Gostei bastante de um vídeo que anda circulando pelas redes sociais sobre uma pesquisa entre mães e resolvi compartilhar. Primeiramente as mães foram convidadas para se descreverem nesse papel. Dias depois, elas assistiram seus filhos as descrevendo como mães, e é muito emocionante. Fiquei inclusive na dúvida se a postagem deveria ser intitulada como: "Para se emocionar", mas acabei decidindo por: "Para refletir", pois acima de tudo, como mães, precisamos repensar que a grande exigência que temos em relação a nós mesmas acaba nos impedindo de enxergar o quanto somos boas mães, não porque acertamos o tempo todo, mas porque fazemos o nosso melhor, o possível - o que já é tanto!!!
http://www.sedentario.org/videos/veja-a-diferenca-de-como-as-maes-se-descrevem-e-como-os-filhos-descrevem-a-mae-72220
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Lembranças que servem de lição: Carnaval
O Carnaval sempre esteve muito presente em minha vida. Minhas memórias são povoadas de músicas, fantasias, histórias dessa maravilhosa festa de nossa cultura popular.
Desde criança minha mãe me fantasiava para as festas da escola e os bailes no clube de Jambeiro, algumas feitas pela minha vó e outras reaproveitadas das apresentações de balé. Os bailes eram animados, mas bem mais divertidos eram os blocos de rua, onde me intrigava assistir os homens vestidos de mulheres, de bebês - cantando, dançando, felizes. Ainda quando criança, tive a indescritível experiência de desfilar algumas vezes em escola de samba, graças ao meu tio Carlinhos que até hoje é um grande admirador dessa festa. Meu tio tem muitas histórias maravilhosas a esse respeito e ainda bem tive a chance de aprender muito com ele.
Na adolescência novamente os bailes de Jambeiro, os desfiles de escola de samba e as micaretas pelas ruas de São Paulo, agora sem as fantasias e com a azaração acontecendo, e o mesmo espírito animado e encantado.
Depois, vivenciei vários tipos de festa em diferentes lugares: Salvador, Rio de Janeiro, nos blocos de rua e desfilando pela Vila Isabel (mais um bom motivo para dar esse nome a minha filha), Ouro Preto, Praia da Ferrugem, São Francisco do Sul, São Luiz do Paraitinga, resgate dos blocos de rua em São Paulo. Cada um teve um brilho, um sabor e muitas, muitas histórias engraçadas! Mas acima de tudo meu encantamento pela festa só aumentou. É verdade que a maneira de eu me divertir nela, mudou com o tempo... sim, e ainda deve mudar mais, contudo, a batida, o ritmo, a possibilidade de nos entregarmos às músicas, às raízes, ao outro, ao velho e ao novo, às ruas, à fantasia, ao brincar, jogar, rir, se perder e se achar, enfim, a uma festa popular que ao mesmo tempo religiosa, profana e sagrada mexem muito comigo e toda vez que essa época do ano chega fico desejosa de me esbaldar! Para mim, esse é o verdadeiro espírito festivo do Carnaval.
Na escola em que trabalho existe uma valorização enorme às festas populares por entendermos que a cultura é um dos pilares de nosso projeto. Assim, foi com prazer e satisfação que estudamos a respeito e construímos com as crianças verdadeiras experiências por esse viés, o que NOS orgulha profundamente. Contudo, orgulho igual ou maior senti ao experimentar esse clima carnavalesco com meus filhos e assim temos pulado carnaval todos os dias aqui em casa.
Tudo se intensificou na terça-feira quando ao leva-los para a escola, fomos recebidos pelo grupo Sambaqui de samba de bumba. SENSACIONAL! Dancei, dancei, dancei, junto dos meus pequenos. Maior alegria do mundo. Carolina e Isabel paradinhas, mas atentas batendo palmas quando a música acabava e Mateus, quando mostrei como se dançava e chamei sua atenção para as batidas ficou super envolvido, voltando para casa cantando sem parar "Zé Pereira" e dizendo que a Rosangela, 'puxadora' do samba era a Pereira...rs. Mas o fato é que passamos a cantar essa e outras tantas músicas aqui em casa e com animação meus pequenos começaram a participar cada vez mais. Minhas meninas aprenderam a rodar a saia (coisa mais linda), Mateus viu que pode se fantasiar de outras coisas e não só de super-heróis (ainda que prefira), fizemos juntos uma máscara e hoje, mais uma vez recebidos pelo grupo de samba na entrada da escola eles estavam muito mais envolvidos. Rapidinho largaram as minhas mãos e foram para perto da batucada junto das professoras e dos colegas, também mais à vontade, o que demonstra que precisamos entrar em contato com essa vivência e possibilitá-las às crianças, pois uma vez tendo contato impossível ficar indiferente. Afinal, como diz o velho samba: "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé".
Que venham outros Carnavais!!!
OBS: Mas não tão rápido, porque ainda quero curtir muito o desse ano que mal começou... Se tudo der certo vamos para Jambeiro, onde poderemos aproveitar algumas matinês na praça com meus pequenos, uma experiência que certamente será para mim emocionante por ter a chance de proporcionar a eles uma vivência semelhante de minha trajetória e que me foi tão especial!
Desde criança minha mãe me fantasiava para as festas da escola e os bailes no clube de Jambeiro, algumas feitas pela minha vó e outras reaproveitadas das apresentações de balé. Os bailes eram animados, mas bem mais divertidos eram os blocos de rua, onde me intrigava assistir os homens vestidos de mulheres, de bebês - cantando, dançando, felizes. Ainda quando criança, tive a indescritível experiência de desfilar algumas vezes em escola de samba, graças ao meu tio Carlinhos que até hoje é um grande admirador dessa festa. Meu tio tem muitas histórias maravilhosas a esse respeito e ainda bem tive a chance de aprender muito com ele.
Na adolescência novamente os bailes de Jambeiro, os desfiles de escola de samba e as micaretas pelas ruas de São Paulo, agora sem as fantasias e com a azaração acontecendo, e o mesmo espírito animado e encantado.
Depois, vivenciei vários tipos de festa em diferentes lugares: Salvador, Rio de Janeiro, nos blocos de rua e desfilando pela Vila Isabel (mais um bom motivo para dar esse nome a minha filha), Ouro Preto, Praia da Ferrugem, São Francisco do Sul, São Luiz do Paraitinga, resgate dos blocos de rua em São Paulo. Cada um teve um brilho, um sabor e muitas, muitas histórias engraçadas! Mas acima de tudo meu encantamento pela festa só aumentou. É verdade que a maneira de eu me divertir nela, mudou com o tempo... sim, e ainda deve mudar mais, contudo, a batida, o ritmo, a possibilidade de nos entregarmos às músicas, às raízes, ao outro, ao velho e ao novo, às ruas, à fantasia, ao brincar, jogar, rir, se perder e se achar, enfim, a uma festa popular que ao mesmo tempo religiosa, profana e sagrada mexem muito comigo e toda vez que essa época do ano chega fico desejosa de me esbaldar! Para mim, esse é o verdadeiro espírito festivo do Carnaval.
Na escola em que trabalho existe uma valorização enorme às festas populares por entendermos que a cultura é um dos pilares de nosso projeto. Assim, foi com prazer e satisfação que estudamos a respeito e construímos com as crianças verdadeiras experiências por esse viés, o que NOS orgulha profundamente. Contudo, orgulho igual ou maior senti ao experimentar esse clima carnavalesco com meus filhos e assim temos pulado carnaval todos os dias aqui em casa.
Tudo se intensificou na terça-feira quando ao leva-los para a escola, fomos recebidos pelo grupo Sambaqui de samba de bumba. SENSACIONAL! Dancei, dancei, dancei, junto dos meus pequenos. Maior alegria do mundo. Carolina e Isabel paradinhas, mas atentas batendo palmas quando a música acabava e Mateus, quando mostrei como se dançava e chamei sua atenção para as batidas ficou super envolvido, voltando para casa cantando sem parar "Zé Pereira" e dizendo que a Rosangela, 'puxadora' do samba era a Pereira...rs. Mas o fato é que passamos a cantar essa e outras tantas músicas aqui em casa e com animação meus pequenos começaram a participar cada vez mais. Minhas meninas aprenderam a rodar a saia (coisa mais linda), Mateus viu que pode se fantasiar de outras coisas e não só de super-heróis (ainda que prefira), fizemos juntos uma máscara e hoje, mais uma vez recebidos pelo grupo de samba na entrada da escola eles estavam muito mais envolvidos. Rapidinho largaram as minhas mãos e foram para perto da batucada junto das professoras e dos colegas, também mais à vontade, o que demonstra que precisamos entrar em contato com essa vivência e possibilitá-las às crianças, pois uma vez tendo contato impossível ficar indiferente. Afinal, como diz o velho samba: "Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé".
Que venham outros Carnavais!!!
OBS: Mas não tão rápido, porque ainda quero curtir muito o desse ano que mal começou... Se tudo der certo vamos para Jambeiro, onde poderemos aproveitar algumas matinês na praça com meus pequenos, uma experiência que certamente será para mim emocionante por ter a chance de proporcionar a eles uma vivência semelhante de minha trajetória e que me foi tão especial!
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Banho de chuva
Por falar em águas...
Aqui está meu meninão aproveitando um delicioso banho de chuva!!!
Sessão "ensinando o que realmente importa": experimentar, sentir, pensar, interagir com a natureza.
Aqui está meu meninão aproveitando um delicioso banho de chuva!!!
Sessão "ensinando o que realmente importa": experimentar, sentir, pensar, interagir com a natureza.
A chegada do Gael (das águas para a água), na postagem anterior, e esse meu meninão aproveitando a experiência desse banho de chuva me fez lembrar de um delicioso poema do grande Manoel de Barros... Que bem danado esses meninos fazem em nossas vidas - que sigam sempre assim... meninos que carregam água na peneira!!!
O menino que carregava água na peneira
(Manoel de Barros)
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o voo de um pássaro botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Gael: seja bem vindo!!!
"Das águas para a água"
Foi desse jeito poético e emocionante que minha amiga Camila anunciou a chegada de seu pequeno Gael, no sábado, um dia de temporal depois de tanto tempo sem chuva em que ela deu à luz na banheira e finalmente conheceu a carinha desse ser que já habitava seu ventre quentinho e aquoso.
Que beleza de menino: trouxe fartura para sanar nossa secura e alegria onde pensava-se não caber mais!
Gael é filho da Camila e do Fernando e irmão da fofa Luana. Todos uns queridos que merecem muito cada pedacinho de felicidade que devem estar sentindo nesse momento, agora com a família completa. Parabéns queridos, desejo tudo de bom a vocês!!! Contem comigo para o que precisarem.
Foi desse jeito poético e emocionante que minha amiga Camila anunciou a chegada de seu pequeno Gael, no sábado, um dia de temporal depois de tanto tempo sem chuva em que ela deu à luz na banheira e finalmente conheceu a carinha desse ser que já habitava seu ventre quentinho e aquoso.
Que beleza de menino: trouxe fartura para sanar nossa secura e alegria onde pensava-se não caber mais!
Gael é filho da Camila e do Fernando e irmão da fofa Luana. Todos uns queridos que merecem muito cada pedacinho de felicidade que devem estar sentindo nesse momento, agora com a família completa. Parabéns queridos, desejo tudo de bom a vocês!!! Contem comigo para o que precisarem.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Outros relatos: Adriana Tavares
Já disse isso antes: às vezes fico com vontade de encerrar esse blog por conta da exposição sem controle sobre minha vida e a de meus filhos, mas sempre em seguida recebo alguma manifestação carinhosa para continuar ou algum presente em minhas mãos. O relato da Adriana sobre o aniversário de quinze anos de sua filha, hoje ainda mais moça, é um desses presentes que me anima a continuar com a troca de vivências e me inspira como modelo de mãe. Parabéns, Luara, hoje e sempre, principalmente pela grande mãe que você e seus irmãos têm.
SEXTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2009
Entro no túnel do
tempo com saudade e satisfação porque sei que mãe e filha são elos de uma mesma
corrente que se perpetua.Eu sou o futuro de minha filha e minha filha é o meu
futuro.
Lembro que a Luara chegou de um parto rápido,bem pequena e tão inteira e tão desejada que mesmo sem saber se seria menina,ela já tinha um nome.
Luara ,nome indígena,coisa de mãe jovem.O nome tem a ver com luminosidade e ela nasceu ao meio dia e pedi alta ao doutor porque sabia que eu e ela nos bastávamos naquele momento.
O nascimento do filho é arrebatador,menos por sua idealização e mais porque é a força da natureza se impondo de maneira brutal e dolorosa que depois acalma como se nada fosse.
E a filha vai crescendo e um dia você percebe que ela te observa enquanto você se troca e remexe nos colares,nas roupas e há uma admiração em seu olhar.Me faz importante.No futuro minhas coisas e até minha imagem,serão dela ,com um pouco de mim.
Hoje minha filha está uma adolescente.Eu a amo e sei que será uma bela mulher,mas sei também que a leveza da infância se foi e que a alegria que ela sentia ao pular corda cada vez mais rápido,como descreveu a professora no relatório escolar de quando ela tinha seis anos,ficou para trás.Talvez ela jamais vá ser feliz como então.
Ambas nos reconhecemos uma na outra,nos admiramos e até nos invejamos.A beleza que perdi renasce nela e a força também.Existem fases duras e fases bem felizes quando conseguimos dividir experiências e fazer planos conjuntos,vibramos uma pela outra nos apoiamos em momentos ruins e comemoramos os bons.Somos bem diferentes,brigamos às vezes mas há uma ponte entre nós que nos une e nos torna parceiras e companheiras nessa jornada em busca de felicidade.Há uma ligação rara entre mãe e filha ....
Por isso toquem tambores,acendam as luzes,e soltem rojões porque hoje minha filha completa quinze lindos anos
Lembro que a Luara chegou de um parto rápido,bem pequena e tão inteira e tão desejada que mesmo sem saber se seria menina,ela já tinha um nome.
Luara ,nome indígena,coisa de mãe jovem.O nome tem a ver com luminosidade e ela nasceu ao meio dia e pedi alta ao doutor porque sabia que eu e ela nos bastávamos naquele momento.
O nascimento do filho é arrebatador,menos por sua idealização e mais porque é a força da natureza se impondo de maneira brutal e dolorosa que depois acalma como se nada fosse.
E a filha vai crescendo e um dia você percebe que ela te observa enquanto você se troca e remexe nos colares,nas roupas e há uma admiração em seu olhar.Me faz importante.No futuro minhas coisas e até minha imagem,serão dela ,com um pouco de mim.
Hoje minha filha está uma adolescente.Eu a amo e sei que será uma bela mulher,mas sei também que a leveza da infância se foi e que a alegria que ela sentia ao pular corda cada vez mais rápido,como descreveu a professora no relatório escolar de quando ela tinha seis anos,ficou para trás.Talvez ela jamais vá ser feliz como então.
Ambas nos reconhecemos uma na outra,nos admiramos e até nos invejamos.A beleza que perdi renasce nela e a força também.Existem fases duras e fases bem felizes quando conseguimos dividir experiências e fazer planos conjuntos,vibramos uma pela outra nos apoiamos em momentos ruins e comemoramos os bons.Somos bem diferentes,brigamos às vezes mas há uma ponte entre nós que nos une e nos torna parceiras e companheiras nessa jornada em busca de felicidade.Há uma ligação rara entre mãe e filha ....
Por isso toquem tambores,acendam as luzes,e soltem rojões porque hoje minha filha completa quinze lindos anos
Sejam bem vindos: Giovanna e Gustavo!!!
Mensagem muito atrasada de boas vindas aos pequenos Giovanna e Gustavo, filhos da Sabrina e do Leonardo e irmãos do Gabriel, a quem já dei boas vindas por aqui, há dois anos atrás.
Impossível não ver essa nova configuração familiar e não me lembrar da minha própria experiência: Mateus com 1 ano e 8 meses e a gente recebendo Carolina e Isabel, quanta emoção! Tudo triplicado, amor, descobertas, carinho e correria, é verdade...rs. Mas para a correria basta organização, tranquilidade e flexibilidade que tudo se ajeita com o tempo r paciência. Depois a gente nem lembra direito como era ter de dar de mamar para dois ao mesmo tempo. O importante mesmo é a maravilha de ter um monte de fofura preenchendo nossos olhos, braços, corações e todas as partes do corpo...rs
Sabrina e Leonardo, felicidades, desejo toda a felicidade do mundo para vocês! Vi as fotos, o trio é lindo demais. Parabéns! Com carinho, Ju
Segue um post que a Sá colocou em sua página no facebook, o qual concordo plenamente (risos):
Impossível não ver essa nova configuração familiar e não me lembrar da minha própria experiência: Mateus com 1 ano e 8 meses e a gente recebendo Carolina e Isabel, quanta emoção! Tudo triplicado, amor, descobertas, carinho e correria, é verdade...rs. Mas para a correria basta organização, tranquilidade e flexibilidade que tudo se ajeita com o tempo r paciência. Depois a gente nem lembra direito como era ter de dar de mamar para dois ao mesmo tempo. O importante mesmo é a maravilha de ter um monte de fofura preenchendo nossos olhos, braços, corações e todas as partes do corpo...rs
Sabrina e Leonardo, felicidades, desejo toda a felicidade do mundo para vocês! Vi as fotos, o trio é lindo demais. Parabéns! Com carinho, Ju
Segue um post que a Sá colocou em sua página no facebook, o qual concordo plenamente (risos):

domingo, 9 de fevereiro de 2014
Meus partos
Muitas pessoas comentaram comigo sobre as duas últimas postagens, os relatos da Juliana e do Cristiano sobre o parto da Beatriz, primeira filha do casal. Algumas estavam encantadas com as palavras paternas, já que, infelizmente, os homens de nossa sociedade em geral não costumam expor-se com naturalidade e profundidade sobre seus sentimentos. Outras ficaram encantadas com tamanho cuidado dos dois durante os preparativos para o parto e então me perguntaram sobre os meus, me cobrando um relato aqui no blog e mesmo um link a respeito.
