terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Para refletir: exigência (grande) de mãe

Gostei bastante de um vídeo que anda circulando pelas redes sociais sobre uma pesquisa entre mães e resolvi compartilhar. Primeiramente as mães foram convidadas para se descreverem nesse papel. Dias depois, elas assistiram seus filhos as descrevendo como mães, e é muito emocionante. Fiquei inclusive na dúvida se a postagem deveria ser intitulada como: "Para se emocionar", mas acabei decidindo por: "Para refletir", pois acima de tudo, como mães, precisamos repensar que a grande exigência que temos em relação a nós mesmas acaba nos impedindo de enxergar o quanto somos boas mães, não porque acertamos o tempo todo, mas porque fazemos o nosso melhor, o possível - o que já é tanto!!!


http://www.sedentario.org/videos/veja-a-diferenca-de-como-as-maes-se-descrevem-e-como-os-filhos-descrevem-a-mae-72220

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Lembranças que servem de lição: Carnaval

O Carnaval sempre esteve muito presente em minha vida. Minhas memórias são povoadas de músicas, fantasias, histórias dessa maravilhosa festa de nossa cultura popular.

Desde criança minha mãe me fantasiava para as festas da escola e os bailes no clube de Jambeiro, algumas feitas pela minha vó e outras reaproveitadas das apresentações de balé. Os bailes eram animados, mas bem mais divertidos eram os blocos de rua, onde me intrigava assistir os homens vestidos de mulheres, de bebês - cantando, dançando, felizes. Ainda quando criança, tive a indescritível experiência de desfilar algumas vezes em escola de samba, graças ao meu tio Carlinhos que até hoje é um grande admirador dessa festa. Meu tio tem muitas histórias maravilhosas a esse respeito e ainda bem tive a chance de aprender muito com ele.

Na adolescência novamente os bailes de Jambeiro, os desfiles de escola de samba e as micaretas pelas ruas de São Paulo, agora sem as fantasias e com a azaração acontecendo,  e o mesmo espírito animado e encantado.

Depois, vivenciei vários tipos de festa em diferentes lugares: Salvador, Rio de Janeiro, nos blocos de rua e desfilando pela Vila Isabel (mais um bom motivo para dar esse nome a minha filha), Ouro Preto, Praia da Ferrugem, São Francisco do Sul, São Luiz do Paraitinga, resgate dos blocos de rua em São Paulo. Cada um teve um brilho, um sabor e muitas, muitas histórias engraçadas! Mas acima de tudo meu encantamento pela festa só aumentou. É verdade que a maneira de eu me divertir nela, mudou com o tempo... sim, e ainda deve mudar mais, contudo, a batida, o ritmo, a possibilidade de nos entregarmos às músicas, às raízes, ao outro, ao velho e ao novo, às ruas, à fantasia, ao brincar, jogar, rir, se perder e se achar, enfim, a uma festa popular que ao mesmo tempo religiosa, profana e sagrada mexem muito comigo e toda vez que essa época do ano chega fico desejosa de me esbaldar! Para mim, esse é o verdadeiro espírito festivo do Carnaval.

Na escola em que trabalho existe uma valorização enorme às festas populares por entendermos que a cultura é um dos pilares de nosso projeto. Assim, foi com prazer e satisfação que estudamos a respeito e construímos com as crianças verdadeiras experiências por esse viés, o que NOS orgulha profundamente. Contudo, orgulho igual ou maior senti ao experimentar esse clima carnavalesco com meus filhos e assim temos pulado carnaval todos os dias aqui em casa.

Tudo se intensificou na terça-feira quando ao leva-los para a escola, fomos recebidos pelo grupo Sambaqui de samba de bumba. SENSACIONAL! Dancei, dancei, dancei, junto dos meus pequenos. Maior alegria do mundo. Carolina e Isabel paradinhas, mas atentas batendo palmas quando a música acabava e Mateus, quando mostrei como se dançava e chamei sua atenção para as batidas ficou super envolvido, voltando para casa cantando sem parar "Zé Pereira" e dizendo que a Rosangela, 'puxadora' do samba era a Pereira...rs. Mas o fato é que passamos a cantar essa e outras tantas músicas aqui em casa e com animação meus pequenos começaram a participar cada vez mais. Minhas meninas aprenderam a rodar a saia (coisa mais linda), Mateus viu que pode se fantasiar de outras coisas e não só de super-heróis (ainda que prefira), fizemos juntos uma máscara e hoje, mais uma vez recebidos pelo grupo de samba na entrada da escola eles estavam muito mais envolvidos. Rapidinho largaram as minhas mãos e foram para perto da batucada junto das professoras e dos colegas, também mais à vontade, o que demonstra que precisamos entrar em contato com essa vivência e possibilitá-las às crianças, pois uma vez tendo contato impossível ficar indiferente. Afinal, como diz o velho samba: "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé".

