quarta-feira, 30 de março de 2011

Lembranças que servem de lição - gases

O causo que mencionei na postagem anterior é o seguinte...

Quando operei o apêndice os médicos não queriam me liberar enquanto eu não "evacuasse", pois trata-se de um sinal importante de que o organismo está reagindo bem frente à intervenção cirúrgica. Assim, sofri uma pressão dos médicos para o tal acontecimento e claro, também da minha mãe que não ficava um minuto sem abordar o assunto. Aff!

Na minha segunda cirurgia a pressão foi ainda maior, pois operei justamente o intestino. E claro, mais uma vez a dona Cleo vinha com suas perguntas: "Você já soltou pum?", "Não está com nem um tiquinho de vontade?". Aff de novo!

Assim, para acelerar esse processo e eu poder receber alta os médicos sugeriram que eu caminhasse pelo corredor do hospital. Mico total, porque você anda toda torta pelo corredor de avental e pijama, vai de um lado até o outro com o maior sacrifício e encontra outros pacientes que com certeza estão fazendo a mesma coisa que você: querendo soltar pum. E o mais mico de tudo foi que numa dessas caminhadas eu realmente soltei.

Pronto. Foi o que bastou para minha mãe comemorar ali mesmo o acontecimento com todos ao redor: "Ela soltou pum! Ela soltou pum!" e pulava de alegria. Não satisfeita e não percebendo o meu constrangimento ela continuava a comunicar a notícia a QUALQUER pessoa que entrava no quarto.

Causo inesquecível: eu querendo me enfiar embaixo da maca e minha mãe numa alegria que eu não entendia.
Mas lembram do ditado???
Quando você cospe pra cima, o cuspe cai na nossa testa.

Pois é, quase 10 anos depois, cá estou eu como mãe sentindo na pele a mesma felicidade quando meu pequeno solta pum ou faz cocô. Nesses momentos dou risada dependendo do barulho e da situação e comemoro como se fosse um gol de final de Copa!

É... o mundo dá voltas...

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