em precisar fazer algumas escolhas que influenciariam a vida de outro, mas certamente o mais marcante foi perceber minha amiga apaixonada pelo ser que gerou: os sorrisos, olhares, preocupação e amor maior do mundo.

Hoje Thainá virou uma mocinha linda e gente fina, dessas que dá alegria por ter acompanhado seu crescimento. Eu também cresci, porque afinal de contas, como me disse ontem um aluno: "nessa vida a gente não cresce só de tamanho", e também tive a chance de virar mamãe e desde então meu orgulho pela Maíra só aumentou.

Só mesmo quem vira mãe sabe que a maternidade é a coisa mais especial do mundo, mas também a mais difícil de todas, e nessa parte ela sempre levou tudo numa boa, pois se tem uma coisa que não me lembro dela reclamar na vida (pasmem!) é de sua relação com Thainá - tão forte e especial!

Má querida, desejo que Yasmin, chegada num outro momento de sua vida seja o símbolo de sua história de vitória e de sua bonita união com o Biro (pai do ano que deve estar explodindo de felicidade e também merece tudo de bom!). Da mesma maneira, desejo que você vivencie essa nova maternidade de maneira mais plena e tranquila, mas não com menos amor. Afinal, isso é impossível. Thainá e Yasmin para sempre em seu coração, e no meu também... Beijão.

Primeiro beijinho

Dia 27 fez 11 anos que eu e Luiz demos nosso primeiro beijinho...




Quanta coisa vivemos de lá pra cá...
E o resultado é uma lambança geral!!!!





Que venham outras lambanças... 
Amo!!!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mais um cano

Quando minha amiga Fernanda junto de outras amigas de meus 20 e poucos anos tiraram sarro de mim porque não sou nada tecnológica e, dentre outros, me atrapalho ao movimentar minha conta bancária não pude fazer nada além de dar risada também. No entanto, um tempo depois ela precisou utilizar os serviços de meu banco e admitiu que o sistema era mesmo muito complicado. Pedi então que se desculpasse publicamente e em seguida ela o fez, som seu sorrisão de sempre.

Na semana passada foi seu aniversário, mas acabei não comparecendo à sua festa. Portanto, hoje sou eu quem escrevo para pedir desculpas publicamente a ela.

Fezoca da minha vida, queria muito ter ido, mas realmente fui consumida pelo cansaço do dia a dia, quando me dei conta já estava de pijama na cama sem condições de sair. Me sentindo uma velha total! Muito, muito diferente da moça que fui e que era super parceira em tudo quanto era balada. E como temos histórias dessa época para contar, não?

Mas minhas histórias recentes têm a ver com fraldas, mamadeiras, brincadeiras, choros etc. e etc. Claro que eu e Luiz temos nos esforçado para mantermos ativa nossa rede de amigos e amigas, e mais uma vez graças às nossas famílias que muitas vezes nos dão cobertura com a criançada ou mesmo ao apoio um do outro nós temos conseguido desfrutar de alguns bons momentos curtindo as amizades. Contudo, algumas vezes nossos desejos são vencidos pelo cansaço ou por outros motivos de "forças maiores" (ou deveriam ser "forças menores"?).

O fato é que além de ter ficado chateada por ter perdido a oportunidade de te dar um abraço pessoalmente, aproveitar sua companhia e mostrar como faço mesmo mesmo muita questão de tê-la sempre por perto fiquei também arrasada em não ter ido porque você é uma amiga super presente nos eventos dos meus filhotes sem mencionar que me deu a maior força na organização do chá de bebê do Mateus. Tenho amigas, inclusive pedagogas, que não suportam o barulho das festas infantis ou que também se deixam vencer pelo cansaço justo nestas datas. Mas você, diferentemente, está sempre animada, sua marca maior, querendo mesmo aproveitar esses eventos para matar as saudades quando não também fantasiada de drag queen para alegrar as crianças (não podia perder a piada, desculpa mais uma vez... rs).

Enfim, a angustiante constatação de que não dou conta de tudo segue em minhas reflexões... aprender a lidar com isso pelo jeito será um desafio eterno! E desejo de que eu e aqueles que estão ao meu redor, principalmente meus filhos, marido, familiares, amigas e alunos entendam minhas faltas e aprendam que não somos perfeitos.

E por fim, minha querida Fe, quero dizer que reconheço seu empenho ao se aproximar de meus filhos - e quem gosta deles ganha meu carinho incondicional! - além de ser uma super amiga que merece toda felicidade do mundo.  Mil desculpas. Te amo, vamos marcar uma próxima para termos mais e mais histórias para contarmos sobre nossa amizade que tanto bem me faz.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Viva eu, viva tu, viva o Chico Barrigudo!

Feliz Dia dos Professores e das Professoras!!!

Felicidade enorme por fazer parte desse grupo tão guerreiro, sonhador e necessário para a construção de um mundo justo e belo, mas principalmente por ter a honra em fazer parte da vida de diversas crianças e famílias, ensinando e aprendendo numa troca intensa e contínua como tem de ser para o processo educativo ser verdadeiro e transformador.

É realmente muito emocionante ver esses pequeninos tornarem-se humanos por via da convivência entre seus pares numa educação intencional, precisa e afetiva.

Agradecimentos especiais aos professores de minha vida. Àqueles e àquelas que marcaram meu trajeto com palavras bonitas e exemplos de vida, me apresentando escritores, pensadores, músicos, artistas que ampliaram meu olhar, minha concepção de mundo, me possibilitando crescimento profundo na alma, àqueles que por si só já o eram tudo isso e me inspiravam a mostrar o melhor de mim, a acreditar que podia ir além de minhas próprias expectativas, àqueles que me acolheram quando fracassava, me estimulavam a tentar de novo, alguns de um jeito mais duro, outros mais suaves, mas sempre reconhecendo meu esforço e apontando meus deslizes e comemorando junto os meus avanços e os de meus colegas, àqueles que cuidaram de mim, me mostrando que posso ter outros espaços afetivos e seguros além do familiar, me ensinaram que nós aprendemos muito mais junto de nossos pares ainda que a tarefa de conviver seja bem desafiante, mas certamente é o aprendizado mais importante que uma boa escola pode promover em seus educandos.

Foi realmente muito importante ter tido o contato com grandes mestres durante minha trajetória, fui virando gente devagarinho ao conviver com gente tão querida e sabida.

Agradecimentos também aos professores que marcaram minha vida pelo contra exemplo. Àqueles que falavam bonito, mas tinham uma prática distinta, que não eram tão sabidos dos conteúdos que pretendiam ensinar ou da didática de fazê-lo, que competiam com alguns alunos, que implicavam com outros e não sabiam ensinar aos que verdadeiramente precisavam aprender. Àqueles que não gostavam de suas profissões, de crianças, de adolescentes quando não de suas vidas.

Foi realmente muito importante, principalmente na época da adolescência, ter tido maus professores para ter com quem declarar guerra, colocando para fora todas os sentimentos contraditórios que quando jovem sentia, foi pensando "desse jeito não quero viver, essa gente não quero ser" que também fui me formando, fazendo minhas escolhas, imprimindo minha marca única.

Alegria por ter tido a oportunidade de tornar-me pedagoga numa  Universidade que me ampliou os horizontes no contato com gente de todo tipo d história, mas sempre questionadoras, reflexivas, transformadoras. Além da sorte de trabalhar em escolas e projetos bacanas que consideram verdadeiramente os educandos ao lado de profissionais bacanas, estudiosos e comprometidos. Grandes modelos, grandes aprendizagens que ainda continuam ocorrendo por tratar-se d aprendizados ininterruptos.

É realmente muito importante trabalhar em lugares sérios ao lado de gente guerreira, que na luta pelo reconhecimento da profissão e de nossa prática diária não desanima diante das adversidades que enfrentamos. É preciso muito sonho para manter viva na alma a esperança de novos tempos.

Esperança de que todos os espaços educativos tornem-se da mesma maneira comprometidos com todos os sujeitos de sua comunidade. Que todas as "tias" virem professoras, que a luz chegue a esses lugares e os banhos de sol dos bebês de 15 minutos aumentem significativamente - como diz o Luiz, até os detentos têm direito a mais tempo de contato com o sol!, que os coordenadores e diretores trabalhem em conjunto com a equipe docente, com os pais e alunos, os professores sejam melhores pagos e com uma formação diferenciada, os governantes valorizem a educação como um processo de transformação e não como propaganda política, os alunos sejam respeitados em seus saberes e instigados a saberem mais, suas hipóteses sejam ouvidas e não parem de fazê-las e assim não desistam de viver, de querer virar gente e de fazer parte desse mundão.

É realmente muito importante continuar nessa luta, nesse sonho de uma educação de qualidade para todos. Eu sigo, dia após dia, e principalmente hoje, no meu dia.

Emoção por ver meus filhos estudando em escolas maravilhosas e vivenciando inúmeras experiências todos os dias, experiências estas que só podem ser experimentadas num ambiente público, coletivo e com propósito educativo. Vejo a construção de suas relações com os colegas e professores e fico encantada ao vê-los tão felizes nesse espaço e tão autores de sua história

É tão importante que meus filhos possam construir uma rede de relações, aprendizados e significados, da qual não faço parte nem tenho controle direto. Um espaço legitimadamente deles, merecido. Tenho me divertido tanto com Mateus já contando em detalhes sobre suas vivências, e me encantado com as meninas interagindo com um sorriso quando cantamos uma música da escola. E quando percebo a importância da figura da professora nesse processo, mais uma vez tenho a certeza de como essa profissão é mesmo tão essencial na vida de um sujeito. Espero mesmo que todos tenham a chance de terem contato com um bom profissional, desses para ficar para sempre guardado na memória.




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dia das crianças 2013

Aqui em casa todo dia é dia das crianças, dia de brincar, interagir, aprender, amar, rir, chorar, sonhar. Mas ao termos um dia especial em homenagem aos pequenos e pequenas temos mais uma chance de nos lembrarmos das crianças que fomos um dia e que ainda habita dentro de nós (vide facebook nesses últimos tempos) para valorizarmos ainda mais as crianças que colocamos no mundo, para continuarmos na luta pelo direito à uma infância plena que toda criança tem e para aprendermos cada vez mais com esses seres especiais e sensíveis. 


