segunda-feira, 30 de maio de 2011

Shantala



No site: http://www.crisdias.com/s/52767/shantala.html encontrei o seguinte texto sobre Salntala, o livro mais famoso de Frederick Leboyer.

A partir do primeiro mês fui aos poucos fazendo no meu pequeno essa massagem inspirada no livro e no filme e realmente eu e Mateuzinho tivemos momentos de puro deleite juntos. Recomendo - muito!!!

O livro tem as imagens e o texto bonito de Frederick, o filme tem as imagens preciosas de Shantala e seu filho.
Livro » Shantala » Frederick Leboyer
Shantala tornou-se um livro famoso em todo o mundo. Além do aspecto científico, o autor conciliou poeticamente as explicações da técnica de massagem com a sabedoria milenar de seu uso. ( A 8ª edição de SHANTALA traz acréscimos importantes às edições anteriores: revisão atualizada, nova diagramação, capa com 4 cores, orelhas com textos introdutórios).

Este livro apresenta a antiga arte de massagem em bebês descrita por Frédérick Leboyer, médico francês de renome internacional, que fotografou a seqüência completa de uma técnica milenar empregada por uma jovem mãe paralítica que massageava tranquilamente o seu bebê numa rua da Índia. Unindo notavelmente o conhecimento que absorveu no Oriente com poesia, técnica e sabedoria, ele transformou este livro num instrumento de puro deleite para a mãe e o bebê.

Shantala, nome da jovem mãe, fundiu-se com o nome da própria massagem. Quando a observamos comunicando o seu amor e força às crianças através da linguagem primal do toque, aprendemos que, nas primeiras semanas e meses após o nascimento, podemos usar os harmoniosos ritmos da arte da massagem em bebês para lhes comunicar amor e segurança. Este livro tornou-se conhecido em todo o mundo por sua informação e beleza literária.

Editora: Ground
Autor: FREDERICK LEBOYER

domingo, 29 de maio de 2011

Primeiras sensações

Ao escrever sobre minha experiência com a amamentação envolvendo alegria e medo e sobre a chegada de mais uma flor a esse mundo, a Sarah, em seguida li uma mensagem de uma amiga recém-mamãe que está amando demais, mas sofrendo com seu pequeno cheio de gases....  Então me lembrei de mais esse texto de Fredérick Leboyer no qual ele descreve as primeiras sensações do bebê assim que sai da barriga da mãe.

Se a gente acha que tem angústias, medos, imagina os pequenos seres vivenciando uma infinidade de sensações novas... É nessa hora que tenho certeza de que por mais medo que temos ao vivenciar essa experiência precisamos ser fortes para tranquilizar nossas crias e permitir qure elas usufruam o melhor que esse mundo tem a lhes oferecer... e são tantas coisas!!!

O texto a seguir é a resenha do livro SHANTALA que aborda a arte da massagem indiana para bebês - na próxima postagem falarei a respeito.

As primeiras semanas que se seguem ao nascimento
são como travessia de um deserto.
Deserto povoado de monstros:
as novas sensações que,
brotadas do interior
ameaçam o corpo da criança.


Depois do calor no seio materno,
depois do terível estrangulamento do nascimento,
a enregelada solidão do berço.
A seguir, aparece uma fera,
a fome,
que morde o bebê nas entranhas.


O que enlouquece a pobre criança
não é a crueldade da ferida.
É essa novidade:
a morte do mundo que a rodeia
e que empresta ao monstro
exagerada proporções.
Como acalmar essa angústia?


Nutrir a criança?
Sim.
Mas não só com leite.
É preciso pegá-la no colo.
É preciso acariciá-la, embalá-la.
E massageá-la.


É necessário conversar com a sua pele,
falar com suas costas
que têm sede e fome,
como sua barriga.


Nos países que preservaram
o profundo sentido das coisas,
as mulheres ainda se recordam disso tudo.
aprenderam com suas mães
e ensinarão às suas filhas
essa arte profunda, simples
e muito antiga
que ajuda a criança a aceitar o mundo
e a sorrir para a vida.

Sarah: seja bem vinda!!!

Fiquei sabendo somente agora que um amigo de infância, o Felipe teve sua primeira filhota, a Sarah. Minha cabeça se encheu de lembranças antigas e de esperanças novas por mais uma flor chegar a esse mundo. Desejo tudo de mais maravilhoso à mamãe, ao papai e à pequena, que ela também tenha uma infância cheia de riquezas.

Nesse momento não posso deixar de desejar energias positivas aos avós Ana Rita e Sergio e à titia Sabrina, todos muito queridos por mim e pela minha família.

sábado, 28 de maio de 2011

Pelo direito de mamar em público

Por falar na luta pelos direitos das mamães e seus filhotes me lembrei de um episódio:

Luana, filhota da queridíssima Camila, às vésperas de completar um mês de nascimento participou de seu primeiro protesto ao reivindicar o direito de mamar em público. Um orgulho! Essa nova geração promete...

 Seguem algumas fotinhos do MAMAÇO onde se encontram Camila e sua Lua:



Para quem quiser saber mais a respeito do MAMAÇO basta clicar aqui:

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/915030-em-protesto-maes-promovem-mamaco-em-sao-paulo.shtml

Reflexões sobre a amamentação

Depois de escrever na postagem anterior sobre meu processo recente de amamentação fiquei pensando sobre os motivos que me levaram a ficar me cobrando tanto que eu tinha que conseguir tirar leite para o Mateus mamar na escola. Assim, neste texto proponho uma reflexão sobre a questão da amamentação.

