quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Outros relatos: Cristina Ávila

Mais uma aniversariante do dia: Sarita, minha querida ex-professora de História e mãe de minha amiga Cris.

Na postagem passada tratava-se da mensagem de uma mãe ao seu filho aniversariante e dessa vez o contrário, uma mensagem de uma filha para sua mãe, mas igualmente tocante.

Feliz aniversário Sarita!

Mãe, parabéns. Mais do que isso, alegrias, no sentido maior que essa palavra puder ter. Saúde, muita, sempre. Seja feliz, que venham momentos novos, encantos, energia. Obrigada por tudo, pela vida inteira. Te amo. 

 PS: Será que um dia vou ganhar uma mensagem dessas dos meus filhos? rsrsrs

Outros relatos: Míriam Mançano

Hoje me deparei com esse textinho da Míriam, colega dos tempos da faculdade e me enchi de emoção e pensamentos...

No texto ela mostra uma foto do filho com 1 ano que hoje comemora 18 anos. Às vésperas de minhas meninas completarem 1 ano, mais uma vez, me dei conta de que o tempo passa realmente muito rápido e então fiquei pensando que quando vamos decidir ter ou não um filho a gente sempre se imagina como seria um bebê em nossas vidas, mas dificilmente pensamos em sermos mães ou pais de um adolescente ou um jovem. E mesmo quando nos tornamos pais ainda assim estamos tão mergulhados na relação intensa e louca com nossos filhos e com as delícias e desafios de nosso cotidiano que é como um choque pensarmos que praticamente amanhã nossos filhos terão 18 anos!!!

Como será essa relação? O que terá mudado? O que terá ficado? Como eles serão? Como eu serei? Perguntas, perguntas e perguntas, sem respostas precisas, mas com algumas expectativas - todas de acordo com alguns princípios éticos que temos desde agora. Míriam, como genuína educadora também ressalta a necessidade destes, sendo para nós aqui de casa um deles: tratemos de aproveitar cada minutinho dessa relação!!!

E assim vivemos devagarinho sempre com um monte de histórias para contarmos sobre o jeitinho e o percurso de cada um, nos enchendo de orgulho pelos filhos que colocamos no mundo!

Mas hoje parabéns ao filho da Míriam, o Gabriel, um nome que também me traz muitas lembranças, já que o escolhi também ao meu irmão caçula, e vamos ao texto que é bem bom...


Hoje, o gorducho da foto, faz 18 anos.
Lembro que no dia que ele fez 1 ano, Dona Cida, a vizinha querida e companheira, me disse: "Nossa, como este ano passou rápido!". E eu: "Demorou demais, porque senti cada segundo deste um ano". (Gabriel não dormiu por seis meses - sem contar minha gravidez maluca - e chorava muito.)
Acho que só aquele primeiro ano demorou pra passar; os outros 17 voaram.
E não, não tenho foto recente dele, porque é o leonino menos leonino que conheço (odeia fotos). Assim como acha que é impossível ser feliz com uma temperatura acima de 20°, que sabe que o Saramago existe (rs), que deixa a irmã de boca aberta ao vê-lo com uma camiseta (emprestada do Thiago) do Salvador Allende; que chama o Chico Buarque de Chico Bento - será que é pra me provocar?
O nome Gabriel, é por causa da música do Beto Guedes, sim. A música diz "pra ser livre como a gente quis, quero te ver feliz". (Liberdade é princípio na Constituição aqui de casa, desde sempre.)
Gabriel, Bi, Biel ou "Bié" (como dizia a Vó Maria) é o 'meu pequeno grande amor'.

Ah! O nome foi uma escolha coletiva, com a super participação de Luiza Mançano.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Julia Sugahara: seja bem vinda!!!

Olhem a cara de felicidade da Cris e do Tiago com o bebê no colo???


Alegria e emoção pura, não é mesmo???

Pois hoje a emoção que os dois estão sentindo é certamente muito, muito mais grandiosa, dessas que não têm explicação e que mal cabem no peito.

Explico: nesta foto eles estão segurando pela primeira vez a minha Carolina. Mas hoje, neste exato momento, eles estão segurando pela primeira vez a Julia, primeira filha do casal. O sonho virou realidade, e mais do que isso, virou tudo, virou sentido, paixão, amor sem fim, e algumas olheiras também (rs).

