Nós três passamos por uma semana de adaptação por causa da volta às aulas - cada um em sua respectiva escola, e acho que o saldo desse processo foi muito positivo.
Luiz teve que lidar com a preguiça de acordar cedo e eu tive que investir com todas as forças - que agora sim tenho condições de apresentá-las - para consolidar meu vínculo com meus alunos. Fofos de tudo...
Já Mateus, em seu primeiro dia de aula manteve sua rotina de sono e alimentação, mas mostrou-se sensível. Ficou choroso e durante a manhã do dia seguinte ficou grudado em mim. Acolhi meu fofo que estava precisando de minha referência para certificar-se que mesmo diante de uma mudança tudo continuava bem e nossa relação e sua rotina seriam muito semelhantes mesmo com a volta às aulas. Também o encorajei a continuar se arriscando nessa experiência (nesse ponto, acredito que o fato de eu e Luiz sermos professores nos ajuda a ter confiança nesse processo) e suas professoras também ajudaram, pois com seus olhares cuidadosos e profissionais souberam respeitar seu tempo e reconquistar sua confiança. Assim, nos dias seguintes Mateus mostrou-se cada vez mais à vontade, o que permitiu que aproveitasse as possibilidades que a escola oferece: o contato com professoras e colegas, o espaço para explorar engatinhando e escalando, os brinquedos e outras coisas especiais como o manuseio da areia.
Nessa segunda adaptação, consegui lidar de uma maneira mais tranquila em relação à minha separação de Mateus. Na primeira vez, em abril quando ele tinha 4 meses, foi muito difícil para mim aceitar que a minha licença-maternidade havia chegado ao fim, que não ficaria mais o tempo todo com ele, e por isso teria que delegar alguns cuidados para outra pessoa para voltar à ativa na minha própria vida. Mas como o resultado desse processo em junho, foi muito positivo, consegui, dessa vez, separar-me de meu pequeno com um aperto no coração, mas com a certeza de que esse é um aprendizado importante para todos nós.
Ao final de uma semana, fiquei orgulhosa de meu pequeno e de tudo que temos construído em nossas vidas; tem sido uma verdadeira delícia poder acompanhá-lo em tantas conquistas e descobertas. Hoje mesmo as professoras escreveram em seu caderno que "Mateus está um sapeca!" e fiquei com vontade de completar: "Mateus está um fofo de sapeca!". Mãe coruja é assim mesmo... Baba na cria o tempo todo.
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