sábado, 28 de maio de 2011

Leitinho da mamãe

Sou muito abençoada por conseguir amamentar meu pequeno com meu leite. Sei disso e agradeço todos os dias por vivenciar essa experiência.

Mas com a correria da minha volta ao trabalho, a preocupação em tirar leite para o pequeno mamar na escola e outras preocupações que surgiram como a bomba elétrica que peguei emprestado ter quebrado e não estar conseguindo tirar leite no trabalho por conta da grande demanda de trabalho eu fiquei bastante ansiosa e meu leite por um período diminuiu. Teve um dia que levei um século para conseguir tirar leite manualmente e quando fui colocar na mamadeira, não percebi que ela estava furada (provavelmente eu deixei tempo demais em banho-maria para esterilizar) e vazou tudo: chorei por cada milímetro derramado. Fiquei pensando que se minha licença tivesse sido de 6 meses eu teria continuado a alimentar meu pequeno como vinha fazendo: naturalmente. Mas não adianta pensar no que TERIA SIDO e sim no que É, então "bola pra frente".

Minha mãe também me acalmou (obrigada!) e consegui perceber que ficar nervosa apenas pioraria a situação e o que eu deveria fazer era tomar ainda mais cuidado para voltar a ter bastante leite tomando 4 litros de água por dia, muita canjica e o mais importante: descansar e relaxar. Ao conversar com a Dra. Glaura, pediatra do Mateus e minha terapeuta, ela reforçou todos esses cuidados acrescentando a medicação de plasil para estimular a produção de leite. Também me disse que por eu conseguir tirar leite manualmente eu já era uma vitoriosa (fofa!) e que apesar de não ser a solução ideal, poderíamos dar Nan de complemento ao Mateus quando necessário.

Assim, em alguns momentos durante esse período em que estive me cuidando e a bomba elétrica consertando Mateus tomou o leite Nan como complemento e aceitou bem. Depois, parei para pensar que não é o fim do mundo: tantas crianças por diferentes motivos se alimentam de Nan e são saudáveis. Luiz mesmo é adotado e por isso sempre tomou esse leite e nunca teve questões sérias de saúde.  Mas acho que hoje em dia tem tanta campanha sobre a importância da amamentação que a gente faz a associação: mãe comprometida amamenta no próprio seio. Enfim, tem um lado maravilhoso de fazerem tantas campanhas para as mães amamentarem para aumentar a conscientização nesse sentido, entretanto tem um outro lado delicado, já que muitas vezes isso não depende dos desejos das mães, pelo contrário, muitas dariam um mundo para dar de mamar.

Assim, quase caí na besteira de me achar uma mãe menos dedicada por dificuldades em amamentar meu pequeno. Mas depois consegui olhar essa situação como mais uma dificuldade da vida que precisamos enfrentar com perseverança, fé e positividade para assim convivermos bem com nossas crias. Dessa maneira, tomando os devidos cuidados e fazendo menos pressão em mim mesma eu relaxei e claro, voltei a ter bastante leite. Agora, com a bomba consertada estou ordenhando (rs) e Mateus a cada dia que passa mama cada vez mais e cresce que é uma beleza... Um orgulho da mamãe! E quando é necessário, dá-lhe Nan que a vida segue seu rumo normal como tem de ser.

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