Agora é sério, fico só imaginando o tamanho do sorriso em seus rostos ao finalmente conhecerem a filhota, e serem inundados por tanto amor. É muita emoção, aproveitem!

Meus sinceros desejos de que a pequena continue trazendo alegria para os pais e para todos desse mundão. Em breve queremos conhecê-la... Beijo.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Outros relatos: Carolina Bezerra

Impossível não se emocionar com o texto que me deparei hoje no facebook de uma amiga das antigas, a Carol.

Lembro-me de uma vez que nos encontramos, já tempos depois da faculdade, e ela continuava com seu jeito falante, alegre, inteligente e ousado, e junto das outras meninas demos muita risada relembrando nossas histórias e com Carol contando suas novas aventuras com seus filhos. Naquele momento, ainda não me via nada mãe e fiquei intrigada com a quantidade de filhos que ela já tinha: 3 (!!!), e perguntei a ela sobre suas escolhas de vida e como conseguia gerenciar tudo, já que continuava uma educadora na ativa (!!!). Dentre muitas coisas que ela nos contou teve uma que marcou muito: foi quando disse que já tinha 2 filhos lindos, maravilhosos, mas que ela ainda sentia uma necessidade enorme de COLOCAR UMA MULHER NO MUNDO!!!

Desde então, ainda que não soubesse conscientemente na época, seu desejo também passou a ser meu!!!

E a verdade é que a vida foi generosa com nós duas: ela teve ainda outra menina depois de nossa conversa e eu tive Mateus, filho que amo infinitamente - e que no que depender de mim saberá reconhecer a força de uma mulher, e ainda posteriormente tive duas flores ao mesmo tempo: Isabel e Carolina, nomes de mulheres lindas e guerreiras, não???


Hoje foi o aniversário da minha princesa guerreira Dandara! Ela completou 5 anos! Recordei-me porque decidi tê-la. Estava em Londrina, em um evento de Relações Étnico-Raciais, assistindo a palestra de uma grande escritora negra desse país, Conceicao Evaristo.

O Oruan e o German estavam comigo, cochilando nas poltronas. Ao findar a palestra eu fui acompanhando-a, conversando. Ela pergunta se tenho apenas os dois filhos, eu respondo que sim, de repente ela mira bem dentro dos meus olhos e me indaga: Você não tem vontade de ter uma menina? Ao que eu respondo: Não sei! Ela continua: Como você pode passar por essa vida sem colocar uma mulher no mundo?

Eis Dandara aí! Entendi o que Conceição havia me dito em colocar uma mulher no mundo, não é apenas "parir", é gestar o feminino, o princípio criador e gerador da vida, é se harmonizar com todas as forças femininas do universo, é descobrir a virgem, a anciã, a mulher, a menina, a rainha, a mãe, a filha, a irmã dentro de nós mesmas!!

Não precisamos ter filhas muheres para "colocarmos mulheres no mundo", não precisamos sequer ser mães! Colocamos mulheres no mundo todo dia quando nos irmanamos umas com as outras, quando nos solidarizamos com as dores umas das outras, quando falamos sobre as nossas experiências sobre a maternidade, o amor, a vida e o trabalho.

Colocamos mulheres no mundo quando negamos triunfantemente o discurso que afirma que somos competitivas umas com as outras, quando não nos julgamos, não nos censuramos, não nos condenamos, não escondemos os erros do legado patriarcal.

Uma mulher nasce todo dia quando damos vida às suas memórias, as suas histórias de vida e as suas lembranças como na literatura de Conceição Evaristo, de Paulina Chiziane, de Cidinha Da Silva, de Ana Maria Gonçalves e tantas outras escritoras.

Obrigada Conceição, coloquei duas outras mulheres no mundo: Dandara e Luara, mas a mulher mais importante de todas que eu venho parindo pouco a pouco, dia-a-dia, sou EU MESMA!!

P.S. Esse realmente foi o meu último post nesse momento da minha vida! FUIIIII

domingo, 11 de agosto de 2013

Dia dos pais 2013

Dia dos pais, dia especial.

Dia de esquecer a correria do dia a dia, a casa bagunçada, a falta de grana e tudo mais, para ficarmos juntos de pessoas queridas, as mais queridas.