Como o meu pai me contou no seu tempo era assim: a criança chorava ia para o peito. Afinal, as mães estavam o tempo todo com suas crias e como já disse na postagem anterior dar peito é a opção de amamentação mais barata, prática e natural. Uma curiosidade: uma vez uma fonoudióloga me disse que esse era o motivo de antigamente os bebês não precisarem de chupetas, porque viviam o tempo todo mamando em suas mães e assim já satisfaziam sua necessidade de sucção.

Já a minha mãe conta que quando eu nasci estava em voga na época a independência das mulheres com a entrada no mercado de trabalho. Assim mesmo não voltando a trabalhar depois de meu nascimento e mesmo tendo bastante leite ela fez a opção de parar de me amamentar com 4 meses e meio. Um corte brusco, mas que na época era entendido como necessário na relação mãe e filhos e identidade feminina. Outra curiosidade: muitas vezes quando conto para algumas mulheres da faixa etária de minha mãe sobre as minhas angústias de recém-mamãe elas dão risadas e em seguida as minimizam contando a respeito de suas épocas e como tudo era mais difícil como, por exemplo, o tempo de licença de 3 meses.

Atualmente voltou-se a entender o aleitamento materno como algo benéfico para o bebê e para a mãe tanto do ponto de vista da saúde física sendo este o alimento ideal para proteger e desenvolver bem o bebê como do ponto de vista da saúde mental com o fortalecimento e aceitação da psicologia. Além do mais, agora a situação da mulher no mercado está mais estável a ponto delas quererem ser profissionais e mamães bem realizadas. Uma curiosidade: por que na perspectiva feminina continuamos a colocar em oposição família X carreira? Cada vez mais tenho sentido e já falei isso aqui outras vezes como é complicado gerenciar todas questões envolvidas em ambos os contextos, mas temos que fazer um esforço para diminuir essa tensão senão vamos enlouquecer... mais, claro!!! rs

A sensação que tenho é que continuamos querendo provar o que já foi provado por uma infinidade de mulheres: que somos capazes de sermos boas mães e boas profissionais e seja lá mais o que quisermos ser... boas donas-de-casa, esposas/namoradas, alunas etc. Agora perfeitas em tudo... impossível!!! Temos sim é que aproveitar o legado que milhares de mulheres deixaram para nossa geração com a maior abertura no mercado de trabalho e com o resgate de uma relação mais humana entre mãe e filho sem nos cobrarmos tanto em ser super mulheres em cada aspecto de nossas vidas bem como continuarmos lutando por mais conquistas como a obrigatoriedade da licença maternidade de 6 meses e o direito de darmos de mamar em público.

Toda essa reflexão começou quando me dei conta que estava me cobrando demais em relação à amamentação de Mateuzinho em nossas novas fases: ele na sua escola e eu na minha até me dar conta de que eu tinha que continuar dando o melhor de mim para continuar tendo bastante leite, mas que caso não conseguisse não era o fim do mundo, pois não deixaria de ser uma boa mãe por não conseguir dar peito para o meu filho. Fico pensando nas milhares de mulheres que não conseguiram em nenhum momento amamentar seus filhos... e são felizes e têm filhos saudáveis! Um orgulho. São mulheres assim, humanas, que quero me deixar inspirar.

Leitinho da mamãe

Sou muito abençoada por conseguir amamentar meu pequeno com meu leite. Sei disso e agradeço todos os dias por vivenciar essa experiência.

Mas com a correria da minha volta ao trabalho, a preocupação em tirar leite para o pequeno mamar na escola e outras preocupações que surgiram como a bomba elétrica que peguei emprestado ter quebrado e não estar conseguindo tirar leite no trabalho por conta da grande demanda de trabalho eu fiquei bastante ansiosa e meu leite por um período diminuiu. Teve um dia que levei um século para conseguir tirar leite manualmente e quando fui colocar na mamadeira, não percebi que ela estava furada (provavelmente eu deixei tempo demais em banho-maria para esterilizar) e vazou tudo: chorei por cada milímetro derramado. Fiquei pensando que se minha licença tivesse sido de 6 meses eu teria continuado a alimentar meu pequeno como vinha fazendo: naturalmente. Mas não adianta pensar no que TERIA SIDO e sim no que É, então "bola pra frente".

Minha mãe também me acalmou (obrigada!) e consegui perceber que ficar nervosa apenas pioraria a situação e o que eu deveria fazer era tomar ainda mais cuidado para voltar a ter bastante leite tomando 4 litros de água por dia, muita canjica e o mais importante: descansar e relaxar. Ao conversar com a Dra. Glaura, pediatra do Mateus e minha terapeuta, ela reforçou todos esses cuidados acrescentando a medicação de plasil para estimular a produção de leite. Também me disse que por eu conseguir tirar leite manualmente eu já era uma vitoriosa (fofa!) e que apesar de não ser a solução ideal, poderíamos dar Nan de complemento ao Mateus quando necessário.

Assim, em alguns momentos durante esse período em que estive me cuidando e a bomba elétrica consertando Mateus tomou o leite Nan como complemento e aceitou bem. Depois, parei para pensar que não é o fim do mundo: tantas crianças por diferentes motivos se alimentam de Nan e são saudáveis. Luiz mesmo é adotado e por isso sempre tomou esse leite e nunca teve questões sérias de saúde.  Mas acho que hoje em dia tem tanta campanha sobre a importância da amamentação que a gente faz a associação: mãe comprometida amamenta no próprio seio. Enfim, tem um lado maravilhoso de fazerem tantas campanhas para as mães amamentarem para aumentar a conscientização nesse sentido, entretanto tem um outro lado delicado, já que muitas vezes isso não depende dos desejos das mães, pelo contrário, muitas dariam um mundo para dar de mamar.