"Nesta vida,
pode-se aprender três coisas de uma criança:
estar sempre alegre,
nunca ficar inativo
e chorar com força por tudo o que se quer."

(Paulo Leminski)

domingo, 13 de outubro de 2013

Lembranças que servem de lição: coisa de macho

Uma lembrança marcante de minha infância eram os domingos em que meu pai cozinhava. Cheirinho bom de cozinha mineira, panelas com legumes de todos os tipos, temperos e molhos únicos, tudo muito simples e gostoso. Até hoje quando fecho os olhos sinto o cheiro de sua comida.

Assim cresci com um modelo de pai atuante, e nas raras vezes em que não o era como, por exemplo, quando não conseguia reclamar diretamente sobre minhas saídas durante a adolescência acabava sendo cobrado pela minha mãe para que o fosse. Como ela mesma conta, ele só não trocava a fralda e limpava vômito dos filhos, porque passava mal, e mesmo assim agora sendo avô algumas vezes já precisou fazer essas tarefas e se virou muito bem. Ele também passa roupa, varre, lava louça. Hoje, quando vem à minha casa é comum fazê-las, dessa vez, já colocando Mateus para ajudá-lo; ações simples que demonstram o quanto é cuidadoso, amoroso e macho.

Sim, cada vez mais tenho certeza de que para conseguir entrar na relação (intensa e louca) entre mãe e filho(a) o pai precisa ser macho, muito macho. Homem bundão não entra nessa relação de jeito nenhum e fica sendo um pai à parte, de enfeite, ausente.

Já publiquei um texto de minha amiga Miruna Genoino, no qual contava sobre uma viagem de seu marido à sua terra natal com os dois filhos do casal e a reação de surpresa, quando não de reprovação das pessoas pelo fato dela "permitir" tal façanha. Mal sabem do paizão que o Miguel é e do total direito que ele faz questão de exercer de curtir e cuidar dos filhotes. Há algumas semanas atrás, passei por situação semelhante quando viajei por 3 dias com meus alunos.

O espanto foi geral. Por um lado, compreendo a curiosidade sobre como foi a rotina vivida por Luiz e nossos filhos na minha ausência, já que as crianças são pequenas e ficam comigo durante o período da manhã. Confesso que até eu fiquei um pouquinho curiosa, com vontade de ser uma mosquinha para, uma vez de fora, me divertir com a correria e loucura de nossas vidas. Mas a verdade é que meu marido, pai de nossos 3 filhos também é muito macho - ainda que de vez em quando precise de meus empurrões (risos), e por isso, em nenhum momento me senti insegura das crianças esses dias ficarem apenas aos seus cuidados. Preciso confessar que apesar da saudade gigante que senti dos meus fofuchos e da responsabilidade em levar 22 outros fofuchos para essa viagem, ainda assim de certa maneira, ela soou quase como um spa para mim (mais risos).

Ao final, como não poderia ser diferente, Luiz, contando com a ajuda de nossa super família, deu super conta do recado, e me deixou mais uma vez orgulhosa por tê-lo como companheiro. Claro que a combinação de roupas das crianças nesse período não foi das melhores, mas acima de tudo esses homens machos que se assumem pais e se aventuram nessa experiência com intensidade nos ensinam a levar as questões do dia a dia com leveza e nos deixar menos controladoras.

Em geral, passada a fase de insegurança de receber um recém-nascido nós, mães, adquirimos uma mania de acharmos que apenas nós cuidamos bem de nossos pequenos. Uma mania que foi uma conquista e por isso merece ser comemorada, mas é importante tomarmos consciência do quanto esta ideia nos limita. É muito pesado pensarmos que somos suas únicas referências e que apenas nós podemos ajudá-los. Compartilhar tarefas, desafios e sentimentos é sempre melhor para todos até para retomarmos nossas vidas, agora de um jeito diferente, mas ainda assim as só nossas vidas e de mais ninguém. Da mesma maneira ela limita os outros ao nosso redor (parceiros, avôs, tios, amigos e professores) a se envolverem com nossos filhos e assim responsabilizarem-se por eles, criando relações únicas e especiais tal qual deixamos de aprender ao vermos outros interagindo com nossas crias.

Mas certamente o pior de tudo é que essa ideia também limita nossos filhos. Eles crescem sem outros parâmetros, sem saberem que existem muitas pessoas ao seu redor que podem ajudá-los e amá-los. Certamente não vão amá-lo tanto quanto nós (muitos risos), mas o importante vão amá-los, e afinal, é isso que queremos, não? Que nossos filhos amem e sejam amados!!! Bem, é o que eu quero, e por isso desejo de coração que suas lembranças tais como as minhas sejam povoadas de muitas referências afetivas.



domingo, 22 de setembro de 2013

51 crianças!!!

A correria do dia a dia tem sido tão grande que fazia tempo que não conseguia visitar na maternidade algum amigo ou amiga que acabara de ter um bebê. Luiz conseguiu ver Julia e seus pais Tiago e Cris, e eu bem que tentei ver Ceci e Juju, mas me desencontrei de Serginho e Paula que estavam cuidando das filhotas na U.T.I. Mas ontem conseguimos ir juntos, mais Mateuzinho, conhecer o Lucas, filho da Fe e do Edu, e como era de se esperar foi muito, muito emocionante.

Edu estava com a maior cara babona do mundo e Fe aos prantos, ainda em êxtase pela chegada do filhote. Chorou em meus ombros numa mistura de emoção pelo encontro tão esperado com o filho, de alívio por ter corrido tudo bem no parto normal que tanto desejava com o filhote cheio de saúde, que nasceu com peso exato para ganhar passaporte para o quarto e de alegria, muita alegria por ter escolhido sim ter filho, ser mãe. Com os olhos encharcados ela me peguntava: "Como eu posso ter vivido até agora sem ele, Ju?". Chorei junto, claro.

Dar esse abraço numa amiga que está vivendo um momento tão especial me fez muito bem. Foi desses encontros que fazem a vida valer à pena, pois percebemos que não vivemos em vão, que existem coisas muito maiores que nos guiam, e que precisamos respeitar e agradecer, mas que também somos capazes de construirmos coisas igualmente grandiosas como cultivar uma amizade e gerar filhos. Fiquei muito feliz em ter ido à maternidade, porque ela estava com as emoções à flor da pele, talvez sem nem se dar conta ela chorava também por perceber o quanto é capaz, potente.

Tem gente que não gosta de visitas na maternidade, prefere visitas em casa, e tem gente que prefere o contrário, e às vezes a gente acha que não vai gostar de um tipo e no momento, gosta ou vice-versa. Vai entender, tudo depende de tanta coisa, se a mãe fez parto normal ou cesárea, se o bebê e a mãe estão tranquilos ou não... O fato é que gosto de visitas e sinto muito quando algumas pessoas queridas não visitar a mim e aos meus filhos ou quando não consigo visitar os filhos de amigos pelos mais diversos motivos.

Fazendo as contas percebi que desde o surgimento deste blog, 3 meses após o nascimento de Mateus, já anunciei o nascimento de 51 crianças!!! A primeira foi a Olívia, filha da Ligia, também houve 3 pares de gêmeos, incluindo minhas meninas e 2 anúncios comemorando a chegada dos bebês em casa após um tempinho na U.T.I. É muita, muita criança, sem mencionar que vira e mexe percebo que ainda não inclui alguém: o filho de um ou a neta de outro, enfim, se bobear tem mais gente no pedaço que precisa entrar para o grupo. Mas o mais importante é que simplesmente adoro a Sessão Seja bem vindo, pois me faz um bem danado saber que mais gente bacanuda está chegando a esse mundão para fazer a diferença - para o bem. Além do  mais, ao falar sobre a criança sempre me vem na cabeça minha relação com seus pais ou avós e quem me conhece sabe que sou saudosista e ainda que seja bem desligada tenho noção que as pessoas que passam por mim deixam marcas profundas, e por isso sempre vou ser grata a elas.

Ao fazer as contas das crianças dessa lista que já dei um cheirinho, mesmo tenso sido numa festa em comum - ainda assim valendo, pois vi e me alegrei com o encontro descobri que foram 27 crianças!!! Mais que a média, não? Mas ainda quero mais... 51 crianças, uma boa ideia:  quero mais encontros com os que já vi para acompanhar seus processos de desenvolvimento e também para brincarem com meus filhos senão qual é a graça dessa vida? Como também encontros efetivos com os bebês que ainda não conheci, alguns inclusive que já devem estar mocinhos e mocinhas, e pelo menos com os possíveis, já que alguns estão longe e última coisa: tem que ser ao vivo, pois alguns cheguei até mesmo a ficar na dúvida se conhecia ou não, já que pelo facebook acompanho todos os clicks. Um perigo, já que as redes sociais servem para facilitar nossa comunicação em tempos contemporâneos, mas não podem substituir nossos encontros tal como o que tive ontem com Fe, Edu e Lucas senão me pergunto novamente: qual é a graça dessa vida???


PS: Delícia de coincidência... Esta postagem é a 251ª que já escrevi por aqui!!!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Lucas: seja bem vindo!!!

Com muita alegria já havia anunciado a gravidez da Fe e do Edu na postagem "mais uma grávida", ressaltando o processo de minha amiga para decidir-se pela maternidade; dúvida esta que também já foi minha e de tantas outras mulheres, e que por isso, uma vez decididas, valorizamos tanto os seres que geramos.

Com a Fe não foi diferente e foi lindo vê-la apaixonada pelo bebê que preenchia seu ventre, sua alma, sua vida. Lindo mesmo tal como publiquei na postagem "Outros relatos: Fernanda Renner". Mas acontece que quanto mais luz produzimos em nossas vidas mais sombra projetamos, e precisamos aprender a lidar com isso. E com a Fe também não foi diferente: ela foi uma das grávidas mais loucas, e por isso mesmo mais divertidas que já conheci - dá-lhe hormônios e Santo Edu!!! Piadinhas à parte, a verdade é que os medos, exageros e pirações da Fe foram por conta de sua enorme vontade em acertar e enorme vontade de amar, o seu novo amor.