Dia de dizer ao meu pai (por aqui, claro, porque ao vivo fico um pouco sem jeito) que o amo muito e que sou muito grata por ele estar sempre ao meu lado, sendo um pai tão carinhoso e exemplar.
Dia de ficar junto dele num almoço gostoso com a família toda, momento tão corriqueiro e especial ao mesmo tempo.
Dia de me emocionar por vê-lo sendo um vovô tão querido.
Dia de vê-lo brincando com meus filhos e relembrar minha infância: as mesmas brincadeiras, a mesma intensidade, as mesmas risadas.
Dia de agradecer por ele continuar me ajudando pregando quadros na minha casa e até mesmo lavando a louça quando preciso.
Dia de reconhecer o tanto que há dele em mim, e de mim nele, e que muito de minha história tem sua influência.
Dia de compreender o quanto fui e sou amada e que isso fez toda a diferença em minha vida.
Dia de agradecer por ele estar em boa forma, e continuar torcendo para que continue assim, esbanjando saúde e disposição.

Dia de me solidarizar com as pessoas que não têm mais seus pais presentes, como, por exemplo, meus próprios pais, com aquelas que nem tiveram a chance de tê-lo por perto pelos mais diversos motivos e com as que estão com seus pais com uma saúde frágil, em especial minha amiga Mimi. Muita força.

Dia de perdoar, na medida do possível, algumas atitudes de nossos pais que nos fizeram sofrer para assim conseguirmos seguir nossos caminhos em paz, cuidando ao máximo para não repetirmos os mesmos erros; tarefa bem difícil, ainda mais quando nos tornarmos pais também e vemos o tamanho do desafio da tarefa de educar.
Dias dos próprios pais se perdoarem por suas escolhas, se servir de consolo: errar é inevitável, mesmo quando tentamos acertar, afinal, é errando que aprendemos.

Dia de dizer ao meu marido, pai de meus filhos (por aqui, claro, porque ao vivo esse tipo de conversa sempre acaba em piada) que o amo muito e sou muito grata a ele por estar sempre ao lado de nossos filhos, sendo um pai tão amoroso e exemplar.
Dia de agradecer por ele ter insistido em termos filhos, conseguindo respeitar meu tempo. Certamente foi a melhor decisão de nossas vidas.
Dia de ficar junto de meu parceiro de vida num almoço gostoso com as nossas respectivas famílias, agora tão nossa.
Dia de me emocionar por vê-lo sendo um pai tão querido.
Dia de discutir com ele sobre nossas atitudes com as crianças fazendo combinados para continuarmos coerentes e responsáveis.
Dia de agradecer por ser um super parceiro participando ativamente das tarefas da casa e da criação das crianças, sem achar que está me ajudando, mas que está simplesmente fazendo a sua parte.
Dia de agradecer por ele estar cheio de saúde.
Dia de me conscientizar da importância de um (bom) pai na construção de um sujeito, tendo a certeza de que meus filhos estão tendo essa oportunidade. São uns sortudos por terem-no como modelo de pai amoroso, presente, do bem, responsável e divertido.

Dia de dizer mais uma vez o óbvio: sortudos também são Luiz, meu pai e tantos outros homens que assumem plenamente as tarefas de cuidar de uma casa, de crianças que depois virarão homens e mulheres, e compartilham com suas parceiras (ou parceiros), ainda que ocorram posteriormente separações, todas as responsabilidades e cuidados devidos, porque assim, e apenas assim, vivendo tudo intensamente, incluindo os desafios e as delícias que esses homens, e só esses, experimentarão o gosto único, recompensante, transformador e libertador que é o de criar um, dois, três... filhos.

Dia de reconhecer que esses pais que mergulham nessa relação com os filhos proporcionam um clima mais leve ao dia a dia, além de serem um modelo masculino importante para a construção dos pequenos e pequenas. Ressaltando que existem outros jeitos de ocupar esse modelo quando há ausência de um homem na família, o mesmo ocorrendo com a figura materna (importante deixar essa ideia explícita nos tempos atuais!).

Dia de continuar tendo esperança de que sempre as próximas gerações serão melhores do que as nossas, fazendo claro, meu papel como mãe e educadora para que isso aconteça. Mas em especial, no dia de hoje fico na torcida de que cada vez mais os homens possam desenvolver-se mais livremente, longe de tantas amarras, esteriótipos e preconceitos para assim viverem suas escolhas plenamente de maneira mais realizada e, claro, respeitando as mulheres ao seu redor para que vivam suas vidas da mesma maneira livre.