Assim, quase caí na besteira de me achar uma mãe menos dedicada por dificuldades em amamentar meu pequeno. Mas depois consegui olhar essa situação como mais uma dificuldade da vida que precisamos enfrentar com perseverança, fé e positividade para assim convivermos bem com nossas crias. Dessa maneira, tomando os devidos cuidados e fazendo menos pressão em mim mesma eu relaxei e claro, voltei a ter bastante leite. Agora, com a bomba consertada estou ordenhando (rs) e Mateus a cada dia que passa mama cada vez mais e cresce que é uma beleza... Um orgulho da mamãe! E quando é necessário, dá-lhe Nan que a vida segue seu rumo normal como tem de ser.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Desastres de mãe - 4

Fui descongelar a papinha do Mateus para ele comer agora no almoço, coloquei o potinho em banho-maria e vim para o computador... de repente sinto um cheiro de queimado e quando vou ver: não existe mais potinho e sim uma meleca de comida misturada com plástico...

E o pior de tudo é a preguiça que dá para limpar essa bagunça... ahhhhhh!!!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Comilanças

Estou penando para me acostumar com essa jornada tripla: ontem, por exemplo, fomos dormir 0h, porque ficamos fazendo a papinha do Mateus, ou melhor o Luiz ficou; eu só fiquei lavando louça e cortando e amassando os legumes, e mesmo assim já fiquei exausta.

Mateus mama no peito de manhã e na hora do almoço desde o começo da semana tem comido papinha. Pelo menos até agora está gostando! Às vezes puxa a colher da minha mão de tanta ansiedade que tem em comer. Depois, já na escola, come uma fruta. Ele também gosta, mas temos reparado que quando está muito frio ele não come... e se pararmos para pensar não dá mesmo muita vontade de comer fruta no frio, né? Depois ele mama na mamadeira o leite que eu tiro (ainda preciso contar dessa saga...), em casa mama no peito antes de dormir pra valer e uma vez de madrugada.




Desde o início gostei de amamentá-lo. Às vezes ficava com torcicolo de tanto olhar para baixo para contemplá-lo. Com o tempo ele passou a interagir mais e mamava me fazendo carinho, segurando a minha mão, olho no olho, demais. Um momento só nosso, único, sublime. Já falei aqui outras vezes do quanto me sentia orgulhosa em poder nutri-lo com o meu leite, e como disse Maria nos sentimos poderosas em saber que ele está crescendo tanto por conta de nossos cuidados. Ao mesmo tempo às vezes sentia medo por tanta responsabilidade em minhas mãos, ou melhor, nos meus peitos. "E se eu faltasse um dia? E se meu leite secasse?" foram algumas das perguntas que me vinham à cabeça nesses momentos. Acho que por isso nunca lidei muito bem com as regurgitações, de alguma maneira sempre me remetia a ideia de que o meu leite, uma das coisas mais preciosas que oferecia a ele não tinha serventia. Na época ainda da licença maternidade também tinham momentos que eu ficava com vontade de retomar minha vida e nesses momentos me perguntava quando ele começaria a comer outras coisas.... 

Agora, com a entrada de outros alimentos continuo num maremoto de emoções distintas: fico orgulhosa e tranquila em saber que o pequeno come bem outras coisas e mama bem na mamadeira, mas claro fico saudosa de nossos tantos momentos só nossos... parece que esses momentos estão acabando rápido demais - até porque tenho tido diversas reuniões à noite e nesses momentos perco a chance de amamentá-lo. Além do mais, dar peito é a opção mais barata do mercado (rs) e a mais prática: é só tirar o peito e colocar na boca do bebê. Dar mamadeira exige um cuidado constante com a esterilização - já queimei diversas mamadeiras por esquecê-las no fogo, exige disciplina, tempo e sorte para tirar bastante leite, um cuidado com a temperatura para locomover o leite sem estragá-lo e um espaço na cozinha para guardar tanta coisa. Dar fruta exige comprar com frequência frutas selecionadas e entender delas para saber escolhê-las (tem que comprar uma boa para amanhã, outra boa para depois de amanhã e assim por diante). E dar papinha a mesma coisa: saber escolher os ingredientes, saber cozinhar (ainda bem que o Lu sabe) e um cuidado na hora de amassar e congelar. Aff!

No fundo, amamentando no peito ou não a responsabilidade pelo bem-estar do bebê continua em nossas mãos, e como diz o texto de Leboyer na postagem anterior: o medo que sentimos em não dar conta do recado continua sempre ao nosso lado. No meu caso, o medo de não conseguir gerenciar e saborear todas os sabores deliciosos presentes na grande mesa de minha vida.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma homenagem

Hoje é segunda-feira e já estou um bagaço de tão cansada. Então fiquei pensando como as mulheres mamães conseguem se virar com no mínimo uma jornada tripla (filho, casa e trabalho)... Muito cansativo.
Por isso essa postagem é apenas uma singela homenagem a todas essas mulheres batalhadoras que conseguem gerenciar o tempo e aproveitar intensamente cada instante, principalmente com os filhotes.

 Parabéns!!!
Um dia eu chego lá...

domingo, 22 de maio de 2011

Para refletir: O nascimento

Hoje é dia de comemorar: faz 5 meses que conheci a carinha mais linda do mundo!!!
Pensar nisso me remete ao início de tudo... e claro que me emociono.


Segue um pequeno texto de Fredérick Leboyer a esse respeito... tão forte e verdadeiro quanto a história desse autor...