Já registrei aqui muitas vezes como escrever nesse espaço é uma terapia para mim, me faz muito bem elaborar os sentimentos e pensamentos em forma de relatos e ao publicá-los fico muito contente com o retorno das pessoas, me sinto mesmo parte de um grupo que também quer engrandecer-se pelas experiências vividas e trocá-los com seus pares. Mas vira e mexe fico preocupada com a grande exposição de minha vida e a de meus filhos. Quem me conhece melhor sabe que não costumo me expor com facilidade, muito menos exibir meus filhos como troféus, entrando numa competição com outras mães sobre o filho de quem é mais esperto e coisa e tal. Este blog é apenas uma maneira que encontrei de digerir e compartilhar a experiência materna. O assunto sobre meus partos faz parte de um leque de experiências que quis preservar para conversas "ao vivo" e com sentido, mas pela primeira vez, fiquei com vontade de socializar algumas coisinhas...
ANSIEDADES PRÉ-PARTO
Minha ansiedade maior foi pré-gravidez, pois a decisão de engravidar ou não ocupou muito mais a minha cabeça do que as questões sobre o parto. Na gravidez a ansiedade maior foi em relação aos preparativos para a chegada do Mateus. Lembro-me, por exemplo, de chorar quando fui a uma loja e a vendedora me deu uma lista "básica" e eu não sabia o que era a maioria dos itens. Por isso, até hoje tenho horror a gente que vem me dizer "você tem que ter...". A ideia é que eu não tenho que ter, mas posso ter, se achar conveniente para o meu momento. Durante a gestação da Carolina e da Isabel, passado o susto de receber duas crianças de uma vez só, fiquei um pouco assustada ao tomar conhecimento que gravidez gemelar é considerada de risco e então nem quis falar muito a respeito, apenas me cuidar e rezar.
CUIDADOS
Existem alguns cuidados básicos para quem quer manter uma gestação saudável: acompanhamento médico, alimentação (sem neuras, porque querer engravidar sem engordar é muito contraditório e perigoso) e atividades físicas (fiz hidroginástica à noite, o que me ajudava a dormir melhor). Mas acredito que tão importante quanto cuidar do corpo é cuidar de nossa mente: sentir toda a experiência, refletir sobre o que a vinda do bebê representa, imaginar o impacto dessa chegada, mostrar-se inteiro nesse processo, tomar as decisões (se possível, em acordo com o pai) que os deixam mais tranquilos, confiantes, receber de dom grado os palpites, filtrando o que julga necessário, e abrindo-se verdadeiramente para a chegada de um novo ser que do jeito imaginado ou não, mas de qualquer maneira, transforma nossas vidas.
PARTO NORMAL
Essa sempre foi minha primeira escolha. Por quê? Às vezes para mim é mais difícil justificar o mais simples, óbvio, verdadeiro do que o contrário, mas vamos lá... O parto normal é o mais saudável para mãe e para o bebê, existe uma série de explicações mais profundas tanto do ponto de vista das diversas ciências como da espiritualidade, do racional e do emocional que chegam a essa conclusão. Além do mais, este jeito nos reconecta aos nossos antepassados, já que é o jeito mais primitivo de vir ao mundo, e para mim, o mais bonito e intenso. Tem gente que tem medo dele. Na verdade, não entendo muito bem esse medo, já que tenho medo realmente do corte e todos os riscos que a cirurgia da cesárea traz. Mas o fato é que até hoje fico espantada de ter ganhado a fama de "super mãe" por ter feito 3 partos normais, inclusive de minhas meninas gêmeas. Talvez ter encarado tudo com tranquilidade ajudou muito mais do que os demais cuidados, e claro, tive sorte, pois o trabalho de parto foi muito rápido assim não sofri com as dores. Meu médico apenas fez o parto da Isabel e infelizmente Luiz perdeu o parto de Carolina, pois estava colocando a roupa do hospital. Em compensação, Lina assistiu a irmã nascer no colo do Lu - foi um momento sublime: dar à luz a minha segunda menina com as outras sob meus olhos.
ACOMPANHAMENTO MÉDICO
Mas preciso ressaltar a importância do meu médico Dr. Luís Marcio D. Aranha Filho. Certamente seu olhar atento, sincero e cuidadoso durante a gestação me ajudou a manter a calma mesmo diante de sua ausência nos partos do Mateus e Carolina devido à rapidez com que chegaram ao mundo. Consegui me concentrar na experiência e tudo que aconteceu havia sido previsto por ele, para uma taurina como eu, isso foi bem importante. No caso de Carolina e Isabel, por exemplo, ele me preparou para a grande possibilidade de fazer uma cesárea, principalmente, quando vimos que Bebel estava numa posição transversa, o que foi positivo para que eu elaborasse a ideia de que acima de tudo o mais importante era que minhas meninas viessem bem, ainda que tivesse continuado na "fézinha" de que rolasse o parto natural. Na maternidade, por conta do rompimento da bolsa da Lina estavam preparando a cirurgia por conta do que havia relatado (sabia tudo e estava tranquila, graças ao meu médico), mas ainda bem, Lina quis sair rapidinho e tive que avisar aos presentes: "Está saindo" e logo depois anunciei: "eu vou fazer força!", e assim Linoca Tibiriroca chegou ao mundo. Sem anestesia e com muita, muita emoção. Quando meu médico chegou viu que Bebel tinha encaixado e também estava pronta para completar a maratona que vinha treinando há tempos, como diz André Trindade sobre as preparações que os bebês fazem dentro da barriga e por isso mesmo precisa ser respeitada por nós, sempre que possível. Todas nós vitoriosas! Agora e sempre na torcida para que toda a mulher tenha a chance de um acompanhamento de qualidade para sua gestação.
PARA PENSAR...
Muito se tem dito sobre os partos humanizados. Na verdade, o termo é uma contradição, já que todo parto envolve humanos. No entanto, tendo em vista o número excessivo de cesáreas desnecessárias sendo feitas no Brasil por conta de benefícios apenas aos médicos o uso do termo evoca a necessidade de repensarmos nossas escolhas, principalmente em relação àquelas que nos afastam de nossa humanidade. Parir, com a mãe e o bebê fazendo força de maneira independente e em plena sintonia, receber com afeto e cuidado nosso bebê, emocionar-se pegando-o logo no colo, inclusive, já dando de mamar em seguida são apenas alguns dos pequenos milagres que um parto normal potencializa. Isso sem mencionar algumas salas de partos nas maternidades preparadas para receber os bebês nas banheiras, por exemplo, com música e luz baixa. Um luxo, é verdade, mas novamente friso a necessidade de melhorarmos a saúde pública para todos. Agora, exatamente porque sou a favor de nossa humanidade, sei que um de nossos méritos é o de criar, inventar, melhorar nossas condições de sobrevivência. Sendo assim, nos casos em que o parto normal não podem ser feitos, sou super a favor da cesárea. Como disse, durante a gravidez das meninas meu médico me preparou para a grande possibilidade de fazer a cirurgia, o que foi importante para que lidasse com esse dado de realidade. Já vi muitas mulheres sofrerem por não conseguirem ter um parto normal, sentindo-se menos mães por isso, pois ora veja, outra contradição!
Ser mãe é um ato de amor. Tantas mulheres são mães, não porque pariram suas crias, mas porque fizeram essa escolha em seus corações e com afeto e responsabilidade assumem integralmente seus pequenos enquanto outras não se comportam como tal ainda que tenham parido. Parir é apenas uma das muitas maravilhas de ser mãe, tratemos de aproveitar!!! Assim o que desejo realmente é que sejamos cada vez mais livres para aproveitarmos essas belezuras que colocamos no mundo, pequenos seres humanos que pela simples existência já são provas de que dar à luz é um grande milagre!
Já registrei aqui muitas vezes como escrever nesse espaço é uma terapia para mim, me faz muito bem elaborar os sentimentos e pensamentos em forma de relatos e ao publicá-los fico muito contente com o retorno das pessoas, me sinto mesmo parte de um grupo que também quer engrandecer-se pelas experiências vividas e trocá-los com seus pares. Mas vira e mexe fico preocupada com a grande exposição de minha vida e a de meus filhos. Quem me conhece melhor sabe que não costumo me expor com facilidade, muito menos exibir meus filhos como troféus, entrando numa competição com outras mães sobre o filho de quem é mais esperto e coisa e tal. Este blog é apenas uma maneira que encontrei de digerir e compartilhar a experiência materna. O assunto sobre meus partos faz parte de um leque de experiências que quis preservar para conversas "ao vivo" e com sentido, mas pela primeira vez, fiquei com vontade de socializar algumas coisinhas...
ANSIEDADES PRÉ-PARTO
Minha ansiedade maior foi pré-gravidez, pois a decisão de engravidar ou não ocupou muito mais a minha cabeça do que as questões sobre o parto. Na gravidez a ansiedade maior foi em relação aos preparativos para a chegada do Mateus. Lembro-me, por exemplo, de chorar quando fui a uma loja e a vendedora me deu uma lista "básica" e eu não sabia o que era a maioria dos itens. Por isso, até hoje tenho horror a gente que vem me dizer "você tem que ter...". A ideia é que eu não tenho que ter, mas posso ter, se achar conveniente para o meu momento. Durante a gestação da Carolina e da Isabel, passado o susto de receber duas crianças de uma vez só, fiquei um pouco assustada ao tomar conhecimento que gravidez gemelar é considerada de risco e então nem quis falar muito a respeito, apenas me cuidar e rezar.
CUIDADOS
Existem alguns cuidados básicos para quem quer manter uma gestação saudável: acompanhamento médico, alimentação (sem neuras, porque querer engravidar sem engordar é muito contraditório e perigoso) e atividades físicas (fiz hidroginástica à noite, o que me ajudava a dormir melhor). Mas acredito que tão importante quanto cuidar do corpo é cuidar de nossa mente: sentir toda a experiência, refletir sobre o que a vinda do bebê representa, imaginar o impacto dessa chegada, mostrar-se inteiro nesse processo, tomar as decisões (se possível, em acordo com o pai) que os deixam mais tranquilos, confiantes, receber de dom grado os palpites, filtrando o que julga necessário, e abrindo-se verdadeiramente para a chegada de um novo ser que do jeito imaginado ou não, mas de qualquer maneira, transforma nossas vidas.
PARTO NORMAL
Essa sempre foi minha primeira escolha. Por quê? Às vezes para mim é mais difícil justificar o mais simples, óbvio, verdadeiro do que o contrário, mas vamos lá... O parto normal é o mais saudável para mãe e para o bebê, existe uma série de explicações mais profundas tanto do ponto de vista das diversas ciências como da espiritualidade, do racional e do emocional que chegam a essa conclusão. Além do mais, este jeito nos reconecta aos nossos antepassados, já que é o jeito mais primitivo de vir ao mundo, e para mim, o mais bonito e intenso. Tem gente que tem medo dele. Na verdade, não entendo muito bem esse medo, já que tenho medo realmente do corte e todos os riscos que a cirurgia da cesárea traz. Mas o fato é que até hoje fico espantada de ter ganhado a fama de "super mãe" por ter feito 3 partos normais, inclusive de minhas meninas gêmeas. Talvez ter encarado tudo com tranquilidade ajudou muito mais do que os demais cuidados, e claro, tive sorte, pois o trabalho de parto foi muito rápido assim não sofri com as dores. Meu médico apenas fez o parto da Isabel e infelizmente Luiz perdeu o parto de Carolina, pois estava colocando a roupa do hospital. Em compensação, Lina assistiu a irmã nascer no colo do Lu - foi um momento sublime: dar à luz a minha segunda menina com as outras sob meus olhos.
ACOMPANHAMENTO MÉDICO
Mas preciso ressaltar a importância do meu médico Dr. Luís Marcio D. Aranha Filho. Certamente seu olhar atento, sincero e cuidadoso durante a gestação me ajudou a manter a calma mesmo diante de sua ausência nos partos do Mateus e Carolina devido à rapidez com que chegaram ao mundo. Consegui me concentrar na experiência e tudo que aconteceu havia sido previsto por ele, para uma taurina como eu, isso foi bem importante. No caso de Carolina e Isabel, por exemplo, ele me preparou para a grande possibilidade de fazer uma cesárea, principalmente, quando vimos que Bebel estava numa posição transversa, o que foi positivo para que eu elaborasse a ideia de que acima de tudo o mais importante era que minhas meninas viessem bem, ainda que tivesse continuado na "fézinha" de que rolasse o parto natural. Na maternidade, por conta do rompimento da bolsa da Lina estavam preparando a cirurgia por conta do que havia relatado (sabia tudo e estava tranquila, graças ao meu médico), mas ainda bem, Lina quis sair rapidinho e tive que avisar aos presentes: "Está saindo" e logo depois anunciei: "eu vou fazer força!", e assim Linoca Tibiriroca chegou ao mundo. Sem anestesia e com muita, muita emoção. Quando meu médico chegou viu que Bebel tinha encaixado e também estava pronta para completar a maratona que vinha treinando há tempos, como diz André Trindade sobre as preparações que os bebês fazem dentro da barriga e por isso mesmo precisa ser respeitada por nós, sempre que possível. Todas nós vitoriosas! Agora e sempre na torcida para que toda a mulher tenha a chance de um acompanhamento de qualidade para sua gestação.
PARA PENSAR...
Muito se tem dito sobre os partos humanizados. Na verdade, o termo é uma contradição, já que todo parto envolve humanos. No entanto, tendo em vista o número excessivo de cesáreas desnecessárias sendo feitas no Brasil por conta de benefícios apenas aos médicos o uso do termo evoca a necessidade de repensarmos nossas escolhas, principalmente em relação àquelas que nos afastam de nossa humanidade. Parir, com a mãe e o bebê fazendo força de maneira independente e em plena sintonia, receber com afeto e cuidado nosso bebê, emocionar-se pegando-o logo no colo, inclusive, já dando de mamar em seguida são apenas alguns dos pequenos milagres que um parto normal potencializa. Isso sem mencionar algumas salas de partos nas maternidades preparadas para receber os bebês nas banheiras, por exemplo, com música e luz baixa. Um luxo, é verdade, mas novamente friso a necessidade de melhorarmos a saúde pública para todos. Agora, exatamente porque sou a favor de nossa humanidade, sei que um de nossos méritos é o de criar, inventar, melhorar nossas condições de sobrevivência. Sendo assim, nos casos em que o parto normal não podem ser feitos, sou super a favor da cesárea. Como disse, durante a gravidez das meninas meu médico me preparou para a grande possibilidade de fazer a cirurgia, o que foi importante para que lidasse com esse dado de realidade. Já vi muitas mulheres sofrerem por não conseguirem ter um parto normal, sentindo-se menos mães por isso, pois ora veja, outra contradição!
Ser mãe é um ato de amor. Tantas mulheres são mães, não porque pariram suas crias, mas porque fizeram essa escolha em seus corações e com afeto e responsabilidade assumem integralmente seus pequenos enquanto outras não se comportam como tal ainda que tenham parido. Parir é apenas uma das muitas maravilhas de ser mãe, tratemos de aproveitar!!! Assim o que desejo realmente é que sejamos cada vez mais livres para aproveitarmos essas belezuras que colocamos no mundo, pequenos seres humanos que pela simples existência já são provas de que dar à luz é um grande milagre!
domingo, 19 de janeiro de 2014
Luiz Felipe Fernandes: seja bem vindo!!!
Nasceu mais um bebê querido, o Luiz Felipe, novo membro de nossa família, quanta felicidade!!! Luiz Felipe é filho do Rodrigo, primo do meu Luiz Felipe (esse nome é mesmo de gente querida!) e da Luciana, irmão da do Rafael e da Letícia, um menino desde já muito amado e sortudo por nascer nessa família amorosa e cuidadosa que gostamos muito.
Fomos visita-lo, ele é mesmo um fofo que já deixou meus filhotes encantados, querendo tocá-lo o tempo todo sob o olhar vigilante dos protetores irmãos mais velhos: "não pode puxar o cabelo" dizia Rafa à Isabel (aviso importante mesmo! rs), imagina daqui um tempo o que essa nova geração de primos vai aprontar... nossos encontros já têm sido especiais e divertidos imagine agora com mais esse pequeno na turma e logo, logo a Nina também. Maior bagunça gostosa!
Desejamos toda a felicidade do mundo a cada um dessa família que Luiz Felipe traga ainda mais luz aos apaixonados e aos seus filhotes. Lu, parabéns guerreira, mais um parto normal e fica agora a dúvida: será o último filhote do casal ou não? Façam suas apostas... particularmente acho que Rodrigo vai querer passar na nossa frente... rs. Brincadeirinhas à parte, a verdade é que nessa história todos nós já somos grandes vencedores!