A esses pais de hoje, aos de ontem e aos de amanhã, feliz dia dos pais!


Meu pai ensinando Mateus a lavar louça, que orgulho!


Luiz, meu super parceiro e super papai de nossos filhotes,
cuidando e se divertindo, todos os dias! 

Lembranças que servem de lição: mãe de 3 filhos

Um dia quando Mateus tinha 1 ano estávamos na praia quando uma mulher se aproximou e disse: "Olha, sem querer me intrometer, mas me intrometendo, é que sou mãe de 3 filhos então preciso te dizer que o sol está forte e é melhor você colocar uma blusa no seu filho porque ele tem a pele muito branquinha". Disse isso e foi-se embora.


Virar mãe gera uma série de mudanças profundas em nossas vidas e como não poderia ser diferente, para cada uma de nós os "sabores" são diferentes, já que as experiências são distintas. Para mim, o encantamento pela construção da relação com meus filhotes sempre foi enorme, mas junto também vieram alguns medos, angústias e incômodos. E é sobre um incômodo em especial que quero escrever agora...

Sempre fui tranquila. Na mocidade até tive alguns momentos de invadir o espaço das pessoas em relação a ideais quando julgava que estes estavam equivocados ou manipulados. Mas "dando murro em faca" fui aprendendo a importância da diversidade e comecei a me esforçar para respeitar as opiniões diversas às minhas, mas também sem deixar de expressar minhas convicções. Eterno aprendizado.

Mas nem sempre vejo o mesmo esforço e cuidado das demais pessoas em nome da boa convivência. Desde que engravidei pela primeira vez tenho visto justamente o contrário, e preciso dizer essa chuva de palpites sobre os cuidados que devo ter com meus filhos me incomoda muito. O início da maternidade já é um momento delicado e ainda por cima as pessoas ficam em cima desconsiderando você e o bebê e a relação que ambos vêem construindo: "segura assim, não, segura assado, acho que está com fome, não é sono...".

Durante uma conversa entre conhecidos esses palpites são muito bem vindos e sempre fico grata pelo cuidado das pessoas em quererem me ajudar por meio de suas vivências. Até porque desde que mãe tenho me sentido mais conectada a todas as pessoas, somos mesmo um grande grupo e devemos agir como tal. As pessoas sensíveis que te orientam de maneira respeitosa. Essas sim, umas queridas, que fazem a diferença para o bem.

No caso da mulher da praia que mencionei, de certa forma entendo seu estranhamento, pois uma vez que existe uma diversidade entre todos nós essa também se refletirá na educação de nossos filhos. Mas acredito que temos que pensar bastante se vale à pena tomarmos a iniciativa para intervir, principalmente com desconhecidos, e se não existe uma violência à criança ou uma urgência. Essa mulher, por exemplo, foi até bem educada na maneira de iniciar a conversa, o que é essencial para o desenrolar da mesma. De qualquer maneira teria sido, ao meu ver, muito mais delicado se ela tivesse se aproximado para contar de sua experiência como mãe de 3 filhos e não para me questionar como mãe do meu filho. Talvez assim tivéssemos dado algumas risadas com a conversa e ela teria me dado a chance de contar que meu filho estava com protetor solar, não havendo motivos para sua preocupação.

Mas outra coisa interessante é que por muito tempo fiquei com aquela frase em minha cabeça: "sou mãe de 3 filhos" para justificar sua autoridade de mãe. É verdade que ser mãe de 3 filhos lhe conferia mais experiência, mas ao mesmo tempo não lhe é garantia de mais sabedoria nem de merecedora do título de "mais mãe" do que as outras.

Essa lembrança me voltou à cabeça dia desses quando dia vivi uma situação difícil em que uma mulher, dessa vez de maneira nada delicada, veio questionar minhas atitudes com minhas filhas. Estava tirando uma delas do carro pelo lado da rua e ela queria que eu a tirasse pelo lado da calçada. Mesmo achando esquisito o jeito dela falar comigo, tentei lhe explicar que era impossível, já que o carro estava lotado com 3 cadeirinhas. Ainda assim ela insistiu e pior, me chamou de louca e irresponsável.