Quem não se interrogou, um dia, sobre a vida?
Quem não procurou, alguma vez, saber o que é ela?
perguntas bastante pretensiosas.
E sem respostas.
Todavia, para quem mais modestamente pergunta:
"Onde começa a vida? E quando?"
há uma resposta imediata, simples e evidente:
"A vida começa com o nascimento."
E toda inquietação desaparece.
Certeza?
A vida começa com o nascimento...
É mesmo?
No ventre...
No ventre de sua mãe, a criança já não está viva? Ela não se mexe?
Sem dúvida, ela se mexe. No entanto, segundo algumas pessoas, ali só existe atividade reflexa.
Atividade reflexa! Não!
Hoje nós sabemos que, bem antes de "vir à luz", a criança percebe a claridade. E escuta. E que, do seu cantinho escuro, ela espreita o mundo.
Sabemos também que ela passa da vigília ao sono. E até mesmo que sonha!
Por isso, achar que a vida começa com o nascimento é um grande erro.
Mas, então, o que é que começa quando a criança vem ao mundo?
O que é isso senão a vida?
O que começa
é o medo.
O medo e a criança nascem juntos.
E nunca se deixarão.
O medo, companheiro secreto, discreto como a sombra
e, como ela, fiel, obstinado.
O medo
que não nos abandonará,
a não ser no túmulo,
para onde, com fidelidade,
nos conduzirá."

5 meses!!!

Hoje faz 5 meses que Mateuzinho saiu de meu ventre. Uau!!! Um moço praticamente... rs

Foram tantas coisas que aconteceram nesse tempo, tantas experiências únicas... tive um filho lindo, virei mãe, mergulhei nessa relação, fiz inúmeras descobertas sobre mim, sobre ele e sobre a vida, e agora que voltei a trabalhar estou aprendendo a ser mãe e profissional ao mesmo tempo - arte de equilibrista (isso sem mencionar ser dona de casa e esposa... rs).

Para comemorar o evento fomos passear num parque em companhia dos amigos Mimi, Miguel, Paulinha e Luismi. Uma delícia...

                                                      Mimi com nossos filhotes
                                                       Paulinha e Mateuzinho em cima da árvore
                                                                     Vendo gansos
Com o Luiz na balança

Depois bolinho pra comemorar...
                                                                          Nós 3
                                                               Com a vó Cleo
                                                                     Com a vó Mirna


E quem merece parabéns hoje também é a Lelê: 6 meses!!!
Parabéns lindona!!!

sábado, 21 de maio de 2011

Dá pra ficar brava???

Dá pra ficar brava com esse fofo puxando meu nariz???


Dá pra ficar brava com essa delícia puxando o meu cabelo???


E de novo...


E de novo...


Dá pra ficar brava com esse gostoso apertando minhas bochechas???


Dá pra ficar brava com esse pacotinho me comendo???


                          Claro que não!!!

E o que esse gatão merece em troca???


Beijo...


Muito beijo.

Pedro: seja bem vindo!!!

Essa mensagem está totalmente desatualizada - não por falta de vontade em publicá-la e sim por falta de tempo. Mil desculpas aos queridos Glauco e Luzinha que na segunda-feira conheceram a carinha do Pedro, mais um companheiro de bagunças do Mateus.

Pedro foi um filho desejado e desde pequenino já é muito amado pelos pais. Desejo tudo de mais maravilhoso a essa família linda que desde segunda deve estar transbordando de alegria e amor, pois é isso que esses pacotinhos lindos nos ensinam todos os dias: a  amar cada vez mais.

Não conseguimos visitá-los na maternidade, mas quando o trio estiver mais adaptado vamos visitá-lo em casa. No entanto, confesso que não aguentei esperar por uma foto que os pais (na correria) ainda não enviaram e dei uma mexida no facebook  no perfil de pessoas que nem conheço só para olhar a carinha do pequeno: um fofo!!!

Pedro pode ser uma dessas crianças que são símbolo da diversidade: a mãe, uma pequenina japonesa, o pai um grandão alemão e ele... grande e japonezinho... demais!!!

Luzinha e Glauco, curtam muito cada momento do Pedroca, vocês merecem! Estamos emocionados com a chegada do Pedro e felizes por termos ganhado a aposta sobre o dia em que ele iria nascer - tá bom, confesso que foi o Luiz quem acertou e não eu... mas me considero vencedora mesmo assim... ainda mais porque estou cada vez mais rodeada de gente bacanuda e supimpa... e Pedro: seja bem vindo!!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bebê cresce rápido

Bebê cresce muito rápido!!!

Tem um lado maravilhoso que é o de ter muito, muito orgulho em saber que você o alimenta direitinho e ele está se desenvolvendo plenamente. Ainda mais no meu caso que amamento no peito e com muita "ralação" tenho conseguido tirar leite para ele levar na escola (aliás esse assunto rende uma postagem inteira que depois eu conto). Mas seu crescimento acelerado também dá uma agonia danada por saber que a fase deliciosa de bebê uma hora chegará ao fim e também por ele perder tanta roupa de uma só vez!

Ele mal entrou no tamanho G e já perdeu uma desse tamanho. Isso porque assim como a confecção de roupas para adultos para crianças também existem tamanhos distintos mesmo dentro do mesmo tamanho. As calças então são sempre desproporcionais - e olha que ele é comprido. Mas enquanto está indo para o G com bodys, macacões e moletons ele está entrando no M nas calças. Vale uma reclamação para as indústrias têxteis para bebês.