Fomos visita-lo, ele é mesmo um fofo que já deixou meus filhotes encantados, querendo tocá-lo o tempo todo sob o olhar vigilante dos protetores irmãos mais velhos: "não pode puxar o cabelo" dizia Rafa à Isabel (aviso importante mesmo! rs), imagina daqui um tempo o que essa nova geração de primos vai aprontar... nossos encontros já têm sido especiais e divertidos imagine agora com mais esse pequeno na turma e logo, logo a Nina também. Maior bagunça gostosa!
Desejamos toda a felicidade do mundo a cada um dessa família que Luiz Felipe traga ainda mais luz aos apaixonados e aos seus filhotes. Lu, parabéns guerreira, mais um parto normal e fica agora a dúvida: será o último filhote do casal ou não? Façam suas apostas... particularmente acho que Rodrigo vai querer passar na nossa frente... rs. Brincadeirinhas à parte, a verdade é que nessa história todos nós já somos grandes vencedores!
Outros relatos: Cristiano Kozan
Como disse nas postagens anteriores, segue relato para se emocionar e refletir do pai (eba, um homem falando sobre sua experiência paterna!!!!) da Bia e da Helena Ferreira publicado no blog: http://carademae.com.br
Relato de Parto da Beatriz (Pai)

O Nosso Parto
Desde que fiquei sabendo que seria pai, passei a imaginar o momento do nascimento de nossa filha e como seria minha reação ao recebê-la fora da barriga de minha esposa, Juliana.
E pelos relatos que me foram contados ao longo da vida sobre a emoção indescritível de vivenciar o momento do parto, nunca tive dúvida de que estaria presente no nascimento de nossa amada Beatriz.
Entretanto, seja pelas experiências das pessoas que fazem parte da minha família e círculo de amigos, ou mesmo pela cultura da cesárea quase que imposta às mães no Brasil, até ser apresentado à realidade consciente, segura e responsável do parto natural, nunca havia imaginado que eu, simples pai, poderia exercer outro papel além de mero expectador no parto de nossa filha.
Não estou defendendo os benefícios do parto natural. É que, ao decidir por esta modalidade de parto, enfrentamos um sem número de caras feias e narizes torcidos de supostos experts da medicina obstétrica, que praticamente blasfemavam contra tudo aquilo que fugisse do roteiro da cesárea, de preferência agendada.
Não culpo nenhum desses críticos, mesmo porque muitos deles são entes queridos que certamente só queriam e querem o nosso bem. Aliás, eu mesmo era um defensor fervoroso da cesárea (apesar de sem qualquer conhecimento).
As repreensões que recebemos ao contar que pretendíamos ter um parto natural fizeram com que buscássemos o maior número de informações possíveis não só sobre o momento e forma do nascimento de nosso bebê, como também sobre como nos preparar para o parto.
Foi então que aprendi que eu já era pai, mesmo muito antes do nascimento de nossa filha. E que além de amá-la muito, eu já podia (e devia) ajudá-la a se desenvolver e a se preparar para sair do forninho, apoiando incondicionalmente e dando segurança à sua mãe.
Apesar de toda nossa preparação para o parto e por mais que tentássemos nos informar sobre a dinâmica do parto natural, tive que me conformar que cada parto é um parto, sem roteiro ou regras estanques. Simples assim, como quer a mãe Natureza.
Por isso, entendi que a melhor forma de eu ajudar no momento do nascimento de nossa filha era, além de tomar as providências práticas que estavam ao nosso alcance (escolha da equipe e hospital para o parto, etc.), fazer com que minha esposa tivesse certeza de que eu daria todo o apoio que ela precisasse antes, durante e depois do trabalho de parto, quaisquer que fossem as necessidades.
Outra providência prática que tomei foi não viajar mais a trabalho nas semanas que antecederam a data provável do parto, pois nossa filha não podia correr o risco de querer nascer e seu pai estar do outro lado do país. Adotadas essas cautelas, estávamos prontos, aguardando para, de um dia para o outro, segurar nossa pequenina nos braços.
Na quadragésima semana e primeiro dia (só quem engravidou tem essa tecnologia de contagem do período gestacional), Juliana suspeitou que tivesse chegado a hora, a boa hora. De fato, tinha início o nosso trabalho de parto.
Daí em diante começou, para mim, um processo mágico no final do qual teríamos nos braços nossa obra prima: a pequena Beatriz. Mas como cada parto é único, sem roteiro, não sabia o que viria pela frente.
Meia-noite: “Isto aqui é xixi ou um pouco de líquido amniótico”? Não soubemos ao certo, mas como estava clarinho, decidimos tentar dormir. Mas como dormir se nossa menininha, depois de 40 semanas e 1 dia, podia estar dando os primeiros sinais de que já estava pronta para sair do forninho?
Não, não. Definitivamente, não conseguimos dormir mais. Mesmo porque, minutos depois, Juliana começou a sentir as tão famosas contrações. Contrações levinhas, levinhas, daquelas que o papai nem consegue sentir com ouvidos, rosto ou mãos.
Mas logo essas leves contrações ganharam força e, para nossa surpresa, intensidade e alguma regularidade. Mas a dilatação de 0 a 10 dedos não levaria, em tese, 10 horas (1 dedo/hora)? Em tese, papai, em tese. Esqueceu-se que cada parto é único?
Como as contrações, à 1h e 30min da madrugada, já estavam durando de 40 a 70 segundos, com intervalos de 2 a 5 minutos, decidimos ligar e acordar nossa doula (espécie de mulher anjo que, além de tornar mais suportáveis as dores do parto, transmite calma e segurança ao casal).
Nossa doula pediu que contássemos as contrações por mais uma hora e, como as contrações passaram a vir ainda mais regulares neste período, nossa mulher anjo voou para nossa casa às 2hs e 30min da madrugada.
Quando ela chegou em casa continuamos conversando descontraidamente. Também ajudamos a mamãe (em pé, sentada e na bola de ioga) durante as contrações segurando-a, massageando-a e não a deixando esquecer-se das respirações ensinadas nas aulas de ioga.
Na medida em que as contrações estavam cada vez mais ritmadas (agora já contadas no máster bláster programa de celular de nossa doula), perguntei, por volta das 3hs e 30min da madrugada, se já não estava na hora de irmos para o hospital. Nossa doula, com a tranquilidade que lhe é característica, disse que Juliana ainda estava muito descontraída, e que só quando ela parasse de rir de minhas piadas entre as contrações é que estaria na hora de sairmos para o hospital.
Não demorou muito e realmente Juliana começou a se incomodar mais com as dores durante as contrações e a não querer mais papo entre elas.
Por volta das 4hs e 30min da madrugada, quando Juliana já estava quase incomunicável (ou se comunicando por grunhidos, olhares e fortes suspiros – o nome técnico científico desse estágio é “partolândia”), nossa doula me perguntou se já estava tudo arrumado (malas no carro) para rumarmos ao hospital.
Senti um misto de alívio e ansiedade, pois ao mesmo tempo em que podíamos estar perto do final do trabalho de parto, ainda não sabíamos com quantos dedos de dilatação Juliana estava e, assim, o quão mais o trabalho de parto poderia durar.
Ao sair de casa nossa doula entrou em contato com todo o resto de nossa equipe (médica obstétrica, enfermeira e pediatra) e eu fui com Juliana no nosso carro com ela no banco de trás esmagando a bola de ioga durante as contrações.
Percebi que no caminho até a maternidade, que às 5hs da manhã durou apenas incomuns 10 minutos, Juliana sentiu as contrações mais intensas (e dolorosas). Ao chegar no hospital, nossa enfermeira obstétrica já estava nos esperando e, finalmente, teríamos a exata ideia do estágio do trabalho de parto.
Após o cardiotoco (mamãe e bebê ok) nossa enfermeira nos olhou com um sorriso meio maroto e disse: 8 para 9 dedos. Caramba, mas não é com 10 que os bebês nascem? Isso mesmo, para nossa grata surpresa, Bia já estava em vias de deixar o forninho.
Percorremos intermináveis 30 metros entre a sala de admissão e a sala de parto, entre passos contidos, abraços apertados e gemidos em 3 ou 4 contrações muito intensas. Não pude entrar direto na sala de parto, pois a enfermeira do hospital disse que eu teria que “me paramentar”. Deixei Juliana com as enfermeiras (a nossa e a do hospital) e fui correndo “me paramentar”.
Quando voltei para a sala de parto, Juliana estava prestes a entrar na banheira, com contrações muito intensas e já no último estágio da “partolândia”. Foi só o tempo de terminar de encher a banheira para colocarmos Juliana dentro da água morna (para amenizar a dor).
A ideia inicial era que eu também entrasse na banheira e servisse de apoio para as costas de Juliana, mas as contrações vieram tão rapidamente que a fiquei segurando do lado de fora da banheira.
Duas ou três contrações depois ouço: “cabeça”. Como eu estava atrás de Juliana, nossa médica disse para eu colocar a mão na água e sentir o cabelinho. Só que eu estava tão preocupado em acalmar e dar suporte à Juliana, que nem mesmo consegui deixar de segurá-la. Mais uma contração e ouço: “agora está quase no fim, só falta passar o ombrinho”.
Olho, vejo nossa bebezinha debaixo d’água e fico imensamente feliz por Juliana ter conseguido manter a calma e ter tido, até ali, um trabalho de parto maravilhoso.
Segundos depois, após a última contração expulsiva, a médica pega nossa bebezinha e imediatamente a coloca, roxinha, no colo de Juliana, só com a cabecinha fora d’água.
Tudo o que eu dissesse aqui não seria capaz de revelar a emoção e a magia daquele momento, no qual tive a certeza de que nasci com um propósito nesta vida: ser pai daquela princesinha.
Ela já nasceu linda, ficando rosinha a cada copinho de água morna da banheira que despejávamos carinhosamente em seu corpinho. Cortei o cordão umbilical e, em seguida, já fora da banheira, nosso pequeno milagre já estava dando a sua primeira mamada.
Nosso parto foi lindo e me fez sentir emoções até então desconhecidas e indescritíveis. Nossa bebezinha, recebida de forma tão espontânea, fez com que eu percebesse de forma presente e ativa o milagre de seu nascimento.
Agradeço imensamente à Casa Moara, por ter nos esclarecido de forma consciente e segura as possíveis formas de se trazer um bebê ao mundo, à nossa equipe de parto (Andréia, Douglas, Kátia e Márcia) e principalmente à Juliana por ser minha esposa e mãe de nossa filha e à Bia, que me escolheu para ser seu pai.
Espero, de coração, que os futuros papais e mamães possam vivenciar experiência semelhante.
Boa hora.
Outros relatos II: Juliana Ferreira
Como escrevi na postagem anterior, de Boas vindas à Helena Ferreira, filha da Juliana e do Cristiano, segue o relato do Ju publicado no blog: http://carademae.com.br/relato-de-parto-da-beatriz-mae . Para se emocionar e refletir!
Relato de parto da Beatriz (Mãe)
Quando a pequena completou um ano, nasceu o relato de parto da mamãe Juliana, comemorando a incrível jornada da maternidade. Veja aqui como foi a linda chegada da Beatriz, aos olhos e pelo coração da mãe.
Por Juliana Ferreria Kozan (mãe)
Um pouco antes do parto…

Decidi começar o meu relato um pouco antes do parto em si, para descrever como me preparei para ele e as providências que tomei. Começarei por quando eu e meu marido decidimos que era o momento de aumentar a família. Era nosso aniversário de 1 ano de casamento, 08/08/2010, e fomos fazer um passeio de balão em Boituva para comemorar. Saímos para jantar na noite anterior ao passeio, conversamos e decidimos que estávamos “preparados” para ter nosso primeiro filho.
Aí surgiu minha primeira dúvida, continuo com meu plano de saúde ou contrato outro? Por conta do meu trabalho como advogada sabia bem os problemas que podemos enfrentar quando precisamos utilizar os serviços de saúde contratados através de um plano de saúde, além de saber da existência de carência de 300 dias para a cobertura do parto.
Marquei uma consulta com a ginecologista, da rede credenciada do meu então plano de saúde, que para aquelas consultas de rotina me atendia até que muito bem. Disse a ela que ia começar a tentar engravidar e ela me pediu alguns exames (ultrassom e hemograma). Antes mesmo de engravidar ou de começar a conversar com ela sobre questões relacionadas ao parto, ao tentar marcar uma consulta de retorno, descobri pela secretária que esta médica não atendia no consultório às terças-feiras pois “era dia de parto”. Heim?! Com essa informação parei e pensei: ou todas as pacientes dela têm uma ligação cósmica e entram em trabalho de parto juntas às terças-feiras, ou ela marca todas as cesárias neste dia da semana. Como achei que a segunda hipótese era mais plausível, resolvi mudar de médica, pois já sabia que pretendia ter um parto normal.
Antes mesmo de engravidar eu já tinha plena consciência de que o ideal é que o parto seja normal e que a cesária, como intervenção cirúrgica, só deve ocorrer quando for realmente necessária. Mas eu também já sabia que o nosso país, infelizmente tem uma das maiores taxas de cesárias do mundo e que não é fácil encontrar um médico que realmente esteja disposto a fazer um parto normal na rede privada.
Uma amiga muito querida já tinha uma filhinha e tinha tido um parto natural, humanizado, na água, lindo!!! Conversávamos bastante sobre o assunto e, graças a ela, eu já tinha bastante informação antes mesmo de engravidar. E foi ela quem me indicou uma médica incrível, que fez seu parto.
Marquei uma consulta com esta médica e me encantei com ela. Conversamos bastante, disse que gostaria de ter um parto natural se possível, mas que não era contra anestesia nem cesárea, desde que fossem intervenções necessárias, e ela me explicou que esta era exatamente sua forma de trabalho. Ela falou sobre o atendimento humanizado, sobre seu percentual de partos normais e de cesárias, sobre as recomendações da Organização Mundial da Saúde.
Pronto, eu já tinha escolhido a médica que ia me acompanhar na minha futura gestação e no meu parto, uma profissional em quem eu podia confiar, que não ia me enganar e me levar para uma cesárea desnecessária. Encantei-me também com o lugar onde esta médica atendia: a Casa Moara. Um lugar acolhedor, que congrega vários profissionais, todos visando o mesmo objetivo.
Passei a avaliar as maternidades que eram credenciadas do meu plano de saúde e constatei que várias haviam sido descredenciadas, dentre elas aquela em que eu gostaria que acontecesse o meu parto, a Maternidade São Luiz.
Decidi então mudar de plano de saúde e entrar como beneficiária do plano de saúde empresarial do escritório onde meu marido trabalha, que tinha uma ótima rede credenciada de maternidades e tinha a opção de ser atendida por profissionais de saúde de fora da rede credenciada e obter reembolso dos valores das consultas.
Parei de tomar anticoncepcional em setembro de 2010. Ao contrário de muitos casais que conhecemos, eu e meu marido não fizemos nenhuma “força-tarefa” para engravidar, apenas seguimos com nossa vida normalmente. E em abril de 2011 nós engravidamos!
Resolvi então conversar com meu marido sobre o tipo de parto e de atendimento que eu gostaria. Ao falar do parto natural, vi uma expressão um pouco surpresa/assustada em seu rosto. Meu marido estava acostumado a ver e acompanhar mulheres que marcam cesárias para ter seus filhos, muito diferente do que eu propunha. Sugeri que ele pensasse sobre o assunto e levasse suas dúvidas para serem tiradas com a médica que havia escolhido para nos acompanhar nessa jornada.
Na primeira consulta pré-natal, eu tinha poucas dúvidas, mas meu marido começou a bombardear a médica de perguntas, confesso que fiquei um pouco sem graça. Mas ele tinha todo o direito de perguntar o que quisesse e precisasse para se sentir seguro quanto ao acompanhamento do crescimento e do nascimento da sua filha. Até sobre episiotomia ele perguntou! E a médica respondeu a todas os seus questionamentos de forma tranquila e fundamentada. Saímos da consulta, perguntei se ele tinha gostado e ele me disse que sim e ressaltou: “não dá pra não concordar com ela”.
E, seguindo aquela máxima de que em time que está ganhando não se mexe, eu e meu marido escolhemos exatamente a mesma equipe que acompanhou o parto daquela minha grande amiga, a mesma enfermeira obstétrica, a mesma doula e o mesmo pediatra, além de claro a mesma médica. Mas não foi só por isso, conhecemos antes todos eles, que também nos encantaram com seu profissionalismo, sua ética e sua tranquilidade.
Eu e meu marido estávamos certos e confiantes de que havíamos escolhido a melhor equipe possível para nos acompanhar na gravidez e no parto. E o parto natural nunca foi nosso objetivo. Nosso objetivo sempre foi o melhor nascimento para a nossa filha e, por isso, estávamos tranquilos se fosse necessário o uso de alguma intervenção, até mesmo uma cesárea.
Durante a gravidez, quando falávamos sobre parto humanizado e que buscávamos, se possível, ter um parto natural, vimos algumas pessoas com aquela cara de “vocês são loucos?” e “para quê isso?”, mas também nos deparamos com diversas pessoas que nos apoiaram ou se interessaram em saber mais sobre o que seria o atendimento humanizado que buscávamos, o que muito me alegrou.