Uma das pirações, por exemplo, foi em relação ao parto. Ela desejava que o normal fosse privilegiado, tendo em vista todos os benefícios que traz para a mãe e o bebê e uma vez que ela demonstrava condições de realizá-lo, mas na reta final da gravidez descobriu que seu médico a enganara e na verdade tinha uma visão bem arcaica de que esse tipo de parto é "coisa da Idade Média", sendo assim precisou de muita coragem, além de toda que já vinha demonstrando ter ao confessar seus medos dentro de nossa sociedade onde se busca a perfeição para assim encontrar outro médico, mais coerente com suas expectativas. Muito orgulho dela.

Hoje, minha alegria é muito, muito grande ao comunicar o nascimento de mais um corinthiano nesse mundo, um serzinho fofo e querido: o Lucas. Viva, seja muito bem vindo! Não vejo a hora de lhe dar um cheiro e, claro, ver as caras babonas da mais nova mamãe e do mais novo papai. Tão lindos como casal e certamente também o serão como papais. Estou realmente muito emocionada em pensar que nesse momento minha amiga e seu marido estão sentindo a maior emoção do mundo ao conhecer a carinha do filho que geraram e que amarão para sempre.

Fezoca, continue contando comigo, qualquer coisa grita, e vamos nos falando, quero continuar acompanhando - no desejo de cada vez mais de perto - o seu trajeto como mamãe e o de sua cria. Beijo grande e parabéns pelo parto normal - uhú!!! Orgulho do tamanho do mundo de você.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Parabéns, parabéns!!!

No dia 7 de setembro, minhas duas flores completaram 1 aninho de nascimento, quanta felicidade!

Simplesmente tudo que já escrevi nos dois aniversários do Mateus se aplica novamente a esse momento, no qual me encho de orgulho e emoção ao ver meus filhos crescerem e fazerem novas conquistas, amo demais! Mas este primeiro aniversário da Lina e da Bebel carrega um sabor bem marcante, de fé na vida.

O susto de uma gravidez gemelar praticamente seguida de uma gestação anterior foi muito grande.

Descobrimos que esse tipo de gravidez é considerada de risco e exige cuidados maiores do que o padrão, o que nos deixou preocupados pelo risco da gestação em si e pela provável fragilidade das meninas ao nascerem. Como boa taurina que sou, me preparei para o pior apesar de esperar pelo melhor que a vida pode me oferecer. Ao final (sempre ao final!) tudo correu dentro do esperado e desejado, e mesmo minhas meninas tendo chegado a esse mundo 1 mês antes do previsto, elas nasceram de parto normal, cheias de saúde e lindas demais da conta. Isabel passou pela UTI apenas para dar um OI, pois saiu da maternidade comigo e com a irmã. Nós 3 juntas, como começamos.

Eu e Luiz nos demos conta também que passaríamos de 1 filho, ainda bebê para 3, tendo assim trigêmeos: 3 fraldas, 3 chupetas, 3 mamadeiras, 3 choros... Ainda na gestação olhava Mateus dormindo e pensava: "E quando chegássemos de um passeio e os 3 estivessem dormindo, como faríamos? Acordaríamos Mateus? Que sacanagem!". E assim, sofria e sofria com essa e outras cenas semelhantes em minha cabeça, todas revelando na verdade meu medo em não dar conta de oferecer 3 colos, 3 cuidados, 3 carinhos. Um medo que logo foi substituído por amor, muito amor por meus amores. Afinal, como não me apaixonar por 3 coisas lindas que coloquei nesse mundo?

Da mesma maneira percebemos que nossa estrutura precisaria ser repensada, e o que esteve em nosso alcance nós fizemos. Deu a maior dor de cabeça gerenciar tudo, ainda mais porque eu e Luiz gostamos de uma vida mais pacata e modesta, mas ao final, deu tudo certo. Nossa rotina também foi alterada, mas a construção desta escolhemos vivenciar paulatinamente na medida de nossas necessidades e qual nosso maravilhamento ao vermos Mateus inteirado desse processo e nossas meninas cada vez mais sapecas ao estilo do irmão, mas ainda assim anjos, dessas que colocamos no berço e dormem e que dão risadas a todo momento, algo que eu mesma só acredito porque presencio todos os dias. Enfim, tudo encaixado como se não existisse outra maneira de existir.

Vivemos todos os dias uma correria grande, é verdade, mas bem organizada e que funciona para todo mundo. Algumas coisas ainda precisam melhorar como a organização da casa, por exemplo, sempre bagunçada, mas isso é meta para um próximo momento. Boa parte dessa rotina que funciona deve-se ao apoio familiar que temos. Nossos pais realmente são presentes e queridos, maior presente do mundo tê-los por perto para nos ajudarmos a administrar tudo e para que possamos continuar com nossos respectivos trabalhos e acima de tudo para brincarem com os netos que simplesmente os adoram. Outra parte deve-se à escola de meus filhotes que são também nossos grandes parceiros na desafiante e deliciosa tarefa de educá-los.

Presenciar a relação de irmãos sendo construída diariamente é outro aspecto que também mereceu nossa atenção desde o tempo da gravidez. A pergunta mais frequente sobre ciúmes de Mateus na época do nascimento das meninas aconteceu em termos. Mateus é um moleque que gosta de gente, receber mais gente em nossa família não lhe foi um problema, pelo contrário. Quando precisou de um colo a mais em alguns momentos aceitou nossa ajuda prontamente, e logo voltava a se divertir. Atualmente vemos uma relação de irmãos, ora quer brincar com as irmãs - que o adoram, ora quer brincar sozinho. Como ele sabe sinalizar bem seus sentimentos nossa tarefa em ajudá-los fica mais fácil e prazerosa. Os desentendimentos acontecem, claro, mas estamos sempre tentando contorná-los caso a caso. Eterno desafio. Já Lina e Bebel realmente tem uma ligação única, de outro planeta, ou melhor, de outra placenta. Lembro-me delas pequenininhas chorando e quando a colocávamos juntas elas iam se tocando, se acalmando. Desde então elas brincam e brigam o tempo todo, neste caso, por conta da divisão de brinquedos, pois o ditado de que a grama do vizinho é sempre mais verde, é a mais pura verdade. Também conseguem brincar sozinhas ou com outros, mas sempre estão atentas uma à outra, uma lindeza só, grandes amigas.

E tantas e tantas outras coisas que fantasiamos durante a gestação que poderia dar de exemplo, sendo que posteriormente algumas se confirmaram e outras não, contudo, o mais marcante é que antes, nos momentos de pessimismo imaginávamos que as coisas seriam muito difíceis por conta do nascimento de Carolina e Isabel e esse com certeza foi o maior de todos os enganos. O acerto estava mesmo durante nossos momentos otimistas quando sabíamos que essas duas queridas junto de Mateus são nossa maior dádiva, nosso verdadeiro bilhete de loteria premiado - ainda que financeiramente funcione numa lógica ao contrário.

Outra lógica, sem lógica ou com toda a lógica. Assim funciona a vida que por mais que vivamos, apreciamos e analisamos nunca vamos entender. Aí está a graça e às vezes a desgraça... rs. Mas o mais importante de tudo é não perder a fé na vida. Vida maior que conduz tudo e todos. Lição maior: primeiro você põe o pé e depois Deus põe o chão, afinal de contas, ao final tudo se ajeita. Como dizem por aí, se as coisas não se ajeitaram é porque ainda não chegaram ao final...

Parabéns, minhas meninas, minhas flores pelo primeiro aniversário de vocês, que venham muitos e muitos outros! Estarei sempre bem juntinho docês, porque minha vida não é mais vida sem vocês, sem nós. Amo vocês, minhas lindezas preciosas.







segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Para se emocionar: o Cético e o Lúdico



Uma amiga das antigas, a Sabrina que já tem um filho, o Gabriel, está grávida de gêmeos e veio me perguntar como era a minha vida com um filho mais velho e duas meninas gêmeas, depois de respondê-la, li um texto que ela havia acabado de publicar, de um autor desconhecido, sobre uma suposta conversa entre dois irmãos na barriga da mãe. Claro que me emocionei, pois é de uma lindeza essa brincadeira entre irmãos que nos remota a questionamentos sérios e profundos e tão, tão humanos que temos desde sempre em nossas existências, e mais, à importância da diversidade de opiniões, da presença da mãe em nossas vidas e da fé que como ao final diz, talvez não possa mesmo ser explicada, mas pode ser sentida e vivida.

Fé de que existem forças maiores do que nós, de que as energias que emanamos influenciam nossas vidas, que temos responsabilidade por nossas escolhas, que tudo tem um sentido ainda que a gente não entenda tudo num primeiro momento, e que devemos cuidar uns dos outros. Eu acredito nisso tudo.


O CÉTICO E O LÚCIDO...
(Autor desconhecido)

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento.
- Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui.
- Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível.
- E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta.
- Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída - o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida.
- E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.
- Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando ou sente como ela afaga nosso mundo.

Léo: seja bem vindo!!!

Chegou mais um pequeno de olhos puxadinhos nesse mundão: o Léo, filho de um super amigo do Luiz, o Ping (Ricardo) e da Érika. Viva, seja muito bem vindo!

O Léo nasceu longe, bem longe, lá na Alemanha, mas logo, logo vai dar um pulinho por aqui. Um pequeno que desde cedo aprenderá o conceito de globalização pela sua história e a de suas raízes e que nos ensinará como o sujeito contemporâneo gosta de viver: livre, sem fronteiras! Além disso, Léo veio nos mostrar que a vida às vezes nos prega sustos, alguns bem sérios, mas que com fé, tudo acaba dando certo - tanto que hoje ele e sua mãe estão bem, muito bem, podendo um aproveitar o outro, e ficamos na torcida para que continuem assim... eles merecem!

Nossas energias para essa nova família que em breve conheceremos e parabéns Ping e Érika, curtam muito o filhote!

domingo, 1 de setembro de 2013

Uma pausa para uma pose

Ontem vivi uma situação maravilhosa e exaustiva ao mesmo tempo: uma sessão de fotos com minha família no estúdio de uma amiga das antigas, a Renata.

