sexta-feira, 8 de abril de 2011

Luto nacional: Escola no Rio de Janeiro

Ainda não consegui colocar no blog os textos que bolei nesse tempo em que estive fora do ar, contudo, apesar da correria com Mateuzinho e da tendinite no pulso direito preciso escrever sobre algo urgente: o massacre na escola do Rio ontem.

Foi um acontecimento muito chocante; não mencioná-lo aqui é banalizá-lo entendendo-o como parte de nosso cotidiano. E não é - ou pelo menos não deveria ser, pois se para alguns a vida humana não vale nada para as demais pessoas (que ainda bem são maioria) a vida humana vale sim - e muito.

Neste blog o tempo todo eu celebro a vida ainda que aborde também as dificuldades inerentes a ela. E não tem jeito, falar da vida é também falar da morte, por isso resolvi escrever a respeito.

Quero marcar que o que aconteceu naquela escola é revoltante, pois não trata-se da morte natural que caminha diariamente ao lado da vida, e sim de uma, ou melhor, 11 mortes prematuras e brutais... dessas que foram provocadas e que não poderiam jamais condizer com um comportamento humano. Inaceitável.

A gente nasce humano, mas desenvolvemos nossa humanidade ao longo de nossas vidas por meio da vivências de nossas experiências (positivas e negativas). Mas infelizmente esse processo não tem sido bem cuidado em nossa sociedade atual, fazendo com que meninos como o que assassinou aquelas crianças não entendam a vida como um bem maior.

Diante desse acontecimento não posso deixar de pensar sobre a dor da perda de um filho. Difícil demais: dá um aperto no coração, a garganta fica entalada e os olhos lacrimejantes.

A esse respeito lembro-me de um professor que passou pela perda de um filho dizer que a criança que perde um pai ou mãe vira orfã, uma esposa ou marido que perde um ao outro vira viúva ou viúvo, mas a perda de um filho ou uma filha é tão anti-natural no ciclo da vida que não existe uma palavra para definir aquele pai e aquela mãe que sofreram tal perda.

Por fim, me solidarizo muito com as mães, os pais, os demais familiares e amigos que perderam crianças queridas nessa tragédia. Sinto muito.

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