Busquei me preparar, mental e fisicamente, o melhor possível para ter uma gravidez saudável. E a Casa Moara foi o local mais visitado durante a minha gravidez. Comecei a frequentar os encontros de gestantes com 9 semanas de gestação, que foram ótimos para trocar experiências e obter informações sobre a gestação, o parto e o pós parto. Lá também fiz yoga para gestantes, onde conheci minha querida professora com quem me identifiquei de cara e já decidi que ela seria nossa doula. Fiz ainda acompanhamento com a nutricionista e, mais para o final da gestação, com a fisioterapeuta para fortalecimento do períneo. A única atividade que fiz fora de lá foi a hidroginástica.
No meu primeiro Dia das Mães, com minha filha ainda na barriga, aquela minha querida amiga me presenteou com um livro delicioso: “Parto com amor”. E ainda me emprestou outros livros, que devorei durante a gestação: “Quando o corpo consente”, “Parto ativo”, “A bíblia da gravidez”. E um livro bem divertido, que recomendo para descontrair: “Onde vende o manual”.
Eu e meu marido fizemos também nosso plano de parto, para organizar nossas ideias e definir nossas preferências em relação ao nascimento da nossa filha. Colocamos no papel o que pretendíamos para o trabalho de parto, para o parto, para o pós parto, para os cuidados com nossa bebê e caso fosse necessária a cesárea.
Durante a gravidez, tive dois pequenos sustos. O primeiro foi descobrir que estava com diabetes gestacional, o que me deixou muito triste. Mas nossa médica me tranquilizou e bastou uma dieta, auxiliada pela nutricionista, mais restritiva de açúcar e carboidrato para que tudo corresse bem e eu conseguisse manter minha glicemia controladíssima.
Outro susto foi no finalzinho da gestação, que minha pressão subiu um pouquinho e tive um pouco de perda de proteína na urina, que seria um indicativo de pré-eclâmpsia. Nossa médica me tranquilizou novamente, mas pediu que medíssemos a pressão todos os dias e avisássemos se alguma estivesse alta. Compramos um medidor de pressão e passei a medi-la 3 vezes ao dia, e minha pressão voltou a normalizar sem maiores problemas.
O trabalho de parto!
No dia da minha DPP, 13/12/2011, uma 3ª feira, acordei mais tarde, descansei um pouco, almocei, fui para a aula de yoga, voltei para casa e fiz mais alguns exercícios de cócoras que a professora tinha me passado. À tarde fui caminhar com a minha amiga (aquela anja que me apresentou à minha médica) pelo bairro. Cheguei em casa e tomei um delicioso e relaxante banho de banheira. Meu marido chegou, nós jantamos, conversamos e fomos dormir lá pelas 22h. Eu dormi logo que deitamos e meu marido sorrateiramente trocou a televisão de canal e ficou assistindo a um dos filmes violentos que ele adora e que estavam proibidos durante a minha gestação.
Às 23:30h, acordei com uma sensação estranha… Percebi que tinha molhado um pouco a cama. Avisei meu marido e ficamos na dúvida: será que rompeu a bolsa ou fiz xixi na cama sem perceber? Levantei e saiu mais um pouco de líquido, mas como foi pouco ainda fiquei na dúvida. Tomei um banho, troquei de roupa e, como o líquido estava transparente, decidimos voltar a dormir.
Mas é claro que não conseguimos dormir, pois logo em seguida comecei a sentir as primeiras contrações, bem leves, e até às 00:30h foram umas cinco. À1h ligamos para a nossa doula, que pediu para contarmos as contrações, os intervalos e duração por aproximadamente 1 hora e ligar para ela novamente para relatar como foi.
Continuamos monitorando, e da 1h às 2h, tive 14 contrações, a primeira com duração de 46 segundos e a última com duração de 70 segundos. Ligamos para a nossa doula às 2:20h e relatamos como andava o trabalho de parto. Ela achou melhor vir pra nossa casa para acompanhar o TP mais de perto.
Por volta das 3h ela chegou. O porteiro do nosso condomínio não queria deixá-la entrar nem interfonar em casa por conta do horário e ainda disse a ela: “isso é hora de visitar os outros?” (doula tem que passar por cada uma…). Felizmente ela usou seu poder de argumentação, ele interfonou em casa e meu marido pediu “peloamordedeus” pra ela entrar.
A partir da sua chegada, as contrações passaram a ser monitoradas pelo “master-blaster”, como diria meu marido, programa do celular da nossa doula (beeem mais fácil do que ficar anotando manualmente as contrações).
Durante meu TP, fiquei a maior parte do tempo sentada na bola, controlando a respiração como eu havia aprendido nas aulas de yoga e a nossa doula massageava minha lombar durante as contrações com suas mãos mágicas. Não sentia dores na barriga, mas sim na lombar. Também fui ao banheiro diversas vezes e meu intestino ficou mais que vazio, a natureza é sábia…
A dor foi aumentando progressivamente. Mas até às 3:30h eu ainda ria das piadas contadas pelo meu marido e conversava normalmente nos intervalos das contrações. Lembro perfeitamente de nós três conversando no quarto, com a porta da varanda aberta. Mas a partir deste momento, as dores começaram a se intensificar, e meu bom humor foi diminuindo na mesma medida. Nesse momento lembrei de uma dedicatória que uma das minhas colegas de yoga escreveu no meu cartão de despedida da barriga, que dizia pra eu me lembrar, quando as dores fossem ficando piores, que era um sinal que minha filha estava chegando. Mentalizei isso até o final do meu TP.
Por volta das 4h, as contrações estavam bem doloridas e cada vez mais próximas, e nossa doula achou melhor já nos prepararmos e rumarmos para a maternidade, e já avisou toda a equipe que estávamos a caminho.
Nossa doula foi em seu carro. Meu marido foi dirigindo nosso carro, comigo no banco de trás, agachada e abraçada na bola. E essa foi a pior parte do meu TP, pois as dores estavam bem fortes, eu estava sem a santa massagem da doula na minha lombar, e as ruas esburacadas de São Paulo não ajudaram em nada. Foram os 10 minutos mais longos da minha vida.
Quando chegamos na maternidade, às 5:15h, nossa enfermeira obstétrica já estava nos aguardando na entrada, sua tranquilidade aliada à da nossa doula foram essenciais naquele momento.
A admissão até que foi rápida, eu já havia deixado todas as informações necessárias anotadas numa folha de papel junto com os meus documentos, para o meu marido não se atrapalhar.
Nesse momento tive uma contração bem dolorida, que até escureceu minha vista. Lembro de olhar para nossa doula e falar que a dor tinha sido bem forte, e mais uma vez ela me tranquilizou.
Fomos para a sala ao lado da admissão para fazer o cardiotoco e o tão temido exame de toque, que me disseram que doía bastante. O cardiotoco mostrou que nossa bebê estava bem, mas eu não tinha dúvidas disso. A Beatriz mexeu bastante durante a gravidez inteira, inclusive durante os intervalos das contrações, o que me deixava tranquila.
O exame de toque foi feito pela nossa enfermeira obstétrica, que foi tão delicada que eu juro não ter sentido dor nenhuma. Após o toque, ela nos olhou com um sorrisinho no rosto e contou que a minha dilatação já estava de 8 para 9, mas que a bebê ainda estava alta. Senti um alívio enorme, pois uma das coisas que mais temia era chegar à maternidade e ter que voltar pra casa, e também porque, apesar de a dor estar forte, eu sabia que estava chegando ao final.
Fomos para a delivery. Nossa enfermeira obstétrica foi na frente para encher a banheira. Eu não quis ir de cadeira de roda, preferi ir andando. Fomos caminhando até o elevador eu, meu marido, nossa doula e a enfermeira da maternidade. Ao chegar em frente ao centro obstétrico, a enfermeira não deixou nossa doula ir comigo para a delivery porque ela e meu marido tinham que se paramentar para entrar (mais um dos protocolos discutíveis das maternidades…). Então eles foram se paramentar e eu fui com a enfermeira da maternidade para delivery, caminhando e fincando minhas unhas nela a cada contração (acho que ela se arrependeu um pouco de me acompanhar…).
Cheguei na delivery e fui direto pra banheira. Mas, como ela não estava cheia ainda, sentei um pouco no vaso para aguardar e logo comecei a sentir a tal “vontade de fazer força”. Vontade nada, meu corpo começou a fazer força sozinho! E eu, que já estava na partolândia essa hora, me lembro de ter um momento de lucidez e pensar: “espero que essa banheira encha logo, minha filha não vai nascer no vaso!”.
Meu marido e a doula chegaram. A banheira encheu e eu entrei rapidamente nela. Nossa médica também chegou em seguida. E veio mais vontade de fazer força. Agora eu não sentia mais aquela dor forte na lombar, era uma sensação diferente, parece que eu sentia minha filha descendo… Meu marido ia entrar na banheira comigo, mas acabou não dando tempo… Ele estava atrás de mim, segurando meus braços e nós ouvimos alguém falando: “cabeça”. Não consegui colocar a mão para senti-la, não conseguia largar meu marido.
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Lembro também de sentir meu períneo ardendo bastante, o tal círculo de fogo. Logo em seguida a cabecinha da Beatriz saiu. Mais uma força e saiu o resto do seu corpinho. Ela “deu uma braçadas”, saiu da água e foi trazida para o meu peito, linda, roxinha, tranquila, com as unhas da mão compridas! Às 6:02h nasceu nossa princesinha Beatriz!
O pediatra que escolhemos para acompanhar o parto chegou logo que a Beatriz nasceu, foi tudo tão rápido que quase ele não chega a tempo!
Ficamos lá, muito emocionados, nos namorando, eu, meu marido e nossa pequena, que logo foi ficando rosinha com a água morna sendo jogada no seu corpinho… Foi o momento mais mágico e incrível de toda a minha vida…
Logo que o cordão umbilical parou de pulsar, meu marido o cortou. Pegaram a Beatriz para que eu pudesse sair da banheira. Eu estava tão emocionada e cansada que minhas pernas tremiam e precisei de ajuda para sair da banheira e ir para a cama.
Em seguida o pediatra trouxe a Beatriz e a colocou para mamar, onde ela ficou por quase uma hora. A minha pequena assim me ajudou a expelir a placenta, por volta de 30 minutos após o parto.
A nossa médica veio então avaliar meu períneo. Eu confesso que ardeu tanto quando a cabecinha da Beatriz passou que achei que tivesse tido alguma laceração. Mas fiquei muito feliz ao saber que meu períneo estava íntegro, sem nenhuma laceração! Bendita fisioterapia perineal, bendito Epi-no!
A tranquilidade de todos da equipe que nos acompanhou no nosso parto foi essencial para que mantivéssemos nossa calma e nossa serenidade e tivéssemos a certeza de que tudo estava e terminaria bem. E isso é impagável! Ou melhor, pagável e vale cada centavo!!!
Agradeço à minha amiga Daniele Moraes, que esteve ao meu lado antes, durante e depois da gravidez e me apresentou à equipe que acompanhou nosso parto. E, coisas da vida, assim como eu estive com ela no dia do seu TP, ela também estava comigo no dia do meu!
Agradeço a toda equipe maravilhosa que nos acompanhou na gravidez e no parto da nossa filha: à nossa médica Dra. Andrea Campos, à nossa enfermeira obstétrica Marcia Koiffman, à nossa doula Katia Barga, ao nosso pediatra Dr. Douglas Gomes, à fisioterapeuta Miriam Zaneti, à nutricionista Amanda Buonavoglia.
Agradeço aos meus pais e minha irmã, pelo apoio, respeito e compreensão que me deram durante toda a gestação.
Agradeço ao meu marido Cristiano, que topou encarar esta aventura junto comigo, me apoiou e participou ativamente da gestação e do parto da nossa filha querida.
E agradeço à Beatriz, que me escolheu para ser sua mãe e me enche de alegria toda vez que me olha com seus lindos olhos azuis.
Por Juliana Ferreria Kozan (mãe)
Um pouco antes do parto…

Decidi começar o meu relato um pouco antes do parto em si, para descrever como me preparei para ele e as providências que tomei. Começarei por quando eu e meu marido decidimos que era o momento de aumentar a família. Era nosso aniversário de 1 ano de casamento, 08/08/2010, e fomos fazer um passeio de balão em Boituva para comemorar. Saímos para jantar na noite anterior ao passeio, conversamos e decidimos que estávamos “preparados” para ter nosso primeiro filho.
Aí surgiu minha primeira dúvida, continuo com meu plano de saúde ou contrato outro? Por conta do meu trabalho como advogada sabia bem os problemas que podemos enfrentar quando precisamos utilizar os serviços de saúde contratados através de um plano de saúde, além de saber da existência de carência de 300 dias para a cobertura do parto.
Marquei uma consulta com a ginecologista, da rede credenciada do meu então plano de saúde, que para aquelas consultas de rotina me atendia até que muito bem. Disse a ela que ia começar a tentar engravidar e ela me pediu alguns exames (ultrassom e hemograma). Antes mesmo de engravidar ou de começar a conversar com ela sobre questões relacionadas ao parto, ao tentar marcar uma consulta de retorno, descobri pela secretária que esta médica não atendia no consultório às terças-feiras pois “era dia de parto”. Heim?! Com essa informação parei e pensei: ou todas as pacientes dela têm uma ligação cósmica e entram em trabalho de parto juntas às terças-feiras, ou ela marca todas as cesárias neste dia da semana. Como achei que a segunda hipótese era mais plausível, resolvi mudar de médica, pois já sabia que pretendia ter um parto normal.
Antes mesmo de engravidar eu já tinha plena consciência de que o ideal é que o parto seja normal e que a cesária, como intervenção cirúrgica, só deve ocorrer quando for realmente necessária. Mas eu também já sabia que o nosso país, infelizmente tem uma das maiores taxas de cesárias do mundo e que não é fácil encontrar um médico que realmente esteja disposto a fazer um parto normal na rede privada.
Uma amiga muito querida já tinha uma filhinha e tinha tido um parto natural, humanizado, na água, lindo!!! Conversávamos bastante sobre o assunto e, graças a ela, eu já tinha bastante informação antes mesmo de engravidar. E foi ela quem me indicou uma médica incrível, que fez seu parto.
Marquei uma consulta com esta médica e me encantei com ela. Conversamos bastante, disse que gostaria de ter um parto natural se possível, mas que não era contra anestesia nem cesárea, desde que fossem intervenções necessárias, e ela me explicou que esta era exatamente sua forma de trabalho. Ela falou sobre o atendimento humanizado, sobre seu percentual de partos normais e de cesárias, sobre as recomendações da Organização Mundial da Saúde.
Pronto, eu já tinha escolhido a médica que ia me acompanhar na minha futura gestação e no meu parto, uma profissional em quem eu podia confiar, que não ia me enganar e me levar para uma cesárea desnecessária. Encantei-me também com o lugar onde esta médica atendia: a Casa Moara. Um lugar acolhedor, que congrega vários profissionais, todos visando o mesmo objetivo.
Passei a avaliar as maternidades que eram credenciadas do meu plano de saúde e constatei que várias haviam sido descredenciadas, dentre elas aquela em que eu gostaria que acontecesse o meu parto, a Maternidade São Luiz.
Decidi então mudar de plano de saúde e entrar como beneficiária do plano de saúde empresarial do escritório onde meu marido trabalha, que tinha uma ótima rede credenciada de maternidades e tinha a opção de ser atendida por profissionais de saúde de fora da rede credenciada e obter reembolso dos valores das consultas.
Parei de tomar anticoncepcional em setembro de 2010. Ao contrário de muitos casais que conhecemos, eu e meu marido não fizemos nenhuma “força-tarefa” para engravidar, apenas seguimos com nossa vida normalmente. E em abril de 2011 nós engravidamos!
Resolvi então conversar com meu marido sobre o tipo de parto e de atendimento que eu gostaria. Ao falar do parto natural, vi uma expressão um pouco surpresa/assustada em seu rosto. Meu marido estava acostumado a ver e acompanhar mulheres que marcam cesárias para ter seus filhos, muito diferente do que eu propunha. Sugeri que ele pensasse sobre o assunto e levasse suas dúvidas para serem tiradas com a médica que havia escolhido para nos acompanhar nessa jornada.
Na primeira consulta pré-natal, eu tinha poucas dúvidas, mas meu marido começou a bombardear a médica de perguntas, confesso que fiquei um pouco sem graça. Mas ele tinha todo o direito de perguntar o que quisesse e precisasse para se sentir seguro quanto ao acompanhamento do crescimento e do nascimento da sua filha. Até sobre episiotomia ele perguntou! E a médica respondeu a todas os seus questionamentos de forma tranquila e fundamentada. Saímos da consulta, perguntei se ele tinha gostado e ele me disse que sim e ressaltou: “não dá pra não concordar com ela”.
E, seguindo aquela máxima de que em time que está ganhando não se mexe, eu e meu marido escolhemos exatamente a mesma equipe que acompanhou o parto daquela minha grande amiga, a mesma enfermeira obstétrica, a mesma doula e o mesmo pediatra, além de claro a mesma médica. Mas não foi só por isso, conhecemos antes todos eles, que também nos encantaram com seu profissionalismo, sua ética e sua tranquilidade.
Eu e meu marido estávamos certos e confiantes de que havíamos escolhido a melhor equipe possível para nos acompanhar na gravidez e no parto. E o parto natural nunca foi nosso objetivo. Nosso objetivo sempre foi o melhor nascimento para a nossa filha e, por isso, estávamos tranquilos se fosse necessário o uso de alguma intervenção, até mesmo uma cesárea.