Algumas dicas para as recém-mamães que aprendi com minha mãe e que deram certo:

- Sabendo de antemão por meio dos exames com quantos quilos aproximadamente o bebê nascerá é possível fazer uma estimativa de quantas roupas de recém-nascido ele precisará (geralmente não são muitas). Também vale à pena ficar atenta ao clima que estará fazendo quando ele nascer - lembrando que sempre têm as viradas de tempo e que às vezes alguns bebês demoram para engordar quando nascem.

- Para a maternidade vale à pena organizar kits com macacões, bodys, mijões e mantas. Eles costumam pedir muito, e é bom levar. Às vezes o bebê tem que ficar um tempo a mais ou acontecem acidentes com xixi e cocô.

- Quando você ganhar, por exemplo, muitos bodys de um mesmo tamanho, vale à pena tentar trocar alguns por modelos iguais, mas de tamanhos maiores.

- Gostei de separar as roupas nas gavetas por tamanho (uma de RN, outras de P, M e G) em montinhos organizados pelo tipo de roupa - os bodys, um em cima do outro, os macacões, as calças etc. Assim, sempre sabemos o que "está na hora de ser usado".

- Sempre temos que ficar comparando as roupas de tamanhos diferentes para vermos se já está na hora de usar, pois às vezes um P é grande enquanto um M é pequeno. O que conta mais nessa comparação é a altura do cavalo e depois a largura e ainda o tipo de tecido - se é maleável para caber bem os bracinhos ou não. Nesse caso, tem um momento em que a gaveta, antes separada por tamanho fica toda misturada: a do Mateus, por exemplo, está com roupas M e algumas G. O tempo todo temos que olhar, porque senão você perde antes de usar.

- Não adianta colocar roupas apertadas neles, que eles ficam muito incomodados - com razão! Roupas cheias de "trimiliques" também não dá.

- Dá uma dó danada, mas bebê perde muuuuuita roupa. Algumas roupinhas perdidas estou guardando para um próximo  (que demora... hahaha), outras estou doando e outras devolvendo, já que ele herdou muita coisa dos primos. Esse rodízio é bastante saudável.

- Não adianta ficar separando roupas para sair e para ficar em casa. No máximo que eu separo são algumas que são confortáveis para ele dormir e só. Porque quando você percebe ele já perdeu a roupa, ou então você coloca aquela roupa especial para um determinado evento e em seguida vaza tudo da fralda e tem que trocar ou ainda, você guardou a tal roupa para o evento e o tempo não colaborou. Claro que é legal quando coincide de por exemplo, conseguir colocar uma roupa que alguém deu para a própeia pessoa ver. Mas quando não é possível, eu tento tirar uma foto e mandar de agradecimento.

- Tirar muitas fotos pra depois organizar uma pasta com desfile de moda... hahahaha

- Quando a criança começa a ir para a escola precisa de mais roupas, pois ela precisa de uma variedade grande na mala dele para as trocas que acontecem. E se acostumar que algumas vezes você nem o vê usando uma roupa... É a vida.

São essas as dicas que tenho...

Por fim, quero dizer que no fundo do meu coração acontece uma mistura de sentimentos: ao mesmo tempo que não quero perder meu bebêzinho não vejo a hora de vê-lo virando hominho... rs. Vai entender!!!

domingo, 8 de maio de 2011

Virando mãe

Apesar do cansaço não resisti e vou escrever um pouquinho mais... rs

Há exatamente um ano atrás, no dia das mães, eu e o Luiz compartilhamos a novidade de nossa gravidez com a família inteira. A gente tinha descoberto fazia uma semana e queríamos contar a todos ao mesmo tempo. Na hora em que falamos a casa se encheu de silêncio, pois as pessoas não sabiam se estávamos brincando ou falando sério. Foi esquisito. Assim que perceberam que era verdade foi uma gritaria e comoção geral. Emocionante.

Mas a verdade mesmo é que naquele momento apesar de ganhar abraços e até presente do Luiz eu ainda não me sentia mãe. Neste texto falarei de quando foi a primeira vez que me senti mãe.

Com certeza não foi quando vi o exame de sangue. Como não aponta se deu positivo ou negativo e sim fornece o referencial para você comparar a sua taxa de hormônio e chegar à conclusão sozinha (que é óbvia), ainda assim desconfiei quando vi o resultado. Até porque uma amiga havia feito semanas antes e a taxa dela era de 20 mil e a minha só de mil...rs Pelo que me lembro bastava passar de 1 para estar grávida. Mas mesmo assim me achei menos grávida.... hahaha  Acho que a gente fica meio paranóica mesmo, não acredita que aquele milagre pode acontecer. Tem gente que nem conta para as pessoas antes de 3 meses, já que é muito comum sofrer aborto espontâneo e depois é dureza lidar com todos te perguntando a respeito com animação... mas também se não conta para ninguém a pessoa perde a chance de ter ombros para lhe consolar...

Eu contei depois que digeri um pouco o assunto e fui contando aos poucos bem ao meu jeito... Mas confesso que para algumas pessoas como as do trabalho, por exemplo, eu estava envergonhada... Por que? Saberia que dali para a frente de alguma maneira eu seria um dos assuntos principais e não gosto muito dessa exposição toda... Mas estava enganada: o assunto não fui eu e sim o bebê... rs E que delícia foi receber todo o carinho das pessoas... Me aproximei de muita gente nesse período, pois tem gente que simplesmente enlouquece com esse assunto e o mais maravilhoso: tive ótimas companhias de amigas grávidas ao mesmo tempo... Mas mesmo falando todos os dias a esse respeito, ainda assim não me sentia mãe.