O projeto nasceu de um desejo de ter uma foto bonita de nós 5, de meus 3 filhos e de minhas flores que vão completar 1 ano, após percebermos que temos poucas fotos devido à correria do dia a dia, nossas máquinas estarem quebradas e principalmente porque é muito difícil conseguir uma foto em que todos estejam sorrindo no mesmo instante. Sempre tem alguém olhando para trás, com a boca torta ou se mexendo! Uma loucura... rs. As meninas então quase não têm fotos se comparadas ao Mateus, que por outro lado tinha nessa mesma época de vida, em excesso. E quando elas têm, estão juntas, difícil termos de cada uma sozinha. Além disso, sou uma pessoa que prefere o olho no olho do que olhar pelas lentes então muitas vezes perco de registrar alguns momentos preciosos de conquistas, de beleza e sapequice de meus filhotes, porque estou mergulhada nesse contato. Maior orgulho dessa minha escolha, mas claro, que ao registrar as experiências apenas em minhas memórias algumas delas se perdem, se distorcem. Inevitável.

Foi então que decidi buscar um profissional para registrar esse momento único de nossas vidas. Temos a sorte de conhecer algumas fotógrafas sensacionais como a Flávia que tirou fotos de minha gravidez de Mateus, da Aloyne que tirou de minha gravidez de Lina e Bebel (de presente!), mas recentemente, por obra do acaso "esbarrei" com a Re, grande amiga dos tempos do colégio, e por coincidência descobri que se especializou em tirar fotografias de crianças em seu estúdio, e fofa - como sempre foi, ela fez questão de também presentear meus pequenos com a captura de seus gestos, olhares, sorrisos e bagunças.


Vi apenas 2 imagens dessa experiência e já foi o suficiente para me deixar ainda mais orgulhosa por ter gerado junto de me companheiro Luiz seres tão "gente boa", como a própria Renata definiu. Além disso, me senti orgulhosa desse presente especial ter vindo de uma amiga tão querida, alguém que até então estava apenas nas minhas lembranças, mas que agora passou a fazer parte novamente de meu presente, quiçá de meu futuro quando nos pegamos sonhando com a possibilidade de encontros de meus pequenos e de sua florzinha Juju, esse sim o maior presente de todos!

Tem gente que conseguiu manter as amizades lado a lado por toda a vida e gente que acredita que os amigos que ficaram são aqueles realmente importantes. Eu não acredito em nenhuma das duas coisas. Acho que quem mantém as relações antigas, por um lado é sortudo por estar ao lado quem lhe importa mesmo, mas é comum deixar assim de investir em pessoas novas, que nos surpreendem e nos trazem outros pontos de vistas, e como perdi muita gente querida pelos caminhos da vida, gente que me fazia um bem danado, mas ficou no passado, acredito que as pessoas de minha vida deixaram diferentes marcas em mim e vendo as coisas por esta perspectiva, elas ainda estão comigo, ainda que nem saibam o quanto. Tudo isso para dizer que me fez muito bem abraçar a Re de novo, sentir que a gente é capaz de criar laços afetivos que permanecem intactos apesar dos pesares. Re querida, obrigada pelo seu gesto e me desculpe pela bagunça!

Sim, eu e meus pequenos fizemos a maior bagunça: agora vem a parte exaustiva da experiência... Acordamos e os 3 estavam com o nariz cheios de "meleca", Isabel - mais uma vez! perdeu um brinco, Luiz que agendou corte de cabelo em cima da hora, fui passar um vestido das meninas e descubro que estava com aquele negócio afixado (!) e não tenho a menor ideia de onde coloquei a nota fiscal nem como tirá-lo (aff!), Mateus que pegou meu batom para fazer bigode, o que me fez esquecer a maquiagem em casa, Carolina que subiu na cadeira, Isabel que comeu papel, enfim, saí exausta de casa e no caminho percebi que o "mapa" havia sumido. Isso sem mencionar que no dia anterior estava numa crise se aceitava a sugestão da Re em levar 2 bolos para uma sessão intitulada "smash the cake" (esmague o bolo), ideia norte-americana (claro!) de fazer as criancinhas enfiarem as mãos nos bolos e maravilhadas com o açúcar abrirem os sorrisos mais deliciosos do mundo. Depois quero falar disso com calma, mas o fato é que apesar de achar que essas fotos ficam lindas não me parecia nada coerente ter restringido o doce da alimentação das minhas pequenas e de repente oferecer duas bombas a elas. Ainda mais num mundo marcado pelo excesso do consumismo e obesidade.

Assim cheguei super agitada ao estúdio, com tudo isso na cabeça. Ainda bem que Re estava calma para me lembrar de que eram apenas fotos, estava tudo bem. Fotos que deveriam ser divertidas para marcarem o nosso momento especial. E foi assim que apesar de ficar no inicio um pouco desconcertada naquele lugar tão diferente de meu dia a dia conseguimos relaxar vendo nossos filhos se curtindo: Mateus abraçando as pequenas, elas se olhando, pegando os laços de cabelo uma da outra, mexendo nos fios, comendo umas flores de enfeite que levei e também os dois cupcakes, solução que encontrei, já que eram pequenos, sem recheios e coberturas e com redução de açúcar. E confesso: ao final foi mesmo muito divertido ver a carinha delas experimentando mais um novo sabor desse mundão - sabor tão bom, não é mesmo?

E que venham mais e muito mais momentos como esse, porque afinal, toda experiência é mesmo intensa em todos os sentidos, o que nos leva a pensar em como estamos conduzindo as nossas escolhas, como as aproveitamos e, principalmente, como nos beneficiamos delas.

Super indico:
Renata Castilho (Re com Re)
http://www.renatacastilho.com.br/
https://www.facebook.com/pages/Renata-Castilho-Fotografia-Infantil/255526304470468

Aloyne Silveira
http://aloynesilveirafotografa.wordpress.com/

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Outros relatos: Cristina Ávila

Mais uma aniversariante do dia: Sarita, minha querida ex-professora de História e mãe de minha amiga Cris.

Na postagem passada tratava-se da mensagem de uma mãe ao seu filho aniversariante e dessa vez o contrário, uma mensagem de uma filha para sua mãe, mas igualmente tocante.

Feliz aniversário Sarita!

Mãe, parabéns. Mais do que isso, alegrias, no sentido maior que essa palavra puder ter. Saúde, muita, sempre. Seja feliz, que venham momentos novos, encantos, energia. Obrigada por tudo, pela vida inteira. Te amo. 

 PS: Será que um dia vou ganhar uma mensagem dessas dos meus filhos? rsrsrs

Outros relatos: Míriam Mançano

Hoje me deparei com esse textinho da Míriam, colega dos tempos da faculdade e me enchi de emoção e pensamentos...

No texto ela mostra uma foto do filho com 1 ano que hoje comemora 18 anos. Às vésperas de minhas meninas completarem 1 ano, mais uma vez, me dei conta de que o tempo passa realmente muito rápido e então fiquei pensando que quando vamos decidir ter ou não um filho a gente sempre se imagina como seria um bebê em nossas vidas, mas dificilmente pensamos em sermos mães ou pais de um adolescente ou um jovem. E mesmo quando nos tornamos pais ainda assim estamos tão mergulhados na relação intensa e louca com nossos filhos e com as delícias e desafios de nosso cotidiano que é como um choque pensarmos que praticamente amanhã nossos filhos terão 18 anos!!!

Como será essa relação? O que terá mudado? O que terá ficado? Como eles serão? Como eu serei? Perguntas, perguntas e perguntas, sem respostas precisas, mas com algumas expectativas - todas de acordo com alguns princípios éticos que temos desde agora. Míriam, como genuína educadora também ressalta a necessidade destes, sendo para nós aqui de casa um deles: tratemos de aproveitar cada minutinho dessa relação!!!

E assim vivemos devagarinho sempre com um monte de histórias para contarmos sobre o jeitinho e o percurso de cada um, nos enchendo de orgulho pelos filhos que colocamos no mundo!

Mas hoje parabéns ao filho da Míriam, o Gabriel, um nome que também me traz muitas lembranças, já que o escolhi também ao meu irmão caçula, e vamos ao texto que é bem bom...


Hoje, o gorducho da foto, faz 18 anos.
Lembro que no dia que ele fez 1 ano, Dona Cida, a vizinha querida e companheira, me disse: "Nossa, como este ano passou rápido!". E eu: "Demorou demais, porque senti cada segundo deste um ano". (Gabriel não dormiu por seis meses - sem contar minha gravidez maluca - e chorava muito.)
Acho que só aquele primeiro ano demorou pra passar; os outros 17 voaram.
E não, não tenho foto recente dele, porque é o leonino menos leonino que conheço (odeia fotos). Assim como acha que é impossível ser feliz com uma temperatura acima de 20°, que sabe que o Saramago existe (rs), que deixa a irmã de boca aberta ao vê-lo com uma camiseta (emprestada do Thiago) do Salvador Allende; que chama o Chico Buarque de Chico Bento - será que é pra me provocar?
O nome Gabriel, é por causa da música do Beto Guedes, sim. A música diz "pra ser livre como a gente quis, quero te ver feliz". (Liberdade é princípio na Constituição aqui de casa, desde sempre.)
Gabriel, Bi, Biel ou "Bié" (como dizia a Vó Maria) é o 'meu pequeno grande amor'.

Ah! O nome foi uma escolha coletiva, com a super participação de Luiza Mançano.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Julia Sugahara: seja bem vinda!!!

Olhem a cara de felicidade da Cris e do Tiago com o bebê no colo???


Alegria e emoção pura, não é mesmo???

Pois hoje a emoção que os dois estão sentindo é certamente muito, muito mais grandiosa, dessas que não têm explicação e que mal cabem no peito.

Explico: nesta foto eles estão segurando pela primeira vez a minha Carolina. Mas hoje, neste exato momento, eles estão segurando pela primeira vez a Julia, primeira filha do casal. O sonho virou realidade, e mais do que isso, virou tudo, virou sentido, paixão, amor sem fim, e algumas olheiras também (rs).

Agora é sério, fico só imaginando o tamanho do sorriso em seus rostos ao finalmente conhecerem a filhota, e serem inundados por tanto amor. É muita emoção, aproveitem!