Durante a gravidez, quando falávamos sobre parto humanizado e que buscávamos, se possível, ter um parto natural, vimos algumas pessoas com aquela cara de “vocês são loucos?” e “para quê isso?”, mas também nos deparamos com diversas pessoas que nos apoiaram ou se interessaram em saber mais sobre o que seria o atendimento humanizado que buscávamos, o que muito me alegrou.
Busquei me preparar, mental e fisicamente, o melhor possível para ter uma gravidez saudável. E a Casa Moara foi o local mais visitado durante a minha gravidez. Comecei a frequentar os encontros de gestantes com 9 semanas de gestação, que foram ótimos para trocar experiências e obter informações sobre a gestação, o parto e o pós parto. Lá também fiz yoga para gestantes, onde conheci minha querida professora com quem me identifiquei de cara e já decidi que ela seria nossa doula. Fiz ainda acompanhamento com a nutricionista e, mais para o final da gestação, com a fisioterapeuta para fortalecimento do períneo. A única atividade que fiz fora de lá foi a hidroginástica.
No meu primeiro Dia das Mães, com minha filha ainda na barriga, aquela minha querida amiga me presenteou com um livro delicioso: “Parto com amor”. E ainda me emprestou outros livros, que devorei durante a gestação: “Quando o corpo consente”, “Parto ativo”, “A bíblia da gravidez”. E um livro bem divertido, que recomendo para descontrair: “Onde vende o manual”.
Eu e meu marido fizemos também nosso plano de parto, para organizar nossas ideias e definir nossas preferências em relação ao nascimento da nossa filha. Colocamos no papel o que pretendíamos para o trabalho de parto, para o parto, para o pós parto, para os cuidados com nossa bebê e caso fosse necessária a cesárea.
Durante a gravidez, tive dois pequenos sustos. O primeiro foi descobrir que estava com diabetes gestacional, o que me deixou muito triste. Mas nossa médica me tranquilizou e bastou uma dieta, auxiliada pela nutricionista, mais restritiva de açúcar e carboidrato para que tudo corresse bem e eu conseguisse manter minha glicemia controladíssima.
Outro susto foi no finalzinho da gestação, que minha pressão subiu um pouquinho e tive um pouco de perda de proteína na urina, que seria um indicativo de pré-eclâmpsia. Nossa médica me tranquilizou novamente, mas pediu que medíssemos a pressão todos os dias e avisássemos se alguma estivesse alta. Compramos um medidor de pressão e passei a medi-la 3 vezes ao dia, e minha pressão voltou a normalizar sem maiores problemas.
O trabalho de parto!
No dia da minha DPP, 13/12/2011, uma 3ª feira, acordei mais tarde, descansei um pouco, almocei, fui para a aula de yoga, voltei para casa e fiz mais alguns exercícios de cócoras que a professora tinha me passado. À tarde fui caminhar com a minha amiga (aquela anja que me apresentou à minha médica) pelo bairro. Cheguei em casa e tomei um delicioso e relaxante banho de banheira. Meu marido chegou, nós jantamos, conversamos e fomos dormir lá pelas 22h. Eu dormi logo que deitamos e meu marido sorrateiramente trocou a televisão de canal e ficou assistindo a um dos filmes violentos que ele adora e que estavam proibidos durante a minha gestação.
Às 23:30h, acordei com uma sensação estranha… Percebi que tinha molhado um pouco a cama. Avisei meu marido e ficamos na dúvida: será que rompeu a bolsa ou fiz xixi na cama sem perceber? Levantei e saiu mais um pouco de líquido, mas como foi pouco ainda fiquei na dúvida. Tomei um banho, troquei de roupa e, como o líquido estava transparente, decidimos voltar a dormir.
Mas é claro que não conseguimos dormir, pois logo em seguida comecei a sentir as primeiras contrações, bem leves, e até às 00:30h foram umas cinco. À1h ligamos para a nossa doula, que pediu para contarmos as contrações, os intervalos e duração por aproximadamente 1 hora e ligar para ela novamente para relatar como foi.
Continuamos monitorando, e da 1h às 2h, tive 14 contrações, a primeira com duração de 46 segundos e a última com duração de 70 segundos. Ligamos para a nossa doula às 2:20h e relatamos como andava o trabalho de parto. Ela achou melhor vir pra nossa casa para acompanhar o TP mais de perto.
Por volta das 3h ela chegou. O porteiro do nosso condomínio não queria deixá-la entrar nem interfonar em casa por conta do horário e ainda disse a ela: “isso é hora de visitar os outros?” (doula tem que passar por cada uma…). Felizmente ela usou seu poder de argumentação, ele interfonou em casa e meu marido pediu “peloamordedeus” pra ela entrar.
A partir da sua chegada, as contrações passaram a ser monitoradas pelo “master-blaster”, como diria meu marido, programa do celular da nossa doula (beeem mais fácil do que ficar anotando manualmente as contrações).
Durante meu TP, fiquei a maior parte do tempo sentada na bola, controlando a respiração como eu havia aprendido nas aulas de yoga e a nossa doula massageava minha lombar durante as contrações com suas mãos mágicas. Não sentia dores na barriga, mas sim na lombar. Também fui ao banheiro diversas vezes e meu intestino ficou mais que vazio, a natureza é sábia…
A dor foi aumentando progressivamente. Mas até às 3:30h eu ainda ria das piadas contadas pelo meu marido e conversava normalmente nos intervalos das contrações. Lembro perfeitamente de nós três conversando no quarto, com a porta da varanda aberta. Mas a partir deste momento, as dores começaram a se intensificar, e meu bom humor foi diminuindo na mesma medida. Nesse momento lembrei de uma dedicatória que uma das minhas colegas de yoga escreveu no meu cartão de despedida da barriga, que dizia pra eu me lembrar, quando as dores fossem ficando piores, que era um sinal que minha filha estava chegando. Mentalizei isso até o final do meu TP.
Por volta das 4h, as contrações estavam bem doloridas e cada vez mais próximas, e nossa doula achou melhor já nos prepararmos e rumarmos para a maternidade, e já avisou toda a equipe que estávamos a caminho.
Nossa doula foi em seu carro. Meu marido foi dirigindo nosso carro, comigo no banco de trás, agachada e abraçada na bola. E essa foi a pior parte do meu TP, pois as dores estavam bem fortes, eu estava sem a santa massagem da doula na minha lombar, e as ruas esburacadas de São Paulo não ajudaram em nada. Foram os 10 minutos mais longos da minha vida.
Quando chegamos na maternidade, às 5:15h, nossa enfermeira obstétrica já estava nos aguardando na entrada, sua tranquilidade aliada à da nossa doula foram essenciais naquele momento.
A admissão até que foi rápida, eu já havia deixado todas as informações necessárias anotadas numa folha de papel junto com os meus documentos, para o meu marido não se atrapalhar.
Nesse momento tive uma contração bem dolorida, que até escureceu minha vista. Lembro de olhar para nossa doula e falar que a dor tinha sido bem forte, e mais uma vez ela me tranquilizou.
Fomos para a sala ao lado da admissão para fazer o cardiotoco e o tão temido exame de toque, que me disseram que doía bastante. O cardiotoco mostrou que nossa bebê estava bem, mas eu não tinha dúvidas disso. A Beatriz mexeu bastante durante a gravidez inteira, inclusive durante os intervalos das contrações, o que me deixava tranquila.
O exame de toque foi feito pela nossa enfermeira obstétrica, que foi tão delicada que eu juro não ter sentido dor nenhuma. Após o toque, ela nos olhou com um sorrisinho no rosto e contou que a minha dilatação já estava de 8 para 9, mas que a bebê ainda estava alta. Senti um alívio enorme, pois uma das coisas que mais temia era chegar à maternidade e ter que voltar pra casa, e também porque, apesar de a dor estar forte, eu sabia que estava chegando ao final.
Fomos para a delivery. Nossa enfermeira obstétrica foi na frente para encher a banheira. Eu não quis ir de cadeira de roda, preferi ir andando. Fomos caminhando até o elevador eu, meu marido, nossa doula e a enfermeira da maternidade. Ao chegar em frente ao centro obstétrico, a enfermeira não deixou nossa doula ir comigo para a delivery porque ela e meu marido tinham que se paramentar para entrar (mais um dos protocolos discutíveis das maternidades…). Então eles foram se paramentar e eu fui com a enfermeira da maternidade para delivery, caminhando e fincando minhas unhas nela a cada contração (acho que ela se arrependeu um pouco de me acompanhar…).
Cheguei na delivery e fui direto pra banheira. Mas, como ela não estava cheia ainda, sentei um pouco no vaso para aguardar e logo comecei a sentir a tal “vontade de fazer força”. Vontade nada, meu corpo começou a fazer força sozinho! E eu, que já estava na partolândia essa hora, me lembro de ter um momento de lucidez e pensar: “espero que essa banheira encha logo, minha filha não vai nascer no vaso!”.
Meu marido e a doula chegaram. A banheira encheu e eu entrei rapidamente nela. Nossa médica também chegou em seguida. E veio mais vontade de fazer força. Agora eu não sentia mais aquela dor forte na lombar, era uma sensação diferente, parece que eu sentia minha filha descendo… Meu marido ia entrar na banheira comigo, mas acabou não dando tempo… Ele estava atrás de mim, segurando meus braços e nós ouvimos alguém falando: “cabeça”. Não consegui colocar a mão para senti-la, não conseguia largar meu marido.
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Lembro também de sentir meu períneo ardendo bastante, o tal círculo de fogo. Logo em seguida a cabecinha da Beatriz saiu. Mais uma força e saiu o resto do seu corpinho. Ela “deu uma braçadas”, saiu da água e foi trazida para o meu peito, linda, roxinha, tranquila, com as unhas da mão compridas! Às 6:02h nasceu nossa princesinha Beatriz!
O pediatra que escolhemos para acompanhar o parto chegou logo que a Beatriz nasceu, foi tudo tão rápido que quase ele não chega a tempo!
Ficamos lá, muito emocionados, nos namorando, eu, meu marido e nossa pequena, que logo foi ficando rosinha com a água morna sendo jogada no seu corpinho… Foi o momento mais mágico e incrível de toda a minha vida…
Logo que o cordão umbilical parou de pulsar, meu marido o cortou. Pegaram a Beatriz para que eu pudesse sair da banheira. Eu estava tão emocionada e cansada que minhas pernas tremiam e precisei de ajuda para sair da banheira e ir para a cama.
Em seguida o pediatra trouxe a Beatriz e a colocou para mamar, onde ela ficou por quase uma hora. A minha pequena assim me ajudou a expelir a placenta, por volta de 30 minutos após o parto.
A nossa médica veio então avaliar meu períneo. Eu confesso que ardeu tanto quando a cabecinha da Beatriz passou que achei que tivesse tido alguma laceração. Mas fiquei muito feliz ao saber que meu períneo estava íntegro, sem nenhuma laceração! Bendita fisioterapia perineal, bendito Epi-no!
A tranquilidade de todos da equipe que nos acompanhou no nosso parto foi essencial para que mantivéssemos nossa calma e nossa serenidade e tivéssemos a certeza de que tudo estava e terminaria bem. E isso é impagável! Ou melhor, pagável e vale cada centavo!!!
Agradeço à minha amiga Daniele Moraes, que esteve ao meu lado antes, durante e depois da gravidez e me apresentou à equipe que acompanhou nosso parto. E, coisas da vida, assim como eu estive com ela no dia do seu TP, ela também estava comigo no dia do meu!
Agradeço a toda equipe maravilhosa que nos acompanhou na gravidez e no parto da nossa filha: à nossa médica Dra. Andrea Campos, à nossa enfermeira obstétrica Marcia Koiffman, à nossa doula Katia Barga, ao nosso pediatra Dr. Douglas Gomes, à fisioterapeuta Miriam Zaneti, à nutricionista Amanda Buonavoglia.
Agradeço aos meus pais e minha irmã, pelo apoio, respeito e compreensão que me deram durante toda a gestação.
Agradeço ao meu marido Cristiano, que topou encarar esta aventura junto comigo, me apoiou e participou ativamente da gestação e do parto da nossa filha querida.
E agradeço à Beatriz, que me escolheu para ser sua mãe e me enche de alegria toda vez que me olha com seus lindos olhos azuis.
Helena Ferreira: seja bem vinda!!!
Viva... Mais uma flor nasceu nesse mundão: a Helena, filha da Juliana e do Cristiano, irmã da Beatriz, mais conhecida como Bia Pipoca e que já teve aqui seu nascimento registrado. Na época a Ju escreveu assim em seu facebook:
Pessoal, como muitos tem me perguntado, a vida de mãe tem sido bem puxada, entre mamadas, trocas de fralda, muuitas cólicas e choros, que matam a mamãe aqui de dó da minha pequena... Mas um sorriso espontâneo que a Bia me dá no dia já vale por tudo!!! Só tenho a dizer que é um amor indescritível, só vivendo pra saber... bjs a todos
Fico agora imaginando sua alegria em ter dois sorrisos espontâneos em sua vida, maior presente não há!!! A Ju sabe reconhecer o quanto é sortuda e mais, cuidar disso. Ela cuida tanto que desde antes de engravidar já começou a fazer os preparativos para receber suas princesas com cuidado, afeto, respeito e responsabilidade. A seguir publico dois relatos, um dela e outro de seu marido, sobre suas escolhas para o primeiro parto de Bia que foram mantidos no de Helena. Relatos muito apaixonantes que seguem aquela máxima: "Quem ama, cuida!" e que imagino pode ser um alerta para algumas pessoas que nunca pensaram sobre as maravilhas do parto normal que eu também recomendo!!!!
Beijo grande em cada um, e Hena: seja muito bem vinda!!!
Mensagem para a beatriz:
http://jujuviroumamae.blogspot.com.br/2011/12/beatriz-seja-bem-vinda.html
Pessoal, como muitos tem me perguntado, a vida de mãe tem sido bem puxada, entre mamadas, trocas de fralda, muuitas cólicas e choros, que matam a mamãe aqui de dó da minha pequena... Mas um sorriso espontâneo que a Bia me dá no dia já vale por tudo!!! Só tenho a dizer que é um amor indescritível, só vivendo pra saber... bjs a todos
Fico agora imaginando sua alegria em ter dois sorrisos espontâneos em sua vida, maior presente não há!!! A Ju sabe reconhecer o quanto é sortuda e mais, cuidar disso. Ela cuida tanto que desde antes de engravidar já começou a fazer os preparativos para receber suas princesas com cuidado, afeto, respeito e responsabilidade. A seguir publico dois relatos, um dela e outro de seu marido, sobre suas escolhas para o primeiro parto de Bia que foram mantidos no de Helena. Relatos muito apaixonantes que seguem aquela máxima: "Quem ama, cuida!" e que imagino pode ser um alerta para algumas pessoas que nunca pensaram sobre as maravilhas do parto normal que eu também recomendo!!!!
Beijo grande em cada um, e Hena: seja muito bem vinda!!!
Mensagem para a beatriz:
http://jujuviroumamae.blogspot.com.br/2011/12/beatriz-seja-bem-vinda.html
sábado, 18 de janeiro de 2014
Matteo: seja bem vindo!!!
Fiquei um tempo afastada do blog, mas os bebês não pararam de nascer nesse período, pelo contrário. Segue agora a singela homenagem que costumo fazer a todos bebês conhecidos, aqueles que quero tão bem, que chegaram a esse mundão deixando- ainda mais bonito e especial.
Um desses fofuchos é o Matteo, filho do Alfredo (Nenê) e de sua esposa Catia e irmão da Nick. Tudo isso vi pelo facebook, pois Nenê é um amigo da turma antiga do prédio onde morava, mas já faz um tempo não temos tido mais contato. O facebook promoveu nosso contato novamente e fico aqui imaginando que quem sabe a nova leva de crianças que nasceram de nossa turma (já dá uma nova gangue do Marina!) também não venha a estimular novos encontros, inclusive, para conhecer sua família inteira e ter a chance de parabeniza-los pessoalmente pela chegada do mais novo e ilustre integrante. Desejo muitas felicidades a todos e que Mateus seja um menino cheio de energia!
Um desses fofuchos é o Matteo, filho do Alfredo (Nenê) e de sua esposa Catia e irmão da Nick. Tudo isso vi pelo facebook, pois Nenê é um amigo da turma antiga do prédio onde morava, mas já faz um tempo não temos tido mais contato. O facebook promoveu nosso contato novamente e fico aqui imaginando que quem sabe a nova leva de crianças que nasceram de nossa turma (já dá uma nova gangue do Marina!) também não venha a estimular novos encontros, inclusive, para conhecer sua família inteira e ter a chance de parabeniza-los pessoalmente pela chegada do mais novo e ilustre integrante. Desejo muitas felicidades a todos e que Mateus seja um menino cheio de energia!
Meu super herói fez aniversário!!!
Na correria do final do ano não tive tempo de escrever aqui, infelizmente. No dia 22 de dezembro, aniversário do meu pequeno grande filho, cheguei a começar um texto, mas no dia, o computador acabou travando. Depois vieram as viagens (deliciosas) de férias em que fiquei afastada da internet e portanto apenas agora venho publicá-lo, mais uma vez (e sempre) com os desejos de que Mateus seja muito, muito feliz.
Hoje meu pequeno grande filho completa 3 anos!!!
É mesmo delicioso acompanhar seu crescimento, atuar como parceira em suas conquistas e seu colo em seus desafios. Contudo, também é assombroso pensar que ontem (sim, para mim, ontem!) ele era um bebê e hoje (sim, só me dei conta verdadeiramente disso hoje!) já virou um meninão!!! Meu menino lindo, maravilhoso, divertido, intenso, ativo e com uma profundidade incrível em tudo que faz, fala, pensa e sente. Amo, amo, amo este menino especial!