A barriga é algo mágico, quando ela apareceu e começou a crescer parece que um sentimento materno que já estava amadurecendo com todos os acontecimentos mencionados começou a surgir. Por exemplo, reparei que de repente eu comecei a proteger minha barriga, mas essa sensação ainda era muito incipiente. Com a barriga crescendo veio o tempo avisando que estava na hora de cuidar dos preparativos para a chegada do bebê, mas a pressão era tão grande em fazer tudo dar tempo e era tanto conselho que não me consegui curtir muito toda a sensação que essa preparação poderia ter me provocado. Quem sabe no próximo... rs

Saber o sexo e escolher o nome também foi importante, pois comecei a imaginar o jeitinho dele, a carinha, o que ia gostar e o que não ia... fui me abrindo para recebê-lo.

Quando senti pela primeira vez umas "borboletas" voando dentro da barriga mais sentimentos foram despertados... E com certeza, acolhidos por mim. Quando a barriga já não tem mais para onde crescer e você já se sente íntima do ser dentro de você, já sabe a hora que ele mais mexe, o que gosta de comer e o que não gosta é um momento de afloramento total de sensibilidade. Aquele ser já conquistou todo seu amor e você não vê a hora de conhecer a carinha mais linda do mundo. Mil expectativas, mil emoções, mil histórias. Mas eu ainda não o tinha nos braços, me sentia incompleta como mãe...

Quando ele nasceu... nossa... só sabia chorar de emoção. Foi uma explosão de amor e alegria, mas estava muito anestesiada no começo e parecia que estava vivendo um sonho. Foi nesse período de confusão que tive que preencher uma ficha para autorizá-lo a fazer o exame do pezinho. Nesta ficha estava pedindo o nome (escrevi o meu), o nome da mãe e do pai (coloquei dos meus pais) e quando pedia a data de nascimento (com o 2010 já escrito) eu levei um choque de realidade. Sabe aquela sensação de acordar no meio de um sonho e não saber se já acordou ou ainda está sonhando??? Eu tinha preenchido tudo errado: o nome era do Mateus e EU ERA A MÃE. Depois de um tempo, rindo, pedi outra ficha e preenchi com orgulho o nome da criança e o nome da mãe dela. hahahahaha

Pois é... foi preenchendo uma ficha que me dei conta de que durante a gravidez, aos poucos, fui me tornando mãe por ter cuidado e amado um ser e porque esse cuidado e amor continuará por toda a vida, cada vez maior. Ser mãe é isso: transformar a vida de alguém ao mesmo tempo que nos transformamos também. Um amor que precisa ser renovado diariamente para a relação continuar viva e intensa, afinal, é diferente ser mãe de um bebê, de uma criança mais velha, de um adolescente e de um adulto.

Asssim, ser mãe é estar com o coração aberto para aproveitar todas as delícias da criação de um filho ao mesmo tempo com o coração nas mãos para que nada de ruim aconteça com ele... É muito amor e faço questão de renová-lo a cada dia. Amo muito meu pequeno!!!



Dia das mães 2011

Estou um bagaço por conta da correria do dia, mas precisava passar por aqui para desejar a todas as mamães queridas que que têm me ensinado e me inspirado tanto...

                          Feliz Dia das Mães!!!
Desejo tudo de mais maravilhoso para vocês e para seus respectivos filhotes... sempre.

Nunca entendi a expressão "Mãe é mãe" - tão óbvia e corriqueira. Mas depois que me tornei mãe essa expressão se encheu de um significado e hoje me orgulho de ser mamãe e em poder compartilhar e trocar minha experiência com outras pessoas queridas.

sábado, 7 de maio de 2011

Reflexões sobre a licença-maternidade

Tive uma gestação bem tranquila em que pude preparar - às vezes com calma e às vezes às pressas mesmo - todas as coisas para a chegada do Mateus. Além disso, consegui também iniciar a minha preparação para SER MÃE. Claro que depois descobrimos que essa preparação é eterna, já que com o crescimento da criança ela vai exigindo da gente sempre coisas novas e temos que nos movimentar para acompanhá-las. Mas de qualquer maneira, iniciar essa preparação na gestação é importante, pois devagar vamos nos conectando a um ser que está dentro da gente e a um ser novo que nascerá junto dele (que somos nós, mamães).

Uma das coisas que mais me agoniava quando imaginava minha nova vida com meu filho era ficar em licença-maternidade em casa. Achava que não teria o que fazer, pois imaginava que bebêzinho apenas mamava e dormia (hahahaha) e que sentiria muita falta de poder fazer as minhas coisas como trabalhar e sair. Em parte eu estava certa, pois quando as aulas começaram e eu não estava trabalhando eu de verdade sofri e às vezes ficava sim chateada em não poder sair para algum lugar. Mas isso aconteceu apenas no primeiro mês. No segundo mês mergulhei num outro universo e o que passou a me dar agonia era sair de casa: eram tanto preparativos, tantas coisas para carregar, tantos cálculos a serem feitos para ver que horas ele ia mamar e dormir, tantas expectativas se ele ia ficar bem para assim agente ficar bem. Enfim, em questão de um mês estava sentindo o oposto.

Mateus completou 3 meses e a paz invadiu meu coração, foram dois meses que consegui ficar tranquila em casa, mas também aprendi a ficar tranquila fora de casa com ele e algumas vezes sem ele. Maravilha, entramos numa rotina e cada vez mais sentia que tinha nascido para aquele momento: ser mãe do Mateus.