Meus sinceros desejos de que a pequena continue trazendo alegria para os pais e para todos desse mundão. Em breve queremos conhecê-la... Beijo.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Outros relatos: Carolina Bezerra

Impossível não se emocionar com o texto que me deparei hoje no facebook de uma amiga das antigas, a Carol.

Lembro-me de uma vez que nos encontramos, já tempos depois da faculdade, e ela continuava com seu jeito falante, alegre, inteligente e ousado, e junto das outras meninas demos muita risada relembrando nossas histórias e com Carol contando suas novas aventuras com seus filhos. Naquele momento, ainda não me via nada mãe e fiquei intrigada com a quantidade de filhos que ela já tinha: 3 (!!!), e perguntei a ela sobre suas escolhas de vida e como conseguia gerenciar tudo, já que continuava uma educadora na ativa (!!!). Dentre muitas coisas que ela nos contou teve uma que marcou muito: foi quando disse que já tinha 2 filhos lindos, maravilhosos, mas que ela ainda sentia uma necessidade enorme de COLOCAR UMA MULHER NO MUNDO!!!

Desde então, ainda que não soubesse conscientemente na época, seu desejo também passou a ser meu!!!

E a verdade é que a vida foi generosa com nós duas: ela teve ainda outra menina depois de nossa conversa e eu tive Mateus, filho que amo infinitamente - e que no que depender de mim saberá reconhecer a força de uma mulher, e ainda posteriormente tive duas flores ao mesmo tempo: Isabel e Carolina, nomes de mulheres lindas e guerreiras, não???


Hoje foi o aniversário da minha princesa guerreira Dandara! Ela completou 5 anos! Recordei-me porque decidi tê-la. Estava em Londrina, em um evento de Relações Étnico-Raciais, assistindo a palestra de uma grande escritora negra desse país, Conceicao Evaristo.

O Oruan e o German estavam comigo, cochilando nas poltronas. Ao findar a palestra eu fui acompanhando-a, conversando. Ela pergunta se tenho apenas os dois filhos, eu respondo que sim, de repente ela mira bem dentro dos meus olhos e me indaga: Você não tem vontade de ter uma menina? Ao que eu respondo: Não sei! Ela continua: Como você pode passar por essa vida sem colocar uma mulher no mundo?

Eis Dandara aí! Entendi o que Conceição havia me dito em colocar uma mulher no mundo, não é apenas "parir", é gestar o feminino, o princípio criador e gerador da vida, é se harmonizar com todas as forças femininas do universo, é descobrir a virgem, a anciã, a mulher, a menina, a rainha, a mãe, a filha, a irmã dentro de nós mesmas!!

Não precisamos ter filhas muheres para "colocarmos mulheres no mundo", não precisamos sequer ser mães! Colocamos mulheres no mundo todo dia quando nos irmanamos umas com as outras, quando nos solidarizamos com as dores umas das outras, quando falamos sobre as nossas experiências sobre a maternidade, o amor, a vida e o trabalho.

Colocamos mulheres no mundo quando negamos triunfantemente o discurso que afirma que somos competitivas umas com as outras, quando não nos julgamos, não nos censuramos, não nos condenamos, não escondemos os erros do legado patriarcal.

Uma mulher nasce todo dia quando damos vida às suas memórias, as suas histórias de vida e as suas lembranças como na literatura de Conceição Evaristo, de Paulina Chiziane, de Cidinha Da Silva, de Ana Maria Gonçalves e tantas outras escritoras.

Obrigada Conceição, coloquei duas outras mulheres no mundo: Dandara e Luara, mas a mulher mais importante de todas que eu venho parindo pouco a pouco, dia-a-dia, sou EU MESMA!!

P.S. Esse realmente foi o meu último post nesse momento da minha vida! FUIIIII

domingo, 11 de agosto de 2013

Dia dos pais 2013

Dia dos pais, dia especial.

Dia de esquecer a correria do dia a dia, a casa bagunçada, a falta de grana e tudo mais, para ficarmos juntos de pessoas queridas, as mais queridas.

Dia de dizer ao meu pai (por aqui, claro, porque ao vivo fico um pouco sem jeito) que o amo muito e que sou muito grata por ele estar sempre ao meu lado, sendo um pai tão carinhoso e exemplar.
Dia de ficar junto dele num almoço gostoso com a família toda, momento tão corriqueiro e especial ao mesmo tempo.
Dia de me emocionar por vê-lo sendo um vovô tão querido.
Dia de vê-lo brincando com meus filhos e relembrar minha infância: as mesmas brincadeiras, a mesma intensidade, as mesmas risadas.
Dia de agradecer por ele continuar me ajudando pregando quadros na minha casa e até mesmo lavando a louça quando preciso.
Dia de reconhecer o tanto que há dele em mim, e de mim nele, e que muito de minha história tem sua influência.
Dia de compreender o quanto fui e sou amada e que isso fez toda a diferença em minha vida.
Dia de agradecer por ele estar em boa forma, e continuar torcendo para que continue assim, esbanjando saúde e disposição.

Dia de me solidarizar com as pessoas que não têm mais seus pais presentes, como, por exemplo, meus próprios pais, com aquelas que nem tiveram a chance de tê-lo por perto pelos mais diversos motivos e com as que estão com seus pais com uma saúde frágil, em especial minha amiga Mimi. Muita força.

Dia de perdoar, na medida do possível, algumas atitudes de nossos pais que nos fizeram sofrer para assim conseguirmos seguir nossos caminhos em paz, cuidando ao máximo para não repetirmos os mesmos erros; tarefa bem difícil, ainda mais quando nos tornarmos pais também e vemos o tamanho do desafio da tarefa de educar.
Dias dos próprios pais se perdoarem por suas escolhas, se servir de consolo: errar é inevitável, mesmo quando tentamos acertar, afinal, é errando que aprendemos.

Dia de dizer ao meu marido, pai de meus filhos (por aqui, claro, porque ao vivo esse tipo de conversa sempre acaba em piada) que o amo muito e sou muito grata a ele por estar sempre ao lado de nossos filhos, sendo um pai tão amoroso e exemplar.
Dia de agradecer por ele ter insistido em termos filhos, conseguindo respeitar meu tempo. Certamente foi a melhor decisão de nossas vidas.
Dia de ficar junto de meu parceiro de vida num almoço gostoso com as nossas respectivas famílias, agora tão nossa.
Dia de me emocionar por vê-lo sendo um pai tão querido.
Dia de discutir com ele sobre nossas atitudes com as crianças fazendo combinados para continuarmos coerentes e responsáveis.
Dia de agradecer por ser um super parceiro participando ativamente das tarefas da casa e da criação das crianças, sem achar que está me ajudando, mas que está simplesmente fazendo a sua parte.
Dia de agradecer por ele estar cheio de saúde.
Dia de me conscientizar da importância de um (bom) pai na construção de um sujeito, tendo a certeza de que meus filhos estão tendo essa oportunidade. São uns sortudos por terem-no como modelo de pai amoroso, presente, do bem, responsável e divertido.

Dia de dizer mais uma vez o óbvio: sortudos também são Luiz, meu pai e tantos outros homens que assumem plenamente as tarefas de cuidar de uma casa, de crianças que depois virarão homens e mulheres, e compartilham com suas parceiras (ou parceiros), ainda que ocorram posteriormente separações, todas as responsabilidades e cuidados devidos, porque assim, e apenas assim, vivendo tudo intensamente, incluindo os desafios e as delícias que esses homens, e só esses, experimentarão o gosto único, recompensante, transformador e libertador que é o de criar um, dois, três... filhos.

Dia de reconhecer que esses pais que mergulham nessa relação com os filhos proporcionam um clima mais leve ao dia a dia, além de serem um modelo masculino importante para a construção dos pequenos e pequenas. Ressaltando que existem outros jeitos de ocupar esse modelo quando há ausência de um homem na família, o mesmo ocorrendo com a figura materna (importante deixar essa ideia explícita nos tempos atuais!).

Dia de continuar tendo esperança de que sempre as próximas gerações serão melhores do que as nossas, fazendo claro, meu papel como mãe e educadora para que isso aconteça. Mas em especial, no dia de hoje fico na torcida de que cada vez mais os homens possam desenvolver-se mais livremente, longe de tantas amarras, esteriótipos e preconceitos para assim viverem suas escolhas plenamente de maneira mais realizada e, claro, respeitando as mulheres ao seu redor para que vivam suas vidas da mesma maneira livre.

A esses pais de hoje, aos de ontem e aos de amanhã, feliz dia dos pais!


Meu pai ensinando Mateus a lavar louça, que orgulho!


Luiz, meu super parceiro e super papai de nossos filhotes,
cuidando e se divertindo, todos os dias! 

Lembranças que servem de lição: mãe de 3 filhos

Um dia quando Mateus tinha 1 ano estávamos na praia quando uma mulher se aproximou e disse: "Olha, sem querer me intrometer, mas me intrometendo, é que sou mãe de 3 filhos então preciso te dizer que o sol está forte e é melhor você colocar uma blusa no seu filho porque ele tem a pele muito branquinha". Disse isso e foi-se embora.


Virar mãe gera uma série de mudanças profundas em nossas vidas e como não poderia ser diferente, para cada uma de nós os "sabores" são diferentes, já que as experiências são distintas. Para mim, o encantamento pela construção da relação com meus filhotes sempre foi enorme, mas junto também vieram alguns medos, angústias e incômodos. E é sobre um incômodo em especial que quero escrever agora...

Sempre fui tranquila. Na mocidade até tive alguns momentos de invadir o espaço das pessoas em relação a ideais quando julgava que estes estavam equivocados ou manipulados. Mas "dando murro em faca" fui aprendendo a importância da diversidade e comecei a me esforçar para respeitar as opiniões diversas às minhas, mas também sem deixar de expressar minhas convicções. Eterno aprendizado.