Ao longo dos seus 3 anos de nascimento já escrevi bastante neste blog sobre tudo que Mateus significa em minha vida, e o que sua chegada me trouxe de desafio, felicidade, amadurecimento, transformação, e principalmente, a vivência da experiência mais intensa de minha vida. Ainda assim, vez ou outra tenho a necessidade e satisfação em declarar publicamente meu amor a ele, mas hoje, dia que estou realmente muito assombrada com seu crescimento resolvi fazer diferente sendo a escriba de seus comentários para que ele mesmo fale de sua maneira intensa de ver, pensar, sentir e atuar no mundo. Segue então um pedacinho de algumas de suas "pérolas"...
VOCABULÁRIO PRÓPRIO
Antes ele falava...
Pupu para Chupeta - que há tempos não usa mais!!!
Cutano para Tucano
Potónamo para Hipopótamo
Hoje...
Bóliquis para Brócolis
"Posso comer mais bolo?"
"Você já comeu muito"
"Só mais um QUITINHO, mãe"
CONVERSAS FIADAS
1. Uma senhora perguntou a Mateus: "Qual seu nome?"
"Mateus, e você?"
A senhora respondeu seu nome e lhe perguntou ainda: "Você tem quantos anos?"
"2 (na época), e você?"
A senhora rindo, meio sem graça, brincou com ele: "Menino, isso não é coisa que se pergunta não..."
"Mas você me perguntou!"
2. O atendente do supermercado lhe perguntou: "Como você chama?"
"Mateus, e você?"
O moço respondeu.
"Eu tenho 3 nomes: Mateus Parreira Penna, e você, quantos tem?"
3. Minha mãe colocou o pé ao lado do pé de meu pai e perguntou a Mateus: "Quem tem o pé mais bonito?"
Mateus respondeu: "Eu!"
FUTEBOL
1. Ainda pequeno quando lhe perguntávamos: "Onde mora o Timão?", ele colocava a mão no coração (aprendido com uma colega da escola) e com muita alegria passou a afazer gol gritando Corinthians. Depois passou pela crise sobre o por quê o incentivávamos a torcer também para o Brasil, mas não para o Palmeiras, time de seu querido tio Bi. Uma vez foi chantageado pelo tio para falar que gostava desse time para ganhar algo em troca, ele aceitou, mas em seguida pediu: "Mas não conta pro papai, ele vai ficar triste". Recentemente tem falado que torce para o Corinthians, o Brasil e a Colômbia, porque minha cunhada está morando neste país e lhe deu uma camiseta do mesmo.
2. Uma vez minha amiga Vivi estava aqui em casa e disse a ele que não torcia para o Corinthians. Mateus correu ao encontro do pai e com voz aflita disse: "Papai, a amiga da mamãe torce pra outro time!"
3. Certa vez o peguei na escola e ele estava "encafifado": "Mamãe, o goleiro chuta?"
"Sim, ele pode chutar"
"E pega com a mão, né?"
"É, por quê?"
"O Arthur (seu querido colega da escola) disse que goleiro só pega com a mão e eu disse que chuta também, e ele disse que não e eu disse quem sim, e ele disse que não e eu disse que sim..."
FESTAS
1. Quando fomos a uma festa do Pirata de seu colega Arthur, o relembramos que sua festa de 1 ano teve o mesmo tema. Ele nos olhou desconfiado e ao mostrarmos as fotos de sua festa ele disse: "Eu quero ir nessa festa aí!"
Depois de rir eu disse: "Mas você já foi, olha você pequenininho na foto"
"Eu quero ir de novo então!"
2. Quando fomos à festa de seu primo Arthur de 1 ano cantamos parabéns e ao final ele e seus pais começaram a tirar fotos e Mateus desesperado os alertou: "Tem que apagar a vela!"
3. Antes de sua festa de 3 anos ele estava desesperado: "Eu vou apagar a vela sozinho, né?". Assim que acabou a sua festa de super-heróis de 3 anos ele disse: "Eu fui bem rápido pra apagar a vela, né?" e completou: "Quando eu fizer 4 anos vou fazer uma festa dos dinossauros e eu também vou apagar a vela sozinho!"
ESCOLA
1. Quando busquei Mateus na escola ele me contou: "Eu e o Miguelito saímos correndo na areia"
Eu: " E era um momento que podia sair correndo?"
"Não"
"E a Simone te deu bronca, né?"
"Ela não deu bronca, ela conversou comigo."
2. No dia dos professores fomos escrever um bilhete para suas professoras e quando ditei em voz alta o que estava escrevendo: "Simone, feliz dia dos professores", Mateus complementou: "Para sempre", claro que escrevi.
3. Mateus: "Hoje tem escola?"
"Não, porque estamos de férias"
"Mas por que a vovó foi numa reunião?"
4. Quando contei a ele que sua nova professora se chamaria Rebeca ele disse: "Então o Julio Cesar e o João Pedro também vão estudar na minha escola?" (referindo-se à Rebeca, sua prima e também irmã desses meninos)
5. Mateus: "Mãe, com quem você está falando no telefone?"
"Com a Mari, da minha escola"
"Na minha escola também tem uma Mari" (referindo-se a sua antiga professora de G1)
6. Quando contamos a ele que Carolina e Isabel, a partir desse ano, vão estudar na sua escola, no G1, ao busca-lo no final da tarde ele me disse todo contente: "Eu falei pra Mari que minhas meninas vão estudar aqui com ela"
IRMÃO MAIS VELHO
1. Quando era um "pedaço de gente" e lhe contamos sobre a gestação de suas irmãs, com o tempo ele passou a falar "Bebel" para a Isabel, apelido que já havíamos pensado para ela e não mencionava a Carolina. Depois de muuuuito tempo referiu-se a ela como Lina, apelido que para nós ficou até hoje.
2. Quando elas nasceram, ele tinha 1 ano e 8 meses, brincamos que tínhamos trigêmeos. Quando elas choravam ele dizia: Mamãe, dá peito pra elas mamãe". Passado um tempo que ainda estava amamentando as duas ele dizia: "Mamãe, agora chega mamãe". Desde o início sabia quem era quem e quando sua vó Mirna lhe perguntou como ele poderia saber, ele respondeu: "Eu sabo, vovó"
3. "Mãe, a Isabel tá fazendo sopa na privada!"
4. "Mãe, a Carolina tá usando a sua roupa!"
5. Durante uma disputa de brinquedos Mateus o tirou da mão de Carolina. Disse a ele que não poderia arrancá-lo e precisaria perguntar se a irmã o emprestava, ele delicadamente perguntou e com firmeza segurou em sua cabeça fazendo movimento afirmativo e anunciando: "Ela disse que sim"
6. Isabel ficou enciumada quando Carolina também quis meu colo e a empurrou. Conversei então com ela que não precisa empurrá-la que tem mamãe pra todo mundo e que se está com ciuminho pede carinho. Em seguida Mateus me abraçou forte dizendo: "Eu tô com ciuminho!"
7. Na primeira vez que fomos a um parque, nós 5 juntos, as meninas chamaram muita a atenção com todos perguntando: "Elas são gêmeas? Elas são gêmeas?". Mateus ficou apenas observando. Depois, num outro dia, colocou duas bonecas na cadeirinha e disse que levaria "o gêmeo e a gêmea para passear". Um tempo depois, quando novamente passeamos juntos e perguntaram se as meninas eram gêmeas ele tomou a frente e respondeu: "Elas são gêmeas e eu sou gêmeo delas!"
REFLEXÕES, INVESTIGAÇÕES E DESCOBERTAS
l. Mateus: "A gente mora no 7, né?" (ele aprendeu usando o elevador)
!Sim!"
"Então, olha lá o 7 andando no ônibus!" (referindo-se à placa do mesmo)
2. "Mãe, eu quero fazer o 7 no computador?"
(fez um monte de 7777777777777)
"E agora Mateus, você quer fazer o que?"
"O térreo"
"Térreo? Não entendi..."
"Esse aqui, mãe, TTTTTTTTTTTTT"
3. Mateus: "Mãe, vamos dar de presente pro Arthur um elevador?" ( o colega mora numa casa com 3 andares)
4. Eu: "A Elizangela está na nossa casa, você vai conhece-la quando chegarmos lá"
Mateus: "E ela vai ficar lá até quando?"
"À tarde ela vai embora pra casa dela"
"Onde ela mora?"
"Ela mora longe, bem longe?"
"Igual o vô Roberto?" (seu avô mora em Goiânia)
5. Mateus fica desesperado quando às vezes tiramos uma mão do volante e o carro continua andando, ele costuma dizer aos berros: "O carro tá andando sozinho!". Certa vez lhe perguntei o que era necessário para fazer o carro andar e ele disse: "Não sei", insisti dizendo que algumas coisas ele sabia, já tinha visto e ele começou a dizer: "A chave, o motor, o álcool, a direção, o motorista com as duas mãos". Validei suas hipóteses ressaltando que precisava dos pés também do motorista" (única coisa que está fora de sua observação da cadeirinha) e ele completou: "Então o motorista todo!"
6. Mateus: "Pai, por que a sua tatuagem não sai e a minha saiu?"
Luiz: "Porque a minha é de adulto. Às vezes um adulto quer fazer e ele faz essa que não sai mais. Você está brincando pode colocar e tirar quando quiser, a minha tem que pensar bem"
"Você é adulto e eu sou criança, né?"
"Sim"
"Mas eu sou adulto para as meninas e elas são crianças pra mim, né?"
"Não, você é menino grande e elas são meninas pequenas"
Mateus: "Tá, e eu sou grande para uma formiga e grande pra elas, e elas são grandes para a formiga e pequenas para mim, não é?"
7. Mateus: "A minha altura vai ficar na parede?" (referindo-se à marcação que fizemos de sua medida)
8. Ao passarmos pelo rio Pinheiros, Mateus: "Olha o rio, tá sujo!"
Eu: "Pois é, uma pena, não dá nem pra nadar!"
"E tem peixe?"
"Uma apena também, não dá pra ter peixe"
"Quem sujou o rio, quem fez essa bobagem?"
"Foram as pessoas, você acredita?"
"E agora elas não vão limpar não?"
CONVERSAS DELICADAS
1. Mateus: "Não, mamãe, não rói a sua unha que quebra"
2. Estava me arrumando para sair e ele perguntou com quem, eu disse rapidamente: "Com as meninas"
Mateus: "Com as minhas meninas?"
"Não, com as minhas amigas"
"Mas eu fico com saudade de você, mamãe"
3. Minha mãe: "Mateus, a sua mãe é minha filha"
Mateus: "Não, é minha filha"
Luiz: "E ela é minha esposa"
Mateus: "Não, é minha esposa"
4. Mateus encontrou o DVD do "Procurando Nemo" e quis porque quis assistir. Não deixei. Passado muito tempo encontrou de novo e decidi deixar pulando a primeira parte, mas na hora tive que me levantar e a voltar já havia iniciado o filme e me sentei ao seu lado, prontificando-me a conversar a respeito, caso desejasse. Ele viu a cena e me perguntou: "Cadê a mamãe dele?"
Gelei, fiquei sem fala, e ele perguntou de novo. Respondi a verdade, que o tubarão a havia comido. Depois lhe dei um abraço e disse que estava ali ao seu lado, e lhe perguntei se queria trocar o filme quando ele me disse: " Mãe, eu nunca vou deixar um tubarão comer você!"
MALCRIAÇÕES
1. Num dia em que Mateus levou uma bronca do Luiz lhe dizendo que da próxima vez que fizesse a mesma bobagem ele não iria leva-lo para passear Mateus retrucou: "E quando eu crescer e for adulto eu vou levar a Lina e a Bebel para passear e não vou levar você"
Luiz: "Então fica esperando crescer no castigo"
"Tá bom, tá bom, eu te levo"
2, Outro dia, situação semelhante: depois de eu lhe dar uma bronca ele disse: "E quando eu crescer você vai ser pequenininha e eu vou te dar uma bronca"
Resultado: castigo de novo
ORGULHO DA MAMÃE
1. Situação rara em nossas vidas, um dia passeando com ele no shopping, passamos em frente a uma loja de brinquedos e gelei a imaginar que poderia fazer um escândalo por causa de algum brinquedo, mas não, ele olhou, olhou e seguimos adiante. Em seguida, passamos na frente de uma livraria e aflito ele me disse: "Mamãe, vamos entrar, precisamos comprar livros!"
2. "Você é linda demais para sempre e eu te amo demais para sempre, mamãe"
2. Vídeo de Mateus lendo a história "O caso do bolinho", de Tatiana Belinky.
Ai, ai... Esse menino me faz um bem danado! Espero e faço todo o possível para retribuir à altura fazendo o mesmo por ele. Feliz aniversário filhão, amo você!
Hoje meu pequeno grande filho completa 3 anos!!!
É mesmo delicioso acompanhar seu crescimento, atuar como parceira em suas conquistas e seu colo em seus desafios. Contudo, também é assombroso pensar que ontem (sim, para mim, ontem!) ele era um bebê e hoje (sim, só me dei conta verdadeiramente disso hoje!) já virou um meninão!!! Meu menino lindo, maravilhoso, divertido, intenso, ativo e com uma profundidade incrível em tudo que faz, fala, pensa e sente. Amo, amo, amo este menino especial!
Ao longo dos seus 3 anos de nascimento já escrevi bastante neste blog sobre tudo que Mateus significa em minha vida, e o que sua chegada me trouxe de desafio, felicidade, amadurecimento, transformação, e principalmente, a vivência da experiência mais intensa de minha vida. Ainda assim, vez ou outra tenho a necessidade e satisfação em declarar publicamente meu amor a ele, mas hoje, dia que estou realmente muito assombrada com seu crescimento resolvi fazer diferente sendo a escriba de seus comentários para que ele mesmo fale de sua maneira intensa de ver, pensar, sentir e atuar no mundo. Segue então um pedacinho de algumas de suas "pérolas"...
VOCABULÁRIO PRÓPRIO
Antes ele falava...
Pupu para Chupeta - que há tempos não usa mais!!!
Cutano para Tucano
Potónamo para Hipopótamo
Hoje...
Bóliquis para Brócolis
"Posso comer mais bolo?"
"Você já comeu muito"
"Só mais um QUITINHO, mãe"
CONVERSAS FIADAS
1. Uma senhora perguntou a Mateus: "Qual seu nome?"
"Mateus, e você?"
A senhora respondeu seu nome e lhe perguntou ainda: "Você tem quantos anos?"
"2 (na época), e você?"
A senhora rindo, meio sem graça, brincou com ele: "Menino, isso não é coisa que se pergunta não..."
"Mas você me perguntou!"
2. O atendente do supermercado lhe perguntou: "Como você chama?"
"Mateus, e você?"
O moço respondeu.
"Eu tenho 3 nomes: Mateus Parreira Penna, e você, quantos tem?"
3. Minha mãe colocou o pé ao lado do pé de meu pai e perguntou a Mateus: "Quem tem o pé mais bonito?"
Mateus respondeu: "Eu!"
FUTEBOL
1. Ainda pequeno quando lhe perguntávamos: "Onde mora o Timão?", ele colocava a mão no coração (aprendido com uma colega da escola) e com muita alegria passou a afazer gol gritando Corinthians. Depois passou pela crise sobre o por quê o incentivávamos a torcer também para o Brasil, mas não para o Palmeiras, time de seu querido tio Bi. Uma vez foi chantageado pelo tio para falar que gostava desse time para ganhar algo em troca, ele aceitou, mas em seguida pediu: "Mas não conta pro papai, ele vai ficar triste". Recentemente tem falado que torce para o Corinthians, o Brasil e a Colômbia, porque minha cunhada está morando neste país e lhe deu uma camiseta do mesmo.
2. Uma vez minha amiga Vivi estava aqui em casa e disse a ele que não torcia para o Corinthians. Mateus correu ao encontro do pai e com voz aflita disse: "Papai, a amiga da mamãe torce pra outro time!"
3. Certa vez o peguei na escola e ele estava "encafifado": "Mamãe, o goleiro chuta?"
"Sim, ele pode chutar"
"E pega com a mão, né?"
"É, por quê?"
"O Arthur (seu querido colega da escola) disse que goleiro só pega com a mão e eu disse que chuta também, e ele disse que não e eu disse quem sim, e ele disse que não e eu disse que sim..."
FESTAS
1. Quando fomos a uma festa do Pirata de seu colega Arthur, o relembramos que sua festa de 1 ano teve o mesmo tema. Ele nos olhou desconfiado e ao mostrarmos as fotos de sua festa ele disse: "Eu quero ir nessa festa aí!"
Depois de rir eu disse: "Mas você já foi, olha você pequenininho na foto"
"Eu quero ir de novo então!"
2. Quando fomos à festa de seu primo Arthur de 1 ano cantamos parabéns e ao final ele e seus pais começaram a tirar fotos e Mateus desesperado os alertou: "Tem que apagar a vela!"
3. Antes de sua festa de 3 anos ele estava desesperado: "Eu vou apagar a vela sozinho, né?". Assim que acabou a sua festa de super-heróis de 3 anos ele disse: "Eu fui bem rápido pra apagar a vela, né?" e completou: "Quando eu fizer 4 anos vou fazer uma festa dos dinossauros e eu também vou apagar a vela sozinho!"