Que venham outros Carnavais!!!
OBS: Mas não tão rápido, porque ainda quero curtir muito o desse ano que mal começou... Se tudo der certo vamos para Jambeiro, onde poderemos aproveitar algumas matinês na praça com meus pequenos, uma experiência que certamente será para mim emocionante por ter a chance de proporcionar a eles uma vivência semelhante de minha trajetória e que me foi tão especial!


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Banho de chuva

Por falar em águas...

Aqui está meu meninão aproveitando um delicioso banho de chuva!!!

Sessão "ensinando o que realmente importa": experimentar, sentir, pensar, interagir com a natureza.


 
 
A chegada do Gael (das águas para a água), na postagem anterior, e esse meu meninão aproveitando a experiência desse banho de chuva me fez lembrar de um delicioso poema do grande Manoel de Barros... Que bem danado esses meninos fazem em nossas vidas - que sigam sempre assim... meninos que carregam água na peneira!!!
 
 
O menino que carregava água na peneira
(Manoel de Barros)
 
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
 
 
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Gael: seja bem vindo!!!

"Das águas para a água"

Foi desse jeito poético e emocionante que minha amiga Camila anunciou a chegada de seu pequeno Gael, no sábado, um dia de temporal depois de tanto tempo sem chuva em que ela deu à luz na banheira e finalmente conheceu a carinha desse ser que já habitava seu ventre quentinho e aquoso.

Que beleza de menino: trouxe fartura para sanar nossa secura e alegria onde pensava-se não caber mais!

Gael é filho da Camila e do Fernando e irmão da fofa Luana. Todos uns queridos que merecem muito cada pedacinho de felicidade que devem estar sentindo nesse momento, agora com a família completa. Parabéns queridos, desejo tudo de bom a vocês!!! Contem comigo para o que precisarem.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Outros relatos: Adriana Tavares

Já disse isso antes: às vezes fico com vontade de encerrar esse blog por conta da exposição sem controle sobre minha vida e a de meus filhos, mas sempre em seguida recebo alguma manifestação carinhosa para continuar ou algum presente em minhas mãos. O relato da Adriana sobre o aniversário de quinze anos de sua filha, hoje ainda mais moça, é um desses presentes que me anima a continuar com a troca de vivências e me inspira como modelo de mãe. Parabéns, Luara, hoje e sempre, principalmente pela grande mãe que você e seus irmãos têm.
SEXTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2009


http://4.bp.blogspot.com/_ychOMnNumd4/Seo8DMDzEsI/AAAAAAAAAEc/8bUv-Dk21OY/s320/zz.bmp

 

Entro no túnel do tempo com saudade e satisfação porque sei que mãe e filha são elos de uma mesma corrente que se perpetua.Eu sou o futuro de minha filha e minha filha é o meu futuro.
Lembro que a Luara chegou de um parto rápido,bem pequena e tão inteira e tão desejada que mesmo sem saber se seria menina,ela já tinha um nome.
Luara ,nome indígena,coisa de mãe jovem.O nome tem a ver com luminosidade e ela nasceu ao meio dia e pedi alta ao doutor porque sabia que eu e ela nos bastávamos naquele momento.
O nascimento do filho é arrebatador,menos por sua idealização e mais porque é a força da natureza se impondo de maneira brutal e dolorosa que depois acalma como se nada fosse.
E a filha vai crescendo e um dia você percebe que ela te observa enquanto você se troca e remexe nos colares,nas roupas e há uma admiração em seu olhar.Me faz importante.No futuro minhas coisas e até minha imagem,serão dela ,com um pouco de mim.
Hoje minha filha está uma adolescente.Eu a amo e sei que será uma bela mulher,mas sei também que a leveza da infância se foi e que a alegria que ela sentia ao pular corda cada vez mais rápido,como descreveu a professora no relatório escolar de quando ela tinha seis anos,ficou para trás.Talvez ela jamais vá ser feliz como então.
Ambas nos reconhecemos uma na outra,nos admiramos e até nos invejamos.A beleza que perdi renasce nela e a força também.Existem fases duras e fases bem felizes quando conseguimos dividir experiências e fazer planos conjuntos,vibramos uma pela outra nos apoiamos em momentos ruins e comemoramos os bons.Somos bem diferentes,brigamos às vezes mas há uma ponte entre nós que nos une e nos torna parceiras e companheiras nessa jornada em busca de felicidade.Há uma ligação rara entre mãe e filha ....
Por isso toquem tambores,acendam as luzes,e soltem rojões porque hoje minha filha completa quinze lindos anos

 

Sejam bem vindos: Giovanna e Gustavo!!!