Mas nem sempre vejo o mesmo esforço e cuidado das demais pessoas em nome da boa convivência. Desde que engravidei pela primeira vez tenho visto justamente o contrário, e preciso dizer essa chuva de palpites sobre os cuidados que devo ter com meus filhos me incomoda muito. O início da maternidade já é um momento delicado e ainda por cima as pessoas ficam em cima desconsiderando você e o bebê e a relação que ambos vêem construindo: "segura assim, não, segura assado, acho que está com fome, não é sono...".

Durante uma conversa entre conhecidos esses palpites são muito bem vindos e sempre fico grata pelo cuidado das pessoas em quererem me ajudar por meio de suas vivências. Até porque desde que mãe tenho me sentido mais conectada a todas as pessoas, somos mesmo um grande grupo e devemos agir como tal. As pessoas sensíveis que te orientam de maneira respeitosa. Essas sim, umas queridas, que fazem a diferença para o bem.

No caso da mulher da praia que mencionei, de certa forma entendo seu estranhamento, pois uma vez que existe uma diversidade entre todos nós essa também se refletirá na educação de nossos filhos. Mas acredito que temos que pensar bastante se vale à pena tomarmos a iniciativa para intervir, principalmente com desconhecidos, e se não existe uma violência à criança ou uma urgência. Essa mulher, por exemplo, foi até bem educada na maneira de iniciar a conversa, o que é essencial para o desenrolar da mesma. De qualquer maneira teria sido, ao meu ver, muito mais delicado se ela tivesse se aproximado para contar de sua experiência como mãe de 3 filhos e não para me questionar como mãe do meu filho. Talvez assim tivéssemos dado algumas risadas com a conversa e ela teria me dado a chance de contar que meu filho estava com protetor solar, não havendo motivos para sua preocupação.

Mas outra coisa interessante é que por muito tempo fiquei com aquela frase em minha cabeça: "sou mãe de 3 filhos" para justificar sua autoridade de mãe. É verdade que ser mãe de 3 filhos lhe conferia mais experiência, mas ao mesmo tempo não lhe é garantia de mais sabedoria nem de merecedora do título de "mais mãe" do que as outras.

Essa lembrança me voltou à cabeça dia desses quando dia vivi uma situação difícil em que uma mulher, dessa vez de maneira nada delicada, veio questionar minhas atitudes com minhas filhas. Estava tirando uma delas do carro pelo lado da rua e ela queria que eu a tirasse pelo lado da calçada. Mesmo achando esquisito o jeito dela falar comigo, tentei lhe explicar que era impossível, já que o carro estava lotado com 3 cadeirinhas. Ainda assim ela insistiu e pior, me chamou de louca e irresponsável.

É muito abuso sair falando isso de uma mãe com suas filhas no colo, sem conhecê-las, vendo apenas um recorte de uma cena e não conseguindo ouvir o outro lado. No caso, também me sinto angustiada com a situação, mas ela e outras situações similares têm sido inevitáveis, justamente por eu ser mãe de 3 filhos. Foi então que me lembrei da autoridade com que a mulher da praia falou ser mãe de 3 filhos para justificar sua intervenção, e apesar de cá entre nós saber da falsidade dessa ideia, tomei a decisão de que na próxima vez que me questionarem como mãe a ponto de eu me sentir desrespeitada em público e pior, na frente de meus filhos eu vou dizer, em alto e bom som: "Ei, você está falando com uma mãe de 3 filhos! Mais respeito, por favor."


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Julia Nagamine: seja bem vinda!!!

Por falar em Julia acabei de me lembrar de outra Julia que estou devendo um espaço aqui no blog para celebrar seu nascimento: a Julia Nagamine, filha de minha colega de trabalho Cintia.

Juju que já está enoooooorme, seja muito bem vinda! Você já deve estar uma mocinha que consegue aproveitar um monte de coisa boa desse mundão com a mamãe, o papai e os irmãos (esses sim, moços mesmo!). Que continue assim e que venham muito mais gostosuras... sempre!!!

Acompanhei de longe a gestação da Cintia, pois trabalhamos em unidades diferentes e como saí de licença maternidade antes do previsto acabei perdendo a noção do tempo, ficando com a imagem dela ainda barriguda e com o susto de ter engravidado novamente tendo já 3 filhos adolescentes. Na época até li uma reportagem que me emocionou, porque contava justamente da alegria da filha de 15 anos assistir ao parto da irmã. Pensei nela... Quanta mudança, quanto medo, quanta alegria e quanta fertilidade! rs

Outro dia a encontrei durante uma reunião e dessa vez fui quem levou um susto ao me dar conta de que sua pequena já havia nascido e estava enorme. Que bola fora... Mas como disse na postagem anterior, sempre é tempo de comemorarmos, não é mesmo? Até porque em breve haverá sua festa de 1 aninho, vamos nos aquecer... hahahaha

Beijo bem grande e muitas felicidades.

Julia Castilho: seja bem vinda!!!

Ontem fiquei sabendo que uma amiga das antigas, a Renata, teve uma filhinha linda: a Julia, mais uma para a turma das Jujus, as super legais!!! rs.

Juju fofucha, seja bem vinda a esse mundão com tanta coisa boa!

A pequena na verdade já está bem grandinha, com 3 meses, mas acredito que sempre é tempo de comemorarmos a chegada de seres iluminados e que iluminam as nossas vidas, não é mesmo??? Vi algumas de suas fotos e a achei uma graça. As fotos então maravilhosas, como não poderia ser diferente, já que a Re é uma super fotógrafa de crianças (fica a dica para quem precisar!).

A Re fez questão de agendar uma sessão com meu príncipe e minhas flores por conta de nossa história e do aniversário das meninas que está chegando. Fiquei emocionada, espero um dia conseguir retribuir à altura!!!

Re querida, vamos nos falando, espero que de agora em diante com mais frequência até para trocarmos nossas experiências maternas. Beijo bem grande, qualquer coisa grita.

Para rir: louca e enlouquecida

Acabei de ler esse textinho, de uma autora desconhecida, no facebook e resolvi compartilhá-lo. Confesso que fiquei na dúvida se o colocava na coluna "Para se emocionar" ou na "Para rir", mas por fim, me dei conta de que a gente se emociona justamente porque ele nos ajuda a ver o lado engraçado da criação de um filho, inclusive dando risada de coisas que às vezes nos pegamos chorando de desespero. Um texto que também poderia ter sido escrito por mim, também louca e enlouquecida pelos meus filhotes. Apenas no meu caso acrescentaria: ELE... E ELAS.

Divirtam-se!


Por uma mãe (autora desconhecida)

Ele é o nó no meu cabelo.
O esmalte descascado na minha unha,
as olheiras no meu rosto.
Ele é o brinquedo na gaveta de roupas,
o amassado nas páginas do meu livro,
o rasgado no meu caderno de anotações.
Ele é o melado no controle remoto,
o canal de televisão,
o filme no DVD.
Ele é o farelo no sofá,
As tesouras no alto.
Ele é o backup no computador,
o mouse escondido,
as cadeiras longe da janela.
Ele é a marca de mão nos móveis,
o embaçado nos vidros,
o desfiado nos tecidos.
Ele é o ventilador desligado,
a porta do banheiro fechada,
a gaveta da cômoda aberta.
Ele é o coque na minha cabeça,
o amarrotado nas roupas,
as frutas fora da fruteira,
os panos de prato amarrando os armários.
Ele é o meu shampoo cheio de água,
a espuma no chão do banheiro,
o brinquedo dentro da privada.
Ele é o interruptor nas tomadas.
Ele é o peixe no aquário,
a árvore de natal,
os "pisca-pisca" de todas as casas.
Ele é o círculo, o susto....
A primeira visão da lua no começo da noite....

O valor do trabalho, a vontade de aprender,
a minha força,
a minha fraqueza,
a minha riqueza.
Ele é o aperto no meu peito diante de uma escada,
a ausência de sono diante de uma febre.
Ele é o meu impulso, o meu reflexo, a minha velocidade.
O cheirinho no meu travesseiro,
o barulho,
a metade,
o azul.
Ele é o vazio triste no silêncio de dormir,
o meu sono leve durante a noite.
Ele é o meu ouvido aguçado enquanto durmo.
A minha pressa de levantar da cama,
a minha espera de bom dia.
Ele é o arrepio quando me chama,
a paz quando me abraça,
a emoção quando me olha.
Ele é meu cuidado, a minha fé,
o meu interesse pela vida,
a minha admiração pelas crianças,
o meu respeito pelas pessoas,
o meu amor por Deus.
É o meu ontem,
o meu hoje,
o meu amanhã.
Ele é a vontade,
a inspiração,
a poesia.
A lição, o dever.
Ele é a presença, a surpresa
a esperança.

A minha dedicação.
A minha oração.
A minha gratidão.
O meu amor mais puro e bonito.
A minha vida!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tempo que voa... 11 meses de Lina e Bebel!!!

Há 11 meses conheci as carinhas de duas menininhas lindas que embelezaram minha vida. Não há palavras para descrever o quanto elas são lindas, fofas e o quanto as amo. Mas na verdade agora quero mais uma vez falar de meu assombramento por esse tempo que passa tão rápido.

Ainda ontem elas nem tinham nascido, eram um mistério para a gente...rs
Ainda ontem Mateus passava creme na minha barriga enorme e nomeava as irmãs de Lina e Bebel...
Ainda ontem nem sabia se daria conta de mais duas filhas em nossas vidas quanto mais de fazer todas as mudanças necessárias (carro, apartamento, plano de saúde etc. e etc.)...
Ainda ontem tinha medo de confundi-las, coisa que descobri ser impossível de acontecer...
Ainda ontem elas nasceram rapidinho e logo já estávamos nós 5 em casa numa nova rotina e novas paixões...
Ainda ontem elas eram dois pedacinhos de gente que mal cabiam nas roupas que tinham...
Ainda ontem só mamavam e dormiam...
Ainda ontem Mateus ficava bravo por elas não conversarem com ele...
Ainda ontem elas começaram a interagir mais conosco e entre elas, nos proporcionando momentos preciosos em nossas relações, em nosso dia a dia...
Ainda ontem me separei delas com o fim da licença maternidade e as duas entraram na escola...
Ainda ontem começaram a brincar, rolar, balbuciar, nos imitar e a curtir fazer parte de nossa família e a estar nesse mundão com tanta coisa boa...
Ainda ontem começaram a engatinhar, escalar e explorar cada canto de nossa casa, nos proporcionando momentos de encantamento e de medo com tantos perigos à vista...
Ainda ontem imaginava como seria a comemoração de um ano de nascimento delas...