ESCOLA
1. Quando busquei Mateus na escola ele me contou: "Eu e o Miguelito saímos correndo na areia"
Eu: " E era um momento que podia sair correndo?"
"Não"
"E a Simone te deu bronca, né?"
"Ela não deu bronca, ela conversou comigo."
2. No dia dos professores fomos escrever um bilhete para suas professoras e quando ditei em voz alta o que estava escrevendo: "Simone, feliz dia dos professores", Mateus complementou: "Para sempre", claro que escrevi.
3. Mateus: "Hoje tem escola?"
"Não, porque estamos de férias"
"Mas por que a vovó foi numa reunião?"
4. Quando contei a ele que sua nova professora se chamaria Rebeca ele disse: "Então o Julio Cesar e o João Pedro também vão estudar na minha escola?" (referindo-se à Rebeca, sua prima e também irmã desses meninos)
5. Mateus: "Mãe, com quem você está falando no telefone?"
"Com a Mari, da minha escola"
"Na minha escola também tem uma Mari" (referindo-se a sua antiga professora de G1)
6. Quando contamos a ele que Carolina e Isabel, a partir desse ano, vão estudar na sua escola, no G1, ao busca-lo no final da tarde ele me disse todo contente: "Eu falei pra Mari que minhas meninas vão estudar aqui com ela"
IRMÃO MAIS VELHO
1. Quando era um "pedaço de gente" e lhe contamos sobre a gestação de suas irmãs, com o tempo ele passou a falar "Bebel" para a Isabel, apelido que já havíamos pensado para ela e não mencionava a Carolina. Depois de muuuuito tempo referiu-se a ela como Lina, apelido que para nós ficou até hoje.
2. Quando elas nasceram, ele tinha 1 ano e 8 meses, brincamos que tínhamos trigêmeos. Quando elas choravam ele dizia: Mamãe, dá peito pra elas mamãe". Passado um tempo que ainda estava amamentando as duas ele dizia: "Mamãe, agora chega mamãe". Desde o início sabia quem era quem e quando sua vó Mirna lhe perguntou como ele poderia saber, ele respondeu: "Eu sabo, vovó"
3. "Mãe, a Isabel tá fazendo sopa na privada!"
4. "Mãe, a Carolina tá usando a sua roupa!"
5. Durante uma disputa de brinquedos Mateus o tirou da mão de Carolina. Disse a ele que não poderia arrancá-lo e precisaria perguntar se a irmã o emprestava, ele delicadamente perguntou e com firmeza segurou em sua cabeça fazendo movimento afirmativo e anunciando: "Ela disse que sim"
6. Isabel ficou enciumada quando Carolina também quis meu colo e a empurrou. Conversei então com ela que não precisa empurrá-la que tem mamãe pra todo mundo e que se está com ciuminho pede carinho. Em seguida Mateus me abraçou forte dizendo: "Eu tô com ciuminho!"
7. Na primeira vez que fomos a um parque, nós 5 juntos, as meninas chamaram muita a atenção com todos perguntando: "Elas são gêmeas? Elas são gêmeas?". Mateus ficou apenas observando. Depois, num outro dia, colocou duas bonecas na cadeirinha e disse que levaria "o gêmeo e a gêmea para passear". Um tempo depois, quando novamente passeamos juntos e perguntaram se as meninas eram gêmeas ele tomou a frente e respondeu: "Elas são gêmeas e eu sou gêmeo delas!"
REFLEXÕES, INVESTIGAÇÕES E DESCOBERTAS
l. Mateus: "A gente mora no 7, né?" (ele aprendeu usando o elevador)
!Sim!"
"Então, olha lá o 7 andando no ônibus!" (referindo-se à placa do mesmo)
2. "Mãe, eu quero fazer o 7 no computador?"
(fez um monte de 7777777777777)
"E agora Mateus, você quer fazer o que?"
"O térreo"
"Térreo? Não entendi..."
"Esse aqui, mãe, TTTTTTTTTTTTT"
3. Mateus: "Mãe, vamos dar de presente pro Arthur um elevador?" ( o colega mora numa casa com 3 andares)
4. Eu: "A Elizangela está na nossa casa, você vai conhece-la quando chegarmos lá"
Mateus: "E ela vai ficar lá até quando?"
"À tarde ela vai embora pra casa dela"
"Onde ela mora?"
"Ela mora longe, bem longe?"
"Igual o vô Roberto?" (seu avô mora em Goiânia)
5. Mateus fica desesperado quando às vezes tiramos uma mão do volante e o carro continua andando, ele costuma dizer aos berros: "O carro tá andando sozinho!". Certa vez lhe perguntei o que era necessário para fazer o carro andar e ele disse: "Não sei", insisti dizendo que algumas coisas ele sabia, já tinha visto e ele começou a dizer: "A chave, o motor, o álcool, a direção, o motorista com as duas mãos". Validei suas hipóteses ressaltando que precisava dos pés também do motorista" (única coisa que está fora de sua observação da cadeirinha) e ele completou: "Então o motorista todo!"
6. Mateus: "Pai, por que a sua tatuagem não sai e a minha saiu?"
Luiz: "Porque a minha é de adulto. Às vezes um adulto quer fazer e ele faz essa que não sai mais. Você está brincando pode colocar e tirar quando quiser, a minha tem que pensar bem"
"Você é adulto e eu sou criança, né?"
"Sim"
"Mas eu sou adulto para as meninas e elas são crianças pra mim, né?"
"Não, você é menino grande e elas são meninas pequenas"
Mateus: "Tá, e eu sou grande para uma formiga e grande pra elas, e elas são grandes para a formiga e pequenas para mim, não é?"
7. Mateus: "A minha altura vai ficar na parede?" (referindo-se à marcação que fizemos de sua medida)
8. Ao passarmos pelo rio Pinheiros, Mateus: "Olha o rio, tá sujo!"
Eu: "Pois é, uma pena, não dá nem pra nadar!"
"E tem peixe?"
"Uma apena também, não dá pra ter peixe"
"Quem sujou o rio, quem fez essa bobagem?"
"Foram as pessoas, você acredita?"
"E agora elas não vão limpar não?"
CONVERSAS DELICADAS
1. Mateus: "Não, mamãe, não rói a sua unha que quebra"
2. Estava me arrumando para sair e ele perguntou com quem, eu disse rapidamente: "Com as meninas"
Mateus: "Com as minhas meninas?"
"Não, com as minhas amigas"
"Mas eu fico com saudade de você, mamãe"
3. Minha mãe: "Mateus, a sua mãe é minha filha"
Mateus: "Não, é minha filha"
Luiz: "E ela é minha esposa"
Mateus: "Não, é minha esposa"
4. Mateus encontrou o DVD do "Procurando Nemo" e quis porque quis assistir. Não deixei. Passado muito tempo encontrou de novo e decidi deixar pulando a primeira parte, mas na hora tive que me levantar e a voltar já havia iniciado o filme e me sentei ao seu lado, prontificando-me a conversar a respeito, caso desejasse. Ele viu a cena e me perguntou: "Cadê a mamãe dele?"
Gelei, fiquei sem fala, e ele perguntou de novo. Respondi a verdade, que o tubarão a havia comido. Depois lhe dei um abraço e disse que estava ali ao seu lado, e lhe perguntei se queria trocar o filme quando ele me disse: " Mãe, eu nunca vou deixar um tubarão comer você!"
MALCRIAÇÕES
1. Num dia em que Mateus levou uma bronca do Luiz lhe dizendo que da próxima vez que fizesse a mesma bobagem ele não iria leva-lo para passear Mateus retrucou: "E quando eu crescer e for adulto eu vou levar a Lina e a Bebel para passear e não vou levar você"
Luiz: "Então fica esperando crescer no castigo"
"Tá bom, tá bom, eu te levo"
2, Outro dia, situação semelhante: depois de eu lhe dar uma bronca ele disse: "E quando eu crescer você vai ser pequenininha e eu vou te dar uma bronca"
Resultado: castigo de novo
ORGULHO DA MAMÃE
1. Situação rara em nossas vidas, um dia passeando com ele no shopping, passamos em frente a uma loja de brinquedos e gelei a imaginar que poderia fazer um escândalo por causa de algum brinquedo, mas não, ele olhou, olhou e seguimos adiante. Em seguida, passamos na frente de uma livraria e aflito ele me disse: "Mamãe, vamos entrar, precisamos comprar livros!"
2. "Você é linda demais para sempre e eu te amo demais para sempre, mamãe"
2. Vídeo de Mateus lendo a história "O caso do bolinho", de Tatiana Belinky.
Ai, ai... Esse menino me faz um bem danado! Espero e faço todo o possível para retribuir à altura fazendo o mesmo por ele. Feliz aniversário filhão, amo você!
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Mariana Mansho: seja bem-vinda!!!
Viva! Acabei de saber do nascimento de mais uma princesa: a Mariana, filha do Wil, da Rosana e irmã do André. Isso sem mencionar que também é prima do Guga, sobrinha do Adil e do Jorge, neta da Amélia e do Jorge, tudo gente fina e só uma amostra da grande família.
Desejo tudo de mais maravilhoso a essa família que acabou de se renovar da maneira mais bonita e emocionante que existe, com a chegada de um pequeno ser que certamente será acolhido com todo amor do mundo e retribuirá com muita energia boa. Parabéns!
Também desejo à pequena Mariana uma vida repleta de sonhos e lindezas e a ela dedico a música "Ana e o Mar" da trupe Teatro Mágico que gosto muito...Tudo de bom!
Desejo tudo de mais maravilhoso a essa família que acabou de se renovar da maneira mais bonita e emocionante que existe, com a chegada de um pequeno ser que certamente será acolhido com todo amor do mundo e retribuirá com muita energia boa. Parabéns!
Também desejo à pequena Mariana uma vida repleta de sonhos e lindezas e a ela dedico a música "Ana e o Mar" da trupe Teatro Mágico que gosto muito...Tudo de bom!
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Outros relatos: Fernanda Hauers
A Fernanda, uma colega da área de educação, já faz um tempo, me mandou algumas mensagens elogiando o blog. Hoje estava começando a me preparar para mais um "seja bem vindo" e me deparei com todas suas palavras juntas. Fiquei emocionada, "me achando" e, claro, na torcida para um dia escrever um "bem vindo" especial a ela... rs
Oi Ju !! Aquele seu texto sobre irmãos gêmeos no blog é lindo demais !! Ja li umas 5 vezes e indiquei para várias amigas, grávidas, mães e etc...!!! Posta mais textos, adoro demais seu blog !! Bjoss!!
Oi Ju !! Aquele seu texto sobre irmãos gêmeos no blog é lindo demais !! Ja li umas 5 vezes e indiquei para várias amigas, grávidas, mães e etc...!!! Posta mais textos, adoro demais seu blog !! Bjoss!!
Juuuu, fazia tempo que não entrava no seu blog . Hoje entrei, me diverti, me emocionei, e a leitura fez do meu dia um dia melhor !!! Estava meio borococho!! É bom ver que tem pessoas que pensam igual a vc, que amam a educação por todos seus desafios e delicias !! Adorei o texto da autora desconhecida, que texto lindo!!! Repassei para varias amigas mamães!! 11 meses das filhinhas, que delicia !! Parabéns !! O Mateus está lindo!! Gostei do " virando gente e formando gente", "dia dos pais", "as descobertas com o blog"," mãe de três filhos".... Nossa, quanta história !! E se alguém te encher o saco de novo de forma indelicada não tenha medo , avisa sim que você é mãe de três filhos, que sabe o que faz e que isso não é pra qualquer um não!! Kkk!!! Apesar das pessoas fofas que existem por ai, que estão para nos ajudar, tem também muita gente estúpida que se sente no direito de se intrometer.
Fico imaginando um carro com 3 cadeirinhas, deve ser muito legal !! É filho pra tudo o que é lado!! Não tem como não imaginar você colocando um por um no carro pra levar pra escola !! Ju, deve dar trabalho mas deve ser beemmm divertido ! A diversão mais gostosa da vida !!
Meio tarde mas sempre é tempo, bom semestre pra você !! Bom segundo semestre cheio de boas surpresas !!! Bjo!!
Juuuu, gosto tanto do seu blog que to com vontade de antecipar minha vida como mãe só pra ter o nome do meu filinho ( inha) no seu " Seja bem vindo" !!! Kkk!! Acho que a primeira coisa que vou fazer no computador quando nascer meu filho vai ser escrever pra vc contando que nasceu! É tão engraçado que fico um tempo sem ver e quando entro no blog fico maluca para ler todos os posts que ainda não li. Passado esse dia, eu entro todos os dias pra ver se tem novidade até que percebo que obviamente vc não vai escrever todos os dias então vou precisar esperar mais um pouco pra ler seus textos ! Quanto texto lindo!! Quanta reflexão bacana ! E as fotos? Lindas demais !! Seus filhos estão maravilhosos, vc e seu marido cara de felicidade pura!! Coisa mais fofa e linda de se ver ! Parabéns pelo aniversario das meninas!! Elas parecem duas bonecas !! Morri de rir quando li que depois de toda a logística pra sair de casa pra fazer a sessão de fotos vc percebeu que o mapa havia sumido!! Aaaiiiii ...pensei: " mãe tinha que ter alguns avisos, lembretes vindos de outra parte do cérebro que não a mesma que pensa nos filhos, em toda logística que eles exigem e etc..." Mas logo tbm pensei que a graça da vida é justamente essa e que desses "detalhes" temos mesmo que rir juntos! A VIDA é muito muito, infinitamente maior que tudo isso!! Parabéns mais uma vez pela família !!
Obs: hoje minha sobrinha faz 2 anos! Ehhhhh!!! Viva a vida desses pequenos que tomam com toda força nossos corações cheios de amor !
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Yasmin: seja bem vinda!!!
Acabei de saber de uma notícia maravilhosa, o nascimento da Yasmin, filha de minha amigona Maíra e seu parceiro Biro. Viva, viva, viva!
É muito gostoso saber que a Má está sentindo novamente a emoção de receber mais uma princesa em sua vida. Há doze anos, no susto e após uma "crise de gastrite", ela recebeu sua primogênita, a Thainá. Na época, estávamos com nossos 20 e poucos anos e eu, ela nem nossas amigas em comum tínhamos a dimensão do impacto na vida de uma mulher após a chegada de um filho. Apenas sabíamos que suas saídas noturnas diminuiriam e que novos desafios se colocariam à sua frente como concluir a faculdade, arranjar dinheiro independentemente e relacionar-se amistosamente com o pai de sua filha mesmo após o fim do namoro.
Realmente esses desafios e mais outros tantos estiveram presentes em sua trajetória, mas o que poderia ter virado um grande erro, na verdade, foi um grande acerto. Com muita determinação, paciência e às vezes (!) um pouquinho de mau humor - típico de quem quer as coisas do melhor jeito minha amiga foi guerreira, superou os obstáculos e conquistou coisas muito além do que sequer sonhava.
No decorrer, entrei em contato com a maternidade e ampliei meu olha a respeito, percebendo que é um mundo muito maior e que as mudanças são mais profundas, na alma. Acompanhei, por exemplo, suas angústias ao ver a filha com febrinha, as dificuldades em precisar fazer algumas escolhas que influenciariam a vida de outro, mas certamente o mais marcante foi perceber minha amiga apaixonada pelo ser que gerou: os sorrisos, olhares, preocupação e amor maior do mundo.
Hoje Thainá virou uma mocinha linda e gente fina, dessas que dá alegria por ter acompanhado seu crescimento. Eu também cresci, porque afinal de contas, como me disse ontem um aluno: "nessa vida a gente não cresce só de tamanho", e também tive a chance de virar mamãe e desde então meu orgulho pela Maíra só aumentou.
Só mesmo quem vira mãe sabe que a maternidade é a coisa mais especial do mundo, mas também a mais difícil de todas, e nessa parte ela sempre levou tudo numa boa, pois se tem uma coisa que não me lembro dela reclamar na vida (pasmem!) é de sua relação com Thainá - tão forte e especial!
Má querida, desejo que Yasmin, chegada num outro momento de sua vida seja o símbolo de sua história de vitória e de sua bonita união com o Biro (pai do ano que deve estar explodindo de felicidade e também merece tudo de bom!). Da mesma maneira, desejo que você vivencie essa nova maternidade de maneira mais plena e tranquila, mas não com menos amor. Afinal, isso é impossível. Thainá e Yasmin para sempre em seu coração, e no meu também... Beijão.
É muito gostoso saber que a Má está sentindo novamente a emoção de receber mais uma princesa em sua vida. Há doze anos, no susto e após uma "crise de gastrite", ela recebeu sua primogênita, a Thainá. Na época, estávamos com nossos 20 e poucos anos e eu, ela nem nossas amigas em comum tínhamos a dimensão do impacto na vida de uma mulher após a chegada de um filho. Apenas sabíamos que suas saídas noturnas diminuiriam e que novos desafios se colocariam à sua frente como concluir a faculdade, arranjar dinheiro independentemente e relacionar-se amistosamente com o pai de sua filha mesmo após o fim do namoro.
Realmente esses desafios e mais outros tantos estiveram presentes em sua trajetória, mas o que poderia ter virado um grande erro, na verdade, foi um grande acerto. Com muita determinação, paciência e às vezes (!) um pouquinho de mau humor - típico de quem quer as coisas do melhor jeito minha amiga foi guerreira, superou os obstáculos e conquistou coisas muito além do que sequer sonhava.