Me dó um pouco essa sensação de que agora que estava tudo ajeitado em nossas vidas temos que nos readaptar com minha volta ao trabalho. Continuo achando que a licença-maternidade de 6 meses é mais justa e produtiva, mas de qualquer maneira mesmo esse corte sendo aos 6 mesmes sofrimento não seria menor, com certeza não...

"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
(João Guimarães Rosa)

Agora tenho que aprender a ser mãe do Mateus mesmo estando longe dele. Eu preciso dar a ele a tranquilidade necessária para que ele se sinta amado por mim mesmo na minha ausência. Um aprendizado imagino que eterno... Mas certamente o mais delicioso, já que para mim esses 4 meses passaram como um piscar de olhos. de tão, tão gostoso que foi ficar com meu pequeno.

A volta

Fiquei "fora do ar" esses dias por conta da adaptação de Mateuzinho à escola, da minha volta ao trabalho e da tendinite que piorou - muita coisa! Mas de qualquer maneira tinha que registrar aqui esse meu momento.

Como boa taurina que sou, apesar de achar que as mudanças são importantes para a movimentação da vida eu não gosto muito delas não... Mas como são inevitáveis eu  tenho um jeito de funcionar que em geral me ajuda bastante no caso das mudanças anunciadas como no caso do fim de minha licença-maternidade: eu vivo todas as emoções previamente e intensamente como se estivesse ruminando todas as questões envolvidas e quando a mudança chega eu já estou preparada e até desejosa de vivenciá-la. Foi o que aconteceu... Chorei, chorei, chorei... mas na quinta-feira mesmo, quando deixei Mateus na escola para ir trabalhar, eu estava mais tranquila... sentindo o frio na barriga típico de primeiro dia de aula... uma delícia!

Fui recebida com muito carinho pelas crianças e equipe de colegas. Me senti muito querida e isso me fez um bem danado!!! Claro que o maior assunto de todos que se aproximavam de mim era: "Como vai o Mateus?" (rsrsrs)  Mas achei isso delicioso... As crianças que o conheciam por meio de fotos e relatos meus que trocamos enquanto estava afastada estavam cheias de perguntas sobre ele e não sobre mim... "Ele já engatinha? Ele continua fofinho? Ele é sapeca? Ele continua brincando de esconde-esconde com os cachorros? Ele continua se vestindo de super-herói? E de Chapolin?". Fofos! Quando reclamei que ninguém fazia perguntas sobre mim eles começaram: "Quantos anos você tem? Quanto você pesa?", ai, ai... estava melhor falar sobre o Mateus... hahahahaha

Nesse primeiro dia estava me sentindo uma professora de "inclusão" com a Mayra precisando me informar e orientar sobre tudo... É como se tivesse feito uma viagem a outro universo... muito esquisito. Mas imagino que toda recém-mamãe que volta ao trabalho se sente assim também. Em compensação dá uma sensação boa de estar num ambiente muito conhecido... Falei muito sobre o Mateus, já que as pessoas perguntaram, mas não fiquei encanada pensando se ele estava bem ou não, o que representa um grande passo para eu conseguir voltar a mergulhar no trabalho. Certamente não será ainda um mergulho profundo, já que estou fora de treino, mas com dedicação e tempo eu vou conseguir estreitar meu vínculo com as crianças e me inteirar mais do trabalho realizado. Uma criança até disse: "Nossa, você tanto que eu até tinha esquecido seu rosto" e a outra complementou: "É... você faltou um ano". Pois é, a noção de tempo é mesmo subjetiva, mas eu concordo com ele... parece mesmo que estive ausente desse mundo por uma eternidade...

Como já escrevi na postagem anterior não sei bem como será essa minha volta: o que mudará e o que permanecerá em mim e na minha atuação como professora, pois agora tem um pequeno que invadiu o meu coração e isso torna a minha relação com o mundo muito diferente.

Bem brega a comparação que farei, mas não consegui pensar em outra: é como se meu coração estivesse dividido em 8 fatias de pizza de distintos sabores. Tem os sabores do medo do novo, da dor da minha separação do meu filho, da vontade em ficar com o pequeno, da ferida por não voltar à ONG onde trabalhava também, da satisfação em estar de volta numa sala de aula, do desejo em fazer parte da formação dessas crianças, do orgulho por resgatar uma parte de minha independência e da fé em ficar bem.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Voltar a ser eu???

Hoje estou mais animada em meio a esse processo de adaptação de Mateuzinho à escola, pois tive um fim de semana gostoso em que agarrei bastante meu filhote, com tempo para elaborar mais nosso momento e recebi apoio de pessoas queridas.

Outra coisa que ajudou muito foi que hoje tive a companhia do maridão enquanto Mateuzinho aproveitava sua escola. Claro que no começo eu queria saber o tempo todo que horas eram para saber se estava na hora de voltarmos para eu amamentar - paranóia total. Mas quando amamentei e o pequeno dormiu no meu colo e depois no bercinho eu percebi que ele estava relaxadíssimo e que aquela soneca iria longe... Foi então que relaxei também e aproveitei ainda mais o meu passeio com o Luiz.

Fomos almoçar num restaurante gostoso que frequentávamos quando ainda namorávamos, compramos roupas para nosso príncipe, tomamos um café, compramos presentes para nossas mamães e principalmente, papeamos muito - sobre tudo. Quando me dei conta  estava com o pensamento apenas em nossa conversa, o que me fez muito bem, pois percebi que está mesmo na hora de retomar outras coisas de minha vida que deixei de lado para curtir a cria.

Como uma mãe que também está em adaptação de sua segunda filha me disse hoje: "Eu até poderia ficar mais um pouco com ela (está com 6 meses), mas tem uma hora que a gente sente falta da gente."