É muito abuso sair falando isso de uma mãe com suas filhas no colo, sem conhecê-las, vendo apenas um recorte de uma cena e não conseguindo ouvir o outro lado. No caso, também me sinto angustiada com a situação, mas ela e outras situações similares têm sido inevitáveis, justamente por eu ser mãe de 3 filhos. Foi então que me lembrei da autoridade com que a mulher da praia falou ser mãe de 3 filhos para justificar sua intervenção, e apesar de cá entre nós saber da falsidade dessa ideia, tomei a decisão de que na próxima vez que me questionarem como mãe a ponto de eu me sentir desrespeitada em público e pior, na frente de meus filhos eu vou dizer, em alto e bom som: "Ei, você está falando com uma mãe de 3 filhos! Mais respeito, por favor."


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Julia Nagamine: seja bem vinda!!!

Por falar em Julia acabei de me lembrar de outra Julia que estou devendo um espaço aqui no blog para celebrar seu nascimento: a Julia Nagamine, filha de minha colega de trabalho Cintia.

Juju que já está enoooooorme, seja muito bem vinda! Você já deve estar uma mocinha que consegue aproveitar um monte de coisa boa desse mundão com a mamãe, o papai e os irmãos (esses sim, moços mesmo!). Que continue assim e que venham muito mais gostosuras... sempre!!!

Acompanhei de longe a gestação da Cintia, pois trabalhamos em unidades diferentes e como saí de licença maternidade antes do previsto acabei perdendo a noção do tempo, ficando com a imagem dela ainda barriguda e com o susto de ter engravidado novamente tendo já 3 filhos adolescentes. Na época até li uma reportagem que me emocionou, porque contava justamente da alegria da filha de 15 anos assistir ao parto da irmã. Pensei nela... Quanta mudança, quanto medo, quanta alegria e quanta fertilidade! rs

Outro dia a encontrei durante uma reunião e dessa vez fui quem levou um susto ao me dar conta de que sua pequena já havia nascido e estava enorme. Que bola fora... Mas como disse na postagem anterior, sempre é tempo de comemorarmos, não é mesmo? Até porque em breve haverá sua festa de 1 aninho, vamos nos aquecer... hahahaha

Beijo bem grande e muitas felicidades.

Julia Castilho: seja bem vinda!!!

Ontem fiquei sabendo que uma amiga das antigas, a Renata, teve uma filhinha linda: a Julia, mais uma para a turma das Jujus, as super legais!!! rs.

Juju fofucha, seja bem vinda a esse mundão com tanta coisa boa!

A pequena na verdade já está bem grandinha, com 3 meses, mas acredito que sempre é tempo de comemorarmos a chegada de seres iluminados e que iluminam as nossas vidas, não é mesmo??? Vi algumas de suas fotos e a achei uma graça. As fotos então maravilhosas, como não poderia ser diferente, já que a Re é uma super fotógrafa de crianças (fica a dica para quem precisar!).

A Re fez questão de agendar uma sessão com meu príncipe e minhas flores por conta de nossa história e do aniversário das meninas que está chegando. Fiquei emocionada, espero um dia conseguir retribuir à altura!!!

Re querida, vamos nos falando, espero que de agora em diante com mais frequência até para trocarmos nossas experiências maternas. Beijo bem grande, qualquer coisa grita.

Para rir: louca e enlouquecida

Acabei de ler esse textinho, de uma autora desconhecida, no facebook e resolvi compartilhá-lo. Confesso que fiquei na dúvida se o colocava na coluna "Para se emocionar" ou na "Para rir", mas por fim, me dei conta de que a gente se emociona justamente porque ele nos ajuda a ver o lado engraçado da criação de um filho, inclusive dando risada de coisas que às vezes nos pegamos chorando de desespero. Um texto que também poderia ter sido escrito por mim, também louca e enlouquecida pelos meus filhotes. Apenas no meu caso acrescentaria: ELE... E ELAS.

Divirtam-se!


Por uma mãe (autora desconhecida)

Ele é o nó no meu cabelo.
O esmalte descascado na minha unha,
as olheiras no meu rosto.
Ele é o brinquedo na gaveta de roupas,
o amassado nas páginas do meu livro,
o rasgado no meu caderno de anotações.
Ele é o melado no controle remoto,
o canal de televisão,
o filme no DVD.
Ele é o farelo no sofá,
As tesouras no alto.
Ele é o backup no computador,
o mouse escondido,
as cadeiras longe da janela.
Ele é a marca de mão nos móveis,
o embaçado nos vidros,
o desfiado nos tecidos.
Ele é o ventilador desligado,
a porta do banheiro fechada,
a gaveta da cômoda aberta.
Ele é o coque na minha cabeça,
o amarrotado nas roupas,
as frutas fora da fruteira,
os panos de prato amarrando os armários.
Ele é o meu shampoo cheio de água,
a espuma no chão do banheiro,
o brinquedo dentro da privada.
Ele é o interruptor nas tomadas.
Ele é o peixe no aquário,
a árvore de natal,
os "pisca-pisca" de todas as casas.
Ele é o círculo, o susto....
A primeira visão da lua no começo da noite....

