domingo, 13 de março de 2011

Frustrações

Na postagem "Dia das mulheres" escrevi que é importante a gente ter expectativas sobre nossos filhos para que eles não se sintam abandonados ("eu posso ser e fazer nada que tudo bem") ou com super poderes ("eu posso fazer tudo o que eu quiser que tudo bem"), deixando claro que não trata-se de expectativas sobre qual profissão ele vai seguir, por exemplo, mas sim sobre os valores que esperamos que eles incorporem às suas ações.

No entanto, é inevitável que a gente lide com as frustações. Elas acontecem o tempo todo em outros aspectos de nossas vidas, por que não acontecerão com nossos filhos? Claro que vão. Mas é importante a gente ter claro que são NOSSAS frustrações, somos nós que temos que nos tratar quando isso acontece.

Ao ler o texto a seguir do Saramago me dei conta também que as frustrações, apesar de geralmente serem vividas por nós como algo desagradável, têm um lado bastante positivo: elas nos mostram que não temos controle sobre as coisas que acontecem em nossas vidas, e muito menos sobre a vida dos outros.

Tomar consciência disso nos liberta, pois a gente deixa de se sentir responsável por tudo e por todos, aceitando que acontecem imprevistos e que os outros, como os nossos filhos, fazem as próprias escolhas. E assim, a gente se sente mais à vontade para aproveitar o que está acontecendo de bom e se esforçar - sem pressão - para melhorar o que não está bom.

Bom, pelo menos é assim que eu me sinto... mais leve e mais encantada com essa vida misteriosa!


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