Pois é, hoje durante o passeio com Luiz me vi pensando novamente em mim... no que quero, o que gosto, o que detesto... Algo essencial a todo ser humano que quer ter uma vida plena e sadia. Por isso será importante voltar ao trabalho - ainda que esta volta esteja atrelada à minha despedida do outro trabalho... Mas de qualquer forma estarei voltando à ativa, voltando a ser eu.

Mas a pergunta que não quer calar é: "Como voltar a ser eu se desde que virei mãe já não sou mais a mesma?".

Terei que descobrir do único jeito possível: vivendo... com coragem, fé e amor, e assumindo cada vez essa nova vida, esse novo eu (e tudo que vem junto com essa percepção: a dor e o alívio da morte do eu que já não sou mais e a alegria e o medo do eu que sou agora). Uma loucura... com muito sentido.

domingo, 1 de maio de 2011

Reflexões de uma adaptação

Os últimos dias da adaptação de Mateuzinho à escola foram muito sofridos...
para mim, claro!!! rsrsrs

No terceiro dia as professoras pediram que eu ficasse fora da sala - uma intervenção importante nesse processo e que não era nenhuma surpresa para mim. Por vários motivos achei que iria tirar de letra essa questão: como professora já vivencei várias vezes esse processo, estou tranquila em relação à importância de uma escola na vida de uma criança e à escolha dessa escola para o meu filho, nos primeiros dias de adaptação eu já vinha dando uma escapadinha para beber água e ir ao banheiro e fazia isso sem pressa nem preocupação e também, porque como contei em postagens anteriores algumas vezes eu me esforcei para fazer coisas sozinha e retomar devagarinho algumas coisas de minha vida - e de coração comemorei cada conquista. Mas confesso que fiquei balançada, acho que pela primeira vez a escolha de sair ou não ao seu lado não foi minha, dessa vez eu precisava sair para que Mateus e eu nos acostumássemos a essa nova situação em nossas vidas.

Segurei as lágrimas, pois estava na recepção da escola e me forcei a ler o jormal sobre todos os detalhes do casamento real britânico. Foi bom, porque me distraí - até aprendi a receita do bolo real feito para durar mais que o casamento (?). Mas não teve jeito, vira e mexe voltava à minha cabeça a parte mais difìcil da minha saída da sala: falar para ele que ficaria lá fora enquanto ele aproveitaria a escola.

Quando estava saindo de fininho a professora pediu que eu contasse a ele que estava saindo, mas eu não queria falar não, queria mesmo era sair nas pontas dos pés só para não ter que me despedir... Nesse momento entendi os pais de meus alunos quando eu, como professora, também pedia a mesma coisa para eles. Depois, respirei fundo e falei a ele, pois sei que é a coisa certa a se fazer para mantermos uma relação de respeito e confiança. Nós dois estamos vivenciando uma situação nova, mas um adulto tem mais condições (ou pelo menos deveria ter) de lidar com situações novas de uma maneira tranquila enquanto que mais uma vez os pequenos dependem da gente para desenvolverem suas emoções de uma maneira sadia e se sentirem amados e não abandonados. Assim, meu filho precisa de apoio para se sentir seguro e conseguir construir novas relações de afeto positivas, e eu farei de "um tudo" para dá-lo.

Mas uma coisa que percebi apenas agora é que falar ao filho sobre o que está acontecendo torna a coisa concreta para todos os envolvidos, pois foi apenas depois da nossa despedida que me dei conta de que as coisas iriam mudar de verdade. Um pequeno grande passo importante para mim.

Enquanto isso... Mateus aproveitou a escola!!! Não aceitou dormir lá, mas brincou muito... Eba!!! Nosso esforço está valendo à pena.

No dia seguinte, com muita delicadeza me disseram na escola  que caso eu quisesse sair pelas redondezas - que tem restaurantes, comércio e até mesmo um museu (como se naquele momento eu tivesse cabeça para apreciar obras de arte...rs) eu poderia ir, porque qualquer coisa eles me ligariam na mesma hora. Respirando fundo e fazendo pose de que estava lidando muito bem com aquilo tudo eu fui... Na rua só dava eu parecendo uma louca chorando demais da conta... Por sorte estava de óculos escuros e chorei, chorei muito, porque mais uma ficha tinha caído: essa nova situação de não estarmos mais juntos o tempo todo exigia que a gente tocasse nossas vidas numa boa enquanto estivessemos separados. E foi o que tentei fazer depois que me acalmei...

Fui ao banco pagar umas contas, dei uma olhada numas lojas de roupas e sapatos sem o menos pique de comprar nada, fiz a unha e tomei um chá na padaria... Claro que é bom conseguir fazer as coisas sem me preocupar tanto com o pequeno e voltando a pensar em mim, apenas em mim - já disse isso aqui outras vezes, mas ao mesmo tempo é esquisito. Outro dia Luiz me disse com estranheza: "Mas isso é o normal!", e então precisei explicar (inutilmente) a ele é que o normal para mim era estar ao lado dele o tempo todo. Desde que esse pequeno chegou às nossas vidas foi assim que ele esteve: comigo!!!

Quando voltei à escola e vi o sorrisão do príncipe no colo da professora me lembrei de minhas experiências como aluna e como professora e tive a certeza de que as relações construídas numa escola são mesmo muito especiais. Nesse momento meu coração se encheu de paz com a certeza de que  estamos proporcionando algo maravilhoso ao nosso pequeno, e principalmente, se ele está bem, eu também fico.