Mensagem muito atrasada de boas vindas aos pequenos Giovanna e Gustavo, filhos da Sabrina e do Leonardo e irmãos do Gabriel, a quem já dei boas vindas por aqui, há dois anos atrás.

Impossível não ver essa nova configuração familiar e não me lembrar da minha própria experiência: Mateus com 1 ano e 8 meses e a gente recebendo Carolina e Isabel, quanta emoção! Tudo triplicado, amor, descobertas, carinho e correria, é verdade...rs. Mas para a correria basta organização, tranquilidade e flexibilidade que tudo se ajeita com o tempo r paciência. Depois a gente nem lembra direito como era ter de dar de mamar para dois ao mesmo tempo. O importante mesmo é a maravilha de ter um monte de fofura preenchendo nossos olhos, braços, corações e todas as partes do corpo...rs

Sabrina e Leonardo, felicidades, desejo toda a felicidade do mundo para vocês! Vi as fotos, o trio é lindo demais. Parabéns! Com carinho, Ju

Segue um post que a Sá colocou em sua página no facebook, o qual concordo plenamente (risos):

Foto: Será? Rsss

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Meus partos

Muitas pessoas comentaram comigo sobre as duas últimas postagens, os relatos da Juliana e do Cristiano sobre o parto da Beatriz, primeira filha do casal. Algumas estavam encantadas com as palavras paternas, já que, infelizmente, os homens de nossa sociedade em geral não costumam expor-se com naturalidade e profundidade sobre seus sentimentos. Outras ficaram encantadas com tamanho cuidado dos dois durante os preparativos para o parto e então me perguntaram sobre os meus, me cobrando um relato aqui no blog e mesmo um link a respeito.

Já registrei aqui muitas vezes como escrever nesse espaço é uma terapia para mim, me faz muito bem elaborar os sentimentos e pensamentos em forma de relatos e ao publicá-los fico muito contente com o retorno das pessoas, me sinto mesmo parte de um grupo que também quer engrandecer-se pelas experiências vividas e trocá-los com seus pares. Mas vira e mexe fico preocupada com a grande exposição de minha vida e a de meus filhos. Quem me conhece melhor sabe que não costumo me expor com facilidade, muito menos exibir meus filhos como troféus, entrando numa competição com outras mães sobre o filho de quem é mais esperto e coisa e tal. Este blog é apenas uma maneira que encontrei de digerir  e compartilhar a experiência materna.  O assunto sobre meus partos faz parte de um leque de experiências que quis preservar para conversas "ao vivo" e com sentido, mas pela primeira vez, fiquei com vontade de socializar algumas coisinhas...

ANSIEDADES PRÉ-PARTO
Minha ansiedade maior foi pré-gravidez, pois a decisão de engravidar ou não ocupou muito mais a minha cabeça do que as questões sobre o parto. Na gravidez a ansiedade maior foi em relação aos preparativos para a chegada do Mateus. Lembro-me, por exemplo, de chorar quando fui a uma loja e a vendedora me deu uma lista "básica" e eu não sabia o que era a maioria dos itens. Por isso, até hoje tenho horror a gente que vem me dizer "você tem que ter...". A ideia é que eu não tenho que ter, mas posso ter, se achar conveniente para o meu momento. Durante a gestação da Carolina e da Isabel, passado o susto de receber duas crianças de uma vez só, fiquei um pouco assustada ao tomar conhecimento que gravidez gemelar é considerada de risco e então nem quis falar muito a respeito, apenas me cuidar e rezar.

CUIDADOS
Existem alguns cuidados básicos para quem quer manter uma gestação saudável: acompanhamento médico, alimentação (sem neuras, porque querer engravidar sem engordar é muito contraditório e perigoso) e atividades físicas (fiz hidroginástica à noite, o que me ajudava a dormir melhor). Mas acredito que tão importante quanto cuidar do corpo é cuidar de nossa mente: sentir toda a experiência, refletir sobre o que a vinda do bebê representa, imaginar o impacto dessa chegada,  mostrar-se inteiro nesse processo, tomar as decisões (se possível, em acordo com o pai) que os deixam mais tranquilos, confiantes, receber de dom grado os palpites, filtrando o que julga necessário, e abrindo-se verdadeiramente para a chegada de um novo ser que do jeito imaginado ou não, mas de qualquer maneira, transforma nossas vidas.