O valor do trabalho, a vontade de aprender,
a minha força,
a minha fraqueza,
a minha riqueza.
Ele é o aperto no meu peito diante de uma escada,
a ausência de sono diante de uma febre.
Ele é o meu impulso, o meu reflexo, a minha velocidade.
O cheirinho no meu travesseiro,
o barulho,
a metade,
o azul.
Ele é o vazio triste no silêncio de dormir,
o meu sono leve durante a noite.
Ele é o meu ouvido aguçado enquanto durmo.
A minha pressa de levantar da cama,
a minha espera de bom dia.
Ele é o arrepio quando me chama,
a paz quando me abraça,
a emoção quando me olha.
Ele é meu cuidado, a minha fé,
o meu interesse pela vida,
a minha admiração pelas crianças,
o meu respeito pelas pessoas,
o meu amor por Deus.
É o meu ontem,
o meu hoje,
o meu amanhã.
Ele é a vontade,
a inspiração,
a poesia.
A lição, o dever.
Ele é a presença, a surpresa
a esperança.

A minha dedicação.
A minha oração.
A minha gratidão.
O meu amor mais puro e bonito.
A minha vida!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tempo que voa... 11 meses de Lina e Bebel!!!

Há 11 meses conheci as carinhas de duas menininhas lindas que embelezaram minha vida. Não há palavras para descrever o quanto elas são lindas, fofas e o quanto as amo. Mas na verdade agora quero mais uma vez falar de meu assombramento por esse tempo que passa tão rápido.

Ainda ontem elas nem tinham nascido, eram um mistério para a gente...rs
Ainda ontem Mateus passava creme na minha barriga enorme e nomeava as irmãs de Lina e Bebel...
Ainda ontem nem sabia se daria conta de mais duas filhas em nossas vidas quanto mais de fazer todas as mudanças necessárias (carro, apartamento, plano de saúde etc. e etc.)...
Ainda ontem tinha medo de confundi-las, coisa que descobri ser impossível de acontecer...
Ainda ontem elas nasceram rapidinho e logo já estávamos nós 5 em casa numa nova rotina e novas paixões...
Ainda ontem elas eram dois pedacinhos de gente que mal cabiam nas roupas que tinham...
Ainda ontem só mamavam e dormiam...
Ainda ontem Mateus ficava bravo por elas não conversarem com ele...
Ainda ontem elas começaram a interagir mais conosco e entre elas, nos proporcionando momentos preciosos em nossas relações, em nosso dia a dia...
Ainda ontem me separei delas com o fim da licença maternidade e as duas entraram na escola...
Ainda ontem começaram a brincar, rolar, balbuciar, nos imitar e a curtir fazer parte de nossa família e a estar nesse mundão com tanta coisa boa...
Ainda ontem começaram a engatinhar, escalar e explorar cada canto de nossa casa, nos proporcionando momentos de encantamento e de medo com tantos perigos à vista...
Ainda ontem imaginava como seria a comemoração de um ano de nascimento delas...

Tudo rápido, muito rápido.
Tempo que voa.

Agora elas são duas meninas que já se conhecem muito bem, brincam e brigam o tempo todo.
Agora elas nos conhecem muito bem e sabem que ocupam lugares únicos dentro de nosso lar.
Agora são duas princesas que conquistam todas as pessoas que se aproximam, principalmente o irmão.
Agora são duas sapecas que às vezes atrapalham as brincadeiras do irmão e precisamos ajudá-los a respeitar o espaço de todos e de cada um.
Agora são duas meninas travessas que escalam tudo que é móvel, que se enfiam em tudo que é buraco e aprontam um monte de coisas, e que querem mais: estão arriscando os primeiros passos, umas danadas!

Mas principalmente, agora, minha vida não é mais vida sem elas, sem eles, sem nós.