Tudo rápido, muito rápido.
Tempo que voa.

Agora elas são duas meninas que já se conhecem muito bem, brincam e brigam o tempo todo.
Agora elas nos conhecem muito bem e sabem que ocupam lugares únicos dentro de nosso lar.
Agora são duas princesas que conquistam todas as pessoas que se aproximam, principalmente o irmão.
Agora são duas sapecas que às vezes atrapalham as brincadeiras do irmão e precisamos ajudá-los a respeitar o espaço de todos e de cada um.
Agora são duas meninas travessas que escalam tudo que é móvel, que se enfiam em tudo que é buraco e aprontam um monte de coisas, e que querem mais: estão arriscando os primeiros passos, umas danadas!

Mas principalmente, agora, minha vida não é mais vida sem elas, sem eles, sem nós.




Lembranças que servem de lição: virando gente e formando gente

Quando criança adorava brincar de escolinha. Na época tinha uma lousa enorme e junto de meus irmãos, primos e amigos me divertia para valer nessa brincadeira. Lembro-me que ficávamos um tempão para conseguirmos nos decidir - em meio a entendimentos e desentendimentos sobre quem iria participar, quem iria ser o que, que aula viveríamos, em que espaço, quais combinados eram importantes e muitas outras questões, algumas simples e outras complexas tal como a cena que desejávamos reproduzir e fantasiar. Mas o mais interessante e marcante dessa história é que tenho a sensação de que essa já era a brincadeira, pois quando finalmente chegávamos a um acordo logo começávamos alguma outra como se aquela tivesse perdido a graça e a ideia de uma brincadeira nova despertasse em nós a necessidade, a urgência e o prazer de vivenciar novamente todo o processo de sua elaboração.

Por muito tempo me perguntei qual era então a verdadeira graça dessas brincadeiras. Hoje, após muitas experiências e reflexões em meu percurso, percebo que para mim a graça era exatamente estar no meio de gente querida (e às vezes não tão querida assim): conversando, negociando, construindo, pois dessa maneira me sentia parte do grupo mesmo que às vezes precisasse marcar posição contrária a todos os membros. Em outras palavras: durante toda a construção do jogo simbólico de minha infância estava com gente, agindo como gente, e virando gente. Pensando e sentindo junto. Pertencendo a um grupo, criando uma identidade coletiva como também individual.

Assim, quando remexo em minhas memórias “gentes e gentes” povoam minha cabeça e me enchem de sensações de todos os tipos. Gente que me fez bem, gente que me fez mal, gente que quis me fazer o bem, mas me fez mal, gente que quis me fazer o mal, mas me fez bem, gente que fiz o bem, gente que fiz o mal, que me envergonho, gente que tive uma segunda chance, gente que só quero ver no facebook e olhe lá, gente que ouvi, gente que nunca dei atenção, gente que me inspira, gente que desprezo, gente que amei, abracei, gente que nunca consegui chegar perto, gente que um dia crio coragem para dizer tudo que sinto, gente que dei risada junto, gente que chorei junto, gente que construí junto, gente que sonhei a mesma utopia, gente que construí parceria, gente que já sabe o que sinto só pelo meu olhar, gente que me conhece tão bem, gente que não sabe nem que eu existo, gente que gritei, gente que silenciei, gente que ensinei, gente que aprendi, gente no meio de tanta gente, gente única diferente de tanta gente, gente que consegui enxergar, gente que não me enxergou, gente que ainda quero abraçar, gente que tenho saudades, que lembro todos os dias, gente que já me esqueci, gente que luta, gente que precisa ser defendida, acolhida, respeitada, gente para ensinar a ser gente, gente que dá orgulho da gente ser gente.

E foi me formando gente que me dei conta de que a tarefa de educar é extremamente necessária em nossa sociedade e por isso minha escolha em cursar Pedagogia. Mas preciso confessar que essa decisão também teve um gostinho de rebeldia na época quando meus pais me questionaram. Ainda bem que algo que na época ainda nem conseguia explicar direito já estava pulsante em mim: meu desejo e necessidade urgente de estar com o outro, de me construir a partir desta relação, expressando minhas ideias, considerando (na medida do possível) a dos outros ou então me rebelando frente a estas e assim construindo uma vida mais bacanuda.

Quando comecei a trabalhar com gente pequena então vi minhas escolhas ganharem ainda mais sentido. Minhas inquietações foram ao mesmo tempo preenchidas, mas colocadas num outro lugar: o de professora de um grupo em formação, o que exige de mim os cuidados devidos para fomentar esse processo. Mas certamente a maravilha de tudo é poder diariamente estar em contato, em construção e em formação com gente faladora, perguntadora, curiosa, corajosa, temerosa, ousada, tranquila, agitada, inteira, potente, presente, sensível. Gente que precisa de gente e especialmente da gente, gente que me diz quem eu sou, quem somos, e me pergunta para onde vamos, gente que me desatina com perguntas que não tenho respostas, gente que adora as minhas perguntas, gente que preciso assegurar de não precisa saber de todas as respostas, gente que preciso ser modelo, referência, gente que exige que eu me supere constantemente, gente a quem eu digo que podem ser o que quiserem, sempre se esforçando para fazerem o melhor possível, gente que não me deixa não olhar, gente me ajuda a focar, construir, imaginar, criar, gente da urgência, do olho no olho, gente que precisa de afeto e limite, de empurrão e aconchego, gente que me inspira, me emociona, me desequilibra, me empurra ladeira abaixo, mas me ergue as mãos, gente diferente que demoro para conseguir compreender, aceitar, lidar, gente vai comigo para o meu fim de semana, gente que preciso de umas férias, gente que sinto falta, gente que sentirei falta quando as próximas férias chegarem, gente que eu reconheço quando retomo minhas memórias, gente que fui, gente que gostaria de ter sido, gente de hoje, gente que eu fui ontem e gente que quero ver brilhar amanhã.


“Devemos educar a todos... Mas parando em cada um.” (Luiza Christov)


É isso que ficou mais forte para mim da aula com Luiza. Viramos gente entre a gente e acreditamos que podemos ser pessoas melhores por meio dos nossos encontros. É essa a nossa utopia e nossa missão maior e, portanto, é isso que diariamente nos propomos a fazer e sentir em nossas relações e trabalho com as crianças experimentando intensamente todas as delícias e desafios dessa tarefa.



PS1: Melhor para essa reflexão por aqui, porque se começar a falar sobre ‘gente que nasce da gente’ aí não paro mais... rsrsrs


PS2: Este texto estava em processo de elaboração desde a última sexta-feira em que Luiza Christov foi à minha escola colaborar com nosso contínuo processo de formação. Ontem precisei entregar formalmente algum retorno à coordenação sobre o que essa aula/encontro havia provocado em mim e, uma vez cobrada, resolvi aproveitá-lo, reorganizando-o e dando um fim provisório nele... Em outro momento ainda quero me aprofundar mais nas tantas questões que ela nos trouxe, mas que já fazem parte de mim, de nós, de nossa história, nossa natureza, nossos laços...


PS3: Luiza Christov possui mestrado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992) e doutorado em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é prof. assistente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Realizou estágio de pós doutoramento junto à Universidade de Barcelona sob a orientação do prof.dr. Jorge Larrosa Bondia e junto ao Teachers College da Universidade de Columbia, sob a supervisão da profa. dra. Mariana Souto Manning. Foi assistente de pesquisa da profa. Dra. Bernardete Gatti, junto à Fundação Carlos Chagas. Leciona Psicologia da Educação e Didática em nível de graduação e atua também junto ao mestrado em Artes do Instituto de Artes da Unesp. Colabora com a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo em diferentes projetos de formação de professores e com a rede SESI de ensino em São Paulo. Lidera o grupo de pesquisa Arte e Formação de professores, cujas pesquisas foram publicadas em 2012 pela Editora Porto de ideias. Lidera o grupo de pesquisa Arte e Formação de Educadores. Orientou 21 dissertações de mestrado defendidas e orienta 2 doutorados em andamento. Coordena o Programa de Bolsas de Iniciação à Docência do Instituto de Artes da Unesp. fonte: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4790180E1





domingo, 4 de agosto de 2013

Cecília e Julia: sejam bem vindas em casa!!!

Que bola fora... Achava que este texto já estava publicado, mas não, ele ficou guardado como rascunho...

Mas toda hora é hora para comemorarmos esse tipo de acontecimento, então ainda vale compartilhar minha alegria em ver minhas priminhas saírem da semi UTI e irem para casa com seus pais, familiares e amigos como também dar meus parabéns a essas pequenas guerreiras e a seus pais que aguentaram firme durante todo o processo - com fé no coração de que tudo iria dar certo... e deu!!! Notícia maravilhosa.

No dia seguinte à saída de Cecília e Julia consegui falar com meu primo Serginho, dar a ele e à Paula meus parabéns e saber notícias quentinhas da primeira noite das meninas que tinha sido bem tranquila. Torço para que continue assim... Mas o mais emocionante mesmo foi ouvi-lo falar da nova experiência mostrando-se um pai super cuidadoso e amoroso como não poderia ser diferente... Que garotas de sorte essas meninas são!

Beijos bem grandes, quando tudo se tranquilizar a gente quer conhecê-las ao vivo.

PS: Mateus viu uma foto das duas no facebook e disse: "Olha a Lina e a Bebel pequenininhas....".  hahahaha

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Algumas descobertas com o blog

Tive um tempinho nessas férias (que milagre!) e consegui mexer numas coisinhas por aqui com a intenção de facilitar o acesso das pessoas às postagens mais antigas. Mas o mais interessante é que em meio a esse processo de releituras além de ter me irritado com algumas coisas com o uso do computador ( aff!) me encantei com algumas descobertas... Vamos lá a algumas curiosidades:


O blog nasceu de uma angústia danada vindo de sentimentos contraditórios que estava sentindo depois do nascimento do Mateus, há dois anos atrás. Sentia uma insegurança em cuidar dele, mas também me achava muito poderosa por tê-lo gerado, estranhava o nosso novo modo de vida no qual a maioria das pessoas se intrometia com palpites por vezes indelicados, mas também comecei a sentir uma gratidão enorme pelas pessoas ao meu redor por tudo que faziam por nós, pelo carinho e por finalmente descobrir o que é depender do outro e a importância dos laços afetivos em nossas vidas, por fim, sentia falta de não trabalhar durante a licença maternidade, mas também não conseguia desgrudar os olhos do Mateuzinho nem para fazer xixi, enfim, sentimentos intensos e comuns às recém mamães.