No decorrer, entrei em contato com a maternidade e ampliei meu olha a respeito, percebendo que é um mundo muito maior e que as mudanças são mais profundas, na alma. Acompanhei, por exemplo, suas angústias ao ver a filha com febrinha, as dificuldades em precisar fazer algumas escolhas que influenciariam a vida de outro, mas certamente o mais marcante foi perceber minha amiga apaixonada pelo ser que gerou: os sorrisos, olhares, preocupação e amor maior do mundo.
Hoje Thainá virou uma mocinha linda e gente fina, dessas que dá alegria por ter acompanhado seu crescimento. Eu também cresci, porque afinal de contas, como me disse ontem um aluno: "nessa vida a gente não cresce só de tamanho", e também tive a chance de virar mamãe e desde então meu orgulho pela Maíra só aumentou.
Só mesmo quem vira mãe sabe que a maternidade é a coisa mais especial do mundo, mas também a mais difícil de todas, e nessa parte ela sempre levou tudo numa boa, pois se tem uma coisa que não me lembro dela reclamar na vida (pasmem!) é de sua relação com Thainá - tão forte e especial!
Má querida, desejo que Yasmin, chegada num outro momento de sua vida seja o símbolo de sua história de vitória e de sua bonita união com o Biro (pai do ano que deve estar explodindo de felicidade e também merece tudo de bom!). Da mesma maneira, desejo que você vivencie essa nova maternidade de maneira mais plena e tranquila, mas não com menos amor. Afinal, isso é impossível. Thainá e Yasmin para sempre em seu coração, e no meu também... Beijão.
Primeiro beijinho
Dia 27 fez 11 anos que eu e Luiz demos nosso primeiro beijinho...
Quanta coisa vivemos de lá pra cá...
E o resultado é uma lambança geral!!!!
Quanta coisa vivemos de lá pra cá...
E o resultado é uma lambança geral!!!!
Que venham outras lambanças...
Amo!!!
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Mais um cano
Quando minha amiga Fernanda junto de outras amigas de meus 20 e poucos anos tiraram sarro de mim porque não sou nada tecnológica e, dentre outros, me atrapalho ao movimentar minha conta bancária não pude fazer nada além de dar risada também. No entanto, um tempo depois ela precisou utilizar os serviços de meu banco e admitiu que o sistema era mesmo muito complicado. Pedi então que se desculpasse publicamente e em seguida ela o fez, som seu sorrisão de sempre.
Na semana passada foi seu aniversário, mas acabei não comparecendo à sua festa. Portanto, hoje sou eu quem escrevo para pedir desculpas publicamente a ela.
Fezoca da minha vida, queria muito ter ido, mas realmente fui consumida pelo cansaço do dia a dia, quando me dei conta já estava de pijama na cama sem condições de sair. Me sentindo uma velha total! Muito, muito diferente da moça que fui e que era super parceira em tudo quanto era balada. E como temos histórias dessa época para contar, não?
Mas minhas histórias recentes têm a ver com fraldas, mamadeiras, brincadeiras, choros etc. e etc. Claro que eu e Luiz temos nos esforçado para mantermos ativa nossa rede de amigos e amigas, e mais uma vez graças às nossas famílias que muitas vezes nos dão cobertura com a criançada ou mesmo ao apoio um do outro nós temos conseguido desfrutar de alguns bons momentos curtindo as amizades. Contudo, algumas vezes nossos desejos são vencidos pelo cansaço ou por outros motivos de "forças maiores" (ou deveriam ser "forças menores"?).
O fato é que além de ter ficado chateada por ter perdido a oportunidade de te dar um abraço pessoalmente, aproveitar sua companhia e mostrar como faço mesmo mesmo muita questão de tê-la sempre por perto fiquei também arrasada em não ter ido porque você é uma amiga super presente nos eventos dos meus filhotes sem mencionar que me deu a maior força na organização do chá de bebê do Mateus. Tenho amigas, inclusive pedagogas, que não suportam o barulho das festas infantis ou que também se deixam vencer pelo cansaço justo nestas datas. Mas você, diferentemente, está sempre animada, sua marca maior, querendo mesmo aproveitar esses eventos para matar as saudades quando não também fantasiada de drag queen para alegrar as crianças (não podia perder a piada, desculpa mais uma vez... rs).
Enfim, a angustiante constatação de que não dou conta de tudo segue em minhas reflexões... aprender a lidar com isso pelo jeito será um desafio eterno! E desejo de que eu e aqueles que estão ao meu redor, principalmente meus filhos, marido, familiares, amigas e alunos entendam minhas faltas e aprendam que não somos perfeitos.
E por fim, minha querida Fe, quero dizer que reconheço seu empenho ao se aproximar de meus filhos - e quem gosta deles ganha meu carinho incondicional! - além de ser uma super amiga que merece toda felicidade do mundo. Mil desculpas. Te amo, vamos marcar uma próxima para termos mais e mais histórias para contarmos sobre nossa amizade que tanto bem me faz.
Na semana passada foi seu aniversário, mas acabei não comparecendo à sua festa. Portanto, hoje sou eu quem escrevo para pedir desculpas publicamente a ela.
Fezoca da minha vida, queria muito ter ido, mas realmente fui consumida pelo cansaço do dia a dia, quando me dei conta já estava de pijama na cama sem condições de sair. Me sentindo uma velha total! Muito, muito diferente da moça que fui e que era super parceira em tudo quanto era balada. E como temos histórias dessa época para contar, não?
Mas minhas histórias recentes têm a ver com fraldas, mamadeiras, brincadeiras, choros etc. e etc. Claro que eu e Luiz temos nos esforçado para mantermos ativa nossa rede de amigos e amigas, e mais uma vez graças às nossas famílias que muitas vezes nos dão cobertura com a criançada ou mesmo ao apoio um do outro nós temos conseguido desfrutar de alguns bons momentos curtindo as amizades. Contudo, algumas vezes nossos desejos são vencidos pelo cansaço ou por outros motivos de "forças maiores" (ou deveriam ser "forças menores"?).
O fato é que além de ter ficado chateada por ter perdido a oportunidade de te dar um abraço pessoalmente, aproveitar sua companhia e mostrar como faço mesmo mesmo muita questão de tê-la sempre por perto fiquei também arrasada em não ter ido porque você é uma amiga super presente nos eventos dos meus filhotes sem mencionar que me deu a maior força na organização do chá de bebê do Mateus. Tenho amigas, inclusive pedagogas, que não suportam o barulho das festas infantis ou que também se deixam vencer pelo cansaço justo nestas datas. Mas você, diferentemente, está sempre animada, sua marca maior, querendo mesmo aproveitar esses eventos para matar as saudades quando não também fantasiada de drag queen para alegrar as crianças (não podia perder a piada, desculpa mais uma vez... rs).
Enfim, a angustiante constatação de que não dou conta de tudo segue em minhas reflexões... aprender a lidar com isso pelo jeito será um desafio eterno! E desejo de que eu e aqueles que estão ao meu redor, principalmente meus filhos, marido, familiares, amigas e alunos entendam minhas faltas e aprendam que não somos perfeitos.
E por fim, minha querida Fe, quero dizer que reconheço seu empenho ao se aproximar de meus filhos - e quem gosta deles ganha meu carinho incondicional! - além de ser uma super amiga que merece toda felicidade do mundo. Mil desculpas. Te amo, vamos marcar uma próxima para termos mais e mais histórias para contarmos sobre nossa amizade que tanto bem me faz.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Viva eu, viva tu, viva o Chico Barrigudo!
Feliz Dia dos Professores e das Professoras!!!
Felicidade enorme por fazer parte desse grupo tão guerreiro, sonhador e necessário para a construção de um mundo justo e belo, mas principalmente por ter a honra em fazer parte da vida de diversas crianças e famílias, ensinando e aprendendo numa troca intensa e contínua como tem de ser para o processo educativo ser verdadeiro e transformador.
É realmente muito emocionante ver esses pequeninos tornarem-se humanos por via da convivência entre seus pares numa educação intencional, precisa e afetiva.
Agradecimentos especiais aos professores de minha vida. Àqueles e àquelas que marcaram meu trajeto com palavras bonitas e exemplos de vida, me apresentando escritores, pensadores, músicos, artistas que ampliaram meu olhar, minha concepção de mundo, me possibilitando crescimento profundo na alma, àqueles que por si só já o eram tudo isso e me inspiravam a mostrar o melhor de mim, a acreditar que podia ir além de minhas próprias expectativas, àqueles que me acolheram quando fracassava, me estimulavam a tentar de novo, alguns de um jeito mais duro, outros mais suaves, mas sempre reconhecendo meu esforço e apontando meus deslizes e comemorando junto os meus avanços e os de meus colegas, àqueles que cuidaram de mim, me mostrando que posso ter outros espaços afetivos e seguros além do familiar, me ensinaram que nós aprendemos muito mais junto de nossos pares ainda que a tarefa de conviver seja bem desafiante, mas certamente é o aprendizado mais importante que uma boa escola pode promover em seus educandos.
Foi realmente muito importante ter tido o contato com grandes mestres durante minha trajetória, fui virando gente devagarinho ao conviver com gente tão querida e sabida.
Agradecimentos também aos professores que marcaram minha vida pelo contra exemplo. Àqueles que falavam bonito, mas tinham uma prática distinta, que não eram tão sabidos dos conteúdos que pretendiam ensinar ou da didática de fazê-lo, que competiam com alguns alunos, que implicavam com outros e não sabiam ensinar aos que verdadeiramente precisavam aprender. Àqueles que não gostavam de suas profissões, de crianças, de adolescentes quando não de suas vidas.
Foi realmente muito importante, principalmente na época da adolescência, ter tido maus professores para ter com quem declarar guerra, colocando para fora todas os sentimentos contraditórios que quando jovem sentia, foi pensando "desse jeito não quero viver, essa gente não quero ser" que também fui me formando, fazendo minhas escolhas, imprimindo minha marca única.
Alegria por ter tido a oportunidade de tornar-me pedagoga numa Universidade que me ampliou os horizontes no contato com gente de todo tipo d história, mas sempre questionadoras, reflexivas, transformadoras. Além da sorte de trabalhar em escolas e projetos bacanas que consideram verdadeiramente os educandos ao lado de profissionais bacanas, estudiosos e comprometidos. Grandes modelos, grandes aprendizagens que ainda continuam ocorrendo por tratar-se d aprendizados ininterruptos.
É realmente muito importante trabalhar em lugares sérios ao lado de gente guerreira, que na luta pelo reconhecimento da profissão e de nossa prática diária não desanima diante das adversidades que enfrentamos. É preciso muito sonho para manter viva na alma a esperança de novos tempos.
Esperança de que todos os espaços educativos tornem-se da mesma maneira comprometidos com todos os sujeitos de sua comunidade. Que todas as "tias" virem professoras, que a luz chegue a esses lugares e os banhos de sol dos bebês de 15 minutos aumentem significativamente - como diz o Luiz, até os detentos têm direito a mais tempo de contato com o sol!, que os coordenadores e diretores trabalhem em conjunto com a equipe docente, com os pais e alunos, os professores sejam melhores pagos e com uma formação diferenciada, os governantes valorizem a educação como um processo de transformação e não como propaganda política, os alunos sejam respeitados em seus saberes e instigados a saberem mais, suas hipóteses sejam ouvidas e não parem de fazê-las e assim não desistam de viver, de querer virar gente e de fazer parte desse mundão.
É realmente muito importante continuar nessa luta, nesse sonho de uma educação de qualidade para todos. Eu sigo, dia após dia, e principalmente hoje, no meu dia.
Emoção por ver meus filhos estudando em escolas maravilhosas e vivenciando inúmeras experiências todos os dias, experiências estas que só podem ser experimentadas num ambiente público, coletivo e com propósito educativo. Vejo a construção de suas relações com os colegas e professores e fico encantada ao vê-los tão felizes nesse espaço e tão autores de sua história
É tão importante que meus filhos possam construir uma rede de relações, aprendizados e significados, da qual não faço parte nem tenho controle direto. Um espaço legitimadamente deles, merecido. Tenho me divertido tanto com Mateus já contando em detalhes sobre suas vivências, e me encantado com as meninas interagindo com um sorriso quando cantamos uma música da escola. E quando percebo a importância da figura da professora nesse processo, mais uma vez tenho a certeza de como essa profissão é mesmo tão essencial na vida de um sujeito. Espero mesmo que todos tenham a chance de terem contato com um bom profissional, desses para ficar para sempre guardado na memória.
Felicidade enorme por fazer parte desse grupo tão guerreiro, sonhador e necessário para a construção de um mundo justo e belo, mas principalmente por ter a honra em fazer parte da vida de diversas crianças e famílias, ensinando e aprendendo numa troca intensa e contínua como tem de ser para o processo educativo ser verdadeiro e transformador.
É realmente muito emocionante ver esses pequeninos tornarem-se humanos por via da convivência entre seus pares numa educação intencional, precisa e afetiva.
Agradecimentos especiais aos professores de minha vida. Àqueles e àquelas que marcaram meu trajeto com palavras bonitas e exemplos de vida, me apresentando escritores, pensadores, músicos, artistas que ampliaram meu olhar, minha concepção de mundo, me possibilitando crescimento profundo na alma, àqueles que por si só já o eram tudo isso e me inspiravam a mostrar o melhor de mim, a acreditar que podia ir além de minhas próprias expectativas, àqueles que me acolheram quando fracassava, me estimulavam a tentar de novo, alguns de um jeito mais duro, outros mais suaves, mas sempre reconhecendo meu esforço e apontando meus deslizes e comemorando junto os meus avanços e os de meus colegas, àqueles que cuidaram de mim, me mostrando que posso ter outros espaços afetivos e seguros além do familiar, me ensinaram que nós aprendemos muito mais junto de nossos pares ainda que a tarefa de conviver seja bem desafiante, mas certamente é o aprendizado mais importante que uma boa escola pode promover em seus educandos.
Foi realmente muito importante ter tido o contato com grandes mestres durante minha trajetória, fui virando gente devagarinho ao conviver com gente tão querida e sabida.
Agradecimentos também aos professores que marcaram minha vida pelo contra exemplo. Àqueles que falavam bonito, mas tinham uma prática distinta, que não eram tão sabidos dos conteúdos que pretendiam ensinar ou da didática de fazê-lo, que competiam com alguns alunos, que implicavam com outros e não sabiam ensinar aos que verdadeiramente precisavam aprender. Àqueles que não gostavam de suas profissões, de crianças, de adolescentes quando não de suas vidas.
Foi realmente muito importante, principalmente na época da adolescência, ter tido maus professores para ter com quem declarar guerra, colocando para fora todas os sentimentos contraditórios que quando jovem sentia, foi pensando "desse jeito não quero viver, essa gente não quero ser" que também fui me formando, fazendo minhas escolhas, imprimindo minha marca única.
Alegria por ter tido a oportunidade de tornar-me pedagoga numa Universidade que me ampliou os horizontes no contato com gente de todo tipo d história, mas sempre questionadoras, reflexivas, transformadoras. Além da sorte de trabalhar em escolas e projetos bacanas que consideram verdadeiramente os educandos ao lado de profissionais bacanas, estudiosos e comprometidos. Grandes modelos, grandes aprendizagens que ainda continuam ocorrendo por tratar-se d aprendizados ininterruptos.
É realmente muito importante trabalhar em lugares sérios ao lado de gente guerreira, que na luta pelo reconhecimento da profissão e de nossa prática diária não desanima diante das adversidades que enfrentamos. É preciso muito sonho para manter viva na alma a esperança de novos tempos.
Esperança de que todos os espaços educativos tornem-se da mesma maneira comprometidos com todos os sujeitos de sua comunidade. Que todas as "tias" virem professoras, que a luz chegue a esses lugares e os banhos de sol dos bebês de 15 minutos aumentem significativamente - como diz o Luiz, até os detentos têm direito a mais tempo de contato com o sol!, que os coordenadores e diretores trabalhem em conjunto com a equipe docente, com os pais e alunos, os professores sejam melhores pagos e com uma formação diferenciada, os governantes valorizem a educação como um processo de transformação e não como propaganda política, os alunos sejam respeitados em seus saberes e instigados a saberem mais, suas hipóteses sejam ouvidas e não parem de fazê-las e assim não desistam de viver, de querer virar gente e de fazer parte desse mundão.
É realmente muito importante continuar nessa luta, nesse sonho de uma educação de qualidade para todos. Eu sigo, dia após dia, e principalmente hoje, no meu dia.
Emoção por ver meus filhos estudando em escolas maravilhosas e vivenciando inúmeras experiências todos os dias, experiências estas que só podem ser experimentadas num ambiente público, coletivo e com propósito educativo. Vejo a construção de suas relações com os colegas e professores e fico encantada ao vê-los tão felizes nesse espaço e tão autores de sua história
É tão importante que meus filhos possam construir uma rede de relações, aprendizados e significados, da qual não faço parte nem tenho controle direto. Um espaço legitimadamente deles, merecido. Tenho me divertido tanto com Mateus já contando em detalhes sobre suas vivências, e me encantado com as meninas interagindo com um sorriso quando cantamos uma música da escola. E quando percebo a importância da figura da professora nesse processo, mais uma vez tenho a certeza de como essa profissão é mesmo tão essencial na vida de um sujeito. Espero mesmo que todos tenham a chance de terem contato com um bom profissional, desses para ficar para sempre guardado na memória.
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