Lembranças que servem de lição: virando gente e formando gente

Quando criança adorava brincar de escolinha. Na época tinha uma lousa enorme e junto de meus irmãos, primos e amigos me divertia para valer nessa brincadeira. Lembro-me que ficávamos um tempão para conseguirmos nos decidir - em meio a entendimentos e desentendimentos sobre quem iria participar, quem iria ser o que, que aula viveríamos, em que espaço, quais combinados eram importantes e muitas outras questões, algumas simples e outras complexas tal como a cena que desejávamos reproduzir e fantasiar. Mas o mais interessante e marcante dessa história é que tenho a sensação de que essa já era a brincadeira, pois quando finalmente chegávamos a um acordo logo começávamos alguma outra como se aquela tivesse perdido a graça e a ideia de uma brincadeira nova despertasse em nós a necessidade, a urgência e o prazer de vivenciar novamente todo o processo de sua elaboração.

Por muito tempo me perguntei qual era então a verdadeira graça dessas brincadeiras. Hoje, após muitas experiências e reflexões em meu percurso, percebo que para mim a graça era exatamente estar no meio de gente querida (e às vezes não tão querida assim): conversando, negociando, construindo, pois dessa maneira me sentia parte do grupo mesmo que às vezes precisasse marcar posição contrária a todos os membros. Em outras palavras: durante toda a construção do jogo simbólico de minha infância estava com gente, agindo como gente, e virando gente. Pensando e sentindo junto. Pertencendo a um grupo, criando uma identidade coletiva como também individual.

Assim, quando remexo em minhas memórias “gentes e gentes” povoam minha cabeça e me enchem de sensações de todos os tipos. Gente que me fez bem, gente que me fez mal, gente que quis me fazer o bem, mas me fez mal, gente que quis me fazer o mal, mas me fez bem, gente que fiz o bem, gente que fiz o mal, que me envergonho, gente que tive uma segunda chance, gente que só quero ver no facebook e olhe lá, gente que ouvi, gente que nunca dei atenção, gente que me inspira, gente que desprezo, gente que amei, abracei, gente que nunca consegui chegar perto, gente que um dia crio coragem para dizer tudo que sinto, gente que dei risada junto, gente que chorei junto, gente que construí junto, gente que sonhei a mesma utopia, gente que construí parceria, gente que já sabe o que sinto só pelo meu olhar, gente que me conhece tão bem, gente que não sabe nem que eu existo, gente que gritei, gente que silenciei, gente que ensinei, gente que aprendi, gente no meio de tanta gente, gente única diferente de tanta gente, gente que consegui enxergar, gente que não me enxergou, gente que ainda quero abraçar, gente que tenho saudades, que lembro todos os dias, gente que já me esqueci, gente que luta, gente que precisa ser defendida, acolhida, respeitada, gente para ensinar a ser gente, gente que dá orgulho da gente ser gente.

E foi me formando gente que me dei conta de que a tarefa de educar é extremamente necessária em nossa sociedade e por isso minha escolha em cursar Pedagogia. Mas preciso confessar que essa decisão também teve um gostinho de rebeldia na época quando meus pais me questionaram. Ainda bem que algo que na época ainda nem conseguia explicar direito já estava pulsante em mim: meu desejo e necessidade urgente de estar com o outro, de me construir a partir desta relação, expressando minhas ideias, considerando (na medida do possível) a dos outros ou então me rebelando frente a estas e assim construindo uma vida mais bacanuda.

Quando comecei a trabalhar com gente pequena então vi minhas escolhas ganharem ainda mais sentido. Minhas inquietações foram ao mesmo tempo preenchidas, mas colocadas num outro lugar: o de professora de um grupo em formação, o que exige de mim os cuidados devidos para fomentar esse processo. Mas certamente a maravilha de tudo é poder diariamente estar em contato, em construção e em formação com gente faladora, perguntadora, curiosa, corajosa, temerosa, ousada, tranquila, agitada, inteira, potente, presente, sensível. Gente que precisa de gente e especialmente da gente, gente que me diz quem eu sou, quem somos, e me pergunta para onde vamos, gente que me desatina com perguntas que não tenho respostas, gente que adora as minhas perguntas, gente que preciso assegurar de não precisa saber de todas as respostas, gente que preciso ser modelo, referência, gente que exige que eu me supere constantemente, gente a quem eu digo que podem ser o que quiserem, sempre se esforçando para fazerem o melhor possível, gente que não me deixa não olhar, gente me ajuda a focar, construir, imaginar, criar, gente da urgência, do olho no olho, gente que precisa de afeto e limite, de empurrão e aconchego, gente que me inspira, me emociona, me desequilibra, me empurra ladeira abaixo, mas me ergue as mãos, gente diferente que demoro para conseguir compreender, aceitar, lidar, gente vai comigo para o meu fim de semana, gente que preciso de umas férias, gente que sinto falta, gente que sentirei falta quando as próximas férias chegarem, gente que eu reconheço quando retomo minhas memórias, gente que fui, gente que gostaria de ter sido, gente de hoje, gente que eu fui ontem e gente que quero ver brilhar amanhã.