Assim, os primeiros textos são de uma mãe totalmente aflita que busca o tempo todo descrever o que vem fazendo para buscar apoio de outras pessoas. Para tanto também apoiava-me em teorias, já que sou educadora e precisava assegurar-me de minhas ações e buscar respaldos. Os únicos textos sobre sono, amamentação, alimentação, e inclusive sobre cocôs e afins, são desse início - tamanha insegurança e encantamento com cada acontecimento.  São textos bacanas, que podem ajudar outras mães de primeira viagem a se identificarem com esse momento, mas certamente se precisasse escrever novamente sobre esses temas não o faria da mesma maneira devido à minha experiência intensa. E a verdade é que não tenho precisado mais escrever a respeito - tanto que Carolina e Isabel nasceram há 10 meses e não escrevi sobre os mesmos. Claro que constantemente penso e repenso nessas questões, mas não com a mesma intensidade e dramaticidade daquele início.

Experiência é mesmo algo muito forte que perpassa nossa alma, deixa marcas profundas. Longe de mim de passar a imagem de uma mãe totalmente satisfeita e que se acha ótimo modelo para tudo. Não é isso que quero dizer quando disse que não preciso mais escrever sobre determinados temas, mas acima de tudo, com a experiência descobri que temos que nos esforçar para fazermos nosso melhor - e isso basta! Mesmo. Tem de ser assim, pois o contrário, é uma busca por algo inatingível, um sofrimento desnecessário para mim e para todos ao meu redor. Busco então, o meu melhor. E também aprendi que nossas relações com nossos filhos vão sendo construídas paulatinamente, na intimidade da casa e com o jeitinho de cada um. Com o tempo, tudo se ajeita. Dessa maneira não existem regras rígidas, mas bom senso. Como mãe e educadora, sei que muitas vezes "piso na bola e escorrego", mas tento depois, num outro momento tento consertar, e seguir adiante.

Outro bom exemplo que mostra o quanto me transformei com a maternidade e assim pude ser mãe de maneiras distintas de Mateus, e depois de Carolina e Isabel foi como senti e lidei com o fim da licença maternidade. Enquanto na primeira separação sofri horrores, e por isso existem vários textos sobre esse período de adaptação - todos bons para quem está vivendo esse processo. Na segunda vez, já estava mais preparada, mais forte mesmo e lidei com a nova adaptação de um jeito mais leve. De verdade, me sinto uma mulher bem mais forte depois de ter gerado 3 filhotes, por isso os amo muito e sou grata a eles!!! Para sempre.

Aos poucos, iniciou-se uma fase bem gostosa e apaixonante com meu pequeno cada dia maior fazendo inúmeras conquistas - todas comemoradas em diversos textos. Mateus mostrava-se seguro e contente na escola e eu retomava minha vida com trabalho e alguns horários mais livres, e assim pude perceber-me mais forte, já com uma identidade de mãe, reconhecendo meus limites, minhas preferências, desafios e conquistas e me sentindo mais segura de mim mesma e muito, muito feliz. Tão feliz que já conseguia, inclusive, fazer piadas diante das dificuldades da nova vida que levava, das trapalhadas que fazia e das travessuras de meu filho.

Neste momento percebi, inclusive, o quanto esse blog realmente era minha terapia ao me ajudar a elaborar todas as experiências vividas, comunicá-las e receber um retorno. Meus textos falam de mim, de meus filhos, de minha visão de mundo, sentimentos, convicções, incertezas, tristezas e alegrias - tanto que consigo retomar minha história materna por meio deles. Não falam para alguém específico nem pretendem ditar regras, mas apenas ecoar por vários lugares para me sentir mais humana, mais mãe.

Assim, comecei o hábito de criar textos o tempo todo sobre os diversos acontecimentos - necessidade grande de colocar para fora minhas reflexões e emoções. No entanto, nem sempre tinha tempo de registrá-los ou mesmo de finalizá-los. Durante esse processo de releituras entrei em contato com vários deles que mesmo não os tendo publicado, ainda assim, cada um à sua maneira, foram importantes em meu percurso. Nesse sentido, também notei a presença de algumas colunas fixas como, por exemplo, a "Desastres de mãe", onde publicava minhas trapalhadas e "Travessuras de Mateuzinho", as quais não tenho mais escrito não por falta de assunto, ao contrário,  mas pela correria da vida e por essas situações tornarem-se redundantes e não mais novidades, isto é, sou mesmo uma mãe desastrada e Mateus um menino travesso. Também as colunas "Para rir", "Para refletir" e "Para se emocionar" de textos, vídeos, imagens encontrados por aí e que mexeram comigo, a coluna "Outros relatos" feito por pessoas conhecidas que com poucas ou muitas palavras me emocionaram, a coluna "lembranças que servem de lição.... ", na qual retomo alguma memória e a uso como ensinamento numa verdadeira ciranda da vida e  por fim, a coluna "Seja bem vindo(a)!", que até o momento contabiliza 44 parabenizações, sendo 3 pares de gêmeos sendo assim 47 bebês... uau! Maior alegria e honra do mundo noticiar sobre a chegada desses pequenos transmitindo minha energia de boas vindas. Que venham mais...

Em meio a todo o mar de emoções vividas também precisava me encontrar com a mulher que sou, agora mãe também. Por isso, escrevi muitas reflexões sobre a mãe contemporânea e sobre pai também, claro, do meu ponto de vista feminino como não poderia deixar de ser. Da mesma maneira como educadora também escrevi a respeito, mas não com uma frequência tão grande - talvez por minhas convicções pedagógicas estarem entrelaçadas ao meu modo de viver, entretanto, é tão comum escutar bobagens a respeito de escolas quando não ver algumas escolas fazendo bobagens que acho que uma vez já estando mais segura de minha maternidade posso dedicar-me a textos com esse caráter.

Por falar nisso, uma curiosidade: descobri nas estatísticas desse blog que a postagem mais lida de todos os tempos é disparada: "Super peitos... Ativar!". Fico rindo sozinha ao imaginar a cara de decepção daqueles que buscam no google essas palavras em busca de textos com outro teor e de repente se deparam com um texto sobre amamentação! Hilário. Mas também amedrontador. Pensar que um completo desconhecido está conhecendo minha vida íntima e sem eu ter esse controle, as estatísticas também revelam a origem dos acessos ao blog: Indonésia? Turqui? Egito? Bulgária???? Quem me conhece sabe o quanto sou reservada, posso até enganar parecendo cuca fresca num bom papo que adoro, mas revelar meus segredos, meus pensamentos e tudo mais só mesmo de vez em quando para algumas pessoas. A criação do blog veio num momento de desespero e a sua manutenção deve-se ao motivo que já mencionei: percebo que ele me faz mais bem do que mal. Enquanto continuar assim ele continuará existindo. 

Durante a gestação de Carolina e Isabel, ao contrário, escrevi muito pouco. Certamente a tal história da gestação de risco me fez ficar receosa, tendo aquela sensação de não querer comemorar o gol antes de sua concretização para não dar azar. No mais, a gravidez foi tranquila e muito parecida com a primeira, o que de certa maneira foi bom para que pudesse vivenciar tudo tranquilamente mas de outra maneira foi ruim, pois desde então comecei a ficar mais "largada" com minhas meninas.

Ser mãe de primeira viagem, em geral, nos deixa mais cuidadosas com nossos pequenos, mas de um jeito tenso, entretanto, com os próximos filhos, costumamos vivenciar toda a emoção de receber um ente querido em nossa família novamente, e por estarmos mais leves, tudo fica mais gostoso... e mais "largado". A culpa, sim aquela que não nos abandona nunca nem no primeiro nem no décimo filho também me acompanha com as meninas. Dessa vez, me culpo por não tirar tantas fotos delas como tirava do Mateus, não registrar aqui suas conquistas como fazia com Mateus, não ter tanto tempo para cada uma etc. e etc. Enfim, mas o mais interessante é que quando a serenidade volta em mim percebo que a vidinha delas até agora - e espero que continue assim - é bem, bem mais tranquila!!! Elas são mesmo muito fofas e queridas e quero acreditar que elas possuem uma mãe muito, muito melhor que compensa as pequenas com o que é realmente essencial.

Atualmente, tenho escrito sobre a vida de gêmeas, com certeza um tema que continuará sendo minha pesquisa, sobre a vida de família grande e nossa rotina, comemorando conquistas e reconhecendo os desafios, sobre acontecimentos do mundo, uma vez que estou me sentindo mais parte dele, mas me sentindo como nunca me senti muito medrosa em relação à segurança de meus filhos, o que me obriga a lutar diariamente contra esse sentimento para não paralisar e assim compartilhar com meus filhos o que temos de bom, e claro, sobre meu amor, enorme, incondicional e eterno aos meus 3 filhos. É mesmo um amor sem fim. A maternidade é a coisa mais difícil que aconteceu em minha vida, mas a mais engrandecedora, a mais prazerosa.

Prazer em vários sentidos... Em retomar a minha própria história e a criança que existe em mim, em ter a chance de vivenciar um amor pleno com meus filhos e meu marido, em valorizar cada segundo que consigo ter um tempo para mim, em aproveitar ao máximo o tempo que tenho com eles, em colocar no mundo 3 seres incríveis, em vê-los crescer e conquistar um monte de coisas, em presenciar o sentimento de irmandade cada vez mais forte entre eles, incluindo os tapas e beijos, em perceber o quanto se amam e são amados pelas pessoas ao nosso redor e em vislumbrar ainda muita coisa boa para as nossas vidas e para esse mundão. Axé!