PARTO NORMAL
Essa sempre foi minha primeira escolha. Por quê? Às vezes para mim é mais difícil justificar o mais simples, óbvio, verdadeiro do que o contrário, mas vamos lá... O parto normal é o mais saudável para mãe e para o bebê, existe uma série de explicações mais profundas tanto do ponto de vista das diversas ciências como da espiritualidade, do racional e do emocional que chegam a essa conclusão. Além do mais, este jeito nos reconecta aos nossos antepassados, já que é o jeito mais primitivo de vir ao mundo, e para mim, o mais bonito e intenso. Tem gente que tem medo dele. Na verdade, não entendo muito bem esse medo, já que tenho medo realmente do corte e todos os riscos que a cirurgia da cesárea traz. Mas o fato é que até hoje fico espantada de ter ganhado a fama de "super mãe" por ter feito 3 partos normais, inclusive de minhas meninas gêmeas. Talvez ter encarado tudo com tranquilidade ajudou muito mais do que os demais cuidados, e claro, tive sorte, pois o trabalho de parto foi muito rápido assim não sofri com as dores. Meu médico apenas fez o parto da Isabel e infelizmente Luiz perdeu o parto de Carolina, pois estava colocando a roupa do hospital. Em compensação, Lina assistiu a irmã nascer no colo do Lu - foi um momento sublime: dar à luz a minha segunda menina com as outras sob meus olhos.

ACOMPANHAMENTO MÉDICO
Mas preciso ressaltar a importância do meu médico Dr. Luís Marcio D. Aranha Filho. Certamente seu olhar atento, sincero e cuidadoso durante a gestação me ajudou a manter a calma mesmo diante de sua ausência nos partos do Mateus e Carolina devido à rapidez com que chegaram ao mundo. Consegui me concentrar na experiência e tudo que aconteceu havia sido previsto por ele, para uma taurina como eu, isso foi bem importante. No caso de Carolina e Isabel, por exemplo, ele me preparou para a grande possibilidade de fazer uma cesárea, principalmente, quando vimos que Bebel estava numa posição transversa, o que foi positivo para que eu elaborasse a ideia de que acima de tudo o mais importante era que minhas meninas viessem bem, ainda que tivesse continuado na "fézinha" de que rolasse o parto natural. Na maternidade, por conta do rompimento da bolsa da Lina estavam preparando a cirurgia por conta do que havia relatado (sabia tudo e estava tranquila, graças ao meu médico), mas ainda bem, Lina quis sair rapidinho e tive que avisar aos presentes: "Está saindo" e logo depois anunciei: "eu vou fazer força!", e assim Linoca Tibiriroca chegou ao mundo. Sem anestesia e com muita, muita emoção. Quando meu médico chegou viu que Bebel tinha encaixado e também estava pronta para completar a maratona que vinha treinando há tempos, como diz André Trindade sobre as preparações que os bebês fazem dentro da barriga e por isso mesmo precisa ser respeitada por nós, sempre que possível. Todas nós vitoriosas! Agora e sempre na torcida para que toda a mulher tenha a chance de um acompanhamento de qualidade para sua gestação.

PARA PENSAR...
Muito se tem dito sobre os partos humanizados. Na verdade, o termo é uma contradição, já que todo parto envolve humanos. No entanto, tendo em vista o número excessivo de cesáreas desnecessárias sendo feitas no Brasil por conta de benefícios apenas aos médicos o uso do termo evoca a necessidade de repensarmos nossas escolhas, principalmente em relação àquelas que nos afastam de nossa humanidade. Parir, com a mãe e o bebê fazendo força de maneira independente e em plena sintonia, receber com afeto e cuidado nosso bebê, emocionar-se pegando-o logo no colo, inclusive, já dando de mamar em seguida são apenas alguns dos pequenos milagres que um parto normal potencializa. Isso sem mencionar algumas salas de partos nas maternidades preparadas para receber os bebês nas banheiras, por exemplo, com música e luz baixa. Um luxo, é verdade, mas novamente friso a necessidade de melhorarmos a saúde pública para todos. Agora, exatamente porque sou a favor de nossa humanidade, sei que um de nossos méritos é o de criar, inventar, melhorar nossas condições de sobrevivência. Sendo assim, nos casos em que o parto normal não podem ser feitos, sou super a favor da cesárea. Como disse, durante a gravidez das meninas meu médico me preparou para a grande possibilidade de fazer a cirurgia, o que foi importante para que lidasse com esse dado de realidade. Já vi muitas mulheres sofrerem por não conseguirem ter um parto normal, sentindo-se menos mães por isso, pois ora veja, outra contradição!

Ser mãe é um ato de amor. Tantas mulheres são mães, não porque pariram suas crias, mas porque fizeram essa escolha em seus corações e com afeto e responsabilidade assumem integralmente seus pequenos enquanto outras não se comportam como tal ainda que tenham parido. Parir é apenas uma das muitas maravilhas de ser mãe, tratemos de aproveitar!!! Assim o que desejo realmente é que sejamos cada vez mais livres para aproveitarmos essas belezuras que colocamos no mundo, pequenos seres humanos que pela simples existência já são provas de que dar à luz é um grande milagre!