“Devemos educar a todos... Mas parando em cada um.” (Luiza Christov)


É isso que ficou mais forte para mim da aula com Luiza. Viramos gente entre a gente e acreditamos que podemos ser pessoas melhores por meio dos nossos encontros. É essa a nossa utopia e nossa missão maior e, portanto, é isso que diariamente nos propomos a fazer e sentir em nossas relações e trabalho com as crianças experimentando intensamente todas as delícias e desafios dessa tarefa.



PS1: Melhor para essa reflexão por aqui, porque se começar a falar sobre ‘gente que nasce da gente’ aí não paro mais... rsrsrs


PS2: Este texto estava em processo de elaboração desde a última sexta-feira em que Luiza Christov foi à minha escola colaborar com nosso contínuo processo de formação. Ontem precisei entregar formalmente algum retorno à coordenação sobre o que essa aula/encontro havia provocado em mim e, uma vez cobrada, resolvi aproveitá-lo, reorganizando-o e dando um fim provisório nele... Em outro momento ainda quero me aprofundar mais nas tantas questões que ela nos trouxe, mas que já fazem parte de mim, de nós, de nossa história, nossa natureza, nossos laços...


PS3: Luiza Christov possui mestrado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992) e doutorado em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). Atualmente é prof. assistente da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Realizou estágio de pós doutoramento junto à Universidade de Barcelona sob a orientação do prof.dr. Jorge Larrosa Bondia e junto ao Teachers College da Universidade de Columbia, sob a supervisão da profa. dra. Mariana Souto Manning. Foi assistente de pesquisa da profa. Dra. Bernardete Gatti, junto à Fundação Carlos Chagas. Leciona Psicologia da Educação e Didática em nível de graduação e atua também junto ao mestrado em Artes do Instituto de Artes da Unesp. Colabora com a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo em diferentes projetos de formação de professores e com a rede SESI de ensino em São Paulo. Lidera o grupo de pesquisa Arte e Formação de professores, cujas pesquisas foram publicadas em 2012 pela Editora Porto de ideias. Lidera o grupo de pesquisa Arte e Formação de Educadores. Orientou 21 dissertações de mestrado defendidas e orienta 2 doutorados em andamento. Coordena o Programa de Bolsas de Iniciação à Docência do Instituto de Artes da Unesp. fonte: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4790180E1





domingo, 4 de agosto de 2013

Cecília e Julia: sejam bem vindas em casa!!!

Que bola fora... Achava que este texto já estava publicado, mas não, ele ficou guardado como rascunho...

Mas toda hora é hora para comemorarmos esse tipo de acontecimento, então ainda vale compartilhar minha alegria em ver minhas priminhas saírem da semi UTI e irem para casa com seus pais, familiares e amigos como também dar meus parabéns a essas pequenas guerreiras e a seus pais que aguentaram firme durante todo o processo - com fé no coração de que tudo iria dar certo... e deu!!! Notícia maravilhosa.

No dia seguinte à saída de Cecília e Julia consegui falar com meu primo Serginho, dar a ele e à Paula meus parabéns e saber notícias quentinhas da primeira noite das meninas que tinha sido bem tranquila. Torço para que continue assim... Mas o mais emocionante mesmo foi ouvi-lo falar da nova experiência mostrando-se um pai super cuidadoso e amoroso como não poderia ser diferente... Que garotas de sorte essas meninas são!

Beijos bem grandes, quando tudo se tranquilizar a gente quer conhecê-las ao vivo.

PS: Mateus viu uma foto das duas no facebook e disse: "Olha a Lina e a Bebel pequenininhas....".  hahahaha